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A Região do Vale do Rio dos Sinos está inserida na Região Metro-

politana de Porto Alegre (RMPA), no estado do Rio Grande do Sul, com

abrangência de 31 municípios, que cobre uma superfície de 6.830 km2.

Em relação a Dinâmica Estadual, o estado do Rio Grande do Sul,

possui uma área de 282.062 Km2, ou seja, 3,30% do total do Brasil e

possui cerca de 467 municípios (IBGE, 1998).

Em 1998 o estado possuía um IDH (Índice de Desenvolvimento

Humano) de 0,869, o Brasil era de 0,809. Sendo neste o primeiro lugar em

Qualidade de Vida, o IDH é medido pela ONU desde 1960. Mostra a

Qualidade de Vida nos países-membros baseado em critérios de Renda,

Educação e Expectativa de Vida. As notas são de zero e 1, abaixo de

um estágio intermediário e acima de 0,800 de alto desenvolvimento

humano. Com cerca de 10 milhões de habitantes atualmente o estado

possui 7,083% de Índice de Potencial de Consumo do Brasil, sendo o 4º do

Brasil (Atlas do Mercado Brasileiro, Gazeta Mercantil/1998). Perdendo para

São Paulo (34%), Rio de Janeiro (11,6%) e Minas Gerais (8,5%).

Este potencial de consumo era de US$ 43.958 bilhões em 1998,

ainda com uma expectativa de vida ao nascer, em anos de 74,33 para

homens e 79,79 para as mulheres (IBGE/IPEA, 1998), a mais alta do país.

Naquele ano de 1998, dentre as 50 cidades brasileiras com Quali-

dade de Vida Superior, o estado contava com 19 cidades. Neste a cidade

de Feliz, perto de Nova Hamburgo foi a primeira colocada e Porto Alegre

ficou em sexto lugar no país e a segunda capital do país (ONU/IPEA, 1998).

Os números em saúde são bons em relação ao Brasil o estado

possui 3,17 leitos de hospital por 1.000 habitantes e 0,15 médicos por

10.000 habitantes (Ministério da Saúde, 1998). Ainda era o terceiro em

Alfabetização (92,8%) e quarto em PIB per capita (US$ 5,84 mil) (Minis-

tério da Educação e IBGE/1998).

O Estado segundo Exportador do Brasil, perdendo apenas para o

estado de São Paulo; com exportações na ordem de US$ 6,7 bilhões

- Área: 282.062 Km2 - 3,30% do total do País

- Municípios: 467

Figura 7 - O Brasil e o Rio Grande do Sul Fonte: IBGE, 1998.

Ainda o estado possui a maior população Economicamente Ativa,

de 52% dos 10 milhões de habitantes. É a maior proporção das Unidades

da Federação, quase nove pontos acima da média Nacional (Atlas do

Mercado Brasileiro-Gazeta Mercantil, 1998). Em 2000 este índice passou

para cerca de 55% e a população para 10.187.798 habitantes.

Em relação a RMPA com 2,4% do território do Estado do Rio

Grande do Sul, abrigava em 1991, 3 milhões de habitantes, correspon-

dendo à 33,4% do total do estado e passando para cerca de 36% em 2000

e 3,7 milhões de habitantes (METROPLAN, 2000).

Hoje a RMPA conta com cerca de 30 municípios, sendo destes 10

do Vale. Ainda com os seguintes municípios: Campo Bom, Dois Irmãos,

Estância Velha, Ivoti, Nova Hartz, Parobé, Portão, São Leopoldo e Sapiranga.

A RMPA está bastante conurbada e conta com todos os sis-temas

de infra-estrutura: rodoviário, ferroviário e aeroviário, com portos e

aeroportos, facilitando o escoamento da Produção do Vale do Rio dos

Sinos; tanto para o Brasil como para o exterior. As exportações do Vale

saem principalmente pelo Porto de Rio Grande (RS), alguma parte terres-

tre via Uruguaiana para Argentina e Chile.

