• Nenhum resultado encontrado

Os sítios sensíveis a FPG foram quantificados no DNA genômico dos indivíduos incluídos neste estudo. As amostras foram analisadas em relação à presença ou não do alelo variante Gln do SNP XRCC1 Arg399Gln. Nenhuma diferença estatística nos níveis de dano ao DNA foi observada em indivíduos que apresentam o alelo variante Gln em relação aos indivíduos que apresentam o alelo tipo selvagem Arg (Figura 6).

Arg/Arg Gln/_ 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 q u e b ra s d e f it a d o D N A /m o c u la

Figura 6. Sítios sensíveis a FPG em DNA genômico em relação ao polimorfismo XRCC1 Arg399Gln.

5.4 ASSOCIAÇÕES DOS MARCADORES INFLAMATÓRIOS COM O SNP

XRCC1 ARG399GLN

As análises dos níveis dos marcadores da resposta imune, como: citocinas, quimiocinas e imunoglobulinas para o polimorfismo XRCC1 Arg399Gln foram realizadas. Os genótipos homozigotos polimórficos não foram analisados separadamente dos heterozigotos, devido ao pequeno número de pacientes com esses genótipos. A análise das quimio/citocinas presentes no líquor de indivíduos portadores do polimorfismo XRCC1 Arg399Gln e em indivíduos homozigotos selvagens, seja no grupo MB (Figura 7) ou Controle (Figura 8), não revelou correlação significativa.

Os níveis totais de IgG e IgA nas amostras do plasma foram também avaliados. Por existir diferenças em relação à resposta imune adquirida entre adultos e crianças, a análise foi separada. Porém, devido à amostra ser insuficiente no grupo dos adultos, só foi possível avaliar os níveis de imunoglobulinas no grupo das crianças. Foram avaliados os níveis de IgG e IgA em relação à presença ou não do alelo variante para XRCC1. Na presença do alelo Gln de XRCC1 não foi observado nenhuma alteração quanto aos níveis dessas imunoglobulinas em comparação com o genótipo Arg/Arg (Figura 9).

1 10 100 1000 10000 100000 XRCC1 Arg/Arg XRCC1 Gln/_

IL1beta IL-6 IL-2 INF TNF IL-10 IL-1RA MIP1-a MIP1-b MCP1 GCSF IL-8

0.0982 0.3385 p g /m l

Figura 7. Níveis de quimio/citocinas em líquor de pacientes com MB para o SNP XRCC1 Arg399Gln. Comparação entre os pacientes com genótipo selvagem com os que possuem o alelo polimórfico. (P<0,05) pelo teste de Mann-Whitney U.

1 10 100 1000

IL6 IL2 INF-gamma TNF IL10 MIP1A MIP1B

XRCC1 Arg/Arg XRCC1 Gln/_ p g /m L

Figura 8. Níveis de quimio/citocinas em líquor de pacientes do grupo controle para o SNP XRCC1 Arg399Gln. Comparação entre os pacientes com genótipo selvagem com os que possuem o alelo polimórfico. (P<0,05) pelo teste de Mann-Whitney U.

Figura 9. Níveis de IgG e IgA em crianças com SNP XRCC1 Arg399Gln . (P<0,05) pelo teste de Mann-Whitney U.

6.0 DISCUSSÃO

A meningite é uma infecção grave do CNS (VAN DE BEEK et al., 2006), na qual, uma série de eventos, envolvendo citocinas e quimiocinas do hospedeiro contribuem para uma disfunção cerebral induzida pelo quadro da doença (SCHELD et al., 2002). Estudos clínicos e neuropatológicos mostram que o resultado fatal da doença é frequentemente devido a complicações neurológicas, como: isquemia cerebral, formação de edema cerebral e aumento da pressão craniana (NATHAN e SCHELD, 2000).

A associação entre a inflamação e estresse oxidativo já é bem documentada (HALLIWELL, 1996; WISEMAN et al., 1996). Um ciclo de eventos pode ser iniciado pela inflamação, em que danos causados por ERO e liberação de citocinas promovem a infiltração de células inflamatórias, exarcebando a infecção primária (para revisão, EVANS et al., 2004). Em MB, o envolvimento do estresse oxidativo já foi observado durante a resposta inflamatória, contribuindo para o dano neuronal e subsequente ocorrência de sequelas (LEIB et al., 1996).

