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Descrição do Projeto e das tarefas desenvolvidas: Desenvolver emoções desde o

CAPÍTULO I – Enquadramento Teórico

CAPÍTULO 2 – Metodologia de Investigação

4. Descrição do Projeto e das tarefas desenvolvidas: Desenvolver emoções desde o

4.1. A Descoberta das Emoções!

A Prática de Ensino Supervisionada trouxe inicialmente muitas expetativas e posteriormente alguns medos, mas este antevia-se ainda mais complexo, com aplicabilidade de uma problemática e recolha de dados para a dimensão investigativa, sobre as emoções. Considero que a escolha desta problemática teve de certa forma a ver

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com o que fui observando na sala de atividades e também com a ida das crianças de 6 anos, para o 1.º CEB, queria tentar compreender de que modo é que as crianças conhecem as suas emoções primárias (medo, raiva, alegria, tristeza e calma) quando as sentem e decidi fazê-lo através de propostas educativas que me permitissem relacionar emoções e trabalhá-las com a ajuda das crianças.

“As emoções são o resultado do processamento realizado pelas estruturas da vida emocional no que diz respeito às alterações corporais que ocorrem face a alterações internas e/ou ambientais. Deste modo, uma emoção é uma alteração interna passageira que surge como resposta aos estímulos ambientais.”

(Céspedes, 2014, p.18-19)

Neste sentido, para mim, fez desde logo, sentido explorar a vertente emocional com as crianças permitindo-me conhecer o seu interior e compreender as suas atitudes, expressões faciais e corporais e de que forma, poderíamos controlar as nossas emoções. Pudendo verificar com a leitura prévia que realizei ao nível científico sobre esta temática que é cada vez mais importante despertar e ajudar as crianças a conhecer o que sentem e obterem o seu próprio controlo emocional.

“É na idade Pré-Escolar que a criança desenvolve novas formas de se relacionar com os outros e de se expressar. Os autores Gottman&DeClarie (1999, p. 202) referem que “ (…) Nas relações com o seu grupo de colegas (…) as crianças têm todas as oportunidades para desenvolver as suas capacidades de controlo de emoções. É nessa situação que elas aprendem a comunicar com clareza, a trocar informação e a esclarecer as suas mensagens se estas não forem compreendidas. (…) Começam a saber ser compreensivos em relação aos seus sentimentos, aos desejos e anseios das outras pessoas (…).””

(Catarreira, 2015, p.31)

Explorar com as crianças as suas emoções foi um processo de constante construção, tendo planeado um caminho de atividades pedagógicas previamente delineadas para cada emoção e que tivessem um sentido para as crianças. Inicialmente, parti de o livro “De que cor é um beijinho?” da autora Rocio Bonilla com as crianças, delineando propostas que a meu ver fariam sentido para iniciar esta temática com as mesmas, porém com o decorrer destas verifiquei que não serviam o propósito esperado por mim, porque efetivamente não diziam nada ao grupo de crianças. Deste modo, e colocando em primazia a criança no centro de ensino-aprendizagem e os objetivos que elaborei

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para este estudo, foram delineadas novas explorações e partimos do livro “O Monstro das Cores” de AnnaLlenas.

O livro “ O Monstro das Cores” já era do conhecimento das crianças o que tornou mais fácil a sua compreensão e toda a exploração que foi realizada durante seis dias de intervenção a partir deste e de um livro que escolhi para abordar cada emoção com as crianças, para a alegria “O lobo que queria ser artista” das autoras OrianneLallemand e ÉléonoreThuillier; para a tristeza “Quero ter um amigo!” de Tony Ross; para o medo “A Maria do Medo” de Rita Castanheira Alves; para a raiva “Zé Zangado” da autora Rita Castanheira Alves e para a calma “O lobo que aprendeu a lidar com os seus sentimentos” das autoras OrianneLallemand e ÉléonoreThuillier. Todas as atividades pedagógicas que propus ao grupo de crianças estiveram inteiramente interligadas com as diferentes áreas de conteúdo e domínios das OCEP, porém foi na dimensão artística que mais apostei para realizar todas as propostas educativas com as crianças.

