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2 •Trilha 1: Motivação, metacognição,

6. Desenvolvendo o letramento multissemiótico

de Jovens e Adultos por meio da produção de infográficos.

Valéria M. da Costa, Liliana M. Passerino, Liane M. R. Tarouco.

Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa feita com alunas jovens e adultas, visando o desenvolvimento de seu letramento multissemiótico por meio da produção de infográficos.

2014

UFRGS

7. Uso de jogo

computacional para auxílio a alfabetização de Jovens e Adultos do ciclo I.

Luciene C. Rodrigues,

Daynara M. Campos, Susana Cristina Pupio.

Neste artigo apresenta-se a experiência com o uso de jogos computacionais (Alfabetizando 2.0) como auxílio à alfabetização de jovens e adultos, sendo que os testes foram realizados com 16 alunos e duas professoras do curso regular, obtendo-se alto índice de aceitação. (Faz referência ao celular).

2014 IFSP

Fonte: Dados da pesquisa.

O trabalho Níveis de letramento e equivalentes textuais culturalmente adaptados na educação continuada e inclusiva (Vanessa Maia de A. Magalhães, Marcos A. R. Silva, Junia C. Anacleto), descreve uma proposta de criação e disponibilização de hiperdocumentos, os conteúdos disponibilizados através da Web, e neste caso, adaptados aos níveis cultural e de letramento dos produtores de leite, levando-os a conhecer as modernas técnicas e as informações de que

precisam para que possam melhorar a qualidade do leite que produzem.

A experiência evidencia um dos pilares da obra de Paulo Freire, a importância da contextualização no trabalho educativo com a pessoa adulta, e de como esse cuidado pode interferir positivamente no seu cotidiano, neste contexto, proporcionando entre outros aspectos, sua autonomia frente às inovações e informações técnicas necessárias às suas atividades como produtores leiteiros.

[...] a hipótese levantada é que o nível de letramento pode ser expresso pelo senso comum porque este último integra a cultura de uma comunidade. Neste sentido pressupõe-se que informações culturalmente contextualizadas pelo senso comum e simplificadas textualmente ajudarão os produtores de leite a compreenderem melhor as informações técnicas porque trarão um vocabulário familiar que traduz o significado produzido por eles próprios com base no nível de letramento que possuem. (Magalhães et al., 2010, p. 1386).

A segunda proposta, Objetos de aprendizagem, educação à distância e educação de Jovens e Adultos, (Nara Nornberg, Sandro J. Rigo, Susane Garrido, Eliane Schlemer, Maria A. Friedrich), uma parceria entre a Unisinos Virtual

(Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e o SESI (Serviço Social da Indústria)

revela um robusto trabalho multidisciplinar que relaciona Educação de Jovens e Adultos e Educação a Distância. Envolvendo uma equipe de 250 professores e 15 pedagogas, com o objetivo de realizar a adaptação e disponibilização de material educacional para ser utilizado em turmas de EJA ofertadas na modalidade EaD. Conforme os autores, o resultado final consiste na elaboração de um dos mais amplos acervos de objetos de aprendizagem disponibilizados nesta área, integrados por meio de objetivos e estratégias pedagógicas e pensados especificamente para este contexto. Para Nornberg et al., (2010),

[...] o uso da EaD na EJA atende aos pressupostos pedagógicos inerentes a necessidades cognitivas deste sujeito, por ser de certa forma mais flexível e menos linear. Nas palavras de Arroyo (2006), é preciso estreitar o diálogo entre os saberes e significados acumulados na trajetória de vida dos jovens e adultos populares e os conhecimentos científicos sociais, alargando-os e propiciando o acesso e a garantia do direito ao conhecimento, à ciência, à tecnologia e às ferramentas da cultura universal. (NORNBERG et al., 2010, p. 1132).

autora do artigo Inclusão Digital: uma proposta na alfabetização de jovens e adultos, (Mônica Gardelli Franco), discute a relação do sujeito não alfabetizado com uma sociedade letrada e digital, colocando o foco na problemática de como incluir digitalmente esses adultos que sequer tiverem acesso à escolarização formal, “de modo que, simultaneamente à sua alfabetização, adquiram as habilidades necessárias para atuarem no mundo da tecnologia? Qual inclusão seria esta?” (FRANCO, 2003, p. 217). Destarte,

Com olhos para esta realidade, aponta-se a importância de projetos de alfabetização de adultos que incorporem o uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) com o objetivo de permitir que estes superem do grau de exclusão no qual se encontram. Embora o uso do recurso tecnológico se configure em um grande desafio para estes adultos, o acesso às TICs permite a estas pessoas se integrarem ao movimento da atualidade e desenvolverem competências para a utilização da leitura e escrita para atuar no contexto no qual estão inseridas. (FRANCO, 2003, p. 219).