A principal via de reparo de danos oxidativos é a via BER (FISHEL et al., 2007). Já foi observado que durante a MB ocorre um aumento da expressão de enzimas dessa via (KOEDEL e PFISTER, 1999). Em um trabalho já publicado de nosso laboratório foi observada uma relação entre a susceptibilidade à

doença com a presença de SNPs em enzimas chave da via BER (da SILVA et

al., 2011).

Nesse trabalho buscamos ampliar o estudo anterior, incluindo a análise de SNPs do gene XRCC1, o qual codifica uma proteína arcabouço, essencial para finalização da via BER. Foi analisada a influência de dois SNPs em

XRCC1 Arg194Trp e Arg399Gln em relação a susceptibilidade à MB, buscando

correlacionar tais SNPs com níveis de marcadores inflamatórios, na tentativa de identificar um possível papel na resposta inflamatória.

O estudo de polimorfismos em XRCC1 é de grande importância para avaliar o risco a doenças. Alguns estudos têm demonstrado uma associação positiva do polimorfismo XRCC1 Arg399Gln com risco para doenças inflamatórias, sugerindo que a mudança do aminoácido Arg – Gln pode alterar a função de XRCC1, apresentando um reparo deficiente do DNA, e a sua interação com outras enzimas ligadas ao reparo (YOSUNKAYA et al., 2010; ZHANG et al., 2012 e MONACO et al., 2007). Outros estudos observaram nenhuma associação com o alelo variante Gln (TUIMALA et al., 2002; LENG et

al., 2005).

Em um estudo realizado por TAYLOR et al., (2002), em que ele transfectou a sequência com o polimorfismo XRCC1 Arg399Gln e expressou na linhagem celular EM9, não foi observado nenhuma diferença no efeito funcional entre a variante e o tipo selvagem no reparo de quebras de fita simples e sobrevivência celular após tratamento com agente alquilante. Isso sugere que este SNP tem pouco efeito sobre o domínio BRCTI e sobre a função de XRCC1.

Recentemente, também foi observado que os SNPs XRCC1 Arg399Gln e Arg194Trp têm pouco ou nenhum efeito sobre a estabilidade da proteína XRCC1 e não altera a sua capacidade de interagir com algumas proteínas do BER (BERQUIST et al., 2010). De fato em nosso estudo, não observamos acúmulo de danos no DNA em virtude da presença do polimorfismo (Figura 6). Porém, vale ressaltar que o estresse oxidativo induzido durante a MB é localizado no SNC e que em DNA extraído de sangue pode não refletir diferenças quanto à eficácia do reparo frente a esta situação específica de

estresse. Além disso, a maioria dos estudos sobre a atividade da enzima polimórfica foi realizada in vitro. Isso faz com que haja a necessidade de que mais ensaios in vivo e de interação com outras proteínas também sejam realizados para melhor entendimento do efeito dos SNPs no gene XRCC1.

Alguns grupos tentam explicar as divergências entre esses estudos através do grupo étnico estudado, mostrando que as frequências alélicas podem diferir entre os mesmos (STERPONE e COZZI, 2010). Como por exemplo, em um estudo não foi observada nenhuma associação do polimorfismo XRCC1 Arg399Gln com câncer de mama em indivíduos de países ocidentais, porém foi observado um maior risco desse tipo de câncer em grupos asiáticos portadores desse polimorfismo (SAADAT e ANSARI-LARI, 2008). A distribuição deste polimorfismo em XRCC1 também difere entre os grupos étnicos, com o alelo variante Gln mais frequente nos grupos Caucasianos e Asiáticos (GINSBERG et al., 2011). O polimorfismo em XRCC1 Arg194Trp tem uma distribuição similar em Afro-Americanos e Caucasianos, sendo a maioria tipo selvagem e para homozigoto variante sendo bastante raro. No nosso estudo a frequência alélica para os dois polimorfismos está de acordo com a frequência mundial do NCBI (rs 1799782 para o SNP XRCC1 Arg194Trp e rs 25487 para XRCC1 Arg399Gln) (Tabela 3).

