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Como dispositivo central da autoformação cooperada no Movimento da Escola Moderna, o trabalho de formação por projectos, no âmbito de grupos de trabalho cooperativo que se organizam nos vários núcleos regionais, assume–se como a unidade principal de formação. Com o intuito de todo o trabalho visar o permanente aperfeiçoamento do modelo pedagógico, o apoio às práticas profissionais e o aprofundamento teórico no campo das Ciências da Educação são a sustentação de todo o trabalho realizado. Regulamentado nos estatutos associativos do Movimento, os grupos de trabalho cooperativo têm como principal objectivo:

A formação permanente dos sócios, através da avaliação e planificação das práticas de intervenção escolar (função técnico–pedagógica); da construção e partilha de instrumentos de trabalho pedagógico (função instrumental) e o aprofundamento teórico das práticas e partilha de documentos de investigação (função científica) (artigo 32)

É importante ter uma perspectiva ampla do processo formativo que é

objecto da presente investigação. Este decorreu com um mesmo grupo de professores (embora com algumas pequenas alterações) ao longo de dois anos e confluiu no sentido de um maior aprofundamento e sistematicidade de Investigação–acção do 1.º para o 2.º ano. É sobre este 2.º ano que recaiu o estudo.

Após o 1.º ano de formação e logo no início do 2.º ano, foi possível ter uma imagem colectiva das perspectivas e das práticas, segundo o ponto de vista dos professores. Em entrevista de grupo foi possível perceber, ainda, a sua avaliação do processo formativo e clarificar orientações para o seu desenvolvimento, num 2.º ano, aprofundado no sentido de uma modalidade mais consequente de IA.

A conjugação de dados recolhidos no início e no fim do 2.º ano, através de entrevistas e de análise documental permite perceber como evoluíram as perspectivas e práticas, segundo o ponto de vista dos professores.

- 83 - Em Janeiro de 2008, no âmbito da formação acreditada do Movimento da Escola Moderna, iniciou–se um Projecto de Formação de Aprofundamento do Modelo Pedagógico do Movimento da Escola Moderna no 1º Ciclo. Inscreveram– se seis formandos, tendo um deles acompanhado desde o início até ao término da formação, apesar de não se ter inscrito e entregue o respectivo portfolio de formação. Esta formanda inscreveu–se e frequentou até ao final o Projecto de Investigação no ano seguinte.

Esta acção de formação destinou–se a professores do 1º Ciclo, sócios do Movimento da Escola Moderna que já tinham frequentado a Oficina de Iniciação ao Modelo do MEM e que desejavam aprofundar e reflectir, a partir das práticas, o modelo de pedagogia escolar da Escola Moderna Portuguesa. Todos eles estavam a leccionar em escolas públicas e, apesar de já todos terem frequentado Oficinas de Iniciação anteriormente, existiam grandes diferenças ao nível do grau de implementação do modelo pedagógico.

Em termos designativos, tratou–se de um trabalho de aprofundamento desenvolvido por um grupo de professores, supervisionado por um formador (também professor do 1.º Ciclo), acompanhado por um especialista e centrado na realidade educativa da vida escolar das turmas dos mesmos. Como projecto de trabalho de apoio às práticas profissionais e aprofundamento teórico no âmbito das Ciências da Educação, visou–se igualmente a autoformação cooperada permanente dos proponentes em causa, visto ser esta a característica central da associação de profissionais da educação em que se desenvolveu esta acção.

Este projecto teve a duração de 11 sessões, somando no total 25 horas presenciais de formação e 50 não presenciais de trabalho autónomo.

Em relação às expectativas descritas pelos formandos na primeira sessão de formação, assim se resumiram: Encontrar respostas às dificuldades sentidas; Aprofundar a instituição do modelo (criar estratégias que o tornem mais eficaz, aplicar todos os tempos e instrumentos do modelo, desenvolver o que se adquiriu na oficina); Melhorar a prática (maior diferenciação para chegar a todos os alunos, dar sentido ao trabalho, implementar novas estratégias); Desenvolvimento pessoal e profissional (sentido crítico, gestão da profissão, melhorar a auto–avaliação e reflexão sobre a acção pedagógica); Conhecer os

- 84 - princípios orientadores e a justificação teórica do modelo; Maior operacionalização das listas de verificação; Aperfeiçoar o Trabalho de Projecto.

