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ANEXO I QUADRO DE VAGAS PARA A CAPITAL Onde se lê:

de 15 dias, com base no art 50 da Lei Complementar Estadual

84/2012, encaminhando a remessa referente ao exercício de 2013, abaixo solicitada:

1- Prestação de Contas do FUNDEb, 2º quadrimestre de 2013; A omissão no dever de prestar contas está prevista na CF art. 35, inciso II e sujeita o gestor as sanções na forma da lei.

Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Substituto Sérgio Dantas - Relator/1ª Controladoria/ TCm

Edital de Notificação no 355/2013/1ª Controladoria/tCm

(Processo no 201320262-00)

De Notificação, ao Senhor Cledson farias Lobato rodrigues. O Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará, usando das atribuições conferidas pelo parágrafo único do art. 18 c/c art. 23, com fundamento no art. 69 c/c o inciso IV do art.119 e inciso IV do art.120, todos do Regimento Interno desta Corte, notifica através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor Cledson farias Lobato rodrigues

– Prefeito municipal de bagre e ordenador de despesas do funDeb, no exercício de 2013, para que cumpra com seu

dever constitucional de prestar contas, conforme o disposto no art. 70, parágrafo único da Constituição federal, art.73 da Constituição do estado do Pará, Resolução nº 9.065/2008/TCm/ PA c/c a Instrução Normativa nº 01/2009/TCm/PA, no prazo

de 15 dias, com base no art. 50 da Lei Complementar Estadual

84/2012, encaminhando a remessa referente ao exercício de 2013, abaixo solicitada:

1- Prestação de Contas do FUNDEb, 2º quadrimestre de 2013; A omissão no dever de prestar contas está prevista na CF art. 35, inciso II e sujeita o gestor as sanções na forma da lei.

Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Substituto Sérgio Dantas - Relator/1ª Controladoria/ TCm

Edital de Notificação no 356/2013/1ª Controladoria/tCm

(Processo no 201320260-00)

De Notificação, ao Senhor Cledson farias Lobato rodrigues. O Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará, usando das atribuições conferidas pelo parágrafo único do art. 18 c/c art. 23, com fundamento no art. 69 c/c o inciso IV do art.119 e inciso IV do art.120, todos do Regimento Interno desta Corte, notifica através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor Cledson farias Lobato

rodrigues – Prefeito municipal de bagre, no exercício de 2013, para que cumpra com seu dever constitucional de prestar

contas, conforme o disposto no art. 70, parágrafo único da Constituição federal, art.73 da Constituição do estado do Pará, Resolução nº 9.065/2008/TCm/PA c/c a Instrução Normativa nº 01/2009/TCm/PA, no prazo de 15 dias, com base no art. 50 da Lei Complementar Estadual 84/2012, encaminhando a remessa referente ao exercício de 2013, abaixo solicitada:

1- Prestação de Contas da Prefeitura municipal, 2º quadrimestre de 2013;

A omissão no dever de prestar contas está prevista na CF art. 35, inciso II e sujeita o gestor as sanções na forma da lei.

Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Substituto Sérgio Dantas - Relator/1ª Controladoria/ TCm

Edital de Notificação no 357/2013/1ª Controladoria/tCm

(Processo no 201320259-00)

De Notificação, ao Senhor Cledson farias Lobato rodrigues. O Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará, usando das atribuições conferidas pelo parágrafo único do art. 18 c/c art. 23, com fundamento no art. 69 c/c o inciso IV do art.119 e inciso IV do art.120, todos do Regimento Interno desta Corte, notifica através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor Cledson farias Lobato rodrigues

– Prefeito municipal de bagre e ordenador de despesas do fundo municipal de assistência Social, no exercício de 2013, para que cumpra com seu dever constitucional de prestar

contas, conforme o disposto no art. 70, parágrafo único da Constituição federal, art.73 da Constituição do estado do Pará, Resolução nº 9.065/2008/TCm/PA c/c a Instrução Normativa nº 01/2009/TCm/PA, no prazo de 15 dias, com base no art. 50 da Lei Complementar Estadual 84/2012, encaminhando a remessa referente ao exercício de 2013, abaixo solicitada:

1- Prestação de Contas do Fundo municipal de Assistência Social, 2º quadrimestre de 2013;

A omissão no dever de prestar contas está prevista na CF art. 35, inciso II e sujeita o gestor as sanções na forma da lei.

Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará belém, 02 de novembro de 2013.

Conselheiro Substituto Sérgio Dantas - Relator/1ª Controladoria/ TCm

Edital de Notificação no 358/2013/1ª Controladoria/tCm

(Processo no 201320258-00)

De Notificação, ao Senhor Cledson farias Lobato rodrigues. O Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará, usando das atribuições conferidas pelo parágrafo único do art. 18 c/c art. 23, com fundamento no art. 69 c/c o inciso IV do art.119 e inciso IV do art.120, todos do Regimento Interno desta Corte, notifica através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor Cledson farias Lobato

rodrigues – Prefeito municipal de bagre e ordenador de

despesas do fundo municipal de educação, no exercício de

2013, para que cumpra com seu dever constitucional de prestar

contas, conforme o disposto no art. 70, parágrafo único da Constituição federal, art.73 da Constituição do estado do Pará, Resolução nº 9.065/2008/TCm/PA c/c a Instrução Normativa nº 01/2009/TCm/PA, no prazo de 15 dias, com base no art. 50 da Lei Complementar Estadual 84/2012, encaminhando a remessa referente ao exercício de 2013, abaixo solicitada:

1- Prestação de Contas do Fundo municipal de Educação, 2º quadrimestre de 2013.

A omissão no dever de prestar contas está prevista na CF art. 35, inciso II e sujeita o gestor as sanções na forma da lei.

Tribunal de Contas dos municípios do Estado do Pará belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Substituto Sérgio Dantas - Relator/1ª Controladoria/ TCm

eDitaiS De CitaÇÃO 2ª COntrOLaDOria 1258 aO 1261/2013 (2ª PubLiCaÇÃO)

númerO De PubLiCaÇÃO: 621696 edital nº 1258/2013/2ª Controladoria/tCm (Processo nº 452302011-00)

De Citação com prazo de 30 (trinta) dias, o Sr. Onilson Carvalho

do nascimento.

O Conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 95 do Regimento Interno desta Corte, com as alterações introduzidas pelo Ato nº 15/2011, de 06/10/2011, c/c o art. 3º, I, “b” do referido regimento, cita através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor Onilson Carvalho do nascimento, responsável pelas contas do fundo municipal de educação/

funDeb de melgaço, exercício de 2011, para que no prazo

de 30 (trinta) dias, contados da 3ª publicação, apresente defesa nos autos do Processo nº 452302011-00, referente à prestação de contas daquele Fundo, no referido exercício, sob pena de revelia.

belém, 02 de dezembro de 2013.

CADERNO 10  3

quinta-feira, 05 de dezembro de 2013

edital nº 1259/2013/2ª Controladoria/tCm (Processo nº 802212011-00)

De Citação com prazo de 30 (trinta) dias, a Sra. neuzila de

matos Pereira.

O Conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 95 do Regimento Interno desta Corte, com as alterações introduzidas pelo Ato nº 15/2011, de 06/10/2011, c/c o art. 3º, I, “b” do referido regimento, cita através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, a Senhora neuzila de matos Pereira, Ordenador de

Despesa do fundo municipal de assistência Social de São Sebastião da boa vista, exercício de 2011, para que no

prazo de 30 (trinta) dias, contados da 3ª publicação, apresente defesa nos autos do Processo nº 802212011-00, referente à prestação de contas daquele fundo, no referido exercício, sob pena de revelia.

belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Cezar Colares - Relator/ 2ª Controladoria/TCm

edital nº 1260/2013/2ª Controladoria/tCm (Processo nº 802172011-00)

De Citação com prazo de 30 (trinta) dias, a Sra. Delcimar de

Souza viana.

O Conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 95 do Regimento Interno desta Corte, com as alterações introduzidas pelo Ato nº 15/2011, de 06/10/2011, c/c o art. 3º, I, “b” do referido regimento, cita através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, a Senhora Delcimar de Souza viana, Ordenadora de

Despesa do fundo municipal de Saúde de São Sebastião da boa vista, exercício de 2011, para que no prazo de 30 (trinta)

dias, contados da 3ª publicação, apresente defesa nos autos do Processo nº 802172011-00, referente à prestação de contas daquele fundo, no referido exercício, sob pena de revelia. belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Cezar Colares - Relator/ 2ª Controladoria/TCm

edital nº 1261/2013/2ª Controladoria/tCm (Processo nº 142032009-00)

De Citação com prazo de 30 (trinta) dias, o Sr. alfredo Sarubby

do nascimento.

O Conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 95 do Regimento Interno desta Corte, com as alterações introduzidas pelo Ato nº 15/2011, de 06/10/2011, c/c o art. 3º, I, “b” do referido regimento, cita através do presente Edital, que será publicado 03 (três) vezes, no prazo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Estado, o Senhor alfredo Sarubby do nascimento, Ordenador

de Despesa da Companhia de transporte do município de beLÉm – CtbeL, exercício de 2009, para que no prazo de 30

(trinta) dias, contados da 3ª publicação, apresente defesa nos autos do Processo nº 142032009-00, referente à prestação de contas daquela Companhia, no referido exercício, sob pena de revelia.

belém, 02 de dezembro de 2013.

Conselheiro Cezar Colares - Relator/ 2ª Controladoria/TCm

CrÉDitO aDiCiOnaL númerO De PubLiCaÇÃO: 622779

POrtaria nº 28.154 De 27 De nOvembrO De 2013.

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais;

CONSIDERANDO o disposto no artigo 15, inciso V do Regimento Interno deste Tribunal de Contas; e,

CONSIDERANDO o art. 47 da Lei no 7.650, de 25 de julho de 2012, Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2013, combinado com a alínea ”a” do inciso II do art. 6º da Lei nº 7.688, de 28 de dezembro de 2012, Lei Orçamentária Anual, que estabelece que os créditos suplementares com indicação de recursos compensatórios dos próprios órgãos serão reforçados até o limite de 25% (vinte e cinco por cento), no âmbito dos órgãos que integram os Poderes Legislativo, Judiciário, do ministério Público, da Defensoria Pública e dos demais órgãos constitucionais independentes, por ato próprio de seus dirigentes. R E S O L V E :

Art. 1º - AUTORIzAR a suplementação no valor de R$ 1.016.947,00 (Um milhão, dezesseis mil, novecentos e quarenta e sete reais) para atender a programação do orçamento vigente do Tribunal de Contas do Estado, na forma abaixo discriminada:

Suplementação

Programa de Trabalho Fonte Natureza da Despesa Valor 01.032.1122 1.777 0101 3390.30 7.356,00 01.032.1122 1.777 0101 3390.39 11.300,00 01.032.1122 4.782 0301 3191.13 671.707,00 01.032.1122 4.782 0101 3191.13 142.400,00 01.331.1122 6.264 0101 3390.39 52.644,00 01.331.1122 6.264 0112 3390.39 40.000,00 01.331.1122 6.264 0301 3390.39 90.540,00 01.128.1122 6.266 0111 3390.39 1.000,00 Art. 2º. Os recursos necessários à execução da Portaria correrão por conta da anulação parcial da dotação consignada no orçamento, conforme discriminação a seguir:

redução

Programa de Trabalho Fonte Natureza da Despesa Valor 01.032.1122 1.777 0101 4490.51 11.300,00 01.032.1122 1.778 0301 4490.51 671.707,00 01.032.1122 4.782 0101 3190.16 142.400,00 01.032.1122 4.782 0112 3390.39 40.000,00 01.131.1122 4.786 0111 3390.39 1.000,00 01.032.1122 6.267 0101 3390.39 60.000,00 01.032.1122 6.267 0301 3390.39 15.810,00 01.032.1122 6.267 0301 4490.52 74.730,00 Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor nesta data.

Dê-se ciência.

Gabinete da Presidência do Tribunal de Contas do Estado do Pará, em 27 de novembro de 2013.

CiPrianO SabinO De OLiveira JuniOr

Presidente do Tribunal de Contas do Estado

reSOLuÇÃO nº. 18.527 númerO De PubLiCaÇÃO: 623193

O Plenário do Tribunal de Contas do Estado do Pará, em sessão de 31/10/2013, tomou a seguinte decisão:

Processo nº. 2012/50805-3

Assunto: Consulta formulada pelo Exmº. Sr. JOSÉ bARROSO TOSTES NETO, Secretário de Estado da Fazenda, acerca do alcance da penalidade de suspensão temporária em licitação e impedimento de contratar com a Administração, prevista no art. 87, III, da Lei nº. 8.666/1993.

