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Nossos dados são consistentes em revelar que a frequencia tanto da obesidade quanto do abixo peso aumentou dos escolares avaliados entre os anos, assim como a frequência de escolares que eram sedentários ou praticavam atividade física leve no ano 2017 independente do estado nutricional. De forma adicional, a frequência de consumo de alimentos processados e ultraprocessados dos escolares com excesso de peso manteve-se alta entre os anos, ao contrário do consumo de alimentos in natura e minimamente processados. Esses achados corroboram com estudos nacionais e internacionais, que discutem o impacto dos hábitos alimentares e de atividade física no estado nutricional de escolares (7,8,10,29).

O aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade está amplamente documentado na literatura, incluindo esta faixa etária, sendo os hábitos alimentares e prática de atividade física diretamente relacionados a este cenário (4,9,44,67,68). Os escolares avaliados na amostra apresentaram maior prevalência de obesidade com o passar dos anos, atingindo em 2017 uma prevalência superior às projeções nacionais e internacionais para crianças e adolescentes (1,4). Chaput et al (69), em um estudo recente, apontou que a prevalência de obesidade entre 5,4% e 24,4% em diferentes países dos cinco continentes, sendo a prevalência atribuída ao Brasil, a partir de um estudo de São Paulo, no valor de 21,7%. Apesar de, no último censo nacional (70), o estado nutricional antropométrico referente a esta faixa escolar não ter sido avaliado, estudos na cidade de Florianópolis (62,64) já alertaram para o excesso de peso nos escolares desta faixa etária, reforçando a necessidade de vigilância nutricional desta população.

Chamamos também a atenção para o aumento do baixo peso entre os escolares avaliados com o passar de dois anos, o que demonstra que a má alimentação está associada a alteração do quadro de eutrofia tanto para o aumento de peso como para a redução. Esses dados corroboram com o perfil de transição epidemiológica dos países desenvolvidos (71). Outros estudos na região nordeste apontam menores frequências de baixo peso do que os do presente estudo (71,72). No entanto, quando comparado às prevalências de baixo peso com estudos da região Sul do país, o baixo peso na cidade de Santa Cruz foi até dez vezes maior (44). Outros fatores associados a redução de peso, como variáveis sócio demográficas, renda e seguridade alimentar tem forte impacto sobre a condição da alimentação da população dessa região, que deve ser considerado ao avaliar o baixo peso entre os escolares (23). Também chama-se atenção para o fato de que o baixo peso mostra tendência de redução com o passar dos anos em avaliações nacionais (23,71) diferente do que encontramos no grupo estudado, que apresenta a redução da eutrofia e aumento de baixo peso e excesso de peso.

É conhecido que a atividade física é fundamental para a manutenção do estado nutricional, mostrando que maior atividade física resulta em menor risco para desenvolvimento de obesidade, principalmente a prática de AFMV diariamente (9,40,44). Os nossos dados apontam o aumento da frequencia de sedentarismo e atividade física leve com o passar dos anos. Para o grupo total de escolares avaliados, a frequência dobrou, e entre os escolares com excesso de peso esse percentual mais do que triplicou no intervalo de três anos. Já para a AFMV, encontramos redução de 1,4% para o grupo total estudado e de 9,5% para os escolares com excesso de peso, mostrando que apesar dos escolares com excesso de peso apresentar maior prevalência de AFMV, apresentou igualmente maior redução ao longo do tempo (63). No entanto, essa relação entre AF e estado nutricional não é exata, pois nem sempre crianças sedentárias apresentam maiores frequências de excesso de peso (69). Mais estudos são necessários para replicar esses achados, especialmente com indicadores de saúde diferentes da obesidade.

Em avaliação reaçizada no realizado no Reino Unido, que questionou a perspectiva dos pais sobe a alteração de atividade física e tempo de tela de escolares da rede primária, demonstrou a redução de AFMV e aumento do tempo de tela das crianças (73). O artigo supracitado discute a dificuldade que os pais sentem em controlar o acesso e tempo que as crianças passam usando aparelhos eletrônicos com o passar da idade, e que com o aumento da idade acompanha a maior independência sobre a escolha da prática de atividade física. Esses achados são concordantes com os nossos, onde encontramos aumento da inatividade física e sedentarismo dos escolares e redução de AFM com o passar dos anos, independente do estado nutricional. O maior S/AFL pode estar associado ao aumento de tempo de tela dos escolares, que com o passar dos anos e acesso a equipamentos eletrônicos, passam a preferir esse lazer a praticar atividade física. Nossos achados também demonstram menores alterações na AFV dos escolares avaliados, levando-nos a compreender que os escolares que tinham o hábito de praticar atividade fisica em maiores intensidades continuaram assim com o passar dos anos, mas os que praticavam AFM reduziram e possivelmente migraram para o grupo S/AFL.

