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Diferenças nas dimensões da diferenciação do Self dos filhos adolescentes, em função do grupo etário.

4. Discussão dos resultados

4.2. Análise das diferenças.

4.2.3. Diferenças nas dimensões da diferenciação do Self dos filhos adolescentes, em função do grupo etário.

No que concerne à análise das diferenças nas dimensões do Self dos filhos adolescentes, em função do grupo etário, verificam-se apenas diferenças na dimensão

Fusão com Outros, com os adolescentes do grupo etário [15,16] a terem níveis mais

elevados do que os adolescentes do grupo etário [17,19]. Estes resultados estão de acordo com o estudo de Skowron e Friedlander (1998) que demonstrou uma relação entre a dimensão Fusão com Outros e a idade, com os participantes mais novos a terem níveis mais elevados de Fusão com Outros.

Ao analisar os resultados podemos considerar que, embora ambos os grupos de adolescentes se encontrem na mesma fase do ciclo familiar, poderão estar a passar por tarefas diferentes. Os adolescentes do grupo etário [15,16] poderão estar ainda no período da moratória, associada a baixos níveis da diferenciação do Self (Buboltz, Johnson, & Seemann, 2003) enquanto os adolescentes do grupo etário [17,18] já

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40 poderão ter um sentido mais claro do Self. A identificação positiva com os pais também é mais elevada no início da adolescência, diminuindo ao longo da adolescência e estabilizando no final deste período (Gutman & Eccles, 2007). Estas diferenças, que ocorrem durante as várias etapas da adolescência, poderão justificar tais resultados, dado que, considerando uma perspectiva desenvolvimentista, é natural que os adolescentes, ao longo do seu processo de formação de identidade, procurem uma maior autonomia, construindo identidades separadas dos pais.

Conclusão

No presente estudo exploratório, ao analisar a relação entre as dimensões da diferenciação do Self e a percepção do ambiente familiar, verifica-se uma associação negativa entre as dimensões Reactividade Emocional e Corte Emocional com a percepção do Ambiente Familiar na amostra de pais e na amostra dos adolescentes. Também se verifica uma relação positiva entre as dimensões Posição do Eu e Fusão

com Outros com a percepção do Ambiente Familiar. Estes resultados sugerem uma

relação recíproca entre a diferenciação do Self e o Ambiente Familiar, realçando a importância do contexto familiar no desenvolvimento do ser humano (Bronfenbrenner, 1986).

Relativamente às diferenças entre as dimensões da diferenciação do Self dos pais com filhos adolescentes e dos adolescentes verificam-se apenas diferenças na dimensão

Fusão com Outros, tendo os adolescentes níveis mais elevados nesta dimensão.

Skowron e Friedlander (1998) também verificaram uma associação entre a idade e a

Fusão com Outros, o que poderá indicar que esta dimensão vai-se desenvolvendo

consoante a idade, existindo uma diminuição dos níveis desta dimensão ao longo do tempo. Os resultados das diferenças entre os grupos etários dos adolescentes também vão ao encontro dos resultados anteriores, tendo os adolescentes do grupo etário [15, 16], maiores níveis de Fusão com Outros.

As diferenças de sexo também foram consideradas nas duas amostras. Nos pais com filhos adolescentes observaram-se diferenças nas dimensões Reactividade

Emocional e Fusão com Outros, com os indivíduos do sexo feminino a obter níveis

mais elevados nestas dimensões, corroborando com outros estudos empíricos (e.g. Peleg, 2008) e na dimensão Posição do Eu, com os indivíduos do sexo masculino a terem níveis mais elevados. Os mesmos resultados foram obtidos na amostra dos adolescentes, com a excepção de diferenças na dimensão da Fusão com Outros, que

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41 pode ser explicada pela etapa do ciclo de vida em que se encontram, caracterizada pela procura de um sentido claro do Self. As diferenças de sexo podem ser explicadas pelas diferenças no processo de socialização (Haddock, Zimmerman, & Lyness, 2003), em que as mulheres enfatizam mais as relações com outros significativos e os homens procuram mais separação e a individualidade (Chodorow, 1974; Gilligan, 2003).