Começamos por realizar uma atividade que a meu ver foi muito significativa para as crianças e que fez sentido para elas, uma vez que envolveu a sua participação e contributo a leitura da história e a separação das diferentes emoções que íamos explorar ao longo dos dias. Neste sentido, começamos por descobrir uma confusão de emoções e organizá-las para que depois pudéssemos em conjunto conhecer as emoções primárias a raiva, o medo, a alegria e a tristeza, abordando também no final a calma que apesar de não ser uma emoção é um estado que nos permite respirar e pensar e que a meu ver foi muito importante para terminar a exploração das emoções com as crianças. A Prática de Ensino Supervisionada trouxe inicialmente muitas expetativas e posteriormente alguns medos, mas este antevia-se ainda mais complexo, com aplicabilidade de uma problemática e recolha de dados para a dimensão investigativa, sobre as emoções. Considero que a escolha desta problemática teve de certa forma a ver com o que fui observando na sala de atividades e também com a ida das crianças de 6 anos, para o 1.º CEB, queria tentar compreender de que modo é que as crianças conhecem as suas emoções primárias (medo, raiva, alegria, tristeza e calma) quando as sentem e decidi fazê-lo através de propostas educativas que me permitissem relacionar emoções e trabalhá-las com a ajuda das crianças.

“As emoções são o resultado do processamento realizado pelas estruturas da vida emocional no que diz respeito às alterações corporais que ocorrem face a alterações

67 internas e/ou ambientais. Deste modo, uma emoção é uma alteração interna passageira que surge como resposta aos estímulos ambientais.”

(Céspedes, 2014, p.18-19)

Neste sentido, para mim, fez desde logo, sentido explorar a vertente emocional com as crianças permitindo-me conhecer o seu interior e compreender as suas atitudes, expressões faciais e corporais e de que forma, poderíamos controlar as nossas emoções. Pudendo verificar com a leitura prévia que realizei ao nível científico sobre esta temática que é cada vez mais importante despertar e ajudar as crianças a conhecer o que sentem e obterem o seu próprio controlo emocional.

“É na idade Pré-Escolar que a criança desenvolve novas formas de se relacionar com os outros e de se expressar. Os autores Gottman&DeClarie (1999, p. 202) referem que “ (…) Nas relações com o seu grupo de colegas (…) as crianças têm todas as oportunidades para desenvolver as suas capacidades de controlo de emoções. É nessa situação que elas aprendem a comunicar com clareza, a trocar informação e a esclarecer as suas mensagens se estas não forem compreendidas. (…) Começam a saber ser compreensivos em relação aos seus sentimentos, aos desejos e anseios das outras pessoas (…).””

(Catarreira, 2015, p.31)

Explorar com as crianças as suas emoções foi um processo de constante construção, tendo planeado um caminho de atividades pedagógicas previamente delineadas paracada emoção e que tivessem um sentido para as crianças. Inicialmente, parti de o livro “De que cor é um beijinho?” da autora Rocio Bonilla com as crianças, delineando propostas que a meu ver fariam sentido para iniciar esta temática com as mesmas, porém com o decorrer destas verifiquei que não serviam o propósito esperado por mim, porque efetivamente não diziam nada ao grupo de crianças. Deste modo, e colocando em primazia a criança no centro de ensino-aprendizagem e os objetivos que elaborei para este estudo, foram delineadas novas explorações e partimos do livro “O Monstro das Cores” de AnnaLlenas.

O livro “ O Monstro das Cores” já era do conhecimento das crianças o que tornou mais fácil a sua compreensão e toda a exploração que foi realizada durante seis dias de intervenção a partir deste e de um livro que escolhi para abordar cada emoção com as crianças, para a alegria “O lobo que queria ser artista” das autoras OrianneLallemand e ÉléonoreThuillier; para a tristeza “Quero ter um amigo!” de Tony Ross; para o medo “A

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Maria do Medo” de Rita Castanheira Alves; para a raiva “Zé Zangado” da autora Rita Castanheira Alves e para a calma “O lobo que aprendeu a lidar com os seus sentimentos” das autoras OrianneLallemand e ÉléonoreThuillier. Todas as atividades pedagógicas que propus ao grupo de crianças estiveram inteiramente interligadas com as diferentes áreas de conteúdo e domínios das OCEP, porém foi na dimensão artística que mais apostei para realizar todas as propostas educativas com as crianças.

