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Cruz19, em 2002, avaliou a correlação entre os estágios de maturação das vértebras cervicais C2, C3 e C4 de acordo com o método proposto por Lamparski , modificado por Hassel e Farman37, e os estágios de desenvolvimento dos dentes 43 e 47, segundo a classificação de Nolla65. Realizou um estudo com uma amostra de 252 indivíduos, na faixa etária entre 8 e 15 anos. As mudanças morfológicas das vértebras cervicais foram analisadas em radiografias cefalométricas laterais, e os estágios de desenvolvimento dentário em radiografias panorâmicas. Por meio dos resultados, observou que, à medida em que a IC aumenta, os EMVC também aumentam, sendo mais precoce nos indivíduos do sexo feminino. Comprovou correlação positiva entre os estágios de desenvolvimento dos dentes 43 e 47 e a IC, no entanto, não houve diferença significativa entre os indivíduos do sexo feminino e do masculino. Demonstrou que à medida que os EMVC progridem, os estágios de desenvolvimento dentário também caminham para a maturidade de forma linear. No entanto, quando controladas as variáveis sexo e IC, indicou uma fraca correlação entre os EMVC e o desenvolvimento dentário. Pode-se verificar a dificuldade de se estabelecer uma correspondência entre a IC, maturação óssea e desenvolvimento dentário. Aconselhou somar o maior número de informações possíveis, para se obter uma idade biológica mais próxima da real.

Em 2005, Saliba76 analisou se a cronologia de mineralização dos dentes 33, 35 e 37 ocorre concomitantemente com as fases I, II, III e IV de maturação óssea das vértebras cervicais. A amostra constou de 278 radiografias, sendo 139 cefalométricas laterais e 139

panorâmicas, de indivíduos leucodermas, na faixa etária entre 7 e 15 anos, sendo 63 do sexo feminino e 76 do masculino. Utilizou a classificação de Hassel e Farman37para análise das vértebras e a Tabela da Cronologia da Mineralização dos dentes permanentes entre brasileiros de Nicodemo et al.63. Verificou que à medida que as fases de maturação óssea das vértebras cervicais progridem, a idade estimada de mineralização dentária também caminha para a maturidade de forma linear. Relatou ainda, que não existiu diferença significativa entre os sexos quanto à média de idade estimada de mineralização dentária para cada uma das quatro fases de maturação vertebral. Concluiu que a média de idade estimada de um paciente do sexo masculino ou feminino, na fase I, II, III e IV de maturação vertebral é aproximadamente de 8, 10, 11 e 13 anos, respectivamente.

Manhães Júnior50 em 2006, verificou a correlação da maturação óssea da segunda, terceira e quarta vértebras cervicais com as fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização do segundo molar inferior. Utilizou radiografias de 138 indivíduos do sexo feminino e 114 do sexo masculino, na faixa etária dos 5 aos 16 anos. Para a análise das vértebras cervicais em radiografias cefalométricas laterais, utilizou os estágios de desenvolvimento propostos por Lamparski modificados por Hassel e Farman37, os estágios de maturação óssea da mão e punho foram avaliados segundo o Atlas de Greulich e Pyle e o desenvolvimento dentário do segundo molar inferior em radiografias panorâmicas, por meio da tabela de cronologia de mineralização dentária desenvolvida por Nicodemo et al.63. Por meio dos resultados, relatou que a seqüência de aparecimento das fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária são constantes tanto para os indivíduos do sexo feminino quanto para os do sexo masculino em todos os seis

*Ibid., p. 39. **Ibid., p. 23.

EMVC, porém adiantados para os primeiros em relação ao segundo, para todos os fatores. Concluiu que tanto os indivíduos do sexo feminino quanto os do sexo masculino, apresentaram alta correlação entre os fatores.

Basaran et al.8, em 2007, relataram que a análise da maturação e subseqüente avaliação do potencial de crescimento é extremamente importante na Ortodontia clínica. Investigaram a relação entre os estágios de calcificação dos dentes e os EMVC em radiografias de 590 turcos, sendo 295 para cada sexo, na faixa etária dos 7 aos 18 anos. A ID foi avaliada por meio de radiografias panorâmicas, pela análise dos dentes inferiores do lado esquerdo de acordo com o método de Demirjian et al.22. Para a análise dos EMVC, utilizaram o método de Hassel e Farman37 em radiografias cefalométricas laterais. Por meio dos resultados, observaram que a calcificação do primeiro molar tem estreita correlação com os EMVC. Afirmaram ainda, que alguns dentes estudados tinham o fechamento apical antes de o crescimento facial ter finalizado. Concluíram que a avaliação do crescimento residual é um importante fator no plano de tratamento ortodôntico, e com o auxílio da radiografia panorâmica, é possível estimar a maturação do paciente por meio dos estágios do desenvolvimento dentário na população turca.

Lara et al.46, em 2007, avaliaram a relação entre a IO analisada por meio das vértebras cervicais e o nível de desenvolvimento dos dentes canino e primeiro pré-molar inferiores esquerdos. A amostra constou de radiografias de 169 indivíduos, sendo 106 do sexo feminino e 63 do sexo masculino, na faixa etária dos 5 aos 22 anos. A ID foi examinada nas radiografias panorâmicas utilizando-se o sistema proposto por Nolla65 e a IO, em radiografias cefalométricas laterais pelo método de Baccetti et al.6. Observaram que nos estágios mais tardios do crescimento e desenvolvimento humano, o nível de formação de caninos e primeiros pré-molares inferiores se encontra igualmente mais adiantado, desta

forma, houve uma associação entre o nível de desenvolvimento destes dentes e o estágio de maturação avaliado pelas vértebras cervicais.

Camargo e Cunha10 em 2007 compararam o índice de maturação das vértebras cervicais, IO e ID com a IC, observando-se o sincronismo. A amostra constou de 32 radiografias de mão e punho, panorâmicas e cefalométricas em norma lateral de indivíduos na faixa etária dos 5 aos 14 anos, sendo 10 do sexo feminino e 22 do sexo masculino. Não foi considerada nessa amostra a etnia do paciente. Foram utilizados os métodos de Greulich e Pyle (1949), a versão apresentada por Baccetti et al.6 (2002) e a Tabela de Nicodemo et al.63 (1974). Concluíram que a IO e a ID apresentam uma relação próxima com a IC, já a IC por ser classificada em estágios, necessita de mais estudos com amostra maior e mais homogênea, para que possa ser aplicado para a população brasileira.

3 PROPOSIÇÃO

O objetivo nesta pesquisa foi:

a) avaliar a concordância intra-examinador nas avaliações da ID e IMVC;

b) verificar se há diferenças entre a Tabela de Cronologia da Mineralização Dentária de Nicodemo et al.63(1974) e a tabela ajustada para os sexos64(1992), aplicada à nossa amostra de leucodermas e xantodermas brasileiros;

c) examinar se os métodos de avaliação do desenvolvimento dentário apresentam correlação com a IC quando aplicados à nossa amostra de leucodermas e xantodermas brasileiros;

d) verificar se há diferenças na comparação da IC com ID e IMVC entre leucodermas e xantodermas brasileiros em nossa amostra;

e) utilizar a Classificação de Hassel e Farman37 (1995) para análise das vértebras cervicais C2, C3 e C4, e relacionar com a Idade Cronológica de leucodermas e xantodermas brasileiros;

f) correlacionar os métodos de avaliação do desenvolvimento dentário e obter fórmulas de correção.

4 MATERIAL E MÉTODO

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