Sendo assim, segundo a autora, as atividades que se utilizam do computador na alfabetização de jovens e adultos, e no presente contexto acrescentam-se dispositivos de modo geral, “devem estar engajadas em projetos que tenham significação individual e relevância sociopolítica e permear a construção de conhecimento que se faz no espaço educativo”. (FRANCO, 2003, p. 224). Nesse mesmo sentido, o trabalho intitulado Uso de Jogo Computacional para Auxílio à Alfabetização de Jovens e Adultos do Ciclo I (Luciene C. Rodrigues, Daynara M. Campos, Susana C. Pupio) apresenta uma experiência de utilização de jogos computacionais em uma turma de EJA utilizando-se o software Alfabetizando 2.0.

O objetivo da proposta, segundo os seus autores, é o desenvolvimento de um jogo lúdico, dentro dos princípios do ensino andragógico, que auxiliasse no processo de alfabetização de alunos jovens e adultos como ferramenta interativa e disponibilizada gratuitamente. De acordo com Rodrigues et al., (2014), para a criação do aplicativo, previamente foram realizadas pesquisas na tentativa de encontrar jogos similares, que não fossem infantilizados e que pudessem proporcionar o trabalho com palavras e atividades do cotidiano destes alunos, todavia, a maioria estava voltada ao público infantil. Como sugestão de leitura na

temática os autores fazem referência ao trabalho de Carvalho et al., (2013), já catalogado nos resultados do simpósio de informática.

Acrescenta-se a atenção dada pelos autores, tomando por base a discussão de Martins (2013), à questão da “vivência extracurricular” do público jovem e adulto, da necessidade de incorporação de seus saberes, adquiridos ao longo de suas experiências, às ações educativas, “é preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos” (RODRIGUES et al., 2014, p. 586), outro grande legado pioneiramente deixado por Freire.

Ainda sob a orientação de Martins (2013), os autores ressaltam a importância de relacionar as tecnologias aos cursos de EJA, sobretudo, na alfabetização, utilizando o computador e mesmo o celular, explorando atividades como os jogos educativos, o envio e recebimento de mensagens via e-mails ou SMS, como afirmam “trabalhando a inclusão digital e suas tecnologias como facilitadoras e também prazerosas” (RODRIGUES et al., 2014, p. 587), de tal modo o professor apresenta a tecnologia àqueles que não tinham nenhuma aproximação com o esse tipo de recurso e amplia os conhecimentos daqueles que demonstram algum domínio, estabelecendo assim uma importante troca de saberes.

Certamente todos os trabalhos sugeridos pelos descritores em AJA mereceriam aqui espaço de discussão, entretanto, os artigos comentados se destacaram por trazerem à tona inquietações pelas quais este estudo buscou perscrutar, no tocante à alfabetização dos sujeitos jovens e adultos e sua também condição de excluídos digitais. Como já dito, urgem esforços educativos, entendendo-se aqui um esforço conjunto, pedagógico, político, social, que conciliem essa demanda histórico-social, o fim do analfabetismo, a esta outra demanda contemporânea, a participação de todos nesta sociedade globalizada, conectada e móvel.

4.3.3 Revista Eletrônica Anais do Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

O Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação, promovido pelo Núcleo de Estudos em Hipertexto e Tecnologias na Educação da Universidade Federal de

Pernambuco (NEHTE/UFPE) e pelo Grupo Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE/UFPE), tem a finalidade de proporcionar a divulgação e o debate acerca de experiências educativas nas áreas de Linguística, Letras, Educação, Informática e outras áreas afins, associando em suas metodologias a utilização de recursos tecnológicos. A caracterização nas áreas de linguagem marca uma forte presença de propostas voltadas ao ensino de línguas.

Os trabalhos submetidos são concentrados em temas que apresentam algumas variações a cada edição, de acordo com a temática principal, como mostra o quadro abaixo, elaborado a partir das informações que ainda puderam ser encontradas nos websites disponíveis. Conforme seu histórico84 o evento

também oportuniza espaço para reflexões em torno das questões relevantes à problemática central. A título de ilustração de sua variedade temática foi incluída a 6ª edição que ocorrerá no período de 07 a 08 de dezembro do corrente ano.

Quadro 11 – Resumo dos temas e questões do Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação