Descrição da empresa

Nesta etapa é apresentada um resumo da organização, a sua história e status atual. A indicação das características da empresa, como o empreendedor vê a empresa em três ou cinco anos, seus benefícios devem ser relacionados na descrição da empresa. Mas é preciso ter cuidado para não cometer excessos ou a falta de informações (DORNELAS, 2016).

O autor Dornelas (2016), explica que deve conter na descrição da empresa um breve texto demonstrando qual a finalidade do negócio, porque e como foi criado, descrição de seus serviços ou produtos, como se deu o seu desenvolvimento ou como se dará, seu modelo de negócio e seus diferenciais. Ainda é necessário conter a razão social e o nome fantasia da empresa, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o tipo de sociedade e o enquadramento da empresa (micro, pequena ou média). É preciso descrever brevemente sua equipe gerencial, localização da empresa, estrutura jurídica, seus principais fornecedores ou terceiros.

1.5.3. Produtos e serviços

Dornelas (2016) aponta outra parte importante do plano de negócios: a descrição dos seus produtos e serviços. Pode ser exposto aqui as características que diferencia o seu negócio da concorrência e o que de especial será oferecido aos seus clientes. Se a empresa estiver em fase inicial, poderá ser detalhado os produtos e serviços que a empresa oferecerá quando começar a crescer.

Os produtos possuem o chamado ciclo de vida, que é descrito por Dornelas (2016), como: a fase de introdução, crescimento, maturação e o declínio. Na fase de introdução é quando o produto foi lançado. Na fase de crescimento é quando o produto já possui demanda no mercado por ter sido testado pelos clientes. Na fase de maturação é processo de quando as vendas de determinado produto se estabilizam e começam a reduzir. Na fase de declínio é quando às vezes começam a reduzir e já não produzem os mesmos lucros.

1.5.4. Mercados e competidores

Aqui se encontra a análise de mercado, que é considerada uma das partes mais importantes do plano de negócios. Além de ser importante é também uma das mais difíceis de se produzir.

Na análise de mercado é definido como será feita a estratégia da empresa dentro do mercado e qual será o seu diferencial em relação aos seus competidores. Os competidores de uma empresa podem ser tanto diretos quanto indiretos. O empreendedor, iniciante e até o mais antigo, normalmente acredita que o seu produto é único e diferenciado. Isso é um erro. O concorrente direto é aquele mais conhecido, são os que produzem produtos idênticos aos seus. Já os concorrentes indiretos, que nem sempre produzem os mesmos produtos que o seu, são aqueles que conseguem roubar a atenção dos clientes fazendo-os adquirir os produtos deles ao invés do seu (DORNELAS, 2016).

De acordo com Dornelas (2016), um bom roteiro de análise de mercado pode ser apresentado da seguinte forma: (1) Identificação de tendências ambientais ao redor do negócio (ameaças, oportunidade), características demográficas, social, política, jurídica, cultural, econômica e tecnologia. (2) Descrição do mercado (qual tamanho da empresa, o tipo, segmentos de mercado existentes, tendências do mercado, perfil dos consumidores. (3) Análise dos principais competidores (seus produtos e/ou serviços, suas fraquezas e forças, posicionamento de mercado, marketing praticado e sua dominação no mercado). (4)

comparação com competidores (mostrar seus diferenciais em relação aos competidores mais diretos).

A análise da concorrência é uma tarefa essencial para qualquer empreendedor. Conhecer seus principais concorrentes e seus diferenciais, ajudam na hora de se criar uma estratégia de marketing, saber quais são os produtos que existem no mercado e qual a razão leva consumidores a optar por determinado produto ou marca. As análises da concorrência devem ser feitas de forma a comparar os seus produtos serviço em relação aos seus principais concorrentes, isso proporciona ao empreendedor perceber quais são os pontos fracos dos concorrentes e quais estratégias podem ser usadas para explorar esses pontos fracos (DORNELAS, 2016).

1.5.5. Análise estratégica

Análise estratégica “é um termo utilizado pelos empreendedores para definir como agir em uma negociação, fechar uma parceria, entrar em um novo mercado” (DORNELAS, 2016).

Muitos empreendedores se descuidam na parte de análise estratégica seja pelo descuido – ou a falta de gestão – ou por serem tão pequenos que não percebem a importância de uma boa análise estratégica dos seus ambientes internos e externos. A questão é que a análise estratégica é tão importante que só com essa análise é possível indicadores que oferecem riscos para empresas, além disso, é possível saber os pontos fortes da empresa para que sejam explorados pelo empreendedor.

No plano de negócios a análise estratégica aparece dando ênfase à análise de ambiente externo e interno, onde serão analisados os fatores que podem oferecer riscos para a empresa, os pontos fortes e fracos da empresa. Depois dessa análise ambiental começa a ser definido as estratégias que a empresa usará para atingir seus objetivos (DORNELAS, 2016)

1.5.6. Plano financeiro

A parte financeira pode ser vista como uma das partes mais difíceis do plano de negócios, segundo alguns empreendedores, pois é a parte onde os números devem refletir tudo o que foi escrito até aqui. Os principais demonstrativos que devem ser apresentados nesta etapa do plano de negócios são balanço patrimonial, demonstrativo de resultados e

demonstrativo de fluxo de caixa, todos devem ser projetados para pelo menos cinco anos (DORNELAS, 2016).

O demonstrativo de resultados do exercício (DRE) é o relatório que apresenta as despesas e receitas de uma empresa em determinado período do tempo. Na receita total obtida é necessário ser deduzido os impostos, devoluções e abatimentos resultando na receita líquido (DORNELAS,2016).

Normalmente, o demonstrativo de resultados do exercício é apresentado ao final do exercício de uma empresa, que no Brasil, vai de janeiro a dezembro.

2. PLANO DE NEGÓCIOS