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DESCRIÇÃO DO LAUDO DO SISTEMA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO

No documento LAUDO DE VISTORIA DE ENGENHARIA (páginas 40-48)

5 DESCRIÇÃO DO LAUDO DO SISTEMA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO

5.1 Descrição Técnica do Objeto:

A distribuição de água para os sistemas de combate a incêndios é realizada por tubulação aparente com topologia em anel no teto do 1° subsolo.

Esse anel é dotado de válvulas de fechamento que permitam isolar parte do anel sem desativar o funcionamento do sistema, e alimenta as redes de combate a incêndio do edifício e é equipada com conexão de recalque para uso do Corpo de Bombeiros.

O Sistema de Sprinklers do empreendimento é do tipo tubo molhado (wet

pipe) e tem como objetivo proporcionar nível adequado de segurança aos ocupantes da edificação, bem como minimizar as probabilidades de propagação do fogo, diminuir os danos e facilitar ações de socorro em caso de incêndio.

Os sprinklers estão instalados em todas as áreas internas do edifício, exceto em áreas molhadas, arquibancadas, rampas de acesso de público, áreas sem forro sob arquibancadas e áreas com altura livre superior a 13,7m, com as características e formas de instalação adequadas a cada situação específica e discriminadas no projeto.

A distribuição de água para o sistema de sprinkler é realizada em 31 setores separados, cada um controlado por conjunto de válvula de alarme (VA), alimentados diretamente do anel distribuição e instalados em diferentes pontos da edificação, de forma que a área protegida por setor não exceda 4.800 m2. Para cada um desses setores, a distribuição interna tem topologia em espinha de peixe e em grelha, alimentando ramais paralelos em que estão instalados os bicos de sprinklers; dos ramais principais, com derivações para alimentação de lojas, equipamentos e situações específicas.

Cada sistema interno de distribuição está equipado com drenos para esvaziamento em seus pontos baixos e conexões de teste de acionamento da rede, nos pontos hidraulicamente mais desfavoráveis.

O Sistema de Alarme: Em cada um dos conjuntos de válvulas de governo e

alarme existe instalada chave pressostática de alarme, acionada diretamente pelas válvulas de alarme, que funcionará quando houver a abertura de um ou mais chuveiros atuados por um incêndio.

Sistema de Hidrantes: Atendem às exigências do Corpo de Bombeiros e foi

dimensionamentoi considerando o funcionamento simultâneo de dois jatos de água hidraulicamente mais desfavoráveis, considerando-se o maior dos valores entre a vazão mínima exigida pela NBR 13.714 e o COSCIPE para cada caso.

Os hidrantes internos serão do tipo duplo, alimentados a partir de rede de tubulações separadas, alimentados diretamente pelo anel principal de distribuição de água, e posicionados de modo a proteger todas as áreas internas do edifício.

Proteção por Extintores: Todas as áreas internas do edifício serão protegidas

por extintores de incêndio, conforme exigências do Corpo de Bombeiros, posicionamento e especificações de projeto.

Os extintores estão adequadamente sinalizados, de forma compatível com os acabamentos e outros conceitos arquitetônicos adotados nas diversas áreas.

5.2 Nível de Inspeção Utilizado:

Nesta vistoria foi aplicado o nível 2 de inspeção conforme Norma de Inspeção Predial IBAPE/SP.

“Vistoria elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais especialidades para a identificação de anomalias e falhas aparentes eventualmente identificadas com o auxilio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análises de documentos técnicos específicos, consoante à complexidade dos sistemas construtivos existentes”.

5.3 Critério e Metodologia Adotados:

O critério utilizado para elaboração deste laudo baseia-se nos requisitos estabelecidos na portaria n° 124, de 17 de julho de 2009, considerando a análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, diante as condições técnicas, de uso, operação e manutenção da edificação, bem como da natureza da exposição ambiental.

Esta análise compreende a avaliação de falhas e anomalias, classificação dessas deficiências quanto ao grau de risco e indicações de orientações técnicas para cada problema verificado.

A classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes da edificação considera o seu grau de urgência, relacionado com fatores de conservação, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de vida útil e perda de desempenho ao longo do tempo e, onde aplicável, descreverá a evolução provável dos sintomas e indicará possíveis desdobramentos (consequências) a curto e médio prazo, em caso de não- intervenção.

A classificação das falhas e anomalias quanto ao grau de risco atenderá as seguintes definições e níveis de classificação:

"CRÍTICO”: Impacto irrecuperável, relativo ao risco contra a saúde, segurança

do usuário e do meio ambiente, bem como perda excessiva de desempenho, recomendando intervenção imediata.

“REGULAR”: Impacto parcialmente recuperável, relativo ao risco quanto à

perda parcial de funcionalidade e desempenho, recomendando programação e intervenção em curto prazo.

“MÍNIMO”: Impacto recuperável, relativo a pequenos prejuízos, sem incidência

ou a probabilidade de ocorrência dos riscos acima expostos, recomendando programação e intervenção em médio prazo.

A metodologia empregada para o desenvolvimento desta vistoria compreenderá: • Determinação do nível e tipo de inspeção;

• Entrevista com o responsável da edificação (administrador), com abordagem dos aspectos cotidianos do uso e da manutenção do estádio;

• Verificação da documentação;

• Obtenção de informações dos usuários, responsáveis, proprietários e gestores das edificações;

• Inspeção dos tópicos da listagem de verificação; • Classificação das anomalias e falhas;

• Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco; • Ordem de prioridades;

• Indicação das orientações técnicas; • Classificação do estado de conservação; • Recomendações gerais e de sustentabilidade; • Tópicos essenciais do laudo;

5.4 Lista de Verificação dos Elementos Construtivos e Equipamentos Vistoriados:

LISTA DE VERIFICAÇÕES – COMBATE À INCÊNDIO LEGENDA:

(SA) Sem Anomalias e Falhas / (CA) Com Anomalias e Falhas / (NA) Não Aplicável.

ITEM VERIFICAÇÕES RESULTADO ANOMALIA /

FALHAS LOCALIZAÇÃO 1 SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

1.1

Extintores:

 As quantidades e tipo devem obedecer ao Projeto de Proteção e Combate a Incêndio, aprovado no Corpo de Bombeiros;

 Verificar a manutenção periódica, segundo a ABNT NBR 12962 (CA) CA) Falta a instalação de alguns extintores. Manter o controle físico dos extintores, as vistorias periódicas devem ser realizadas. Subestações, salas técnicas e em outros pontos do estádio. Em todo o estádio. Fotos: 08. 1.2 Hidrantes:

 As caixas de hidrantes devem estar em bom estado de conservação e com chave de aperto e esguicho existentes;  Mangueiras aduchadas;

 Caixa deve estar sinalizada;  Estado de conservação das

mangueiras com exigência de teste hidrostático, funcionamento do dispositivo de alarme e comando das bombas. (SA) (SA) (SA) (SA) 1.3 Saídas de Emergência:  Cálculo da população;

 Dimensionamento das saídas de emergencia;

 Portas;  Rampas;  Escadas;

 Caixas das escadas;  Guarda-corpos e corrimãos;  Elevadores de emergencia

(é obrigatória a instalação de elevadores de emergência nos estádios esportivos onde a altura for superior a 60,00 metros). (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (NA) 1.4 Iluminação Emergência:

 Características e capacidades das baterías dos blocos autónomos;  Acesso controlado e desobstruído

desde a área externa da edificação até o grupo moto-gerador.

 Tomada de ar frio dos grupos moto- geradores sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio.

(SA) (SA)

ITEM VERIFICAÇÕES RESULTADO ANOMALIA /

FALHAS LOCALIZAÇÃO

1.4

Cont..

Iluminação Emergência:

 Fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários.  As instalação aparentes, a tubulação e

as caixas de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido

antichama, conforme NBR 6150:1980.  A emergenci máxima entre dois pontos

de iluminação de aclaramento  mer ser de 15m ponto a ponto.

