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Desportos Coletivos vs Desportos Individuais

4 Realização da Prática Profissional

4.1 Conceção, Planeamento, Realização e Avaliação

4.1.2 Realização do Ensino

4.1.2.6 Desportos Coletivos vs Desportos Individuais

Este creio ser o ponto que mais combati durante todo o estágio, é um tópico também que merece um motivo especial de reflexão e destaque, pois sobre ele recai o estudo deste meu ano. Inicio a reflexão deste tema com uma introspeção acerca do meu desempenho nos desportos individuais e coletivos, apontando principais erros e dificuldades por mim sentidas e constatadas por quem me acompanhou mais de perto. No início do ano aquando do planeamento, o grupo de educação física decidiu que em cada período seria dado foco a uma modalidade com mais aulas, ao que se designou de modalidade forte, e uma modalidade com menos aulas, mas com uma frequência nos três períodos, no caso deste ano a ginástica. A escolha das modalidades por período teve em conta a sequência de matérias para o 3º ciclo como acima descrevi. O plano de atividades foi ajustado tendo em conta o

planeamento anual da disciplina, tentando coincidir os torneios a realizar (descrito no plano), com as modalidades a abordar no respetivo período.

1º Período – Andebol/Ginástica/Atletismo; 2º Período – Voleibol/Ginástica/Atletismo; 3º Período – Futebol/Ginástica (Acrobática)

Seguindo esta linha de raciocínio, no primeiro período abordou-se no Atletismo a corrida de resistência, sendo que neste período teríamos na escola a corrida do Pai-Natal e o corta-mato distrital, no segundo período lecionou-se voleibol e atletismo (saltos e corrida de barreiras), então neste período deu-se destaque ao torneio de voleibol “Duplas românticas” e o “Meeting de Atletismo”, no 3º período não houve qualquer tipo de atividades que envolvessem modalidades.

A ginástica foi destacada nos três períodos por ser uma modalidades onde os alunos evidenciavam nos anos anteriores, muitas fragilidades, entendendo-se deste modo, aumentar a prática motora, estendendo a modalidade no ano inteiro.

Comecei então o ano letivo algo receoso, mas bastante motivado pela modalidade que iria abordar no primeiro contacto com os alunos, sabia à partida que esta modalidade seria importante para me afirmar perante a turma e perante os colegas como docente, pelo que os índices motivacionais estavam elevados. Tinha esta modalidade como algo a meu favor, pois apesar de gostar de a praticar, interesso-me e acompanho com alguma regularidade tudo o que a envolve. Preparava as aulas com afinco, lia, pesquisava muito acerca da modalidade, pois sendo um desporto de invasão á semelhança do futebol que é uma modalidade que pratico, tornou-se fácil estabelecer um paralelismo no que diz respeito á parte tática do jogo. As aulas eram muito agradáveis, dinâmicas e envolviam os alunos de tal forma que todos gostavam de trabalhar aquela modalidade, a evolução deles foi notória, tendo comportamentos em jogo de atletas federados deste desporto, o que me deu enorme prazer como docente. Saber que era o primeiro contacto deles com a modalidade, e vê-los no final da unidades didática de 20 aulas a praticarem um jogo com boa qualidade, é tudo o que um professor almeja neste meio, nunca outrora me

tinha sentido assim no processo de ensino nem como treinador. Os feedbacks dos colegas de grupo e da professora cooperante eram os melhores, as falhas eram poucas, submeti-me a patamares de ensino alto, com bastante qualidade. A motivação e a vontade de lecionar aulas á minha turma era grande, pelo que fui confiante para a abordagem da outra modalidade do período a ginástica.

Nesta modalidade o grupo resolveu trabalhar com fichas de progressões, onde o trabalho por estações é o mais solicitado. Cada ficha de progressão tinha 3 níveis, onde cada aluno teria de cumprir todas as figuras gímnicas no respetivo nível antes de avançar para o patamar seguinte. A autonomia no trabalho era valorizada, aprendia-se e aperfeiçoava-se os elementos gímnicos, e quando tudo estivesse dentro dos conformes o professor dava permissão para avançar. Ao escolher esta forma de abordar a ginástica o meu desempenho na aula teria de ser diferente, teria de dominar determinados aspetos pedagógicos que talvez não desse tanto destaque quando as aulas se processam de uma forma transversal, como é o caso dos desportos coletivos (Andebol, Voleibol, Futebol). Aspetos esses, que foram responsáveis pelo meu baixo desempenho nestas oito aulas de ginástica do primeiro período.

Entre estes pontos que claudiquei destaco: - A minha orientação no espaço da aula; - O domínio da aula e dos exercícios;

- Atuação de forma equitativa perante os grupos de trabalho.

Estes talvez foram os três pontos que mais se sobressaíram e que me apontaram após observação da modalidade coletiva (andebol), para a modalidade individual (ginástica) e que mereceram especial reflexão e estudo da minha parte.

A minha frustração foi grande, após ter lecionado esta modalidade no primeiro período, não por falta de conhecimentos, mas por falta de método e experiência que me levou a criar um problema para selecionar.

Defini como estratégia filmar as minhas aulas e ser observado pela professora cooperante e colegas de estágio nos desportos coletivos (DC) Voleibol e desportos individuais (DI) Ginástica Solo/Atletismo salto em altura, , no 2º Período, servir-me disto como objeto e reflexão, de modo a traçar um

plano a aplicar no ainda no 2º período para a modalidade de atletismo Barreiras, Ginástica solo e no 3º período ginástica acrobática.

As estratégias traçadas surtiram efeito e já no reta final do 2, e 3º período a minha prestação a lecionar DC comparativamente com DI se equipararam.

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