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CAPITULO I Do Ensino Primário

SEÇÃO 1 Dos Deveres:

Art. 31° – Ao professor incumbe:

§ 1° Apresentar-se com pontualidade e decentemente vestido na aula, ali conservar-se durante todo o tempo da lição, e proceder ao exercícios escolares, nos termos do programa e regimento respectivos.

§ 2° Manter na aula silêncio, respeito, e conveniente disciplina.

§ 3° Não se ocupar durante as horas de ensino de objeto estranho ao mesmo.

§ 4° Aplicar aos alunos as penas constantes dos ns. 1 à 4 do art. 9° § 5° Tomar notas relativas não só às faltas de lições e de sabatinas, como procedimento e moralidade dos alunos.

§ 6° Lecionar por compêndios e livros competentemente aprovados. § 7° Inspirar e desenvolver nos alunos o amor e aplicação ao estudo, esforçar- se pelo adiantamento deles e incutir-lhes pela palavra e pelo exemplo o sentimento do bem e da virtude.

§ 8° Esgotar os meios suasórios antes da aplicação das penas disciplinares, e usar destas com moderação e critério.

§ 9° Participar a autoridade preposta ao ensino da localidade o começo do exercício de suas funções, assim como , no caso de exercer o prazo das licenças que lhe forem concedidas, a razão justificativa do excesso.

§ 10° Proceder perante a mesma autoridade o inventário do material escolar quando :

1° Assumir o exercício da cadeira. 2° Houver de deixá-la.

§ 11° Conservar o material escolar que lhe for confiado.

§ 12° Participar a autoridade preposta ao ensino da localidade qualquer impedimento, que o iniba de funcionar, no mesmo dia ou imediato.

§ 13° Distribuir trimestralmente aos pais, tutores ou protetores dos alunos boletim de freqüência, aproveitamento e conduta destes, fornecendo, para isso a diretoria geral os precisos exemplares impressos.

§ 14° Remeter trimestralmente à diretoria geral, por intermédio dos inspetores escolares, até 5 dias depois de findo o trimestre, o mapa do movimento escolar, observando, para isso, o modelo anexo.

§ 15° O 1° trimestre contar-se-á de 16 de janeiro a 31 de março. §16° Conservar a casa da escola sempre limpa e asseada e prove-la do mais a que é destinada a quota respectiva da tabela junta.

Art. 32° – Ao professor é proibido:

1° Ocupar-se ou ocupar os alunos em misteres estranhos ao ensino, durante a hora regulamentar.

2° Ausentar-se da sede da cadeira durante o ano letivo, sem licença do presidente da província ou do diretor geral.

3° Comunicar-se com o presidente da província, a não ser por meio de requerimento por intermédio da diretoria geral, com informação da autoridade proposta ao ensino da localidade, salvo o caso de representação ou queixa contra aquela.

4° Acumular qualquer emprego de nomeação municipal ou provincial ou geral observando-se quanto aos cargos de eleição popular, as disposições estabelecidas nas leis gerais.

5° Exercer qualquer profissão industrial durante as horas consagradas ao exercício do magistério.

6° Vender aos alunos quaisquer objetos concernentes ao ensino. 7° Comerciar.

SEÇÃO II

Vencimentos e Outras Vantagens

Art. 33° – Os professores perceberão os vencimentos da tabela anexa. § 1° O professor primário jubilado em outra província passando a exercer, ou exercendo nesta o magistério, ainda que temporariamente só terá direito à terça parte dos vencimentos do novo cargo. (Lei n° 780 de 8 de outubro de 1884).

Art. 34° – Para percepção dos vencimentos em cada mês deverão os professores apresentar ao tesouro provincial com o visto do diretor geral, atestado de exercício passado pelo inspetor escolar ou pessoa por ele indicado na localidade.

Art.35° – O professor que for removido por conveniência do serviço público, terá direito para as despesas de transporte, á uma ajuda de custo na razão de dois mil réis por légua, excluída a distância servida pela via férrea, na qual terá passe.

Art.36° – Para as escolas do ensino primário que não funcionarem em próprio provincial, serão contratadas casas com as acomodações necessárias.

§ 1° Na capital esse contrato será feito perante a diretoria geral com assistência do inspetor escolar e do professor da cadeira respectiva.

§ 2° Nas demais localidades, porém será feito o contrato, de que se trata, perante a coletoria provincial com audiência do inspetor escolar e do respectivo professor.

Art. 37° – Os contratos para os referidos edifícios, jamais excederão da quota anual de:

200$000 para as escolas de 1ª classe. 50$000 para as de 2ª

100$000 para as de 3ª 80$000 para as de 4ª

§ Único. Nesses contratos deverão estabelecer-se condições que obriguem os proprietários ás despesas de conservação e asseio de seus prédios sob pena de rescisão.

Art. 38° – O pagamento dos aluguéis, contratados na forma do artigo antecedente, será feito pelo provincial ou pela coletoria do município se não houver inconveniente, ao proprietário ou ao seu procurador legalmente constituído, mensal ou trimestralmente, segundo se estabelecer no contrato, em vista do atestado dos inspetores de terem servido aos prédios ao fim contratado. Art. 39° – Ficam respeitados os contratos atualmente existentes até o tempo de sua duração, e em vigor o disposto do art. 4° da lei provincial n° 455 de 22 de junho de 1872, com relação a residência das professoras nas próprias casas das escolas.

Art. 40° – As despesas com o asseio e fornecimento de água ás escolas, que da capital, quer das demais localidades da província, serão feitas pelos professores mediante a quota mensal de 5$ para as escolas de 1ª classe; 3$ para as escolas de 2ª e 3ªclasse e 2$ para as de 4ª, sendo respectivo pagamento efetuado conjuntamente com os vencimentos dos professores.

Art. 41° – Os professores, que contarem vinte e cinco anos de efetivo exercício e foram julgados idôneos para continuar no magistério, terão direito anualmente ao abono de uma gratificação adicional e equivalente a quarta parte dos vencimentos.

§ Único. A idoneidade, de que trata o artigo antecedente, será provada mediante parecer de dois facultativos, pelo menos, e onde não houver, de três pessoas designadas pelo presidente da província.

Art. 42° – Os professores públicos do ensino primário que, por força do art. 60 do reg, de 11 de março de 1852 estiverem no gozo da gratificação adicional, correspondente á um terço de seus vencimentos, e chegada a época da jubilação, forem julgados idôneos e quiserem seguir no magistério, continuarão na percepção da aludida gratificação, sem mais direito, entretanto, a de que trata o artigo antecedente.

Art. 43° – A idoneidade que trata o artigo antecedente, para professor primário se conservado no magistério depois de 25 anos de efetivo exercício só se considerará provada para aqueles que não forem titulados pelo externato normal, se submeterem-se a exame habilitação acerca das matérias do curso do externato nas quais não foram examinados, nos concursos em que entraram para obter a respectiva nomeação.

SEÇAO III

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