• Nenhum resultado encontrado

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA HEPATITE B LABORATY DIAGNOSIS OF HEPATITIS B

No documento ARQUIVO COMPLETO (páginas 80-82)

DÉBORA ROBERTA RIBEIRO VALLEZI. Acadêmica do Curso de Graduação em Farmácia da Faculdade INGÁ. GERSON ZANUSSO JUNIOR. Farmacêutico-Bioquímico. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá e Especialista em Farmacologia pelo Centro Universitário de Maringá. Docente dos cursos de Farmácia e Biomedicina da Faculdade INGÁ.

Endereço para correspondência: Gerson Zanusso Junior. Rua Manoel Ribas, 245-Centro, CEP: 87.600-000,

Nova Esperança, Paraná, Brasil gersonjr17@hotmail.com

RESUMO

O vírus da hepatite B (VHB) pertence à família Hepadnaviridae. Sua transmissão ocorre através de sangue e de fluidos corporais. O risco de desenvolver a doença aguda aumenta com a idade do paciente, inversamente a possibilidade de cronificação. Estima-se que aproximadamente 350 milhões de indivíduos são portadores do VHB no mundo. A infecção pode ser assintomática ou sintomática, a fase aguda ou a forma crônica da doença pode evoluir para cirrose ou hepatocarcinoma celular. O VHB possui uma complexa estrutura antigênica, na qual se fazem presentes os seguintes marcadores sorológicos: HBsAg, anti- HBs, HBcAg, anti-HBc, HBeAg, anti-HBe, HBV-DNA. Esses marcadores sorológicos são utilizados na realização do diagnóstico laboratorial da hepatite B, assim como a identificação do período patológico da doença. Exames como, alanina amonitransferase (ALT), aspartato amino transferase (AST) e gama glutamiltransferase (GGT) também são utilizados para diagnóstico, assim como, para triagem clínica e avaliação da severidade de tal patologia. O seguinte trabalho tem como objetivo descrever como é realizado o diagnóstico laboratorial da hepatite B e citar alguns exames úteis no acompanhamento do paciente portador da doença. PALAVRAS-CHAVE: Hepatite B; diagnóstico; VHB.

ABSTRACT

The Hepatitis B virus (HBV) belongs to the Hepadnaviridae family. The trasmition occurs by the blood and body fluids. The risc of develop the acute disease increase with the patient's age, inversely the chronicity possibility. It is estimated that almost 350 million subjects are infected with the HBV arround the world. The infection can be asymptomatic or symptomatic, the acute phase or the chronic phase of disease can evolve to cirrhosis or cellular hepatocarcinoma. The HBV has a complex antigenic structure, which makes themselves present at the following serological markers: HBsAg, anti-HBs, HBcAg, anti- HBc, HBeAg, anti-HBe, HBV-DNA. This serological markers are used in the laboratory diagnostic performance of Hepatitis B, as well as the disease pathological period identification. Examinations like, alanine aminotransferase (ALT), aspartate aminotransferase

81 (AST) and gamma-glutamyltransferase (GGT) are used for diagnostic too, as well as, for clinic screening and disease severity evaluation. The following work has the objective of describe the loboratory diagnostic performance of Hepatitis B and mention some useful examinations on the monitoring of the sick subject.

KEYWORDS: Hepatitis B, diagnostic, HBV.

INTRODUÇÃO

A doença causada pelo vírus da hepatite B é considerada como um dos maiores problemas de saúde pública mundial, tanto por sua magnitude quanto por estar relacionado a formas crônicas (SILVA et al., 2006). Essa infecção é ocasionada por um vírus (VHB) com replicação restrita aos hepatócitos (BARROS JÚNIOR, 2005).

O vírus da hepatite B (VHB) pertence à família Hepadnaviridae, essa família apresenta dois gêneros: Orthohepadnavirus, englobando os vírus que infectam mamíferos, inclusive o VHB, e o Avihepadnavirus, que infecta as aves (VIEIRA et al., 2006).

A hepatite B é transmitida através do sangue e de fluidos corporais, como saliva e sêmen. Os fatores de risco para infecção são transfusões de sangue e derivados, abuso de drogas por via intravenosa, promiscuidade sexual, hemodiálise e acidentes com perfurocortantes entre os profissionais de saúde (KHOURI et al., 2005). Outra forma de se adquirir a infecção é através da transmissão vertical, definida como contágio da mãe para o filho (PERIM, 2004).

O VHB sobrevive até uma semana fora do corpo humano. Sendo que, no plasma apresenta uma vida média que varia de um a três dias, enquanto nos hepatócitos a variação da vida média é de dez a cem dias (FONSECA, 2007).

O período de incubação do vírus pode variar de 2 a 6 meses, após esse período tem início o período prodrômico que é caracterizado pelo aparecimento de fraqueza, anorexia e mal-estar geral, podendo ocorrer sintomas como dor abdominal difusa, náuseas, intolerância a vários alimentos e vômitos. Em 20% dos casos pode ocorrer a presença de icterícia e colúria (BARROS JÚNIOR, 2005).

FERREIRA & SILVEIRA (2004), afirmaram que o risco de desenvolver doença aguda ictérica aumenta com a idade do paciente, inversamente à possibilidade de cronificação. Quando os recém-nascidos entram em contato com os vírus B há 90% de chance de se tornarem cronicamente infectados; quando a infecção ocorre aos cinco anos, a possibilidade cai para 30-50%, sendo a taxa reduzida para 5-10% se a infecção ocorre em adultos.

A fase aguda ou a forma crônica da doença pode evoluir para cirrose ou hepatocarcinoma celular. O vírus causador da doença se faz presente no sangue de portadores da hepatite B, tanto na faze aguda quanto na forma crônica e durante o período de convalescência (COSER et al., 2008).

A doença, quando na forma crônica, é considerada uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo. Sendo o vírus da hepatite B responsável por 30% de todos os casos de cirrose e 53% dos casos de neoplasia hepática (LISBOA NETO, 2009).

A infecção, quando na forma crônica, pode estar associada com severa ou ausência de resposta inflamatória no fígado, e com níveis elevados ou baixos de replicação viral (HADDAD et al., 2010).

Podem ocorrer complicações letais devido à doença, tanto na sua forma aguda (hepatite fulminante), quanto na forma crônica (insuficiência hepática, carcinoma hepatocelular e cirrose hepática) (ANTUNES et al., 2004).

82 Existem alguns testes bioquímicos que podem ser utilizados no acompanhamento do portador do vírus da hepatite B, assim como a dosagem das aminotransferases ALT e AST e da GGT, que na presença da doença apresentam valores elevados (FERREIRA & ÁVILA, 2001).

O vírus da hepatite B (VHB) apresenta uma estrutura antigênica bastante complexa, na qual os principais marcadores sorológicos para o diagnóstico da hepatite B são: HBsAg, anti-HBs, HBcAg, anti-HBc, HBeAg, anti-HBe e HBV-DNA (PERIM, 2004).

O trabalho realizado através de estudos sobre a doença ocasionada pelo VHB tem como objetivo ressaltar quais os exames realizados tanto para o diagnóstico da doença, quanto para o acompanhamento clínico do paciente portador dessa doença.

EPIDEMIOLOGIA

Estima-se que aproximadamente 350 milhões de indivíduos são portadores do VHB

No documento ARQUIVO COMPLETO (páginas 80-82)