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Capítulo 5. Modelo de validação de ferramentas web X.0 no ensino-

5.3 Desenho

O desenvolvimento do modelo resulta do planeamento estruturado realizado na fase de desenho, como já foi referido anteriormente este resulta de quatro passos:

1 - Definição de restrições

O ideal seria não existirem restrições e incluir no modelo todas as ferramentas web que são diariamente utilizadas tanto a nível nacional como internacional, sendo tal praticamente impossível, foram definidas duas restrições, a primeira relativa à abrangência do estudo onde foram consideradas apenas as ferramentas web utilizadas em Portugal, ficando para considerações futuras o mesmo estudo mas a nível internacional. A segunda restrição está relacionada com a exequibilidade do estudo, tendo sido analisadas numa fase experimental da avaliação do modelo apenas as cinco

• Planeamento • Desenvolvi mento e distribuição do material didático • Exposição

(ensino) • Avaliação • Assitência (acompan hamento)

ferramentas mais utilizadas diariamente em Portugal, na fase da avaliação real do modelo já foram utilizadas as ferramentas web apropriadas aos interesses dos formadores que participaram no estudo de caso.

2 - Critério de seleção

A primeira restrição delimitou a seleção das ferramentas web tendo sido consideradas para a segunda restrição apenas aquelas que são mais utilizadas em Portugal no mês desta investigação. Para escolher as ferramentas web utilizou-se como critério de seleção o site Alexa – The Web Information Company (Alexa, 2014) onde foram identificadas dez ferramentas web mais utilizadas no mês que se efetuou a consulta, os resultados são exibidos na Tabela 21. Optou-se por aferir mais ferramentas do que as necessárias para a criação do modelo porque algumas delas são do mesmo tipo, sendo necessário fazer alguns ajustes para se conseguir uma lista mais heterogénea.

Top Ten

Ferramenta Web

Nome URL Sites

ligados Tipo

1 google.pt www.google.pt/ 9.843 Pesquisa

2 facebook.com www.facebook.com/ 6.912.060 Social

3 google.com www.google.com/ 3.566.557 Pesquisa

4 youtube.com www.youtube.com/ 3.580.860 Vídeos

5 sapo.pt www.sapo.pt/ 30.758 Pesquisa

6 neobux.com www.neobux.com/ 66.572 Negócio

7 wikipedia.org www.wikipedia.org/ 1.933.807 Enciclopédia

8 live.com login.live.com/ 88.778 E-mail

9 abola.pt abola.pt/ 2.862 Desporto

10 xl.pt www.xl.pt/ 4.133 Noticias

Tabela 21 - As 10 ferramentas web mais utilizadas em Portugal, adaptado de Alexa (Alexa, 2014).

Na Tabela 21 o facebook sobressai não por ser a ferramenta de eleição quanto ao número de visitas diários mas porque inquestionavelmente se liga com o maior número de sites. Na ótica da teoria de George Siemens sobre o conetivismo (Siemens, 2004), esta ferramenta web utilizada adequadamente nos ambientes educacionais pode marcar a diferença no ensino-aprendizagem.

Com base na Tabela 21, as ferramentas web que irão fazer parte do modelo são: google.pt – Permite realizar pesquisas de informação em todo o mundo do tipo páginas web, imagens e vídeo. Oferece caraterísticas únicas na tecnologia de pesquisa;

facebook.com – Ferramenta do tipo rede social que conecta pessoas e amigos, permite a partilha de fotos, links e vídeos;

youtube.com – Forma de obter e partilhar vídeos por todos os utilizadores da internet;

neobux.com – Fornece uma nova solução de negócio onde o utilizador da internet é pago por fazer clique do rato, pode-se multiplicar os ganhos apenas por visualizar anúncios;

wikipedia.org - Enciclopédia livre construída de forma colaborativa por todos os utilizadores da internet.

Foram excluídas da lista inicial o google.com e o sapo.pt por serem ambas do mesmo tipo de ferramenta do google.pt. Desta forma na avaliação que irá ser feita do modelo consegue-se ter um conjunto de ferramentas mais heterogénea e próximo da realidade.

3 - Especificação de requisitos

Para Celina Oliveira, Eliane Menezes e Mércia Moreira (C. Oliveira et al., 1987), avaliar é um processo de classificar situações específicas de critérios pré-estabelecidos, para se especificar os requisitos de desempenho e de avaliação do modelo reuniram-se os parâmetros de validação em três grupos: Comunicação; Gestão de Ensino- Aprendizagem e Avaliação.

Comunicação - contêm os parâmetros que permitem estabelecer uma transmissão síncrona e assíncrona do conhecimento e aprendizagem entre o professor e aluno ou aluno e aluno. Fazem parte deste grupo os parâmetros: Fórum; Chat e Diálogo.

Gestão de Ensino-Aprendizagem - contêm os parâmetros que permitem fazer o acompanhamento e auxiliar o professor na transmissão do conhecimento do ensino-

aprendizagem aos alunos. Fazem parte deste grupo os parâmetros: Trabalho; Glossário; Questionário; Wiki; Recursos e SCORM.

