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20 Uma primeira versão deste capítulo foi apresentada no se- minário Trajetórias Antropológicas: relexões sobre a obra de Gilberto Velho, realizado na Universidade de Brasília, em 22 de maio de 2014.

Método singular: trata-se de aprender a ver o que é nos- so como se fossemos estrangeiros, e como se fosse nosso o que é estrangeiro [...] Basta que tenha, algumas vezes e bem longamente, aprendido a deixar-se ensinar por uma outra cultura, pois, doravante, possui um novo órgão de conhecimento, voltou a se apoderar da re- gião selvagem de si mesmo, que não é investida por sua própria cultura e por onde se comunica com as outras (MERLEAU-PONTY, 1989, p. 146-148).

Marco entra numa cidade; vê alguém numa praça que vive uma vida ou um instante que poderiam ser seus; ele podia estar no lugar daquele homem se tivesse parado no tempo tanto tempo atrás, ou então se tanto tempo atrás numa encruzilhada tivesse tomado uma estrada em vez de outra e depois de uma longa viagem se en- contrasse no lugar daquele homem naquela praça. Ago- ra, desse passado real ou hipotético, ele está excluído, não pode parar; deve prosseguir até uma outra cidade em que outro passado aguarda por ele, ou algo que tal- vez fosse um possível futuro e que agora é o presente de uma outra pessoa. [...] (CALVINO, 2003, p. 28).

O capítulo que ora apresento é apenas uma relexão sobre as inquietações que a Antropologia Urbana vem provocando em mim desde a graduação em Ciências So- ciais, notadamente no que diz respeito à questão meto- dológica – um desaio colocado para o antropólogo que estuda a sua cidade. O tema não é nem tão novo e nem tão velho e nem tampouco superado. Minhas inquietu- des hoje em dia permanecem, embora busquem novos ângulos e novos horizontes. Muitas dessas inquietações foram provocadas pela leitura da obra do Gilberto Velho.

No ano de 2014, algumas homenagens a um dos prin- cipais autores da Antropologia Urbana no Brasil, Gilber- to Velho, foram realizadas e conseguiram articular uma rede de pesquisadores por meio do Convênio PROCAD, contando assim com a participação de Professores da UFSC, UnB, UFAM, Museu Nacional, UFG e UFRN.

Com vistas a preparar minha apresentação para es- sas homenagens, comecei a ler e reler vários livros do Gilberto Velho. Reli a minha Monograia de Conclusão de Curso de Ciências Sociais e a minha Dissertação de Mestrado e percebi como a obra de Gilberto Velho e suas relexões teóricas e metodológicas sobre a Antropologia Urbana foram fundamentais nas minhas primeiras expe- riências como antropóloga. Dei-me conta de que apren- di esse ofício observando a cidade e seus moradores em suas práticas cotidianas mais banais. Essa homenagem

me levou a pensar na minha própria trajetória “indivi- dual” e nas palavras de Gilberto Velho:

Alfred Schutz desenvolveu a noção de projeto como “conduta organizada para atingir finalidades especí- ficas”. Embora o ator, em princípio, não seja neces- sariamente um indivíduo, podendo ser um grupo so- cial, um partido, ou outra categoria, creio que toda a noção de projeto está indissoluvelmente imbricada à ideia de indivíduo-sujeito [...]. A consciência e va- lorização de uma individualidade singular, baseada em uma memória que dá consistência à biografia, é o que possibilita a formulação e condução de projetos (VELHO, 1994, p. 101).

Enquanto estudante do curso de Ciências Sociais, para entender a minha própria cultura, foi importante a leitura do ensaio de Roberto DaMatta (1978) intitulado

Anthropological blues, em que ele trata do duplo ofício do etnólogo, qual seja: transformar o exótico em fami- liar e o familiar em exótico. Foi através dessa leitura que percebi que estamos o tempo todo pressupondo familia- ridades e estranhamentos.

Aliás, o meu primeiro desaio, durante o trabalho de campo, foi o da distância e proximidade do investiga- dor com relação ao seu objeto – tarefa nada trivial e nem sempre bem-sucedida, como alertam alguns antropólo- gos. Transitar por caminhos tão próximos sem enxergar

as diferenças tão próximas me fez perceber a diiculdade de desnaturalizar noções, categorias, classiicações que constituem minha visão de mundo.

Como ensina Gilberto Velho (1994), a possibilidade de um empreendimento ser bem-sucedido vai depen- der das peculiaridades da própria trajetória dos pesqui- sadores, que poderão estar mais inclinados ou aptos a trabalhar com maior ou menor grau de proximidade com seu objeto.