Não encontramos diferenças significativas na distribuição entre pacientes com MB e controles saudáveis para o SNP XRCC1 Arg194Trp (tabela 4). Em outros estudos, os autores também não encontraram nenhuma associação deste SNP com a doença autoinflamatória artrite reumatoide (YOSUNKAYA et al., 2010).

Foi observado um possível papel protetor para o SNP XRCC1 Arg399Gln (tabela 5), uma vez que o alelo variante Gln esteve mais presente no grupo controle quando comparado com o grupo de pacientes com MB, sendo significativamente estatístico para o genótipo heterozigoto Arg/Gln (OR: 0,45; 95 % IC: 0,25-0,81; P = 0,008). Esse possível efeito protetor a susceptibilidade à MB, pode estar ocorrendo em alguma das etapas iniciais da MB. Sabe-se que a ativação do complexo monócito/macrófago gera um burst de ERO (FIALKOW, 2007). As ERO induzem vários tipos de danos ao DNA e

em outros componentes das células (VALLEDOR, 2010), além de participarem do rompimento da BHE (KASTENBAUER e PFISTER, 2002), contribuindo dessa maneira para a entrada do patógeno no SNC, facilitando a infecção das meninges (KIM, 2010). Em um estudo realizado por BAUER et al., (2011) foi demonstrado que os monócitos são altamente sensíveis ao estresse oxidativo, devido a um defeito no reparo de DNA, acumulando SSBs, que ativa a via apoptótica. Eles observaram que esse prejuízo é devido à ausência de proteínas como XRCC1, importante no reparo de danos ao DNA por interagir com outras enzimas da via BER (SCHREIBER et al., 2002; CALDECOTT, 2003; VIDAL et al., 2001).

Alguns trabalhos propõem uma avaliação do efeito funcional do polimorfismo XRCC1 Arg399Gln no reparo de danos oxidativos, especialmente no caso de 8-oxoguanina (VODICKA et al., 2004). A literatura mostra que XRCC1 tem a capacidade de interagir com a OGG1, uma DNA glicosilase específica para o dano do tipo 8-oxoG (MARSIN et al., 2003). No presente estudo, os danos oxidativos foram quantificados no DNA genômico dos pacientes normais e com o SNP em XRCC1 por meio da análise dos sítios sensíveis a FPG, uma enzima homóloga a OGG1. Nenhuma diferença significativa foi observada na capacidade de reparar danos oxidativos para qualquer genótipo (Figura 6). Este resultado corrobora com o observado em outro estudo, o qual sugere que este tipo de ensaio é mais específico para detectar danos reparados especificamente pela DNA glicosilase OGG1, não permitindo assim a detecção indireta de uma possível participação de XRCC1 nesse reparo (VODICKA et al., 2004).

Devido às citocinas terem um papel importante no controle da infecção (COX e LIEW, 1992), foi de interesse de o grupo analisar os níveis de moduladores inflamatórios na presença do alelo variante Gln. As quimio/citocinas analisadas nesse estudo foram: IL-1β, IL-6, INF-γ, TNF-α, IL- 10, IL-1Ra, MIP-1α, MIP-1β, MCP1, GCSF e IL-8, porém não foi observada nenhuma relação significativamente estatística dentro do grupo de MB. As quimio/citocinas foram igualmente expressas na presença ou não do alelo variante (Figura 7). Contudo, outros moduladores inflamatórios devem ser

investigados na presença deste SNP que pode interagir modulando uma resposta inflamatória melhor na presença do alelo variante Gln, como: as prostaglandinas, prostaciclinas e as MMPS que já mostraram terem efeitos na resposta inflamatória (BOTTING, 2006; LEIB et al., 2000).

Foi visto que anormalidades nos níveis de imunoglobulinas favorecem a sobrevivência do patógeno no LCR, podendo causar susceptibilidade à doença (LOH e THONG, 1991) e isto, pode ser evitada na presença de uma resposta imune natural e adquirida eficiente (KOEDEL et al., 2002). XRCC1 está envolvida na CSR através de uma junção alternativa das extremidades não homólogas (A-NHEJ, do inglês alternative nonhomologous end joining) em interação com PARP1 (SARIBASAK et al., 2011). Entretanto, nas nossas análises, os níveis de IgG e IgA não foram alterados na presença do alelo variante Gln (Figura 9).

