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Corte

Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.

Hachuras

Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada cortada, mostram também os tipos de materiais.

O hachurado é traçado com inclinação de 45 graus.

Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será imaginada cortada.

Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do observador.

Corte na vista frontal

Corte na vista lateral esquerda

Observações:

A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.

As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.

Na vista hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leitura do desenho.

Mais de um corte no desenho técnico

Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário representar mais de um corte na mesma peça.

Exemplo de desenho em corte cotado

Meio-corte

O meio-corte é empregado no desenho de peças simétricas no qual aparece somente meia-vista em corte. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar, em uma só vista, as partes internas e externa da peça.

Em peças com a linha de simetria vertical, o meio-corte é representado à direita da linha de simetria, de acordo com a NBR 10067.

Na projeção da peça com aplicação de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser  omitidas na parte não-cortada.

Meio-corte em vista única

Em peças com linha de simetria horizontal, o meio-corte é representado na parte inferior da linha de simetria.

Duas representações em meio-corte no mesmo desenho

Representação simplificada de vistas de peças simétricas

Nem sempre é necessário desenhar as peças simétricas de modo completo. A peça é representada por uma parte do todo, e as linhas de simetria são identificadas com dois

Outro processo consiste em traçar as linhas da peça um pouco além da linha de simetria.

Meia-vista

Escalas

Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estudar o seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade.

Existem coisas que podem ser representadas no papel em tamanho real.

Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar  seus detalhes.

Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações des- tes objetos.

Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é possível através da representação em escala.

O que é escala

A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas line- ares do objeto representado.

Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real da peça. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer ta- manho real.

Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, ou au- mentadas, ou reduzidas proporcionalmente.

As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas.

Veja um exemplo.

Figura A Figura B Figura C 

A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos retos. Cada lado da figura A mede 2u (duas unidades de medida).

B e C são figuras semelhantes à figura A: também possuem quatro lados iguais e qua- tro ângulos iguais. Mas, as medidas dos lados do quadrado B foram reduzidas pro- porcionalmente em relação às medidas dos lados do quadrado A. Cada lado de B é uma vez menor que cada lado correspondente de A.

Já os lados do quadrado C foram aumentados proporcionalmente, em relação aos lados do quadrado A. Cada lado de C é igual a duas vezes cada lado correspondente de A.

Note que as três figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ângulos i- guais.

Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.

A seguir você vai aprender a interpretar cada uma dessas escalas, representadas em desenhos técnicos. Mas, antes saiba qual a importância da escala no desenho técnico rigoroso.

Desenho técnico em escala

O desenho técnico que serve de base para a execução da peça é, em geral, um dese- nho técnico rigoroso. Esse desenho, também chamado de desenho técnico definitivo, é feito com instrumentos: compasso, régua, esquadro, ou até mesmo por computador. Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre à mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as propor- ções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bucha.

No esboço cotado, as medidas do objeto não são reproduzidas com exatidão.

No desenho técnico rigoroso, ao contrário, existe a preocupação com o tamanho exa- to da representação. O desenho técnico rigoroso deve ser feito em escala e essa es- cala deve vir indicada no desenho.

Escala natural

Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. Veja um desenho técnico em escala natural.

Você observou que no desenho aparece um elemento novo? É a indicação da escala em que o desenho foi feito.

A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da palavra escala: ESC, se- guida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral à esquerda dos dois pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois pontos representa as medidas reais da peça.

Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o ta- manho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.

A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1 (lê-se um por  um). A escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1.

Escala de redução

Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho real da peça. Veja um exemplo de desenho técnico em escala de redução.

As medidas do desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do rodeiro de vagão real. A indicação da escala de redução também vem junto do dese- nho técnico.

Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos sempre será 1. E o numeral à direita sempre será maior que 1.

No desenho acima o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por vin- te).

Escala de ampliação

Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da peça. Veja o desenho técnico de uma agulha de injeção em escala de ampliação.

As dimensões desse desenho são duas vezes maiores que as dimensões correspon- dentes da agulha de injeção real. Esse desenho foi feito na escala 2:1(lê-se: dois por  um).

A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos. Só que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho técnico, será maior que 1. O numeral da direita sempre será 1 e representa as medidas reais da peça.

Escalas recomendadas

Você já aprendeu a ler e interpretar desenhos técnicos em escala natural, de redução e de ampliação. Recorde essas escalas:

desenho peça ↓ ↓ Natural – ESC 1 : 1 ampliação – ESC 2 : 1 redução – ESC 1 : 2

Nas escalas de ampliação e de redução os lugares ocupados pelo numeral 2 podem ser ocupados por outros numerais. Mas, a escolha da escala a ser empregada no de- senho técnico não é arbitrária.

As escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196, são:

Categoria Escalas recomendadas

2 : 1 5 : 1 10 : 1 Escala de ampliação 20 : 1 50 : 1 Escala natural 1 : 1 1 : 2 1 : 5 1 : 10 1 : 20 1 : 50 1 : 100 1 : 200 1 : 500 1 : 1 000 Escala de redução 1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000

As escalas da tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.

A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão definem o formato da folha para desenho.

Cotagem em diferentes escalas

Observe os dois desenhos a seguir. O desenho da esquerda está representado em escala natural (1 : 1) e o desenho da direita, em escala de redução (1 : 2). Observe que as cotas não sofreram alterações.

A redução ou ampliação do desenho somente tem efeito sobre o traçado do desenho. As cotas que indicam a medida do ângulo permaneceram as mesmas e a abertura do ângulo também não muda. Variam apenas os tamanhos lineares dos lados do ângulo,

Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 Elaborador: Antonio Ferro

José Romeu Raphael

Daniel Camusso

46.70.11.311-1 Desenho I

Iniciação ao desenho Exercícios 1

46.70.12.324-3 Desenho II

Desenho com instrumentos Exercícios 2

46.70.13.337-6 Desenho III

Desenho para caldeiraria Exercícios 3

46.70.13.341-9 Desenho III

Desenho para marcenaria Exercícios 4

46.70.13.359-3 Desenho III

Desenho para mecânica Exercícios 5

46.70.13.365-1 Desenho III

Desenho para modelação Exercícios 6

46.70.13.373-2 Desenho III

Desenho para serralharia Exercícios 7

No documento Apostila Desenho I - Iniciacao Ao Desenho_noPW (páginas 122-142)

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