• Nenhum resultado encontrado

Dificuldades na gestão da cadeia de fornecimento percebidas

CAPÍTULO 4 RESULTADOS DA PESQUISA

4.2 ANÁLISE DESCRITIVA

4.2.5 Dificuldades na gestão da cadeia de fornecimento percebidas

foi agrupada em dificuldades com fornecedores, com corretores/imobiliárias, e dificuldades na construtora.

Na primeira sub-seção que trata das dificuldades com fornecedores, três das quatro indagações apresentaram resultados de pelo menos 75% das opções de resposta entre “muito grande” e “grande” dificuldade.

Para a dificuldade de conhecimento, hábito e valorização dos fornecedores de materiais e serviços na construção civil, quanto aos conceitos e práticas da gestão da cadeia de fornecimento, este percentual foi de 85%. Para o item que fala da dificuldade em desenvolver relações de confiança entre fornecedores e empresas construtoras, este percentual diminui para 75%. Já quando se trata da dificuldade em assegurar a entrega rápida e pontual por parte de fornecedores de materiais de construção o percentual é de 80% para “muito grande” e “grande” na escala utilizada. Mas existe um pergunta em que o percentual desta dupla de respostas é de 60%. Este trata das barreiras culturais nos fornecedores de materiais e serviços quanto às práticas e conceitos desta gestão da cadeia de fornecimento. Isto pode configurar uma nova percepção por parte da direção das construtoras, quanto às oportunidades de viabilizar um maior número de parcerias com seus fornecedores dentro da cadeia. Os histogramas com os resultados das indagações desta sub- seção de dificuldades estão no anexo III deste trabalho de pesquisa.

A segunda sub-seção de dificuldades se refere àquelas enfrentadas com corretores/imobiliárias. São três perguntas que pelas respostas escolhidas merecem uma análise em separado para cada uma delas. No entanto, todas elas apresentaram uma maior distribuição das respostas entre as divisões da escala de dificuldades.

A primeira pergunta desta sub-seção trata das dificuldades de conhecimento do pessoal de vendas, que não está habituado ou não valoriza os conceitos e práticas da gestão da cadeia de fornecimento. Para 40% dos diretores pesquisados, esta dificuldade é “muito grande”. Para 30% deles a dificuldade é “grande”. Outros 10% a acham “mais ou menos”. Para 10% a dificuldade neste item é “pequena” enquanto que os 10% restantes se disseram “sem opinião”. Os resultados desta pergunta são mostrados na Figura 4–24.

Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_45 P e rcent of obs 10,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 20,0% 10,0% 20,0% 20,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4– 24 - Dificuldade relacionada ao conhecimento do pessoal de vendas.

A segunda pergunta desta sub-seção segue a tendência da primeira, com uma ligeira diferença nos números. Ela trata das dificuldades em desenvolver relações de confiança entre fornecedores e empresas construtoras, e corretores/imobiliárias, relacionando-se claramente com a pergunta anterior. Para 25% dos respondentes esta dificuldade é “muito grande”. Outros 30% atestam “grande” dificuldade. Para 25% “mais ou menos”, enquanto que 10% atestam uma “pequena” dificuldade. Os últimos 10% se manifestaram “sem opinião”. Os resultados são apresentados no histograma da Figura 4–25.

Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_46 P e rcent of obs 10,0% 5,0% 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 10,0% 15,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4–25 - Dificuldade em desenvolver relações de confiança entre construtoras e corretores e imobiliárias.

As duas perguntas analisadas confirmam a percepção da alta gerência das construtoras pesquisadas quanto ao pouco conhecimento e prática dos conceitos da gestão da cadeia de fornecimento por parte das corretoras/imobiliárias. Isto leva a dificuldades no desenvolvimento de relações de confiança entre estas empresas da cadeia podendo causar impacto nas vendas. Nas duas perguntas se observa a ligeira formação de dois grupos distintos de respostas com tendência para considerá-las como grande dificuldade.

A terceira pergunta desta sub-seção fala das barreiras culturais dos corretores e pessoal relacionado, quanto aos conceitos e práticas da gestão da cadeia de fornecimento. Para 10% dos respondentes esta dificuldade é “muito grande”. Outros 10% deles atestam ser uma “grande” dificuldade. Para 50% dos pesquisados responderam “mais ou menos”. Outros 15% atestam uma “pequena” dificuldade, e os 15% restantes se disseram “sem opinião” sobre o questionamento. Os resultados são ilustrados na Figura 4–26.

Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_47 P e rcent of obs 15,0% 5,0% 10,0% 5,0% 45,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4 – 26 - Dificuldade quanto às barreiras culturais na venda.

