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DIRETRIZ PARA EXERCÍCIOS COMBINADOS INTERNACIONAIS COM A PARTICIPAÇÃO DO EB (EB20-D-05.003)

CAPÍTULO V DAS ATRIBUIÇÕES

DIRETRIZ PARA EXERCÍCIOS COMBINADOS INTERNACIONAIS COM A PARTICIPAÇÃO DO EB (EB20-D-05.003)

1. FINALIDADES

a. Orientar as ações necessárias, no âmbito do EB, ao planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados Internacionais que contem com a participação do EB, no Brasil ou no exterior.

b. Definir as atribuições do Órgão de Direção Geral (ODG), dos Órgãos de Direção Setorial (ODS) e dos Comandos Militares de Área (C Mil A) envolvidos nos Exercícios de que trata a presente Diretriz.

2. REFERÊNCIAS

a. Livro Branco de Defesa Nacional - Mensagem Presidencial no 323, de 17 de julho de 2012. b. Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008 - Aprova a Estratégia Nacional de Defesa.

c. Portaria nº 1.265, de 11 de dezembro de 2013 - Aprova o Plano Estratégico do Exército 2015-2018, integrante da Sistemática de Planejamento do Exército.

d. Diretriz Geral do Comandante do Exército para o período de 2011 a 2014. e. Política Militar Terrestre - SIPLEX 3 - 2013.

f. Regimento Interno do Estado-Maior do Exército - RI/R-173.

g. Ofício nº 5350/ADL-EMCFA-MD, de 8 de maio de 2013, que trata da participação de tropa em atividade no exterior.

h. Portaria nº 149-EME, de 29 de dezembro de 1998 - Aprova a Diretriz para a elaboração do Plano de Visitas e outras Atividades em Nações Amigas (PVANA) e do Plano de Visitas de Militares Estrangeiros no Brasil (PVMEB).

3. CONCEPÇÃO GERAL

a. Considerações iniciais

1) No plano regional, especialmente o sul-americano, a relação entre as políticas externa e de defesa deve ocorrer no sentido de fomentar e expandir a integração, de maneira a fortalecer a ação sul-americana no cenário internacional.

2) O Processo de Transformação do Exército Brasileiro (EB) tem sua origem no diagnóstico de que o EB não disporia de capacidades e competências compatíveis com a evolução da estatura político- estratégica do País, que caminha para ocupar a condição de ator global.

3) Percebeu-se que a modernização ou a adaptação da Força Terrestre (F Ter) seriam insuficientes e que, para atingir o cenário visualizado, demandaria um processo de mudança bem mais amplo e profundo - a TRANSFORMAÇÃO1.

4) Trata-se, portanto, de um processo que pretende conduzir o Exército ao patamar de Força Armada de país desenvolvido e ator global, capaz de se fazer presente, com a prontidão necessária, em qualquer área de interesse estratégico do Brasil.

1 Entende-se por transformação o desenvolvimento de novas capacidades para cumprir novas missões ou desempenhar novas funções em combate, alterando as concepções e projetando a Força para o futuro.

b. Justificativa dos Exercícios Combinados Internacionais

Os Exercícios Combinados Internacionais atendem ao contido no Plano Estratégico do Exército (PEEx) 2015-2018, Objetivo Estratégico do Exército (OEE) 2 - AMPLIAR A PROJEÇÃO DO EXÉRCITO NO CENÁRIO INTERNACIONAL (Estratégias 2.1 - Incremento da atuação da Diplomacia Militar e 2.2 - Aumento da capacidade de projeção de poder) e Ações Estratégicas: 2.1.1 - Ampliar as medidas de cooperação e confiança mútua entre o Exército e os exércitos de Nações Amigas (NA); 2.1.2 Aprofundar e ampliar a cooperação com os países do entorno estratégico; e 2.2.4 Desenvolver as capacidades expedicionária e multinacional.

c. Premissas

1) Considerar que o Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT) encontra-se em reestruturação, o que oferece a oportunidade para a inserção dos Exercícios Combinados Internacionais em seu contexto.

2) Deve ser considerada a interoperabilidade entre a(s) fração(ões) do EB e a(s) fração(ões) do Exército da Nação Amiga envolvidas.

3) Os Exercícios Combinados de que trata a presente Diretriz serão fruto de entendimentos estabelecidos em Conferências Bilaterais de Estado-Maior (CBEM) realizadas entre o EB e o Exército da Nação Amiga (NA) considerada ou por meio de acordos específicos.