Relator: Conselheiro LUÍS DA CUNHA TEIXEIRA EmENTA:

CONSULTA. COmPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TCE-PA. EXTENSÃO DA PENALIDADE DE SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE PARTICIPAÇÃO Em LICITAÇÃO E ImPEDImENTO DE CONTRATAR COm A ADmINISTRAÇÃO PÚbLICA. ADmISSIbILIDADE.

1. Distinção dos termos Administração e Administração Pública prevista no corpo da Lei de Licitações e Contratos. Interpretação Autêntica Contextual;

2. Norma restritiva de direitos deve ser interpretada de forma estrita;

3. Norma de cunho punitivo. Aplicação dos Princípios de Direito Penal. Princípio da Reserva Legal;

4. Divergência na Doutrina e Jurisprudência;

5. Abrangência. Aplicação da norma no âmbito do órgão, entidade ou unidade administrativa que aplicou a sanção. Decisão: RESOLVEm os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Pará, unanimemente, com fundamento no art. 43, parágrafo único, da Lei Complementar nº. 081/2012, adotar como resposta à consulta formulada pelo Secretário de Estado da Fazenda, Exmº. Sr. José barroso Tostes Neto, que os efeitos da suspensão prevista no art. 87, III, da Lei 8.666/1993 se aplicam apenas aos certames realizados pelo então órgão sancionador, tendo como fundamentação o parecer da Procuradoria do TCE- PA, abaixo transcrito:

EXPEDIENTE: 2012/03991-7 PROC. Nº: 2012/50805-3

INTERESSADO: SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA - JOSÉ bARROSO TOSTES NETO

ASSUNTO: CONSULTA – ALCANCE DA PENALIDADE DE SUSPENSÃO TEMPORÁRIA EM LICITAÇÃO

PARECER Nº: 60/2013.

1. Da Consulta

Foi encaminhado a esta Procuradoria o processo Nº 2012/50805- 3, pela Presidência desta Corte de Contas, a pedido do Excelentíssimo Sr. Conselheiro IVAN bARbOSA DA CUNHA, cujo

objeto cinge-se à consulta realizada pelo Secretário de Estado da Fazenda, Sr. José barroso Tostes Neto, acerca da aplicação da sanção de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, prevista no inc. III, do art. 87, da Lei nº 8.666/91.

Em apertada síntese, questiona-se a respeito do alcance da aplicação da sanção de suspensão temporária, se ela se estende a todos os Poderes Públicos Estaduais; ou ao Poder Executivo Estadual ou apenas à Secretaria que aplicou a penalidade. A divergência encontrada na doutrina e na jurisprudência reside na interpretação dada aos termos “Administração” e “Administração Pública”, previstos nos incisos III e IV, respectivamente, que para o Estatuto Licitatório possuem significados distintos. É o relatório, passa-se a opinar.

2. Do Parecer

2.1. breves considerações acerca das sanções administrativas previstas na Lei 8.666/93

As sanções administrativas previstas no Estatuto Licitatório surgiram com o intuito de proteger a coisa pública, por meio da repressão de condutas incompatíveis com o interesse público. Sabe-se que a Administração Pública deve prestar seus serviços de forma adequada, eficiente para a coletividade, o que reforça o mandamento constitucional da escolha da melhor proposta, da proposta mais vantajosa ao interesse público, previsto no art. 37, caput, e inciso XXI, da CF/88.

Veja-se que a preocupação do legislador não se restringiu ao processo licitatório, uma vez que as mesmas condições exigidas para a habilitação e qualificação na licitação, também devem ser mantidas pelo contratado ao longo da execução do contrato, nos termos do art. 55, XIII, Lei n° 8.666/93.

Com a finalidade de coibir os abusos praticados pelos contratados ou contratados em potencial, o Estatuto Licitatório no artigo 87 relacionou uma série de atos administrativos de caráter sancionatório em razão da inexecução total ou parcial do contrato, veja-se:

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I – advertência;

II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

Ainda no que diz respeito às penas de caráter administrativo, nos termos do art. 88, do referido diploma legal, as penalidades de suspensão temporária e a declaração de inidoneidade podem ser aplicadas também a empresas ou profissionais que:

I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;

III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.