Avaliação - reúne todos parâmetros que possibilitam que o professor efetue uma avaliação contínua do aluno no seu processo de aquisição de conhecimento no ensino- aprendizagem. Fazem parte deste grupo os parâmetros: Referendo; Lição; Teste e Workshop.

Cada um destes grupos vai ter um peso diferente relativamente à percentagem total da avaliação do grau de funcionalidade da ferramenta web. Este critério está relacionado com o facto do grupo de parâmetros estar mais relacionado ou não com o ensino-aprendizagem, quanto maior for essa afinidade maior será a percentagem que irá contribuir para o resultado final.

A cada um destes grupos foi atribuído percentualmente um grau de funcionalidade mediante a importância que cada um representa no processo de aprendizagem, sendo tanto maior quanto maior for o seu contributo, desta forma foi criada uma heurística matemática que permitiu aferir o valor. A todos os parâmetros constantes do modelo atribui-se a seguinte nomenclatura (1):

= ! {" , !"#, … , !$#}#%&'#!(# ) #*#+#- . # /0 (1)

Onde ! representa todos os parâmetros constantes no modelo.

Ao grupo comunicação atribui-se a seguinte nomenclatura (2):

1 = # {2 , 2"#, … , 2$#}#%&'#2(# ) #1#+#- . # /0 (2)

Onde 2 representa os parâmetros do grupo comunicação.

Ao grupo gestão de ensino-aprendizagem atribui-se a seguinte nomenclatura (3): 3 = # {4 , 4"#, … , 4$#}#%&'#4(# ) #3#+#- . # /0 (3)

Ao grupo avaliação atribui-se a seguinte nomenclatura (4):

= ! {"#, "$!, … , "%!}!&'(!")!* ! !+!- . ! /0 (4)

Onde " representa os parâmetros do grupo avaliação.

Atribui-se ao grau de funcionalidade de cada um dos parâmetros 1 constantes no modelo o peso de 1%, considerando que o grupo avaliação é o que mais contribui no processo de aprendizagem do aluno não só pela componente da avaliação propriamente dita mas também porque os parâmetros são os que permitem ao professor abordar e transmitir melhor os conteúdos pedagógicos, atribuímos a cada um dos parâmetros deste grupo a soma dos pesos de todos os parâmetros (5):

° = !232 45!×!657

#88 !&'(!!- . ! /

0 (5)

Tendo sido nesta investigação identificados treze parâmetros de validação, o grau de funcionalidade de cada parâmetro " do grupo avaliação vai ser de13%, sendo o contributo total deste grupo no modelo ° de 54%.

No grupo gestão ensino-aprendizagem 9 os seus parâmetros : tem fortes características no domínio pedagógico, por essa razão o grau de funcionalidade atribuído a cada um dos parâmetros deste grupo foi calculado com base no arredondamento por excesso da metade do valor percentual de um parâmetro do grupo avaliação , representado pela nomenclatura " ;< ! (6):

°9 = !23>5!×!6 $< !7

#88 !&'(!!- . ! /

0 (6)

O grau de funcionalidade de cada parâmetro : do grupo ensino-aprendizagem 9 vai ser de7%, sendo °9 o contributo total deste grupo no modelo de 42%.

Dos três grupos, comunicação ? foi considerado o que menos proporciona capacidade de participação em todo o processo de aprendizagem do aluno, assim sendo

cada um dos parâmetros deste grupo foi calculado com base no arredondamento por excesso de um quarto do valor percentual de um parâmetro do grupo ensino- aprendizagem !, representado pela nomenclatura " 4# $ (7):

°% = $&(')$×$* +# $,

-.. $/01$$2 3 $ 5

6 (7)

O grau de funcionalidade de cada parâmetro do grupo comunicação % vai ser de 2%, sendo °% o contributo total deste grupo no modelo de 6%.

4 - Revisão da especificação

Segundo Shari Pfleeger (Pfleeger, 1991) a especificação de requisitos disponibiliza uma forma de validação do modelo e a revisão assegura que este propósito é atingido, sendo por isso fundamental e necessária.

Carol Britton e Jill Doake (Britton & Doake, 2006) sugerem que a revisão/validação deve ser conduzida ao longo de todo o processo de levantamento e especificação de requisitos. Roger Pressman (Pressman, 2010) refere que a revisão deve ser conduzida de uma forma minuciosa para garantir que a especificação seja completa, consistente e precisa.

Tendo em consideração os critérios e especificações identificadas anteriormente será enunciada a fórmula matemática que permitirá ao modelo aferir quantitativamente o grau de funcionalidade de determinada ferramenta web no ensino-aprendizagem.

Assim sendo, heurística matemática que permitirá ao modelo aferir quantitativamente o grau de funcionalidade de determinada ferramenta web no ensino- aprendizagem é representada pela função 7(%; !; 8, (8):

7(%; !; 8, = $9: < & > ? $@: < & "A? BC: < & DE$/01$2F G$H$I 3 $ 5.6 (8)

No documento Web X.0: Ferramenta de ensino-aprendizagem (páginas 101-107)

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