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Desenvolvimento de software para o sistema operacional Android

No documento ANGICOS Setembro/2018 (páginas 30-36)

O Android é um sistema operacional baseado no núcleo (kernel) Linux e

atualmente desenvolvido pela empresa de tecnologia Google (ANDROID DEVELOPERS, 2018b). Com uma interface de usuário baseada na manipulação direta, o Android é projetado para atender principalmente dispositivos móveis com

tela sensível ao toque como smartphones e tablets. Há ainda versões específicas

com interface para TV (AndroidTV), carro (Android Auto) e relógio de pulso (Android

Wear). Apesar de ser utilizado primariamente em dispositivos com tela sensível ao

toque, também é utilizado em consoles de videogames, câmeras digitais, computadores e outros dispositivos eletrônicos.

O Android tem crescido na quantidade de aplicativos de terceiros desenvolvidos para o sistema. Tais aplicativos podem ser adquiridos por usuários

– APK) ou utilizando-se de um programa de alguma loja de aplicativos virtual. A Google Play Store é a loja primária na qual estão disponíveis a grande maioria dos aplicativos para Android. Tal loja permite ao usuário do Android navegar, comprar, baixar e atualizar aplicativos desenvolvidos ou pelo Google ou por terceiros.

É importante ressaltar que desenvolvimento de programas ou aplicativos para o sistema operacional Android é feito com a utilização da Linguagem de Programação Java (mais recentemente, a Google adotou uma nova linguagem de programação denominada Kotlin), utilizando o Kit de desenvolvimento de software

Android (Software development kit – SDK).

2.2.1 Desenvolvimento Nativo

Aplicativos ou apps que estendem funcionalidades dos dispositivos, quando desenvolvidos de forma nativa para Android, usam primariamente a linguagem Java ou Kotlin, usando-se do Kit de desenvolvimento de software Android (SDK). O SDK agrega um conjunto de ferramentas de desenvolvimento, que inclui um depurador

(debbuger), biblioteca com objetos padrão do Android (botões, imagens, rotinas de

acesso ao banco de dados), um emulador para testes em ambiente simulado, a documentação do sistema operacional e das bibliotecas auxiliares e pedaços de código de exemplo (ANDROID DEVELOPERS, 2018b). O ambiente de

desenvolvimento integrado (Integrated Development Environment – IDE)

oficialmente suportado é o Android Studio. 2.2.2 Desenvolvimento mobile multiplataforma

Além do desenvolvimento nativo, existe ainda a abordagem multiplataforma, onde, em um único processo de desenvolvimento, é criado um aplicativo que pode

ser lançado em plataformas diferentes. Isso é feito com a utilização de frameworks

que utilizam tecnologias WEB (tais quais a linguagem Javascript, HTML5, CSS3). Os aplicativos podem ser criados com essas tecnologias WEB e, em seguida, distribuídos por lojas de aplicativos nativos para serem instalados nos dispositivos que tem sistemas operacionais distintos.

devido à familiaridade no desenvolvimento com a linguagem nativa, o Java. Além

disso, apesar dos avanços dos frameworks, aplicações nativas oferecem uma

melhor experiência ao usuário, engajando-os de forma natural em seu uso.

Adicionalmente, ainda há problemas de maturidade nos frameworks de terceiros que

foram considerados na escolha do desenvolvimento nativo (ALTEX, 2018).

São exemplos de frameworks para desenvolvimento multiplataforma:

 Ionic: O Ionic é um SDK de código aberto para o desenvolvimento de

aplicativos móveis híbridos. A versão original foi lançada em 2013 e foi construída em cima da AngularJS e Apache Cordova. O lançamento mais recente, Ionic 3, é construído em Angular. A Ionic fornece ferramentas e serviços para desenvolver aplicativos móveis híbridos usando tecnologias da Web como CSS, HTML5 e Sass. A Ionic foi criada por Max Lynch, Ben Sperry e Adam Bradley da Drifty Co. em 2013 (IONIC, 2018).

