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6. CONCLUSÕES

6.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

A utilização deste modelo depende diretamente da base de dados de tarefas que o integram bem como das FCC que estão associadas às mesmas. Neste contexto, surge a necessidade de integrar a base de dados do programa desenvolvido neste trabalho, com uma base de dados completa dos trabalhos existentes na área da construção. Tendo em conta o estado de desenvolvimento avançado em que se encontra o PRONIC (Protocolo de Normalização de Informação na Construção), um dos objetivos futuros para melhorar o programa passaria pela troca de informação entre este e o PRONIC. Por outro lado, seria também vantajoso para o PRONIC receber a informação básica do controlo na execução para cada artigo, ou seja, um nível de controlo mínimo de forma a completar ainda mais a informação do caderno de encargos. Posto isto, seria interessante para ambas as partes, a possibilidade de haver uma atualização de informação constante enviada para um servidor neutro onde, quer o PRONIC, quer o SICCO, poderiam receber tanto a normalização de tarefas como os níveis mínimos de controlo de cada uma. Assim, a base de dados do SICCO estaria sempre em atualização e em conformidade com o PRONIC, e os cadernos de encargos elaborados no PRONIC teriam a informação de um controlo mínimo para cada tarefa.

Essa integração está representada na figura seguinte (ver figura 6.1).

Desenvolvimento e implementação de um sistema de controlo de conformidade numa aplicação web

Posta esta questão, surge um outro desenvolvimento futuro relacionado com a mesma. Tal como foi dito anteriormente, a utilização do modelo proposto depende diretamente da base de dados de FCC que este contenha. Tornar-se-ia mais prático se o programa já tivesse FCC contendo um nível de inspeção mínimo, possibilitando o fornecimento desta informação ao PRONIC e agilizando a fase de configurações do sistema deste modelo.

Uma funcionalidade que acrescentaria valor ao programa, seria a possibilidade de marcar ‘não conformidades’ nas plantas da obra. As plantas seriam carregadas para o programa e através de um

“click”, poder-se-ia abrir uma não conformidade no local pretendido. Este método traria vantagens na

medida em que permite uma visualização direta do local e permite assim um tempo de ação mais rápido. Esta tecnologia foi pensada numa fase inicial deste trabalho, porém devido à complexidade tecnológica e à duração do seu desenvolvimento, não foi adotada neste modelo.

O fato do programa necessitar de ligação à internet pode limitar a sua utilização em locais com pouca rede. Por isso, para melhorar a acessibilidade deste programa é necessário o desenvolvimento de um aplicação móvel para todos os dispositivos (pc,tablet,smartphone). A grande diferença entre esta aplicação móvel e a atual aplicação web em que o programa foi desenvolvido, é que numa aplicação móvel os dados podem ser preenchidos offline, ou seja, sem ligação à internet, e mais tarde sincronizados com o programa. Numa eventual situação de uma obra não possuir internet, as FCC poderiam ser preenchidas no local e guardadas no dispositivo, para mais tarde se sincronizar a informação para que esta fique acessível a todos os utilizadores.

Para otimizar o processo de criação de FCC no programa, é necessário criar um sistema de importação direta dos campos das FCC do excel para o SICCO. Para isso é necessário preparar uma folha de excel para cada tipo de modelo de FCC, para depois informaticamente fazer corresponder cada coluna e linha do excel às colunas e linhas do modelo das FCC do SICCO. Desta forma uma empresa com FCC já criadas poderá automaticamente carregar essas FCC para o programa, de forma rápida e intuitiva, limitando-se a respeitar a formatação obrigatória da folha de excel de onde os dados serão importados. Para aumentar a precisão e especificidade das métricas das ‘não conformidades’ seria interessante criar uma base de dados onde se pudesse agrupar por categoria os motivos, implicações e responsabilidades, que o programa já permite registar (embora não agrupadas por categoria). Ou seja, com uma base de dados dos motivos das ‘não conformidades’ é possível agrupá-las por tipo e, possuindo uma base de dados de implicações com um custo associado, poder-se-ia relacionar estas duas variáveis e obter um custo médio por tipo de ´não conformidade’. O programa atualmente já permite o registo dos motivos e das implicações, mas não estão criados tipos para cada uma, o que não possibilita o tratamento dessa informação automaticamente.

Com a utilização contínua do programa ao longo do tempo espera-se também poder ajustar os sistemas de avaliação e respetivos pesos que cada índice tem. Para alem desse ajuste será também possível criar novos indicadores de desempenho (KPI’s), visto que o programa já guarda muita informação. Será apenas necessário no futuro decidir o que fazer com esta e de que forma a agrupar. Diretamente ligado a isto, está a obtenção de relatórios automáticos por parte do programa, como por exemplo, um relatório de atividade mensal por tipo de trabalho, onde são apresentados os resultados do controlo dos mesmos e as não conformidades associadas. Insistindo mais uma vez, o programa já guarda essa informação, apenas é necessário definir um layout para o relatório e escolher os dados que serão apresentados.

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