A hipótese de XRCC1 ter um importante papel até então desconhecido na inflamação não deve ser descartada (YOSUNKAYA et al., 2010), uma vez que, a MB por ser uma doença complexa deve-se ainda avaliar a interação com outras proteínas importantes na modulação da resposta inflamatória.

O pequeno número amostral da população estudada nesse trabalho foi devido à baixa frequência ou notificação pouco precisa de casos de meningite e da precariedade do sistema de saúde pública em nosso estado; porém, os dados observados em nossos estudos da uma ideia da epidemiologia e clínica da MB em nosso estado. As nossas análises indicam que quanto maior o número de informações a respeito da variabilidade genética da MB, mais eficiente serão as intervenções terapêuticas e o desenvolvimento de tratamentos adjuvantes adequados que buscam melhorar a saúde e o bem estar destes pacientes.

7.0 CONCLUSÕES

- O polimorfismo XRCC1 Arg194Trp não apresentou relação com a susceptibilidade à MB.

- O polimorfismo XRCC1 Arg399Gln apresentou uma maior frequência no grupo controle em relação ao grupo de pacientes com a infecção, apresentando assim um possível efeito protetor na susceptibilidade à MB.

- A presença do SNP XRCC1 Arg399Gln nos dois grupos não alterou os níveis dos moduladores inflamatórios observados neste estudo.

- Os níveis de danos no DNA nos portadores do SNP XRCC1 Arg399Gln, para ambos os grupos estudados, não foram alterados.

- A presença do SNP XRCC1 Arg399Gln, nos dois grupos, não alterou os níveis de IgG e IgA.

8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBASOGLU, S., TOKER, G., HANAGASI, H. A., GURVIT, H., EMRE, M., UYSAL, M. The Arg194Trp polymorphism in DNA repair gene XRCC1 and the risk for sporadic late-onset Alzheimer’s disease. Neurological Sciences. 28: 31- 34, 2007.

AHEL, I., RASS, U., EL KHAMISY, S. F., KATYAL, S., CLEMENTS, P. M., McKINNON, P. J., CALDECOTT, K. W., WEST, S. C. The neurodegenerative disease protein aprataxin resolvs abortive DNA ligation intermediates. Nature. 443: 713-716, 2006.

AMOUROUX, R., CAMPALANS, A., EPE, B., RADICELLA, J. P. Oxidative stress triggers the preferential assembly of base excision repair complexes on open chromatin regions. Nucleic Acids Research. 38: 2878-2890, 2010.

AUER, M., PFISTER, L. A., LEPPERT, D., et al. Effects of clinically used antioxidants in experimental pneumococcal meningitis. Journal Infectious Disease. 182: 347-50, 2000.

BARICHELLO, T., SANTOSA, I., SAVIA, G. D., FLORENTINOA, A. F., SILVESTRE, C., COMIM, C. M., et al. Tumor necrosis factor alpha (TNF-α) levels in the brain and cerebrospinal fluid after meningitis induced by

Streptococcus pneumonia. Neuroscience Letters. 467: 217–219, 2009.

BAUER, M., GOLDSTEIN, M., CHRISTMANN, M., BECKER, H., HEYLMANN, D., KARINA, B. Human monocytes are severely impaired in base and DNA double-strand break repair that renders them vulnerable to oxidative stress. PNAS. 108: 21105-21110, 2011.

BELL, D.A., TAYLOR, J.A., BUTLER, M.A., STEPHENS, E.A., WIEST, J., BRUBAKER, L.H., KADLUBAR, F.F., LUCIER, G.W. Genotype/phenotype discordance for human arylamine N-acetyltransferase (NAT2) reveals a new slow-acetylator allele common in African-Americans. Carcinogenesis. 14, 1689– 1692, 1993.

BERQUIST, B. R., SINGH, D. K., FAN, J., KIM, D., GILLENWATER, E., KULKARNI, A., BOHR, V. A., et al. Funcional capacity of XRCC1 protein variants identified in DNA repair-deficient Chinese hamster ovary cell lines and the human population. Nucleic Acids Research. 15: 5023-5035, 2010.

BOTTING, R.M. Cyclooxygenase: Past, present and future. A tribute to John R. Vane (1927–2004). Journal of Thermal Biology. 31: 208–219, 2006.

CALDECOTT, K. W. XRCC1 and DNA strand break repair. DNA Repair. 2: 955– 969, 2003.