Eu li esses textos como sugestão de meu orientador para auxiliar na pesquisa de campo, já que se tratava de um lugar aparentemente bastante familiar. Trata- -se do trabalho monográico intitulado Desvio na pra-

ça, sobre a Praça da Alfândega, em Porto Alegre (RS),

defendido em 1987, com a orientação de Jorge Bozzo-

bon, meu orientador no inal do curso de Graduação21

– Obrigada, Jorge!22

21 Ainda guardo com carinho as anotações e as referências bi- bliográicas sobre espaço e representação sugeridas pelo meu orientador de inal de curso de Graduação: Mauss (1972), so- bre a noção de morfologia social: tempo e espaço; Durkheim (1989), sobre o signiicado simbólico e social do espaço; Van Gennep (1978), os espaços limítrofes como perigosos; Lea- ch (1978) e o espaço e o ritual; Lévi Strauss (1975), espaço e tempo e morfologia social; Bourdieu (1972), espaço interno, a casa e espaço acadêmico; Hall (1977), perspectiva proxêmi- ca, e Foucault (1979), perspectiva genealógica.

Foi, portanto, a partir dessa primeira experiência de olhar, ouvir e escrever sobre a Praça da Alfândega, que decidi ser antropóloga. Após a conclusão do curso de Graduação, ingressei no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Santa Ca- tarina (UFSC) e, posteriormente, no Programa de Dou- torado do Instituto de Investigaciones Antropologicas da Universidad Nacional Autônoma do México (UNAM). Hoje, trabalho no Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e dou aula nos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Pós-Graduação em Antropologia da UFRN.

Desde a Graduação, o tema da cidade me fascina: olhar atentamente suas ruas, os casarios, as igrejas, os monumentos, a arquitetura, que mostram seu passado e a convivência deste com o presente, o que me levou a perceber que os “espaços da cidade” não pertencem exclusivamente ao presente. Pertencem também ao pas- sado e ao futuro. O espaço, neste sentido, é mutável. Mutável porque é eterno, efêmero, passageiro, perma- nente, público e privado.

2000, mas deixou alguns trabalhos signiicativos: mestrado e doutorado, artigos e o livro Vocês, brancos, não têm alma. Jorge foi colaborador do ISA e integrante da equipe do Pro- grama Rio Negro e durante 20 anos manteve andanças e con- vivência com os índios Maku, uma das famílias linguísticas do Rio Negro.

Mas como pensar o contemporâneo, o urbano e a cidade tendo como elemento central o sujeito que a habita?

Naquele momento, as leituras de Gilberto Velho –

Observando o familiar, publicado na coletânea Aventu-

ra sociológica e os livros Desvio e divergência e A uto-

pia urbana – foram fundamentais para entender o que signiica fazer uma pesquisa no meio urbano, quem são esses sujeitos, como interagem entre si e como reconsti- tuir suas histórias de vida.

Desvio e divergência (1974) é uma coletânea de arti- gos sobre prostituição, homossexualidade, conceitos de

desvio e divergência. Os autores propõem uma crítica à perspectiva patológica amplamente difundida pela mí- dia com o objetivo de relativizar as abordagens carrega- das de preconceito e intolerância e produzir um conhe- cimento menos comprometido do fenômeno.

Na introdução, Gilberto Velho procura estabelecer relações complementares entre a abordagem interacio- nista e autores da Antropologia Social britânica, como Evans-Pritchard e Mary Douglas, especialmente através da temática das acusações.

Já no artigo O estudo do comportamento desviante (1999), o autor procura estabelecer um diálogo com Be- cker e Goffman. Esse artigo foi publicado inicialmente na Revista América Latina; depois, em 1971, traduzido

na Social problems, servindo de apoio para a pesquisa

sobre Copacabana23. Gilberto Velho demarca no recorte

empírico a abordagem das camadas médias e uma relei- tura dos estudos de Chicago, especialmente a partir da segunda geração de Becker e Goffman.

Cabe ressaltar que, no inal dos anos 1970, os com- portamentos desviantes eram explicados ora como pro- blemas de uma sociedade em crise, ora como caracterís- ticas psicológicas inatas ao indivíduo.

Gilberto Velho, partindo de uma perspectiva intera- cionista, propôs que o desvio fosse entendido a partir da relação entre pessoas que acusam outras por estarem quebrando ou rompendo com determinados valores de uma dada situação sociocultural. O desviante seria aquele que faz leitura divergente de uma certa realidade social, não sendo necessariamente desviante diante de todos ou em todos os momentos.

O autor procurou demonstrar que o próprio caráter do sistema sociocultural no qual o indivíduo está inse- rido é o que permite uma compreensão dos comporta- mentos desviantes.

