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O programa, escrito na linguagem FORTRAN 90 utilizando a plataforma VISUAL FORTRAN 6.0, divide-se em duas partes: o programa principal, que sequencia as sub- rotinas e controla o número de iterações a serem executadas e as sub-rotinas que executam os procedimentos para que seja feita a análise não-linear da estrutura em questão. A FIG. 4.14 apresenta o fluxograma indicando a seqüência dos procedimentos.

- Sub-rotina DADOS

Através da leitura de um arquivo de texto, gerado pelo pré-processador, os parâmetros característicos do problema são coletados e atribuídos às variáveis. Além de informações básicas, tais como coordenadas e vinculações nodais, número e divisões

das fatias, são informados os valores das tensões residuais aplicadas, os carregamentos nodais e os fatores limitantes referentes às interações e à convergência da solução.

- Sub-rotina INICIA

Visando o correto preenchimento dos dados, são zerados vetores e matrizes.

- Sub-rotina INCAR

Controla o processo incremental do carregamento e atualiza o vetor correspondente a cada passo do processo.

- Sub-rotina ALGOR

Controla o tipo de algoritmo a ser empregado para a solução do problema. Como citado anteriormente, o algoritmo escolhido foi o Método de Newton-Raphson puro.

- Sub-rotina MATRIG

Determina a matriz de rigidez tangente do elemento atualizada em cada iteração do processo, em regime elástico ou elastoplástico. Com o auxílio da sub-rotina FATIA são avaliados o nível de plastificação da seção transversal, através da contribuição de cada fatia no cálculo de propriedades geométricas e nos coeficientes de rigidez. Quando a tensão no centro de uma fatia alcança o valor de escoamento σy, considera-se que esta fatia da seção transversal plastificou-se.

- Sub-rotina MONRIG

Executa a montagem da matriz de rigidez global do sistema e do vetor de cargas, através da superposição da matriz de rigidez de cada elemento, de acordo como a incidência nodal adotada.

- Sub-rotina REDGAS

Executa os procedimentos necessários ao desenvolvimento da fase de eliminação progressiva do Método de Redução de Gauss para solução do sistema carregamento/ deslocamento a cada incremento de carga dado.

- Sub-rotina SUBREG

Executa a substituição regressiva do sistema de equações triangular superior originado pela sub-rotina REDGAS. São calculados os deslocamentos nodais e as reações de apoio, além de proceder a atualização das coordenadas nodais, os comprimentos e os cossenos diretores dos elementos.

- Sub-rotina ESFOR

Determina o vetor das forças nodais equivalentes internas, considerando se o elemento está em carga ou descarga, de acordo com a lei constitutiva. Seguindo a formulação adotada, são calculados os deslocamentos, correspondentes aos graus de liberdade nos sistemas cartesiano e no corrotacional, definindo as rotações de corpo rígido e seus valores acumulativos. As deformações são calculadas, e, através da lei constitutiva, são calculados os esforços nodais equivalentes e os esforços residuais que serão reaplicados à estrutura até que a mesma esteja em equilíbrio (princípio do processo iterativo).

- Sub-rotina CONVER

Verifica a convergência da solução do problema através do controle do erro entre os deslocamentos nodais da iteração corrente com a anterior.

- Sub-rotina RESULT

Fornece a saída dos resultados da análise do problema apresentado, tais como os deslocamentos nodais e as reações de apoio segundo o sistema global de referência, os esforços solicitantes nas extremidades de cada elemento (coordenadas locais) e as deformações plásticas calculadas em cada fatia nas extremidades do elemento.

FIGURA 4. 14 – Fluxograma geral para análise não-linear incremental e iterativa FATIA Avalia o nível de plastificação da seção transversal FIM INÍCIO INICIA

Zera as variáveis para iniciar o processo.

INCAR

Controla o incremento de carga e atualiza o vetor correspondente a cada passo do processo.

ALGOR

Controla o tipo de algoritmo a ser utilizado na solução.

MATRIG

Determina a matriz de rigidez tangente elástica ou elasto-plástica do elemento. Considera a seção dividida em fatias.

DADOS

Lê os dados que definem a geometria, condições de contorno, propriedades dos materiais, carregamentos, imperfeições, etc.

MONRIG

Determina a matriz de rigidez global da estrutura e do vetor de cargas.

REDGAS/ SUBREG

Resolve o sistema de equações, determina os deslocamentos nodais e atualiza dados nodais e dos elementos.

ESFOR

Calcula as forças nodais equivalentes internas e os esforços solicitantes e o vetor das forças residuais.

CONVER

Verifica a convergência do processo iterativo.

RESULT Saída de resultados. Loop do processo it erat ivo ( convergência) Loop do processo incremen tal

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CONSIDERAÇÕES SOBRE AS TENSÕES RESIDUAIS

EM PERFIS DE AÇO

5.1 Introdução

As tensões residuais aparecem nos perfis de aço estruturais e chapas durante o processo de fabricação e permanecem, inevitavelmente, se nenhuma técnica de alívio de tensões for utilizada. Devido ao resfriamento não-uniforme após a laminação ou soldagem da peça, surgem deformações plásticas e, conseqüentemente, tensões residuais que podem, em alguns casos, atingir o mesmo nível de grandeza da tensão de escoamento do material.

As tensões residuais têm um papel importante no dimensionamento dos pilares de aço, pois sendo a principal causa da não-linearidade do diagrama tensão x deformação na região inelástica, conforme afirmam ALPSTEN e TALL (1970), elas afetam significativamente a resistência dos elementos na compressão.

O objetivo neste capítulo é apresentar um estudo qualitativo sobre a influência das tensões residuais no comportamento estrutural dos pilares de aço. Para isto, serão feitas algumas considerações sobre a formação, magnitude e distribuição dessas tensões,

mostrando a sua presença inevitável nas estruturas de aço. A formulação teórica apresentada neste trabalho é, então, modificada para considerar os efeitos das tensões residuais nas análises e alguns aspectos de sua implementação computacional são comentados.

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