CALDECOTT, K. W., AOUFOUCHI, S., JOHNSON, P., SHALL, S. XRCC1 polypeptide interacts with DNA polymerase beta and possibly poly (ADP-ribose) polymerase, and DNA ligase III is a novel molecular “nick-sensor” in vitro. Nucleic Acids Research. 24: 4387-4394, 1996.

CALLEBAUT, L., LABESSE, G., DURAND, P., POUPON, A., CANARD, L., CHOMILIER, J., HENRISSAT, B., AND MORNON, J. P. Deciphering protein sequence information through hydrophobic cluster analysis (HCA): current status and perspectives. Cellular and Molecular life sciences. 53, 621-645, 1997.

CHAUDHURI, A., MARTINEZ-MARTIN, P., KENNEDY, P. G., et al. EFNS guideline on the management of community-acquired bacterial meningitis: report of an EFNS task force on acute bacterial meningitis in older children and adults. European Journal of Neurology. 15: 649–59, 2008.

CHAVES-BUENO, S., McCRACKEN Jr, G. H. Meningitis in children. Pediatric Clinics North America. 52: 795-810, 2005.

CHIARUGI, A., MOSKOWITZ, M. A. Poly(ADP-ribose) polymerase-1 activity promotes NFkappaB- driven transcription and microglial activation: implication for neurodegenerative disorders. Journal of Neurochemistry. 85: 306-317, 2003.

COX, F. E., LIEW, F. Y. T-cell subsets and cytokines in parasitic infections. Immunology Today 11: 445-8, 1992.

D’AMBROSIO, S.M., GIBSON-D’AMBROSIO, R. E., BRADY, T., OBERYSZYN, A. S., ROBERTSON, F. M. Mechanisms of Nitric Oxide-Induced Cytotoxicity in normal human hepatocytes, Environmental and Molecular Mutagenesis. 37: 46- 54, 2001.

DATTA, S. K., REDECKE, V., PRILLIMAN, K. R., et al. A subset of Toll-like receptor ligands induces cross-presentation by bone marrow-derived dendritic cells. Journal Immunology. 170: 4102–10, 2003.

DAS, A., WIEDERHOLD, L., LEPPARD, J. B., et al. NEIL2-initiated, APE- independent repair of oxidized bases in DNA: Evidence for a repair complex in human cells. DNA Repair 5:1439–1448, 2006.

da SILVA, T. A., FONTES, F. L., COUTINHO, L. G., de SOUZA, F. R. S., de MELO, J. T. A., de SOUTO, J. T., LEIB, S. L., AGNEZ-LIMA, L. F. SNPs in DNA repair genes associated to meningitis and host immune response. Mutation Research. 713: 39-47, 2011.

de LOUVOIS, J., HALKET, S., HARVEY, D. Neonatal meningitis in England and Wales: sequelae at 5 years of age. European Journal Pediatrics. 164(12): 730– 4, 2005.

DOETSCH, P.W., CUNNINGHAM, R. P. The enzymology of apurinic/apyrimidinic endonucleases. Mutat Res; 236:173–201, 1990.

DREVETS, D. A., LEENEN, P. J., GREENFIELD, R. A. Invasion of the central nervous system by intracellular bacteria. Clinical Microbiology Reviews. 17: 323–347, 2004.

DUARTE, M. C., COLOMBO, J., ROSSIT, A. R., CAETANO, A., BORIM, A. A., WORNRATH, D., SILVA, A. E. Polymorphisms of DNA repair genes XRCC1 and XRCC3, interaction with environmental exposure and risk of chronic gastritis and gastric cancer. World J. Gastroenterol. 11: 6593-600, 2005.

DUELL, E. J., MILLIKAN, R. C., PITTMAN, G. S., et al. Polymorphisms in the DNA repair gene XRCC1 and breast cancer. Cancer Epidemiology Biomarkers Prevetion. 10: 217-222, 2001.

EL KHAMISY, S. F., SAIFI, G. M., WEINFELD, M., JOHANSSON, F., HELLEDAY, T., LUPSKI, J. R., CALDECOTT, K. W. Defective DNA single- strand break repair in spinocerebellar ataxia with axonal neuropathy-1. Nature. 434: 108-113, 2005.