Limitações

Neste estudo, para permitir uma comparação entre as dimensões do Self dos pais e dos filhos adolescentes, consideraram-se as quatro dimensões presentes no DSI-R, as dimensões Reactividade Emocional, Corte Emocional, Posição do Eu e Fusão com

Outros. No entanto, nos resultados da amostra de validação do DSI-A, uma versão

adaptada do DSI-R para adolescentes, verificou-se a existência de seis dimensões, em vez das quatro dimensões associadas ao DSI-R (Prioste, estudos preliminares de doutoramento), o que torna imprescindível uma leitura cautelosa dos resultados encontrados na presente investigação. Considerando que a percepção do Ambiente

Familiar teve como medida um item-único, deve também considerar-se os resultados

com especial cuidado, dado que se retira apenas uma classificação global qualitativa desta dimensão, não considerando as variáveis e factores que englobam o Ambiente

Familiar.

No que se refere às limitações da amostra, dada a dimensão reduzida, não é considerada representativa da população portuguesa. Assim, não se poderão generalizar os resultados para a população, tendo este estudo um carácter apenas exploratório.

Futuros Estudos

Apesar da contribuição deste estudo para a compreensão do processo de transmissão intergeracional é importante realçar que as amostras não eram compostas pelos pais e os respectivos filhos. Os resultados deste estudo indicam diferenças entre as dimensões da diferenciação do Self nos pais com filhos adolescentes e nos filhos adolescentes; no entanto, seria pertinente realizar esta análise com os pais e os respectivos filhos, para se verificar se os resultados seriam concordantes, ou se as duas gerações obteriam resultados semelhantes na diferenciação do Self, como no estudo de Peleg (2005). Ao abordar o processo de transmissão do nível de diferenciação dos pais para os filhos é importante também referir que Bowen (1978) não considerou a

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42 relevância da resiliência, que pode ser definida como a capacidade de resistir e ultrapassar os desafios disruptivos da vida (Walsh, 2003). Este processo poderia influenciar a transmissão da diferenciação dos pais para os filhos, dado que estes poderiam resistir à ansiedade do sistema familiar, não ficando restringidos ao nível de diferenciação dos pais. Assim, torna-se relevante analisar a influência deste factor neste processo de transmissão.

Ao analisar as diferenças entre os grupos etários e as duas gerações verificou-se que a dimensão Fusão com Outros poderá estar relacionada com a idade e com as diferenças de desenvolvimento entre os sexos, sendo pertinente analisar como evoluem as dimensões da diferenciação do Self ao longo do desenvolvimento do indivíduo, considerando o sexo como factor de influência. Este estudo também permitiria verificar se o nível básico do Self é estabelecido na adolescência e se se mantém fixo ao longo da vida (Kerr, 1988) ou se está em constante evolução. No entanto, para realizar esta análise, é fundamental que se desenvolva um instrumento que avalie este constructo nas crianças e nos adolescentes

(

Skowron, Epps, & Cipriano, no prelo), dado que o DSI é destinado à população adulta (Skowron & Friedlander, 1998).

Implicações Práticas

A Teoria dos Sistemas Familiares serve como orientação teórica para a prática clínica de vários terapeutas da família (Miller, Anderson, & Keala, 2004), tornando-se essencial perceber como os resultados encontrados neste estudo podem contribuir para a prática clínica. Como foi referido anteriormente, Bowen (1978) considerava que os pressupostos da sua teoria eram universais, tendo esta perspectiva sido criticada pelas teorias feministas. Ao considerar como base normativa as características estereotípicas dos homens e ao valorizar a força da individualidade em oposição à de proximidade, Bowen desvaloriza as características do desenvolvimento feminino (Kudson-Martin, 1994). Assim, torna-se importante considerar este aspecto e as diferenças de desenvolvimento entre os sexos na prática clínica.

Neste estudo, também foi possível verificar a existência de uma relação entre as dimensões do Self e o Ambiente Familiar, o que pode indicar que ao trabalhar as relações familiares e os diversos componentes do ambiente familiar se poderá promover

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43 o aumento dos níveis das dimensões da diferenciação do Self, nomeadamente nas crianças e nos adolescentes.

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Apêndice I –

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