Os resultados observados para a pergunta, mostram que apesar do pouco conhecimento e prática da gestão da cadeia de fornecimento por parte das corretoras/imobiliárias, há uma percepção de menor dificuldade quanto às barreiras culturais na venda. Isto pode significar uma disposição das construtoras em promover melhorias que ajudem a vencer esta dificuldade. Nesta pergunta também se verifica a ligeira formação de dois grupos de respostas diferentes, sem uma tendência muito definida quanto à importância desta dificuldade.

A terceira e última sub-seção trata das dificuldades no âmbito da empresa construtora. São apresentadas perguntas que falam da questão financeira (os custos de implantação da estrutura administrativa), tecnológica (complexidade e necessidade de adaptação e mudança dos sistemas), administrativa (complexidade da gestão da cadeia em virtude dos muitos fornecedores e corretores), de recursos humanos (necessidade de pessoal qualificado para implantação desta gestão), das barreiras culturais na implantação (as pessoas na empresa não estão acostumadas às práticas e conceitos desta gestão), e da infra- estrutura de comunicação e transmissão de dados (através da Internet ou de outro sistema de comunicação remota).

As três primeiras perguntas apresentaram, resultados semelhantes para as respostas. Nelas de 40 a 50% dos pesquisados classificaram estas dificuldades como “muito grande” ou “grande”. Entre 35% e 45% responderam “mais ou menos”. Finalmente 15% dos respondentes, nas três perguntas, atestaram “pequena” dificuldade. Os histogramas com os resultados são mostrados no anexo III deste trabalho de pesquisa.

A pergunta que fala dos recursos humanos apresenta resultados interessantes que merecem análise um pouco mais detalhada. Para 65% dos diretores de empresas esta dificuldade é “muito grande” ou “grande”. Outros 20% deles atestam “mais ou menos”. Os 15% restantes acreditam numa “pequena” dificuldade com seus recursos humanos. Os resultados são ilustrados na Figura 4–27.

Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_411 P e rcent of obs 5,0% 10,0% 10,0% 10,0% 35,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4–27 - Dificuldade com recursos humanos.

O resultado de respostas “muito grande” e “grande” para a dificuldade com os recursos humanos foi o maior deste terceiro agrupamento de perguntas. Isto aparentemente mostra a consciência da alta direção das construtoras quanto à falta de conhecimento das pessoas com relação aos conceitos e práticas desta gestão. Portanto, para a sua implantação nas empresas existe a necessidade de treinamento do pessoal envolvido. Nesta pergunta não

se percebe claramente a formação de dois grupos de respostas e os resultados são favoráveis à grande importância desta dificuldade.

A pergunta seguinte trata das barreiras culturais observadas no pessoal envolvido, que poderiam dificultar esta gestão da cadeia de fornecimento nas construtoras. Para 35% dos respondentes esta dificuldade é “muito grande” ou “grande”. Outros 30% responderam “mais ou menos”. Para 30% dos pesquisados esta dificuldade é “pequena”. Os 5% restantes atestam “nenhuma” dificuldade neste caso. Os resultados são apresentados na Figura 4–28.

Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_412 P e rcent of obs 5,0% 10,0% 20,0% 10,0% 20,0% 5,0% 10,0% 15,0% 5,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4–28 - Dificuldade com barreiras culturais do pessoal nas empresas construtoras.

O resultado desta pergunta mostra que existe, por parte dos diretores pesquisados, uma avaliação positiva quanto às possibilidades de implantação dos conceitos da gestão da cadeia de fornecimento. Percebe-se pelas respostas que não existem maiores dificuldades para as pessoas nas empresas conhecerem e aceitarem estes conceitos, constituindo-se em barreiras a esta gestão. Neste caso, percebe-se também, a ligeira formação de dois grupos de respostas distintas, sem uma definição precisa sobre a importância da dificuldade.

A última pergunta desta sub-seção aborda as dificuldades de infra-estrutura de comunicação levando a altos custos dos serviços de comunicação ou transmissão de dados.

40% responderam “mais ou menos”. Finalmente os 45% restantes atestam ser esta uma “pequena” dificuldade. O histograma mostrando estas respostas é reproduzido na Figura 4– 29. Histogram (tab_todos.STA 70v*20c) DI_413 P e rcent of obs 25,0% 20,0% 5,0% 35,0% 10,0% 5,0% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Legenda: 0 - Sem opinião; 1 e 2 – Nenhuma dificuldade; 3 e 4 - Pequena dificuldade; 5 e 6 – Mais ou menos; 7 e 8 – Grande; 9 e 10 – Muito grande.

Figura 4–29 - Dificuldade quanto à infra-estrutura de comunicação.

O resultado desta pergunta mostra a certeza dos diretores das construtoras de que não existe dificuldade quanto à infra-estrutura de comunicação. Esta aparentemente vem da utilização já difundida destes serviços nos procedimentos administrativos das empresas com bons resultados. Ocorre nesta pergunta uma ligeira formação de dois grupos de respostas diferentes, com tendência para a pouca importância desta dificuldade.