Tendo em conta as necessidades evidenciadas, traçou–se um plano de projecto (vd. anexo 1) com as linhas orientadoras de todo o trabalho a realizar.

De realçar, desde logo, que dado a intencionalidade de cada um em se querer formar com os outros (auto–formação cooperada), a verbalização das necessidades e os respectivos consensos acerca do que aprofundar, foi ocorrendo naturalmente durante toda a formação, à medida que se foi reflectindo sobre a prática. Não fosse este um projecto em que a implicação do formando em todas as fases do processo de formação reflectisse tamanha importância em tudo o resto. Assim sendo, num clima permanentemente de negociação, os conteúdos aprofundados ao longo das sessões foram os seguintes:

Trabalho de Projecto e Tempo de Comunicações dos Projectos

5 momentos

Tempo de Estudo Autónomo 4 momentos Plano Individual de Trabalho 3 momentos Regulação da acção (gestão, critérios de avaliação,

regulação, instrumentos, portfolio)

3 momentos

Listas de Verificação 2 momentos

Conselho de Cooperação Educativa 2 momentos Projecto Curricular de Turma 1 momento

Em termos de estratégias de formação, o grupo definia de antemão o que aprofundar e através do preenchimento de planos temáticos (vd. anexo 2), sendo que o compromisso das mudanças a realizar ocorria por escrito. Assim, o referido plano estava organizado de forma a que cada formando no início da abordagem de cada módulo de actividade do modelo pedagógico, descrevesse minuciosamente as representações e o modo de organização que tinha, as dificuldades e questões e, sobretudo, as mudanças a realizar. Isto é, a descrição da situação real e a definição da situação desejada. Posteriormente, no final da abordagem de cada módulo de actividade ou até posteriormente a esse momento (dependia do tempo necessário às alterações terem o efeito desejado), cada

- 85 - formando escrevia uma reflexão acerca das mudanças que tinha conseguido alcançar.

Durante as sessões relatavam–se as formas de organização dos diferentes tempos de trabalho e às questões e dúvidas colocadas, apresentavam–se sugestões e estratégias para um maior aprofundamento do modelo pedagógico.

Tudo isto, sem esquecer a mediação do formador e as vantagens desta operação ocorrer num ambiente com forte cariz cooperativo, em que todos estavam interessados em se formar e a ajudar a formar os outros. Para além desse instrumento, rotativamente, em cada sessão havia um ou dois formandos responsáveis por elaborar uma acta, onde figurava o essencial da discussão e que servia igualmente como outra fonte de registo do conhecimento produzido em cooperação.

Sensivelmente a meio da formação, como é habitual nesta associação de professores e profissionais da educação, realizou–se um momento de análise sobre o processo de formação da acção, onde as conclusões ficaram registadas numa ficha de pilotagem definida para o efeito (vd. anexo 3). Porém, independentemente desse momento institucional, deveras importante para a regulação de toda a formação da referida associação, no seio dos formandos já se sentia uma desmotivação demasiado evidente. E, todos, em comum acordo, já tinham sentido necessidade de se parar e reflectir seriamente sobre o rumo de todo o processo formativo decorrido até então. Assim, perante a crítica de falta de objectividade que as sessões estavam a ter, a par do demasiado tempo gasto com alguns módulos de actividade do modelo que os formandos com menos dificuldades referiam, todos destacavam as diferenças entre os formandos quanto ao grau de implementação do modelo como um forte obstáculo. Na verdade, aqui já eram visíveis as falhas no dispositivo de formação para lidar com as naturais diferenças de cada um dos formandos. Contudo, mais uma vez em cooperação, decidiram–se tomar algumas medidas importantes:

• Apoio tutorial fora das sessões de formação a alguns formandos que apresentavam ainda dificuldades difíceis de ultrapassar;

• Maior objectividade nas sessões, mais concretamente através da definição de objectivos para cada sessão, tendo sempre como ponto de partida as dificuldades concretas dos formandos. No final das sessões os formandos definiam o que se comprometiam a mudar;

- 86 - • Periodicidade mais regular das sessões e maior assiduidade dos

formandos, tendo em conta alguns formandos apresentaram um número considerável de faltas e as sessões serem demasiado espaçadas.

