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P Diminuir Pois isso também, para ser sincera, se quer que lhe diga, não sei!

GUIÃO DE ENTREVISTA

4 P Diminuir Pois isso também, para ser sincera, se quer que lhe diga, não sei!

a) Hummm é um bocadinho…para as pessoas que são mais experientes…eles conseguem diminuir um bocado…

J- De que maneira é que acha que a experiência pode diminuir o stress?

P- É …são…é…são vários anos a apanhar sempre, quase sempre a mesma coisa, já sabem o que é que têm que fazer…e isso por aí..

J- A mesma coisa? 1

b)

P- A mesma coisa… como é que eu lhe hei-de dizer…não é a mesma…são várias coisas, talvez a gente poder sair para uma coisa que realmente é outra…

J- Pode referir exemplos? 1

b.1

P- Como é que eu lhe hei-de dizer? Podemos sair daqui para uma senhora de 70 e tal anos com uma dor no peito e chegarmos lá e ela estar inconsciente…é por ai… são as informações que se vão ….

J- Como é que recebe as informações que são dadas? 1

b.1

5 a)

P- Aquilo passa do contactante para o 112 e depois o 112 para nos ou para a ambulância deles e ai se calhar perde-se um bocado a informação e depois, lá está, nós somos sempre os alvos porque chegamos tarde…porque somos isto porque somos aquilo e …ainda á pouco tempo tive uma situação…fui para a Cova da Moura … para uma rapariga de 16 anos com uma despeneia…com falta de ar. Em que deram-nos uma rua. Nós no nosso mapa não temos essa rua e tivemos de ir a polícia de Alfragide por isso demoramos tanto tempo…. Ligamos 3 vezes para o 112 para eles verem se conseguiam entrar em contacto com a pessoa que telefonou e não conseguiram. Tivemos de ir á policia e demoramos um bocadinho mais tempo e quando lá chegamos os bombeiros são isto….os bombeiros são aquilo e demoraram tanto tempo…e se não fosse para os bairros não demoravam tanto tempo é essa coisa… J- Como é que lida com essas respostas por parte da população?

6 a)

P- Eu não ligo,….quer dizer…eu ligo! Mas não falo que é para não entrar em discussão, não vale a pena, é virar-lhes as costas e primeiro está o doente e depois é que tão eles…e se a gente sair de lá sem ter de levar com eles …melhor. Que é para não entrarmos em conflitos se não a gente começa a entrar em conflitos e então ai…é mau.

J- O que é que isso lhe provoca? 10

a)

P- Raiva…muita raiva… porque se fossem eles a precisarem não faziam isso…como não são eles que fazem…mas prontos…é assim…

J- Acha que o stress no trabalho de bombeiro influencia a vida familiar?

12 a)

2 b.1

P- A mim não porque eu estou a morar sozinha… e são poucas as vezes em que estou com os meus pais…e quando estou com os meus pais não penso nisto…não vale a pena…quero é estar com os meus pais…com os meus primos e com o resto da família…não…esqueço mesmo isto…é melhor…

J- É a sua maneira de lidar com a situação? 13

a)

P- É, é o melhor…embora o meu pai me pergunte como correu como é que ta a correr e o …eu não entro em conversas. Não falo sobre isso…

J- Em pormenor? P- Não vale a pena. J- Porque é que faz isso?

P- Porque é o melhor, porque se eu fosse contar as coisas eles ficavam assim um bocadinho…no Bombarral não se passa nada…è verdade…

J- Era isso que pensavam? 4

b)

P- Basicamente é, aquilo é uma vila pequena que… há situações de urgência que…não tem nada haver com isto, isto é uma cidade grande, e uma pessoa vindo para cá aprende muito, apanha situações que lá não apanha e aprende mais.

J- Estava nos Bombeiros lá em cima? P- Sim.

J- O que é que tem aprendido?

P- Muita coisa mesmo! Muita coisa porque a maior parte das ocorrências de lá são fogos florestais, urgências…assim uma… duas…por isso aprendi muito nos fogos urbanos, nas urgências, varias coisas em que lá não se passa nada.

J- Claro.

P- E mesmo nos fogos florestais…porque eu tive um ano inteiro nos fogos florestais e aprendi bastante embora tenha feito duas escolas lá… e uma cá e tinha sido promovida cá.

J- Boa…Parabéns!

P- Obrigada! Mas pronto…sou novata… J- Ainda tem muitos anos pela frente…não é? P- Espero bem que sim!

existe entre homens e mulheres?

2 a.

5

P- Como é que eu lhe hei-de explicar ? Eu trabalho a maior parte com homens e há pessoas e pessoas…há pessoas que conseguem controlar e há pessoas que não…que começam logo a entrar em parafuso.

J- Independentemente de ser homem ou mulher… P- Ya…independentemente.

J- Não acha diferença nenhuma

P- Não …acho que não. Não tem nada assim por ai além.

J- Muito bem quer acrescentar mais alguma coisa sobre o stress no trabalho dos

bombeiros?

P- Não acho que ta tudo.

J- Muito bem…só lhe queria pedir a sua idade.. P- 22 anos.

J- 22 anos e tem 2 anos de serviço, não é? Dois aqui e mais lá?

P- Tive 3 anos lá em cima e dois aqui. Só que os de lá não contam para a conta. Não. J- Muitíssimo obrigada

P- Adeus e obrigada .

Bombeiro S

J: Bom dia S! Muito obrigado por me conceber esta entrevista para o meu trabalho de Psicologia Clínica na área do Stress Ocupacional nos Bombeiros.

Gostaria de saber da sua experiência em concreto, o que entende por stress.

S: O que é que eu entendo por stress? J: Sim

1 c) d)

S: É quando há excesso de trabalho e a gente não conseguimos resolver, quando há muito trabalho, que há dias que o temos.

J: Como é que são esses dias?

1 e) S: Há muito serviço normalmente de ambulâncias. E… acaba um já tens outro para fazer, acaba um já tens outro para fazer, isso acaba por ser stressante porque somos poucos.

J: São? 1 e)

c) f)

S: E vá, nós somos poucos no turno portanto temos de andar sempre a correr a correr…nem temos tempo para almoçar…é muito trabalho e somos poucos…antes éramos 4 equipas e estamos reduzidos neste momento a duas claro que é…

J: Há algum motivo para tarem reduzidas? 1

e. 1

S: É capaz de haver alguns…agora também é ferias…e depois vão saindo outros…e não são repostos.

J: É isso que sente e que vê?

S: Normalmente é isso que a gente se apercebe. Poderá ser...penso eu. J: O que entende precisamente por stress é…

1 c) e)

S: E pronto é ser muito serviço…e sermos poucos acaba por ser stressante.

J: Claro