EMONTS, M., HAZELZET, J. A., GROOT, R., HERMANS, P. W. M. Host genetic determinants of Neisseria meningitidis infections. Lancet Infectious Diseases. 3: 565–77, 2003.

ESCOSTEGUY, C. C., MEDRONHO, R. A., MADRUGA, R., DIAS, H. G., BRAGA, R. C., AZEVEDO, O. P. Vigilância epidemiológica e avaliação da assistência às meningites. Revista de Saúde Pública. 38:657-663, 2004.

EVANS, M. D., DIZDAROGLU, M., COOKE, M. S. Oxidative DNA damage and disease: induction, repair and significance. Mutation research. 567: 1-61, 2004.

FIALKOW, L., WANG, Y., DOWNEY, G. P. Reactive oxygen and nitrogen species as signaling molecules regulating neutrophil function. Free Radical Biology Medicine. 59: 459-469, 2007.

FISHEL, M. L., VASKO, M. R., KELLEY, M. R. DNA repair in neurons: so if they don't divide what's to repair?. Mutation Research. 614: 24-36, 2007.

FOWLER, M. I., WELLER, R. O., HECKELS, J. E., CHRISTODOULIDES, M. Different meningitis-causing bacteria induce distinct inflammatory responses on interaction with cells of the human meninges. Cellular Microbiology. 6: 555–567, 2004.

FROSINA, G. Prophylaxis of oxidative DNA damage by formamidopyrimidine- DNA glycosylase, International Journal of Cancer. 119:1-7, 2006.

GALIZA, E. P., HEATH, P. T. Improving the outcome of neonatal meningitis. Current Opinion Infectious Diseases. 22: 229–34, 2009.

GEHRE F, LEIB SL, GRANDGIRARD D, KUMMER J, BÜHLMANN A, SIMON F, GÄUMANN R, KHARAT AS, TÄUBER MG, TOMASZ A. Essential role of choline for pneumococcal virulence in an experimental model of meningitis. Journal of Internal Medicine. 264: 143-54, 2008.

GINSBERG, G., ANGLE, K., GUYTON, K., SONAWANE, B. Polymorphism in the DNA repair enzyme XRCC1: Utility of current database and implications for human health risk assessment. Mutation Research. (727) 1–15, 2011.

GRANDGIRARD, D., LEIB, S. L. Meningitis in Neonates: Bench to Bedside Clinics in Perinatology. 37: 655–676, 2010.

GUIKEMA, J. E., LINEHAN, E. K., TSUCHIMOTO, D., NAKABEPPU, Y., STRAUSS, P. R., STAVNEZER, J., SCHRADER, C. E. APE1- and APE2- dependent DNA breaks in immunoglobulin class switch recombination. Journal of Experimental Medicine. 204: 3017-3026, 2007.

HALLIWELL, B. GUTTERIDGE, J. M. C. Free Radicals in Biology and Medicine, Clarendon Press, Oxford, 1996.

HASKO, G., MABLEY, J. G., NEMETH, Z. H., PACHER, P., DEITCH, E. A., SZABO, C. Szabo. Poly(ADPribose) polymerase is a regulator of chemokine production: relevance for the pathogenesis of shock and inflammation. Molecular Medicine. 8: 283-289, 2002.

HEGDE, M. L., HAZRA, T. K., MITRA, S. Early steps in the DNA base excision/single-strand interruption repair pathway in mammalian cells. Cell Research.18: 27-47, 2008.

HILL, J. W., EVANS, M. K. Dimerization and opposite base-dependent catalytic impairment of polymorphic S326C OGG1 glycosylase. Nucleic Acids Research. 34: 1620-1632, 2006.

HILL, D. J., GRIFFITHS, N. J., BORODINA, E., et al. Cellular and molecular biology of Neisseria meningitidis colonization and invasive disease. Clinical Science (Lond) 118(9): 547–64, 2010.

HORTON J.K., WATSON, M., STEFANICK, D.F., SHAUGHNESSY, D.T., TAYLOR, J.A., WILSON, S.H. XRCC1 and DNA polymerase b in cellular protection against cytotoxic DNA single-strand breaks, Cell Research. 18: 48– 63, 2008.

HUNG, R.J., HALL, J., BRENNAN, P., BOFFETTA, P. Genetic polymorphisms in the base excision repair pathway and cancer risk: a HuGE review, American Journal of Epidemiology. 162: 925–942, 2005.