Figura 8 - Mapa do Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre – UFRGS, 1998.

Figura 9 - Mapa da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS (RMPA)

e os Municípios do Vale do Rio dos Sinos

Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre – UFRGS, 1998.

A RMPA no período de 1991/2000 teve um aumento de 678.000

habitantes sendo responsável por 65% do aumento total do Estado do Rio

Grande do Sul, mostrando uma grande concentração populacional na RMPA.

Em contrapartida, os municípios de pequeno porte da RMPA

tiveram taxas de crescimento bem superior aos pólos, como por exemplo,

em quanto a RMPA crescia na taxa de 2,0% ao ano, o Município Pólo de

Novo Hamburgo, na faixa de 1,0% ao ano. Sendo que os municípios do

Vale do Rio dos Sinos, como Dois Irmãos (5,6% ao ano), Nova Hartz

Isto demonstra que Atividades Fabris antes concentradas em

Novo Hamburgo, estão migrando para os municípios limítrofes (a indústria

de calçados é de mão-de-obra intensiva); tanto pela valorização do Preço

das Terras e a visível Especialização da Cidade de Novo Hamburgo em

Atividades de Prestação de Serviços para o Agrupamento Competitivo

(Firmas Exportadoras, Empresas de Propaganda e Marketing, Despa-

chantes Aduaneiros, Bancos, Serviços de Informática, Ensino e Pesquisa,

Entidades de Classes, Clubes etc.), dados coletados no METROPLAN

(1998).

Ainda conforme a mesma fonte de dados os dez municípios do

Vale do Rio dos Sinos, o seu PIB era de R$ 6,0 bilhões em 1998, sendo a

cidade de Novo Hamburgo com cerca de 2,0 bilhões de reais.

Conforme Balanço Anual de 2002, da Gazeta Mercantil, o setor

de couro-calçados; das 34 maiores empresas do ranking de calçados

(receita líquida), 11 eram da Região e outros 15 eram do Nordeste do

Brasil, mas todas como filiais de grupos do Vale do Rio dos Sinos (com

exceção para o Grupo Grendene, com sede em Farroupilha/RS e 5

unidades Fabris no Ceará). Em relação ao setor de Curtumes, o vale

possui cerca de 30% dos curtumes nacionais e cerca de 50% das

exportações de couros do Brasil. O setor de calçados do Vale corresponde

por uma média de 85% das Exportações Brasileiras nos últimos 20 anos. O

setor de Máquinas para a Indústria calçadista e de curtumes basicamente

se concentra no Vale do Rio dos Sinos, superando definitivamente São

Quadro 1 - Exportações Brasileira de Calçados e Couros

(em US$ milhões)

Ano Calçados Couro Total 1995 1.498,76 574,27 2.073,03 1996 1.650,06 677,81 2.327,87 1997 1.594,44 740,06 2.334,50 1998 1.386,67 671,19 2.057,86 1999 1.342,13 600,20 1.942,48 2000 1.617,07 759,90 2.376,97 2001 1.656,18 880,98 2.565,28

Fonte: SECEX, Gazeta Mercantil, 2002.

No ano de 2002, através de um Programa de Promoção a Expor-

tação de Máquinas, a Região do Vale exportou cerca de US$ 25 milhões

em máquinas para calçados e curtumes, principalmente para o México,

Argentina, Chile.

O Vale historicamente responde por cerca de US$ 2 bilhões em

exportações anuais em calçados, couros e afins. Sendo que o valor recor-

de de exportações de calçados foi alcançado em 1993 com cerca de US$

1,9 bilhões pelo Brasil, desde então o setor se estabilizou.

No quesito setorial (mercado interno e externo) o Vale do Rio dos

Sinos, corresponde por cerca de 30% do Faturamento Nacional; porém,

muitas empresas que se instalaram no Nordeste do Brasil na década de

90, na sua maioria, são filiais de empresas do Vale.

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