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DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO Tráfego

Provisão de participação nos lucros 1.251 1

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO Tráfego

O tráfego pedagiado totalizou 65,0 milhões de veículos equivalentes em 2015, 2,8% inferior quando comparado ao exercício anterior. Além dos fatores históricos que exercem influência no desempenho do tráfego nas estradas concessionadas, a desaceleração da atividade econômica brasileira, queda de consumo, de renda e de produção industrial e aumento na taxa de desemprego, além de fatores regionais nas localidades onde estão situadas as rodovias, contribuíram para a significativa queda.

A composição do tráfego pedagiado (medida em veículos equivalentes) em 2015 foi de 62% de veículos pesados e 38% de veículos leves.

Tráfego Pedagiado Composição do Tráfego 2015

Receita

A receita bruta da Companhia, composta por receita de pedágio, receita de obras e outras receitas acessórias, totalizou R$ 490,5 milhões em 2015, com crescimento de 12,6% em relação aos R$ 435,6 milhões registrados em 2014.

38% 62%

Passeio

 

Receita Bruta

(R$ milhões)

Composição da Receita Bruta

Ano 2015

A receita de pedágio cresceu 0,8%, passando de R$ 385,6 milhões em 2014 para R$ 388,6 milhões em 2015. A principal razão que levou ao aumento foi o reajuste das tarifas básicas praticadas em 4,11% à partir de 01/07/2015, com base na evolução do IGPM entre os meses de junho de 2014 e maio de 2015, levado em consideração, além da previsão contratual, o Termo Aditivo e Modificativo (“TAM”) nº 11/2011, bem como o Termo de Retirratificação ao sobredito TAM, formalizado em 25/06/2015.

Já a receita de obras provenientes da realização de investimentos no intangível, registrou um acréscimo de R$ 51,5 milhões, passando de R$ 44,8 milhões em 2014 para R$ 96,3 milhões em 2015, tendo como principais destaques: (i) a duplicação da SP147 (trecho do km 64 ao 85), (ii) a duplicação do contorno de Mogi Mirim (1ª fase) e (iii) os dispositivos de acesso/retorno e OAEs incluídas neste trecho.

As receitas acessórias, oriundas da exploração da faixa de domínio, totalizaram R$ 5,6 milhões (7,7% maior) em 2015.

No ano de 2015, a Companhia obteve uma receita líquida de R$ 456,0 milhões, R$ 54,5 milhões superior ao ano de 2014.

490,5

435,6

Os custos e despesas (excluindo depreciações e amortizações) aumentaram 34,3% em 2015 em comparação ao exercício de 2014. A variação de R$ 52,8 milhões é justificada pelos seguintes fatores:

ƒ Acréscimo de R$41,5 milhões com os “Custos de Serviços de Construção” devido à realização da duplicação da SP 147 (trecho do Km 64 ao 85), a duplicação do contorno de Mogi Mirim (1ª fase) e os dispositivos de acesso/retorno e OAE´s incluídas neste trecho; ƒ Aumento em serviços de terceiros no montante de R$ 2,3 milhões devido à externalização

dos serviços APH, anteriormente à esse processo os serviços eram executados por pessoal próprio;

ƒ Aumento de R$1,4 milhão em despesas com pessoal deve-se ao reajuste do dissídio coletivo da categoria em 7% e aumento referente ao rateio das despesas corporativas, compensados com a variação negativa decorrente da externalização dos serviços de APH; ƒ Acréscimo em R$0,8 milhão na conta de tendo como impacto principal, o reajuste da tarifa

de energia elétrica;

ƒ Redução de R$2,8 milhão em outros deve-se principalmente ao pagamento de indenizações à terceiros realizados a menor no ano de 2015;

ƒ Redução de R$ 0,6 milhão em remuneração da administração tendo como destaque a inclusão do rateio das despesas do Diretor Presidente das concessionárias estaduais no ano de 2015. No ano de 2014 as despesas do Diretor Presidente eram consideradas 100% na Intervias.

R$ milhões 2015 2014 Var.