HUSAIN, N. e KUMAR, P. Pathology of Tropical Diseases. Neuroimaging Clinics of North America. 21: 757-775, 2011.

JANEWAY, C. Immunobiology: the immune system in health and disease. Gerland Science 6th ed. 2005.

KASTENBAUER, S., PFISTER, H. W. Protection against meningitis-associated central nervous system complications by uric acid. Medical Hypotheses 58: 431, 2002.

KASTENBAUER, S., KOEDEL, U., BECKER, B. F., PFISTER, H. W. Oxidative stress in bacterial meningitis in humans. Neurology. 58: 186-91, 2002.

KAUPPINEN, T. M. Multiple roles for poly(ADP-ribose)polymerase-1 in neurological Disease. Neurochemistry International. 50: 954-958, 2007.

KAUPPINEN, T. M. e SWANSON, R. A. Poly(ADP-ribose) polymerase-1 promotes microglial activation, proliferation, and matrix metalloproteinase-9- mediated neuron death. Journal of Immunology. 174: 2288-2296, 2005.

KAWAKAMI, Y., TSUKIMOTO, M., KUWABARA, K., FUJITA, T., et al. Tumor necrosis fator-α-induced mononuclear cell death may contribute to polymorphonuclear cell predominance in the cerebrospinal fluid of patients with bacterial meningitis. Journal of Nippon Medical School. 78: 360-366, 2011.

KHAN, N. Z., MUSLIMA, H., PARVEEN, M., BHATTACHARYA, M., BEGUM, N., CHOWDHURY, S., JAHAN, M., DARMSTADT, G. L. Neurodevelopmental outcomes of preterm infants in Bangladesh. Pediatrics. 118: 280-289, 2006.

KIM, K. S. Acute bacterial meningitis in infants and children. Lancet Infectious Diseases. 10: 32-42, 2010.

KIM, B. C., KIM, W. Y., PARK, D., CHUNG, W.H., SHIN, K., BHAK. J. SNP@Promoter: a database of human SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) within the putative promoter regions. BMC Bioinformatics. 9: 1- 5, 2008.

KNOLL, M. D., O'BRIEN, K.L., HENKLE, E., LEE, E., WATT, J., McCALL, N., MANGTANI, P., WOLFSON, L., CHERIAN, T. Global literature review of

Haemophilus influenzae type b and Streptococcus pneumoniae invasive

disease among children less than five years of age 1980-2005. Geneva, Switzerland: World Health Organization; 2009.

KOEDEL, U., SCHELD, W. M., PFISTER, H. W. Pathogenesis and pathophysiology of pneumococcal meningitis. Lancet Infectious Disease. 2: 721–736, 2002.

KOEDEL, U., PFISTER, H. W. Oxidative stress in bacterial meningitis. Brain Pathology. 9:57–67, 1999.

KOEDEL, U., WINKLER, F., ANGELE, B., FONTANA, A., PFISTER, H. W. Meningitis-associated central nervous system complications are mediated by the activation of poly(ADP-ribose) polymerase. Journal of Cerebral Blood Flow Metabolism. 22: 39-49,2002.

KUBOTA, Y., NASH, R. A., KLUNGLAND, A., et al. Reconstitution of DNA base excision-repair with purified human proteins: interaction between DNA polymerase beta and the XRCC1 protein. EMBO Journal. 15:6662–6670, 1996.

KULKARNI, A., McNEILL, D. R., GLEICHMANN, M., MATTSON, M. P., WILSON, D. M III. XRCC1 protects against the lethality of induced oxidative DNA damage in nondividing neural cells. Nucleic Acid Research. 36: 5111- 5121, 2008.

LACZMANSKA, I., GIL, J., KARPINISKI, P., STEMBALSKA, A., KOZLOWSKA, J., BUSZA, H., TRUSEWICZ, A., PESZ, K., RAMSEY, D., SCHLADE- BARTUSIAK, K., BLIN, N., SASIADEK, M. M. Influence of polymorphisms in xenobiotic-metabolizing genes and DNA-repair genes on diepoxybutane- induced SCE, Environmental and Molecular Mutagenesis. 47: 666–673, 2006.

Documentos relacionados