23 Ver A utopia urbana (1973) – um estudo sobre o bairro de Copacabana nos anos 60 e 70. Para o autor, esse bairro apre- senta problemas de interação, convívio e tensão social. Tra- ta-se de um livro que é um marco nos estudos sobre camadas médias urbanas no Brasil. Segundo alguns autores, a partir daí inaugura-se uma linha de estudos urbanos, com temas como: individualismo, projetos, trajetórias e redes.

No artigo Vanguarda e desvio, publicado em Arte e

sociedade (1977), o autor traz questões sobre estigma, através de dois estilos de vida e visões de mundo de dois grupos das camadas médias cariocas da Zona Sul da ci- dade do Rio de Janeiro, dando-nos uma perspectiva his- tórica dos processos de hierarquização social nos anos 1970. Em Nobres e anjos (1998), Velho trata do uso de drogas por pessoas de camadas médias no Rio de Janeiro.

Para Velho, ao mesmo tempo que é importante de- marcar grupos, mais ainda é entender as suas trocas e inluências recíprocas. Para tanto, estudou as relações entre níveis de cultura, entre elite e camadas populares, entre camadas médias e elites, enim, a questão da me- diação, a transição entre vários grupos e domínios.

Uma das contribuições importantes da obra de Gil- berto Velho é o modo como ele percebia a mediação como prática cultural nas sociedades complexas. Para pensar a cidade brasileira nas suas práticas e interações urbanas, Gilberto Velho se utiliza dos conceitos de mar-

ginal e mediador. Segundo ele, alguns indivíduos teriam condições de circular melhor ou fazer a mediação entre dois ou mais mundos diferentes (províncias de signii-

cados). Esses mediadores seriam artistas, políticos, in- telectuais e religiosos.

Gilberto Velho traz a discussão sobre os moradores/ citadinos que circulam pelos interstícios de diferentes

regiões, no contexto das sociedades complexas, con- forme sua denominação, ainda que criticada por alguns autores. Os indivíduos poderiam transitar por diferen- tes mundos, como se pode ver, por exemplo, em Uni-

dade e fragmentação em sociedades complexas, onde o autor narra um episódio que acontece no inal da tar- de na Av. Copacabana, Posto Seis, quando presencia um aglomerado de pessoas reunidas em torno de um acontecimento: um espírito (preto velho) que incor- pora num senhor negro, forte, aparentando 60 anos de idade. Muitos curiosos se aproximavam, a ila aumen- tava, em ordem, respeitosamente e em voz baixa apre- sentavam suas perguntas ao preto velho. Nesse artigo o autor quer mostrar a coexistência de diferentes estilos de vida (moradores, patroas, empregadas, jovens) or- ganizados numa ação coletiva, sustentada em crenças e valores compartilhados.

Conforme Velho,

Uma das tarefas mais difíceis ao narrar um evento, é transmitir o clima, o tom, do que está descrevendo. A sucessão dos fatos no tempo, número de participantes, reconstituição das interações, são etapas fundamen- tais mas, quase sempre, ica-se com a sensação e/ou sentimento de que falta algo crucial. No caso, o que me parece mais importante é tentar transmitir a ideia de que, para as pessoas envolvidas, nada de particular-

mente anormal estava acontecendo. Havia uma certa surpresa, curiosidade, graus diferentes de familiarida- de mas, observei, sobretudo, um forte interesse com- binado com evidente respeito. Certamente, na multi- dão que percorria a Avenida da Copacabana estavam pessoas que não se preocuparam ou não notaram o que estava se passando. Sem dúvida, nem todos pararam para ingressar na ila de consultas. Portanto, não só não airmo que todos os passantes fossem umbandis- tas, como estou certo que poderíamos encontrar indi- víduos céticos, indiferentes, ou mesmo hostis àquela manifestação (VELHO, 1994, p. 14).

Gilberto Velho traz novos pressupostos teóricos e me- todológicos que deinem a investigação urbana antropo- lógica. O método etnográico foi fundado na procura por alteridades: outras maneiras de ver o mundo. Mas o que signiica subjetivamente viver essa experiência?

Gilberto Velho ensina que é justamente para essas fu- sões, encontros e conjunções que se deve dirigir o olhar. Ao longo de mais de quarenta anos de carreira, Velho pu- blicou muitos livros, versando sobre diversos temas. As suas pesquisas apontaram para a coexistência de diver- sos grupos sociais, com estilos de vida, visões de mundo e códigos distintos. Ele sempre reconheceu a mudança e o conlito, que, longe de serem estados anormais da so- ciedade, constituem parte integrante dela.