Custos dos serviços de construção (96,3) (44,8) 114,9%

Serviços de terceiros (9,2) (6,9) 32,8%

Pessoal (32,8) (31,4) 4,5%

Provisão para manutenção de rodovias (32,1) (32,6) -1,6%

Conservação (13,7) (13,0) 4,7%

Custos com o poder concedente (7,2) (7,0) 2,5%

Seguros e garantias (1,9) (1,9) 5,0%

Remuneração da Administração (2,2) (2,8) -24,4%

Consumo (5,3) (4,5) 17,5%

Outros (6,2) (9,0) -31,5%

 

EBITDA e EBITDA Ajustado

EBITDA (Earnings before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization): medida de desempenho operacional dada pelo Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA). O EBITDA não é medida utilizada nas práticas contábeis e também não representa fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerado como alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem significado padronizado e, portanto, não pode ser comparado ao EBITDA de outras companhias.

A Companhia entende que a melhor demonstração da geração de caixa das atividades operacionais, compreendidas pela cobrança de pedágio e operação dos principais serviços nas rodovias, é o EBITDA Ajustado, que corresponde ao EBITDA adicionando-se o montante de Provisão para Manutenção de Rodovias, cujo efeito caixa ocorrerá somente em exercício fiscal futuro.

O EBITDA Ajustado, excluindo os efeitos das provisões de manutenção em rodovias advindas da adoção do ICPC-01, encerrou o ano de 2015 em R$281,3 milhões, com um aumento de 0,4% em relação ao ano anterior, justificado pelo incremento da receita pedagiada.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro líquido de 2015 foi negativo em R$ 36,8 milhões, 125,0% maior quando comparado ao ano de 2014. Os principais fatores que contribuíram para esse aumento foram:

ƒ As receitas financeiras apresentaram um aumento de 78,8%, que correspondeu a R$54,9 milhões. Este aumento está diretamente relacionado ao aumento da taxa média do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) a qual são remuneradas as aplicações financeiras e os contratos de mútuos, além da emissão de novos contratos de mútuo/debêntures privada no decorrer do ano de 2015.

ƒ As despesas financeiras sofreram aumento de R$75,4 milhões (87,6%) em consequência da variação maior da taxa média do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os quais são aplicados para a remuneração das

R$ milhões 2015 2014 Var.

Receita líquida 456,0 401,5 13,6%

(-) Custos e despesas (excl. deprec. e amortização) (206,9) (154,1) 34,3%

EBITDA 249,2 247,4 0,7%

(+) Provisão para manutenção de rodovias 32,1 32,6 -1,6%

EBITDA Ajustado 281,3 280,0 0,4%

R$ milhões 2015 2014 Var.

Receitas Financeiras 124,6 69,7 78,8%

Despesas Financeiras (161,4) (86,0) 87,6%

Lucro Líquido

A Companhia encerrou o exercício de 2015 com uma queda de R$17,8 milhões em seu lucro líquido quando comparado aos R$142,9 milhões do ano anterior. Este resultado se deu principalmente em função da queda das receitas e aumento dos custos e despesas operacionais e resultado financeiro líquido negativo.

Endividamento

¹ Curto e longo prazo.

Em 31 de dezembro de 2015, o endividamento bruto totalizou R$ 1.029,1 milhões, apresentando um aumento de R$ 30,7 milhões (3,1%) em relação ao ano anterior.

O endividamento líquido (composto por dívida bruta menos caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e aplicações financeiras vinculadas), encerrou o ano de 2015 em R$ 851,9 milhões, representando um aumento de 121,1% em relação ao ano de 2014, resultante principalmente da redução das disponibilidades de caixa. O grau de alavancagem, medido pela equação dívida líquida / EBITDA Ajustado – Ônus Fixo (últimos 12 meses) ficou em 3,1x. Ao final do exercício anterior esta relação era de 1,4x. R$ milhões 31/12/2015 31/12/2014 Var. Dívida Bruta 1.029,1 998,4 3,1% Curto Prazo 254,4 27,1 838,8% Longo Prazo 774,7 971,3 -20,2% Disponibilidades e aplicações financeiras ¹ (177,2) (613,1) -71,1% Dívida Líquida 851,9 385,3 121,1%

 

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