4) Para fins de cumprimento desta Diretriz, o ano A será o da execução do Exercício Combinado. d. Objetivos dos Exercícios Combinados

1) Estreitar os laços de amizade, confiança e cooperação entre os Exércitos envolvidos. 2) Adestrar as diferentes frações por níveis.

3) Promover o intercâmbio de experiências quanto a táticas, técnicas e procedimentos operacionais. 4) Adestrar a interoperabilidade entre os elementos dos Exércitos do Brasil e da Nação Amiga na execução de operações combinadas.

5) Exercitar a doutrina vigente em ambos os Exércitos durante o desenvolvimento de um exercício. e. Recursos para os Exercícios Combinados

1) Os Exercícios Combinados serão realizados com recursos financeiros previstos no orçamento do Exército Brasileiro, bem como recursos de outras fontes, no que tange aos gastos com as tropas do EB.

2) O Comando de Operações Terrestres (COTER), em coordenação com o Comando Militar de Área (C Mil A) e demais ODS, fará o planejamento orçamentário para o planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados aceitos, fazendo constar as necessidades da pré- proposta da Ação Orçamentária destinada ao aprestamento do Exército, na cota de sua responsabilidade, até Abr A-1 (ou outro prazo específico estabelecido pelo EME);

3) Para todos os deslocamentos atinentes aos exercícios, inclusive das reuniões de coordenação que se fizerem necessárias, deverão ser seguidas as rotinas previstas para o PVANA e PVMEB, com os recursos financeiros oriundos da cota do COTER na Ação Orçamentária destinada ao aprestamento do Exército, conforme previsto no número “2)” acima.

f. Coordenação do Exercício Combinado

A coordenação do Exercício Combinado será de responsabilidade do COTER quando realizado no Brasil e do Exército da nação hospedeira quando realizado no exterior. Em qualquer caso, as medidas necessárias à participação do efetivo do EB no planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado ficarão a cargo do COTER, em coordenação com o C Mil A de interesse, sob orientação do EME.

4. ATRIBUIÇÕES

a. Estado-Maior do Exército 1) 5a Subchefia

a) Estabelecer o Entendimento com a NA, em coordenação com a 3a Subchefia do EME, para a

realização de Exercícios Combinados Internacionais;

b) Buscar oportunidades de Exercícios Combinados Internacionais, empregando os Adidos Militares do Brasil no exterior e os contatos com os Adidos Militares estrangeiros acreditados no Brasil, bem como representantes brasileiros em organismos internacionais de interesse, em sintonia com o PEEx;

c) Fazer constar, até 1º DEZ A-2, das atas das CBEM e/ou dos acordos específicos realizados com as NA interessadas, os Entendimentos referentes à realização dos exercícios aceitos.

2) 3a Subchefia

a) Receber e analisar, em coordenação com a 5a Subchefia do EME, propostas de exercícios

formuladas pelo COTER e por NA, emitindo parecer quanto à pertinência da atividade, considerando os aspectos apropriados, de modo a permitir a inclusão do Entendimento correspondente nas atas das CBEM até 1º DEZ A-2;

b) Emitir diretrizes complementares de modo a permitir a operacionalização do planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados pelo COTER, COLOG, C Mil A e demais ODS envolvidos;

c) Estabelecer e manter um canal de orientação (técnica e doutrinária) com o COTER e o C Mil A envolvido;

d) Analisar e consolidar os relatórios recebidos referentes aos Exercícios Combinados, a fim de atualizar a doutrina.

e) Em função dos resultados dos Exercícios Combinados, expedir diretrizes para a elaboração e a atualização de publicações doutrinárias relacionadas ao tema da atividade.

3) 6a Subchefia

Adequar a cota do COTER na Ação Orçamentária destinada ao aprestamento do Exército de forma a atender as necessidades daquele Comando atinentes aos exercícios combinados, respeitando os limites e prioridades estabelecidas pelo Chefe do EME.

b. Comando de Operações Terrestres

1) Atualizar os seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados aceitos.

2) Coordenar, em ligação com o C Mil A apropriado, as Reuniões de Coordenação dos Exercícios Combinados realizadas no Brasil e participar daquelas realizadas nas NA;

3) Orientar e acompanhar as medidas necessárias ao planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados;

4) Quantificar e incluir, em A-1, nas propostas de orçamento anual e de créditos adicionais referentes ao ano A, na sua cota da Ação Orçamentária destinada ao aprestamento do Exército, os recursos necessários para o planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados a serem realizados.

