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5.5 A sustentabilidade no BNB

5.5.3 Dimensão ambiental

Como principal órgão financiador de atividades produtivas em sua área de atuação, o Banco do Nordeste reconhece seu importante papel na conservação dos recursos naturais e melhoria da qualidade ambiental da região nordeste, financiando programas e projetos que objetivam o desenvolvimento sustentável da região.

Dentre esses projetos destaca-se o Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental (FNE Verde), que financia empreendimentos e atividades econômicas que propiciem ou estimulem a preservação, conservação, controle e/ou recuperação do meio ambiente. Atende a produtores rurais, a empresas rurais, industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços e a cooperativas e associações legalmente constituídas cujas atividades visem especificamente à preservação e conservação ambiental.

O programa dispõe de taxas de juros diferenciadas e prazos que podem chegar a vinte anos, incluindo carência de até oito anos que pode ser estendida por até doze anos, no caso de projetos de regularização e recuperação de áreas de reserva legal e/ou preservação permanente degradadas com culturas de longo ciclo de maturação.

Em 2012, foram disponibilizados R$ 161 milhões para linha de financiamento FNE Verde, por meio da prospecção de negócios pelas superintendências estaduais (BNB, 2012).

Além do FNE Verde, o banco também operacionaliza as linhas ambientais do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar − Pronaf (Eco, Agroecologia, Floresta e Semiárido), com a finalidade de financiar itens de proteção ambiental e atividades produtivas que propiciem a conservação e o controle do meio ambiente, com prazos de pagamento e encargos diferenciados.

Somente em 2012, o Banco do Nordeste contratou no âmbito desses programas e linhas ambientais 2.740 operações que totalizaram R$ 157,9 milhões. No âmbito do Programa

Agricultura de Baixo Carbono (ABC), foram contratadas 168 operações de crédito, envolvendo recursos no valor de R$ 84 milhões (BNB, 2012).

Outra ação importante ocorrida em 2012 foi a adequação do banco às disposições do novo código florestal brasileiro. Essa iniciativa, aliada ao processo contínuo de atualização dos normativos ambientais internos, que contemplam as especificidades da legislação ambiental de todos os estados da área de atuação do Banco do Nordeste, mantêm a instituição como referência nacional no que diz respeito ao tratamento da dimensão ambiental no processo de crédito.

Signatário do Protocolo Verde, desde 2006 o Banco participa da governança do Novo Protocolo Verde, em conjunto com Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Ministério do Meio Ambiente e Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).

Em 2012 foi lançado o Blog do Meio Ambiente, uma plataforma de comunicação interna para os temas e iniciativas relacionados à política ambiental aplicável ao processo de crédito. O objetivo principal do blog é divulgar ao público interno as diversas ações relacionadas a questões de sustentabilidade ambiental envolvidas na atuação creditícia da instituição.

Além disso, o Banco do Nordeste realiza contribuição técnica em pesquisas e relatórios externos relacionados à atuação da instituição na área ambiental e contribui, ainda, nas discussões de temas importantes para o desenvolvimento sustentável da Região.

Quanto ao gerenciamento de riscos ambientais, o banco estabelece critérios de análise de impactos ambientais, tanto de risco de crédito aplicados às avaliações de clientes como risco de projeto de empresas pleiteantes o crédito. Segue abaixo algumas dessas medidas:

a) Cumprimento da legislação ambiental e política ambiental da empresa;

b) Adoção de procedimentos de identificação, administração e controle de resíduos gerados pelas atividades;

c) Existência de responsáveis pela execução das ações voltadas para o meio ambiente;

d) Nível de conscientização dos colaboradores do empreendimento com a questão ambiental;

e) Desenvolvimento de campanhas, projetos e programas educativos voltados para os seus empregados, para a comunidade e para públicos mais amplos;

f) Preocupação ambiental do tomador de crédito; g) Certificações ambientais;

h) Estimativa dos custos destinados à mitigação dos danos das atividades no meio ambiente;

i) Dimensão do passivo ambiental frente ao Patrimônio Líquido.

Para avaliar a implementação de políticas ambientais, o banco dispõe de uma auditoria que analisa a eficácia e a efetividade dos controles implementados pelo banco, sempre observando a legislação. O BNB dispõe também de uma equipe de monitoramento dos empreendimentos financiados, que realizam vistorias às empresas, tanto na fase de desembolso como durante a vigência da operação.

Internamente, o BNB possui o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que propõe a adoção de medidas para reduzir o uso de recursos naturais e promover iniciativas de combate ao desperdício. O Sistema de Gestão Ambiental adota as seguintes linhas de ações prioritárias:

a) Uso sustentável de recursos; b) Coleta seletiva solidária; c) Gestão de resíduos.

A linha de ação Uso Sustentável de Recursos consiste num conjunto de ferramentas, procedimentos e ações que visam o combate ao desperdício e a otimização do uso da energia elétrica, água, papel e descartáveis pelas unidades do Banco.

O Programa Coleta Seletiva Solidária tem como objetivo promover o descarte seletivo de resíduos recicláveis produzidos nas dependências do Banco e sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Já o Programa de Gestão de Resíduos, recolhe e faz a destinação correta de outros tipos de resíduos gerados pelas atividades do banco, tais como: resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, óleo mineral, resíduos de podas e resíduos de construção civil.

Dessa forma, sem perder de vista os aspectos econômicos e sociais, o banco dispensa também especial atenção à dimensão ambiental, buscando contribuir para a sustentabilidade da região onde atua.