Da leitura do art. 87 supracitado observa-se que as sanções foram enumeradas de forma gradativa pelo legislador, em ordem crescente, da mais leve para a mais severa.

Ressalta-se ainda o cunho discricionário do administrador na aplicação da sanção, uma vez que a norma não traz os fatos determinados para sua aplicação, as hipóteses de incidência, o que já rendeu severas críticas por parte da doutrina. A despeito disso, nada impede que o administrador aplique as sanções, desde que observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Nesse sentido, veja-se o ensinamento do doutrinador Lucas Rocha Furtado, acerca da ponderação a ser realizada quando da aplicação da sanção:

“Assim, para pequenas infrações que não tenham causado qualquer dano, a Administração deve aplicar a pena de advertência. Para a eventualidade de reincidência no cometimento de pequenas infrações mais rigorosas, mas que não justifiquem a rescisão do contrato, a pena indicada é a multa. Sempre que houver violação de cláusula do contrato que justifique sua rescisão, deve ser aplicada a pena de suspensão temporária. Em hipótese de fraude praticada pelo contratado, de que seria exemplo a juntada ao processo de declarações falsas com o propósito de receber pagamento por serviços não

executados, deve ser aplicada a pena mais rigorosa, a declaração de inidoneidade”.

Quanto à aplicação das penalidades de advertência, de suspensão temporária e da declaração de inidoneidade, a mesma não ocorre de forma automática, logo, em observância ao princípio constitucional do devido processo legal, previsto no art. 5°, LV, da CF, deve-se dar ao acusado o direito de defesa, que nos termos do art. 87, §2°, da Lei 8.666/93, deverá ser realizado no prazo de cinco dias.

2.2. Do alcance da sanção de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração, prevista no inc. iii, do art. 87, da Lei nº 8.666/91.

A consulta encaminhada a esta Corte de Contas, pelo Secretário de Estado da Fazenda, diz respeito aos efeitos decorrentes da aplicação da sanção de suspensão temporária, tema divergente na doutrina e jurisprudência.

Isso porque o legislador utilizou o termo “Administração” quando tratou da sanção de suspensão temporária (III) e, na declaração de inidoneidade (IV) já utilizou o termo “Administração Pública”, expressões que para uma parte da doutrina possuem o mesmo significado.

Contudo, a própria lei que prevê as sanções, faz distinção, nos incisos XI e XII, do artigo 6º, entre as expressões utilizadas, “Administração” e “Administração Pública”. Transcreve-se:

XI – Administração Pública – a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;

XII – Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;

Nesse cenário, surgiram duas correntes. A primeira corrente defende que o efeito é restritivo, logo, restringe-se ao ente federativo que aplicou a sanção, com fundamento nos princípios do Federalismo (autonomia dos entes políticos), e da Competitividade, previsto no inciso I, §1º, do Art. 3º, da Lei de Licitações e Contratos, e sob o argumento da impossibilidade de interpretação ampliativa em matéria de infração.

A segunda corrente, por sua vez, adepta do efeito extensivo, argumenta com base nos princípios da moralidade administrativa, prevenção, precaução e indisponibilidade do interesse público.

2.2.1. Da Doutrina e da Jurisprudência

Entre os que defendem a aplicação da penalidade restrita ao âmbito do órgão, entidade ou unidade administrativa que aplica a penalidade, o administrativista Jessé Torres Pereira Junior, pondera que:

“A diferença do regime legal regulador dos efeitos da suspensão e da declaração de inidoneidade reside no alcance de uma e de outra penalidade. Aplicada a primeira, fica a empresa punida impedida perante as licitações e contratações da Administração; aplicada a segunda, a empresa sancionada resulta impedida perante as licitações e contratações da Administração Pública”

Com base na Decisão n° 36/2001 do TCU, a seguir transcrita, passa-se a argumentar.

Da análise detida da Lei 8.666/93 observa-se o cuidado que legislador teve ao trazer no corpo da lei uma definição precisa dos termos Administração e Administração Pública, com o intuito de deixar claro que se trata de termos distintos para os fins que se propõe.

Num primeiro momento, com base na simples leitura dos artigos 6°, XI e XII e 87, III, do Estatuto das Licitações, chegar-se-ia à conclusão de que a tese do efeito extensivo estaria descartada, uma vez que de acordo com o jargão jurídico, “a lei não contém