Começamos por realizar uma atividade que a meu ver foi muito significativa para as crianças e que fez sentido para elas, uma vez que envolveu a sua participação e contributo a leitura da história e a separação das diferentes emoções que íamos explorar ao longo dos dias. Neste sentido, começamos por descobrir uma confusão de emoções e organizá-las para que depois pudéssemos em conjunto conhecer as emoções primárias a raiva, o medo, a alegria e a tristeza, abordando também no final a calma que apesar de não ser uma emoção é um estado que nos permite respirar e pensar e que a meu ver foi muito importante para terminar a exploração das emoções com as crianças.

Figura 29 - Descoberta das

emoções com o monstro das cores.

Figura 30 - Crianças a pintar ao

som de uma música cheia de emoções.

Figura 31 - Puzzle da alegria. (Cada

criança pintou uma parte com a cor da sua alegria).

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As fotografias acima apresentadas são uma parte de todo o estudo concretizado com apenas o exemplo de uma das atividades realizadas para cada emoção. As crianças estiveram todas envolvidas nas atividades tanto as mais novas como as mais velhas, uma vez que achei fundamental que as com 3 anos de idade começassem a ter contacto com as emoções.

Descobrir as emoções foi um passo gigante para as crianças que acompanhei, principalmente para as com 6 anos de idade, permitiu-lhes falar e pensar sobre o que sentem perante determinada situação e de que forma podem atuar para controlarem o

Figura 32 - Pintura da

tristeza.

Figura 33 - Livro muito assustador.

(Feito com os desenhos dos maiores medos das crianças.

Figura 34 - Jogo da raiva.

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seu monstrinho, que são as emoções. No início desta pequena aventura percebi que as crianças não estavam habituadas a falar sobre o que sentiam e muitas vezes durante as propostas educativas poucas falavam sobre o mesmo, como é possível verificar no meu seguinte testemunho de uma reflexão semanal:

Tentei falar com este menino e tentar perceber dizendo-lhe que não havia nenhum problema em ele dizer o seu medo inclusive mencionei um meu para que se criasse uma empatia e ele se sentisse mais seguro em partilhar, mesmo assim ele não referiu nada brincado com o assunto.

Quando este momento aconteceu com esta criança foi quando mais compreendi a importância de trabalhar emoções desde muito cedo em Jardim de Infância que apesar de ser um tema complicado de desconstruir é essencial para o desenvolvimento de crianças com segurança em si e que consigam partilhar o que sentem com o outro. Segundo Queirós (2014, p.26) “A inteligência emocional conquista-se através da educação e do desenvolvimento de competências emocionais que contribuem para um melhor bem-estar pessoal e social.”, assim, é essencial trabalhar desde cedo esta temática em Jardim de Infância com as crianças para que consigam como referi anteriormente sentir-se seguras em si próprias e partilhem o que sentem. (RS9

,Apêndice II)

Este nem sempre foi um processo fácil para mim enquanto educadora de infância em formação, pois não houve apoio por parte da educadora cooperante nesta temática das emoções uma vez que para esta, as crianças não sabem o que sentem. Ao longo de todo o estudo e da recolha de dados que realizei tive, de, nas reflexões semanais defender todo o trabalho que desenvolvia com as crianças dentro da sala de atividades e fora da mesma, para levar a educadora a compreender que as questões emocionais devem de ser abordadas desde cedo em Jardim de Infância, porém não foi possível. Apesar destas advertências e de ter sido um desafio constante achei, que, valeu completamente passar por tudo isto, pois as crianças ficaram a conhecer e aprenderam o que é, a falar sobre o que sentem e como controlar.

Sei que não foi com a minha intervenção de apenas seis manhãs que as crianças ficaram a conhecer as suas emoções e exploraram tudo o que haveria para explorar nesta temática, sendo que efetivamente havia muito mais a intervir neste sentido, porém e no futuro reconheço a importância de desde cedo possibilitar momentos destes em Jardim

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de Infância e nas valências seguintes desenvolvendo crianças, jovens, adolescentes e adultos mais controlados e felizes consigo e com a sua vida.

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