A partir deste momento foi notória a evolução alcançada, sendo de destacar a maior união de grupo que também se vivenciou.

No final da formação, a partir da avaliação final dos formandos e do formador realizada através do diálogo conjunto e de questionários, interessa, igualmente, referir uma série de conclusões tomadas.

Em primeiro lugar, e sem querer repetir os aspectos do processo formativo que já foram referidos como pontos críticos, com o intuito de se contribuir para uma maior objectividade das sessões, todos concordaram em futuramente se utilizar uma lista de verificação com as competências e conteúdos a desenvolver na formação. Numa perspectiva isomórfica da formação e com a importância da partilha de critérios de avaliação desde cedo, a inclusão das referidas listas passaria a ser uma mais valia, não só para se lidar melhor com os vários níveis de implementação do modelo como para permitir que todos tivessem na “mão” as competências que teriam que se apropriar para atingir os objectivos desejados. Aliás, nas últimas sessões de formação o formador apresentou um esboço da tal lista que, através dos comentários dos formandos, foi enriquecida e alargada, originando as listas de verificação finais (vd. anexo 4) que foram utilizadas no Projecto de Investigação–acção do ano seguinte. Ainda a propósito de instrumentos de pilotagem da formação, também se concluiu que os planos temáticos deveriam ter sido mais reflectidos para que os prazos dos compromissos assumidos fossem atingidos. Contudo, a simples utilização dos planos temáticos no início da abordagem de cada tema, permitiu que cada formando definisse como já se organizava, quais as dificuldades e dúvidas que tinha e o que pretendia alterar/instituir na sua prática. Após nas sessões se terem abordado esses temas, as respectivas reflexões ajudaram a pensar sobre o que é que afinal tinham mudado. Isto é, esta estrutura permitiu a cada um que definisse o que já se fazia, o que se pensava fazer e o que na realidade acabou por ser realizado, tendo sempre como referência os textos teóricos e os princípios orientadores do modelo.

- 87 - A escrita dos diários profissionais de formação também teve pouca regularidade, o que empobreceu a partilha, tal e qual como os produtos culturais dos alunos e os instrumentos de pilotagem utilizados na turma que também pouco se divulgaram nas sessões de formação.

A propósito da estrutura das sessões, sugeriu–se para o ano seguinte a inclusão de um tempo inicial mais informal de partilha de acontecimentos escolares, bem como tempos definidos para a discussão dos textos lidos autonomamente e tempos para a discussão dos planos temáticos e consequente reflexões. Para além disso, concluiu–se também da utilidade em haver momentos que os formandos trouxessem as partes do portfolio individual já construídas, com o objectivo de se reflectir com a antecedência necessária do modo como o elaborar e completar. Ou seja, numa perspectiva de construção cooperada e processual do mesmo, ao contrário do que acabou por acontecer neste projecto, já que todos os formandos entregaram o portfolio após o termino das sessões de formação, o que inviabilizou qualquer enriquecimento derivado de uma partilha anterior à entrega final. Por outro lado, como se partilharam desde cedo os critérios de avaliação com as respectivas ponderações para a acreditação a atribuir (vd. anexo 5), e sendo três dos critérios relacionados com a qualidade do portfolio a apresentar, mais vantajoso então teria sido tal partilha.

Um formando sugeriu ainda a troca de instrumentos (via internet) e outro referiu o cumprimento do compromisso, no qual os formandos ao frequentarem um projecto desta natureza, devem aplicar a totalidade do modelo pedagógico.