5) Prever, na sua cota da Ação Orçamentária destinada ao aprestamento do Exército, os recursos necessários aos deslocamentos para o planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, que serão inseridos, por sua iniciativa, no PVANA e PVMEB.

6) Propor ao Departamento Geral do Pessoal (DGP), em coordenação com o C Mil A, a publicação da constituição do Efetivo e a passagem à disposição de militares necessários ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado;

7) Coordenar e acompanhar a revisão doutrinária relacionada ao Exercício Combinado;

8) Estabelecer e manter um canal de orientação (técnica e doutrinária) com o C Dout Ex/ 3a SCh

EME;

9) Fazer constar o planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados aceitos do seu Contrato de Objetivos com o COLOG e com os C Mil A e, também, do PIM.

10) Propor ao DCT, DGP, DEC e COLOG a aquisição de material necessário ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, com recursos previstos conforme o número “4)” acima.

c. Comando Logístico

1) Atualizar seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados aceitos.

2) Apoiar o COTER na aquisição de material necessário ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado.

3) Fazer constar o planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados aceitos do seu Contrato de Objetivos Logísticos com o COTER e com as RM, se for o caso;

4) Providenciar o suprimento necessário (todas as classes, exceto VI, VII e VIII) ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, mantendo estreita coordenação com o COTER.

d. Departamento-Geral do Pessoal

1) Atualizar seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados aceitos;

2) Realizar a publicação da constituição do Efetivo e a passagem à disposição de militares necessários ao Exercício Combinado, decorrente desta diretriz, de acordo com o proposto pelo COTER.

3) Providenciar o suprimento da classe VIII necessário ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, mantendo estreita coordenação com o COTER.

e. Departamento de Ciência e Tecnologia

1) Atualizar seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados aceitos;

2) Providenciar o suprimento da classe VII necessário ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, mantendo estreita coordenação com o COTER.

f. Departamento de Engenharia e Construção

1) Atualizar seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados aceitos;

2) Providenciar o suprimento da classe VI necessário ao planejamento, preparação, execução e avaliação do Exercício Combinado, mantendo estreita coordenação com o COTER.

g. Comando Militar de Área

1) Atualizar seus planejamentos, considerando os Exercícios Combinados a serem realizados; 2) Identificar as necessidades de pessoal e propor ao COTER os integrantes das GU/U que constituirão o efetivo que participará do planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados;

3) Planejar, em coordenação com o COTER e suas GU subordinadas, as Reuniões de Coordenação dos Exercícios Combinados a serem realizadas em sua área de responsabilidade e participar daquelas realizadas nas NA.

5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. As ações decorrentes da presente Diretriz poderão ser alteradas pelo EME, conforme determinação do Comandante do Exército, em função da disponibilidade de recursos orçamentários ou por proposição do COTER.

b. Estão autorizadas as ligações necessárias ao desencadeamento das ações referentes ao planejamento, preparação, execução e avaliação dos Exercícios Combinados, desde antes da aceitação formal por ocasião das CBEM, entre os ODS e C Mil A envolvidos.

PORTARIA Nº 026-EME, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2015.

Aprova a Diretriz para a Concessão, Suprimento e Reconhecimento de Títulos e Graus Universitários no Âmbito do Exército Brasileiro e dá outras providências (EB20-D-01.010, 1ª Edição - 2015). O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso I do art. nº 38 do Decreto nº 3.182, de 23 de setembro de 1999, que regulamenta a Lei nº 9.786, de 8 de fevereiro de 1999, que dispõe sobre o ensino no Exército e em conformidade com o que prescreve o inciso III, do art. 3º, combinado com a alínea “a” do inciso I do art. 4º do Regulamento do Estado-Maior do Exército, aprovado pela Portaria nº 514, de 29 de junho de 2010 e de acordo com o que propõe o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), ouvidos o Departamento Geral do Pessoal (DGP), o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) e a Secretaria de Economia e Finanças (SEF), resolve:

Art. 1º Aprovar a Diretriz para a Concessão, Suprimento e Reconhecimento de Títulos e Graus Universitários no Âmbito do Exército Brasileiro, que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que a presente portaria entre em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revogar a Portaria nº 03-EME, de 3 de janeiro de 2000.

DIRETRIZ PARA A CONCESSÃO, SUPRIMENTO E RECONHECIMENTO DE TÍTULOS E

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