 Xamarin: O Xamarin é uma empresa de software da Microsoft, fundada

em maio de 2011 pelos engenheiros que criaram Mono, Mono para Android e MonoTouch, que são implementações multiplataforma da

Infraestrutura de linguagem comum (Common Language Infrastructure

CLI). Outro exemplo de implementação da CLI é o framework

Microsoft.NET. Com uma base de código compartilhada em C#, os desenvolvedores podem usar as ferramentas Xamarin para escrever aplicativos nativos de Android, iOS e Windows com interfaces de usuário nativas e compartilhar código em várias plataformas, incluindo o Windows e o MacOS (XAMARIN, 2018).

 React: O React é uma biblioteca de JavaScript para criar interfaces de

usuário. É mantida pelo Facebook, Instagram e uma comunidade de desenvolvedores e corporações individuais. React permite aos desenvolvedores criar grandes aplicativos da web que usam dados e podem mudar ao longo do tempo sem recarregar a página. Destina-se principalmente a fornecer velocidade, simplicidade e escalabilidade. React processa apenas interfaces de usuário em aplicações. Isso corresponde à visão no padrão modelo-visão-controlador

(Model-View-Controller – MVC), e pode ser usado em combinação com outras

bibliotecas JavaScript ou frameworks no MVC, como o AngularJS

(REACT, 2018). 2.2.3 Material Design no Android

O Google fornece um site com informações pertinentes ao desenho (design)

da interface de aplicativos Android, o Material Design6. Adicionalmente, vê-se o

progresso do sistema Operacional Android, mostrado na Figura 3 mostra por meio da comparação entre versões diferentes da interface do Android.

Figura 3: Versões do Android.

Fonte: Adaptado de Computerworld (2018).

Android 1.0 (Figura 3.a): Primeira versão do Android, lançada em 2008.

Android 8.1 (Figura 3.b): Versão mais recente do Android, lançada em 2017.

Ressalta-se que, durante a concepção desse trabalho, houve a preocupação em tomar como base tais indicações, utilizando-se de boas práticas na criação de identificação digital para o aplicativo, incluindo a preocupação com boas práticas de desenho da interface.

O Material Design busca melhorar a experiência ao usuário fornecida pelos aplicativos publicados na loja Google Play, através de uma coleção de princípios, ideias e pensamentos que guiam os desenvolvedores durante a elaboração do design de seus aplicativos (GRANT, 2014).

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CAPÍTULO 3

TRABALHOS RELACIONADOS

Após inúmeras pesquisas, não foram encontrados aplicativos ou sistemas similares ao que se pretendia no objetivo deste trabalho. Adicionalmente, destaca-se que, no âmbito da UFERSA, a análise da qualidade da água para fins de irrigação é realizada no Setor de Solos da UFERSA Campus Sede, em Mossoró. Tais análises são realizadas e armazenadas em planilhas, conforme pode ser visualizado na Figura 4 e seus resultados são entregues para os proprietários da fonte no formato de relatório, descrito no Apêndice D.

Uma planilha com dados de análises reais pode ser acessada no endereço < https://drive.google.com/open?id=1hyHLWJJP4xtAUFIzgyzPfYxBaRVaZNPG6Fe0Pq O3AFY>. Porém, para manter a privacidade dos clientes, as informações possam identificar os mesmos foram omitidas.

Figura 4: Planilha de resultados de análises de água.

Rodrigues (2017), aborda a respeito da necessidade de evolução e adaptação de aplicativos e da interface gráfica baseada em conceitos visuais a fim de atender melhor as mais variadas necessidades de uso. O autor também cita a importância do Material Design, que já foi descrito no Capítulo 2 deste trabalho. A Figura 5 cita algumas vantagens adquiridas ao substituir a entrega dos relatórios impressos por um aplicativo para Android.

Figura 5: Modelo atual e modelo proposto.

Fonte: Autoria Própria (2018).

Diante do exposto na Figura 5, percebe-se que no modelo atual não há uso de tecnologias que buscam auxiliar o usuário em sua atividade de interpretação dos relatórios. Aplicar os conceitos do Material Design em uma solução voltada para

smartphones contribuirá para facilitar e difundir o uso do conhecimento relativo à

CAPÍTULO 4

MATERIAIS E MÉTODOS

Este capítulo apresenta os procedimentos e ferramentas que foram adotados para cumprir a proposta deste trabalho.

No documento ANGICOS Setembro/2018 (páginas 30-36)

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