Acerca dos conteúdos reflectidos na formação, apenas um dos cinco Módulos de Actividade do Modelo Pedagógico não foi aprofundado, o Tempo de Comunicação do professor, ou seja, as sessões colectivas de trabalho (Matemática, Revisão de Texto…). Contudo, após a avaliação final, verificou–se que havia ainda necessidade, tendo em conta as dificuldades ainda patentes na práticas dos formandos, de continuar a aprofundar o Tempo de Estudo Autónomo e o Trabalho em Projecto. Apesar de ter sido o Módulo de Actividade onde se gastou mais tempo a reflectir, o Conselho de Cooperação, foi o tema do modelo que mais necessidade os formandos sentiram que tinha que ser aprofundado.

Por último, para se compreender melhor as mudanças nas aprendizagens curriculares e na socialização dos alunos, concluiu–se ser importante a aplicação por parte dos formandos, de técnicas de análise e tratamento de dados para que

- 88 - as conclusões a registar tivessem maior validade. Nesta perspectiva, com um aumento de sessões, haveria a possibilidade dum maior acompanhamento e supervisão do projecto. Assim, os planos temáticos, reflexões escritas várias, os diários profissionais de formação, a recolha e o tratamento de dados, os critérios de avaliação e, portanto todas os componentes do processo formativo teriam espaço para uma verdadeira regulação cooperada.

De destacar ainda, o facto de que quatro dos formandos apresentaram comunicações no Congresso anual do MEM no final desse ano lectivo, validando e pondo à discussão todo o conhecimento produzido na formação em causa.

2. 2008/2009, Projecto de Investigação–acção

O Projecto de Investigação–acção de Aprofundamento do Modelo Pedagógico do MEM no 1º Ciclo iniciou–se em 28 de Outubro de 2008 com a participação de 5 formandos. Teve a duração de 25 sessões, somando no total 72 horas presenciais de formação e 50 não presenciais de trabalho autónomo.

Do projecto do ano anterior saíram duas formandas inscrevendo–se, no entanto, uma formanda que no ano transacto tinha apenas participado sem se inscrever e sem ter sido submetida a qualquer acreditação.

Teve como principal objectivo o aprofundamento do modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna no 1º Ciclo através de um processo de Investigação–acção mais incisivo e sistemático do que no ano anterior. Para além disso, a instituição do isomorfismo pedagógico permitiria a todos os formandos experienciar os princípios, instrumentos, tempos e estratégias de trabalho que os seus alunos experimentavam no dia-a-dia escolar. Assim, através da cooresponsabilização de todos na gestão do planeamento e avaliação das actividades, isto é, envolvidos no seu processo de ensino–aprendizagem, a responsabilidade, a participação, a cooperação e a autonomia eram competências que se desejavam alcançar.

Ao longo das 25 sessões de formação, e a partir do levantamento das expectativas e necessidades de domínio e problematização relativamente aos Módulos de Actividade do modelo efectuado no início da formação, a constituição do plano de projecto (vd. anexo 6) realizou–se, tendo sido abordados os seguintes conteúdos: A Organização e Gestão do Espaço e Materiais; O

- 89 - Conselho de Cooperação; O Tempo de Estudo Autónomo. Sendo então de destacar que (tendo em conta as necessidades ainda sentidas pelos formandos no final da formação, apesar de não se ter reflectido formalmente), diminuíram as necessidades sentidas de um domínio mais aprofundado ao nível do Trabalho em Projecto. Por outro lado, por não ter sido alvo de trabalho na formação, dado que os módulos de actividade investigados ocuparam mais sessões do que as perspectivadas, o Tempo de Comunicação do Professor nas sessões colectivas de trabalho continuou a ser um Módulo de Actividade a necessitar de ser aprofundado. Ainda a propósito dos Módulos de Actividade do modelo aprofundados, comparativamente ao Projecto de aprofundamento do modelo pedagógico do MEM realizado no ano lectivo de 2007/2008, neste ano foram apenas abordados formalmente 3 módulos, contudo, apesar disso, todos concluíram várias vezes que a profundidade empregue foi superior, o que na verdade trouxe resultados mais substanciais.

Antes de se descreverem todas as estratégias e instrumentos de pilotagem da formação utilizadas, é de todo relevante referir a importância da investigação que o formador desenvolveu paralelamente, no aprofundamento da tomada de consciência dos formandos, acerca das perspectivas que tinham inicialmente sobre os seus percursos e o processo formativo relativo ao projecto de formação do ano anterior. Daí, que o primeiro passo a ser dado foi o de realizar uma entrevista de grupo, antes deste 2.º ano de projecto iniciar. Em simultâneo, os formandos também tiveram acesso a uma análise realizada pelo formador aos portfolios individuais do projecto de formação do ano anterior.

Após estes passos, discutiu–se com os formandos os objectivos, os instrumentos, a avaliação e as estratégias da formação que se queriam instituir, no sentido de se clarificarem dúvidas e tornar visível o “contrato” a estabelecer entre todos. Sendo a cooperação o princípio–chave deste projecto, cedo se quis aprofundar o compromisso de que o sucesso de um seria o sucesso de todos. Assim, foram as listas de verificação da formação, já referidas e apresentadas em anexo, que em primeiro lugar foram apresentadas e discutidas.

Nas sessões seguintes entrou–se em contacto com a utilização da plataforma moodle e aprofundou–se teoricamente o conceito de Investigação– acção, tendo noção, contudo, de que mais tempo se teria que gastar com a

- 90 - aprendizagem do uso da plataforma em causa e com a estratégia seleccionada para se formarem.

Com o objectivo de partilhar as responsabilidades da gestão da formação com os formandos, de forma rotativa, a escrita das actas de cada sessão e a animação da plataforma moodle foram tarefas assumidas por todos ao longo do ano.

Como cada formando apresentava naturalmente necessidades diferentes, apesar de investigarem todos o mesmo tema, cada uma tinha um plano individual de trabalho de formação (vd. anexo 7) que preencheu também logo nas primeiras sessões. Quer o preenchimento quer toda a regulação do mesmo, foi acontecendo durante as sessões, tendo em conta que para se atingir o objectivo de qualquer instrumento de pilotagem, urgia regularmente discuti–lo em grupo, para que o sentido do mesmo não se perdesse e as mudanças fossem realmente alcançadas. O próprio, tal como também outros instrumentos, foi–se alterando de acordo com as necessidades, para que ajudasse os formandos a regular o seu percurso individual na formação. De destacar, que o plano estava organizado com os seguintes espaços: identificação do formando e data de vigência do plano; descrição dos conteúdos e competências da formação dominados e por dominar; descrição do módulo de actividade a investigar e respectiva avaliação; as actividades a realizar com os alunos e a respectiva avaliação; as técnicas de recolha e de análise de dados utilizadas e a respectiva avaliação; as leituras e os textos a produzir sobre o módulo em causa e a respectiva avaliação; as parcerias realizadas e a respectiva avaliação; os assuntos e os produtos comunicados no tempo inicial de partilha e a respectiva avaliação; a auto–avaliação geral de todo o trabalho realizado pelo formando; os comentários e sugestões dos colegas e do formador. De referir que o primeiro plano foi utilizado até ao final da investigação sobre a Organização e Gestão do Espaço e dos Materiais, enquanto que o segundo PIT, consequentemente, a sua utilização ocorreu até ao final da investigação dos dois Módulos de Actividade do modelo através da estratégia de formação de Trabalho de Projecto.

Acerca da forma como se organizou o tempo nas sessões de formação, no início de cada sessão havia sempre um tempo de partilha. Rotativamente de uma sessão para a outra, os formandos inscreviam-se e relatavam acontecimentos ocorridos na escola com colegas ou com os alunos, para além de

- 91 - este ser um dos momentos em que também se iria dando conta dos avanços e retrocessos do ciclo de Investigação-acção. Inclusivamente, os formandos poderiam apresentar algum livro que achassem interessante e também, por exemplo, ler excertos dos diários profissionais de formação. Definia–se sobretudo como um momento de partilha de avanços, recuos, emoções e de união entre todos.

Na investigação do primeiro tema: A Organização e Gestão do Espaço e Materiais, todos os formandos acharam importante aprofundar esta temática em colectivo, sendo utilizadas sensivelmente cerca de 6 sessões para este fim. De destacar, também, a importância de grande parte destas sessões terem ocorrido nas salas de alguns formandos, o que permitiu perceber no contexto real as

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