Ao pesquisar uma praça pública, por exemplo, me deparei com inúmeros grupos sociais ou “tribos urba- nas” que inspiraram diversas Antropologias: Antropo- logia das minorias, dos desviantes, dos marginalizados, da violência, da religião, da mulher, entre outras. São abordagens que se entrecruzam, inventam e reinventam as diferenças.

Na minha dissertação de Mestrado sobre a Praça XV de Novembro em Florianópolis, o objetivo inicial era mapear os grupos que dela se apropriavam. Entrevistei diferentes grupos, bem como indivíduos isoladamen- te, buscando identificar os diversos usos e significados dados ao espaço e compreender as redes de sociabi- lidade construídas por eles. Além disso, acompanhei os eventos, em especial o Carnaval, as procissões e as festas cívicas. Como a temática envolvia aspectos da construção do imaginário social da cidade, utilizei como fonte de pesquisa as crônicas sociais e policiais, revistas e jornais locais.

Nesse trabalho, foi preciso exercer um distanciamen- to, para poder vir a ter uma visão de conjunto e encon- trar um io condutor no uso das múltiplas fontes. Mas foi ao mergulhar naquele universo que compreendi a importância da etnograia e da relação dialógica de eu/ outro. O esforço de compreender o horizonte cultural do outro estimula a compreensão da minha cultura, ao

mesmo tempo que consiste num esforço de compreen- são do próprio horizonte do pesquisador.

No decorrer dessa pesquisa, percebi que o processo de apropriação da praça é, em todas as suas dimensões, simbólico. Mas, como alerta Bourdieu, esta é uma etapa necessária da apropriação concreta e efetiva de territó- rios e também de “pedaços”, pois representar o espaço já é uma apropriação.

Desde a fundação da cidade, a praça em questão foi referida como o eixo central, a partir do qual se expandiu o núcleo urbano, congregando frequentadores assíduos ou eventuais. Estes, enquanto indivíduos e grupos, con- jugam diferentes inserções sociais, que muitas vezes se entrecruzam, vão impondo seus modelos de convivên- cia, sua estética, enim, suas representações, subverten- do ou não as concepções institucionais e oiciais. Esse interessante jogo da apropriação – lembrando Foucault (1979): o poder não é exclusivo – está em todo lugar e depende de negociações constantes. E é nestas que se constroem novas representações sobre a praça. Percebi, através da etnograia, que habitualmente só se vê a ex- clusão, a marginalização, reduzindo, assim, as diferen- ças a um denominador comum, à homogeneização.

O trabalho de campo me surpreendeu muito e me levou a perceber que há, sim, regras, classiicações, di- ferenciações, como assinala Magnani (2002). Cada um dos frequentadores sabe (mesmo que inconsciente-

mente) o que possui e o que não possui. Identiicam o seu “pedaço”, que passa a ser extensão de si, reconhe- cem o outro também pelo lugar que ele ocupa e, nesse jogo de ter e dar, prosseguem ressigniicando a praça, os outros e a cidade.

Um outro exemplo vem de um trabalho de campo que realizei nas cidades fronteiriças – neste caso, Tiju- ana (México-EUA) –, onde foi possível descobrir uma nova forma de estilo de vida não prevista pelas hipó- teses iniciais do projeto original. Uma nova forma de fazer música, uma nova forma de se vestir, uma mescla, um multiculturalismo, como uma nova forma de orga- nização própria dessas zonas. Isto também foi possível identiicar no contato direto com os pesquisados. Foi o olhar paciente do etnógrafo que permitiu aprofundar as “pistas” sugeridas, a partir dos arranjos dos próprios interlocutores.

E assim, com base nas observações de antropólogos, historiadores, escritores, arquitetos e cineastas que re- letiram sobre o seu trabalho de campo, assumi a cidade como lugar privilegiado de estudo.

Seria impossível abarcar neste capítulo a multiplici- dade de abordagens relacionadas à cidade a partir das abordagens de Gilberto Velho. Trata-se de algumas es- colhas que reletem a minha formação como pesquisa- dora e um campo de interesse que visualizo a partir da Antropologia Urbana brasileira.

Parafraseando Inmanuel Wallestein (1979), rememo- rar o passado é um ato social do presente. Essa situação me levou às lembranças de quando eu era aluna, no meu primeiro trabalho de campo, minha primeira experiên- cia em sala de aula, meus alunos, meus colegas, enim, meus mestres. Essa situação me levou a pensar na minha própria trajetória “individual” e proissional. Mas como disse Gilberto Velho (1994): “o passado é descontínuo”.

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