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No decorrer do Estágio Profissional, deparei-me com diversos desafios para os quais foram encontradas soluções, quer em grupo quer individualmente. No entanto, somente esta ajuda não foi suficiente e, por isso, no sentido de procurar colmatar algumas dificuldades sentidas em determinadas áreas procurei participar em algumas formações, bem como alargar o meu repertório desportivo.

A área de desenvolvimento profissional engloba precisamente atividades e vivências importantes na construção da competência profissional, que vão permitir o seu desenvolvimento ao longo da vida profissional, promovendo o sentido de pertença e identidade profissionais, a colaboração e a abertura à inovação.

Começo por frisar a ação de formação de Dança oferecida por uma colega do DEFD, iniciativa que valorizo pelo interesse em ajudar os colegas que muitas vezes não abordam esta modalidade porque sentem que não são capazes de o fazer. Sabendo de antemão a minha falta de aptidão para as danças, foi do meu interesse imediato participar nesta ação de formação e assim relembrar alguns conhecimentos adquiridos em anos anteriores.

Esta ação de formação teve como propósito central ensinar estratégias de abordagem de vários géneros de dança, recorrendo a exercícios dinâmicos e que envolvessem a interação com toda a turma. Posteriormente foram referidos alguns passos simples desses mesmos estilos, mas com alternativas sugeridas por nós participantes. Daqui surgiu uma coreografia.

Embora esta formação não tivesse tido grande adesão (apenas os EE e um professor do departamento participaram), para mim foi uma mais-valia ter comparecido, pois além dos conhecimentos que adquiri, tive um momento importante de convívio e estreitamento das relações interpessoais com todos os participantes.

Uma outra formação da qual tirei bastante proveito foi a dada pelo professor Fernando Melo no sentido de oferecer aos estagiários um leque de exercícios úteis e aplicáveis nas aulas de atletismo. Esta formação decorreu numa única manhã, na qual participamos e ainda pusemos em prática algumas formas de exercitação. Mais uma vez, tive oportunidade de incrementar o meu repertório para as aulas de Educação Física, desta vez no âmbito do atletismo.

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Não só através da escola, mas também fora dela, tive oportunidade de realizar duas formações. A primeira proporcionada pela Associação de Voleibol de São Miguel, no sentido de me tornar Formadora de Gira-Vólei e a segunda pela Associação de Atletismo de São Miguel, da qual obtive o nível de juíza estagiária na modalidade. Ambas as formações permitem-me participar nos respetivos eventos, tanto na vertente da formação de atletas como de ajuizamento de provas.

Estas formações referidas anteriormente vieram aumentar e renovar o meu conhecimento em cada uma das modalidades de forma a alargar a minha intervenção no âmbito do desporto.

Finalmente, o PFI foi um projeto de trabalho de caráter individual que teve como referência a perceção do estado inicial/atual do EP, servindo também como instrumento orientador da atividade que iria ser desenvolvida. A elaboração do PFI exigiu uma reflexão aprofundada sobre a minha pessoa, as minhas capacidades e expetativas e ainda uma reflexão sobre a escola e toda a sua estrutura física e de organizacional.

Todas estas foram ações essenciais que proporcionaram a aquisição de novos conhecimentos e, noutras situações, serviram simplesmente para relembrar conceitos importantes da atividade docente. Isto porque, atualmente, ser professor exige uma renovação constante do conhecimento, aliado à nossa capacidade evolutiva de encontrar soluções para problemas constantes da prática. Seguindo o pensamento de Hamze (2011), o professor do século XXI precisa de ser um profissional da educação, com espírito aguçado e muita vontade para aprender, razão pela qual o seu processo de formação se torna cada vez mais veemente para responder às exigências do mundo contemporâneo com competência e profissionalismo. Além disso, a formação do professor cria um elo entre a profissão e a construção da identidade do educador ao formalizar a dinâmica social do seu trabalho docente (Guimarães, 2004).

É com base na continuidade da nossa formação, seja ela através da escola ou por meios externos à mesma, seja através de formação específica ou do diálogo com colegas experientes, ou seja na reflexão constante da nossa ação e da nossa prática, que poderemos adquirir capacidades para constituir um ato educativo com criatividade e inovação.

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A profissão de docente é um “renovar-se” todos os dias e foram estas características, embora ainda não na sua plenitude, que consegui desenvolver e reunir, a par de um conjunto de capacidades e conhecimentos que me vão permitir, futuramente, ser uma professora capaz de proporcionar meios de ensino e aprendizagem eficazes, capaz de ser pró-ativa, capaz de criar, relacionar, argumentar e participar no espaço escolar e que procura constante inovação e conhecimento no sentido de me formar e formar aqueles com quem interagir. Além disso, toda a formação que tive ao longo do ano, seja através da prática pedagógica e toda aquela que adquiri por outras vias, fizeram-me perceber que existem determinadas áreas em que necessito de adquirir ou aperfeiçoar as minhas competências, como foi o caso do atletismo, e desta forma poder efetuar a minha intervenção de forma apropriada. Do mesmo modo, percebi que até ao momento, os conhecimentos teórico-práticos que adquiri são inevitavelmente insuficientes para fazer frente às mais diversas variáveis educativas e que a formação contínua é um excelente complemento e fator de atualização de conhecimentos relativamente à formação inicial.