 Os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergencia devem ser certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação. (SA) (SA) (SA) (SA) 1.5 Brigadas de incêndio

 Composição da brigada de incêndio;  Organização da brigada;

 Atribuições da brigada de incêndio;  Procedimentos básicos de emergência

(SA) (SA) (SA) (SA) 1.6 Sinalização de Emergência  Proibição;  Alerta;  Orientação e Salvamento;  Sinalização complementar;  Rotas de saída;  Obstáculos;  Mensagens escritas:  Demarcações de áreas;

 Identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio.

(SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA) (SA)

5.5 Classificação e Análise das Anomalias e Falhas: LEGENDA: (C ) "CRÍTICO” (R) “REGULAR” (M) “MÍNIMO” ITEM

(*)

DESCRIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

ORIENTAÇÃO TÉCNICA

1.1 Em alguns ambientes como as áreas técnicas e subestações, faltam a instalação de extintores. Manter o controle físico das vistorias periódicas realizadas para verificar e monitorar as

condições operacionais dos extintores.

(M)

(M)

Providenciar a instalação dos equipamentos faltantes. Controle físico no

local/equipamento.

5.6 Observações Sobre a Documentação Analisada:

Foram apresentadas pela construtora os relatórios de teste de pressão e estanqueidade das tubulações e dos testes funcionais dos sistemas de hidrantes, sprinkler e detecção e alarme de incêndio, evidenciando a qualidade dos sistemas e instalações prediais hidráulicos e de gás natural.

Foi apresentado pela Administração o estudo de projeto de Fluxo de Multidões da Arena Pernambuco, desenvolvido pela Steer Davies Gleave.

O estudo desenvolvido tem como base os padrões apresentados no 'Guide to Safety at Sports Grounds', também conhecido com Green Guide.

O estádio foi avaliado basicamente de acordo com a 5a edição do Green Guide. A exceção são as taxas de fluxo que estão de acordo com a 4ª edição do documento sendo que esta exceção está de acordo com os padrões exigidos pelo LOC.

A 'Instrução Técnica n° 12/2010 (IT 12/2010) do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e a 'Nota Técnica de Referência em Prevenção Contra Incêndio e Pânico em Áreas Afins', publicada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública também foram adotadas como documentos de base, uma vez que apresentam parâmetros nacionais específicos para estádios e também estão sendo consideradas pelo LOC como balizadoras para os projetos apresentados. Este documento está sendo utilizado pelo Comitê Organizador Local da Copa 2014 (LOC) como base para a avaliação dos estádios que receberão jogos da competição.

NOTA: Este estudo desenvolvido pela Steer Davies Gleave apresenta os

cálculos da população e o dimensionamento das saídas de emergencia.

5.7 Conclusão do Laudo:

As verificações realizadas e seus resultados demonstram que não existem não conformidades relevantes que comprometam a segurança da edificação, podendo o sistema e instalações, objeto deste relatório, operar em suas condições normais especificadas em projeto.

5.8 Análise das Não-conformidades Observadas e Recomendações Gerais:

As não conformidades verificadas e registradas foram classificadas com grau de risco mínimo, uma vez que não foram constatados riscos contra a saúde, segurança do usuário e do meio ambiente, bem como perda excessiva de desempenho, que justifique uma intervenção imediata.

5.9 Indicação das Orientações Técnicas e/ou Lista das Medidas Preventivas e Corretivas Necessárias:

Conforme indicado na planilha de Classificação e Análise das Anomalias e Falhas do item 5.5 acima.

5.10 Indicação da Ordem de Prioridade das Falhas e Anomalias:

A falha referente a falta de extintores de algumas áreas técnicas deve ser tratada com uma intervenção imediata para sua regularização. As demais anomalias verificadas foram classificadas com risco considerado mínimo as ações corretivas poderão ser implementadas com uma programação e intervenção em médio prazo sem ordem ou prioridade.

5.11 Aspectos Restritivos: Não aplicável. 5.12 Medidas Complementares:. Não aplicável. 5.13 Data do Laudo: 11 de maio de 2015.

5.14 Responsável (eis) Técnico (s): MARCOS ANTONIO NEVES

ENG.º MECÂNICO CREA-SP: 0601664592

5.15 Validade do Presente Laudo:

2 (dois) anos.

5.16 Anexos do Laudo:

No documento LAUDO DE VISTORIA DE ENGENHARIA (páginas 40-48)

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