Além do sedentarismo e inatividade física, os escolares diagnosticados com sobrepeso e obesidade nos dois anos apresentaram menor consumo de alimentos in natura e minimamente processados em diversas refeições no dia, porém, o consumo de alimento ultraprocessados não apresentou significância estatística na redução, mostrando que apresar da redução do consumo de frutas, verduras, legumes, carnes, peixes, massas, arroz e feijão os escolares apresentaram elevado o consumo de alimentos do grupo de pães, bolachas e biscoitos, bebidas açucaradas, doces, refrigerantes, salgados e fast foods, que foram encontrados em todas as seis refeições do dia. Esses alimentos com tal nível de processamento já são categorizados como de risco á saúde em qualquer

faixa etária, e seu consumo deve ser evitado (17,44,46,56,58). O consumo de alimentos processados mostrou maior aumento no almoço, onde no grupo total de escolares aumentou mais de nove vezes entre os anos, e entre os escolares que apresentavam sobrepeso e obesidade o aumento foi de mais de onze vezes, essa alteração de consumo no almoço pode ser explicada pelo aumento do consumo de sanduíches e substituição dos alimentos in natura e minimamente processados nessa refeição, reduzindo o consumo furutas, verduras e legumes, substituindo pelos alimentos processados e ultraprocessados, como sanduíches, salgados e lanches (23,74).

A literatura aponta para a relação positiva entre o consumo de refeições na escola e redução de alimentos processados nesta faixa etária (1,75). No entanto, apesar das recomendações dos guias alimentares para um maior consumo de alimentos in natura e minimamente processados e redução dos processados e ultraprocessados (17,46), a realidade da comunidade escolar estudada era diferente, onde em grande parte os lanches das escolas incluíam biscoitos doces ou salgados, bebidas lácteas, cuscuz ou pão com salsicha e sucos, em detrimento à oferta de frutas e outros produtos minimamente processados (dados não mostrados). Esta realidade precisa ser analisada com cautela, visto que não foi objeto de estudo a adequação da merenda escolar ofertada. No entanto, de uma forma ampla, a escassez de estudos e registros sobre a alimentação ofertada nas escolas denota que a atenção precisa ser voltada a esta questão, no intuito de melhor problematizar a realidade e, com isso, ajudar a construir políticas públicas com o intuito de melhorar a qualidade da alimentação escolar. De uma forma geral, os dados apresentados mostram um alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados na alimentação dos escolares avaliados, além de aumento do S/AFL entre os escolares, independente do estado nutricional, ressaltando a necessidade de estudos adicionai, para que possa definir melhores estratégias de ação para promoção de saúde.

O presente estudo pretendia ser apresentado com caráter longitudinal, mas o seguimento dos mesmos escolares com o passar dos anos foi uma tarefa bastante difícil e isso representa a primeira limitação do estudo. Tal dificuldade pode ser parcialmente explicada pela alta taxa de evasão escolar, além da baixa assiduidade deste público. Outra limitação refere-se ao instrumento de coleta de dados utilizado para avaliar o consumo alimentar e a atividade física. Apesar de utilizarmos questionários previamente validados, consideramos apenas o dia anterior de hábitos dos escolares e atividade física, que seria melhor explorado com questionários de frequência de consumo e pratica de atividade física, uma limitação do questionário aplicado, porém foi feita a escolha de sua aplicação por ser o mais adequado para a faixa etária do estudo. Além disso, alguns alimentos e práticas de atividade física do questionário ilustrado reflete a realidade de onde foi desenvolvido, ou seja, no Sul do país. Para minimizar este viés, os escolares foram orientados a relatar aos pesquisadores quando consumiam alimentos regionais (como cuscuz, tapioca e raízes e tubérculos da região), e estes

orientavam a assinalar o alimento equivalente no questionário. Já para as atividades físicas as práticas menos comuns a região (andar de skate e natação, por exemplo) foram mantidas no questionário e a presença dessas práticas pode representar a vontade da prática das crianças e não a real realização da atividade.

Como pontos fortes ressaltam-se a representatividade da amostra descrita para o número total de escolares matriculadas do primeiro ao sexto ano de escolas fundamentais da zona urbana em Santa Cruz. Além disso, o tempo de seguimento foi considerável quando considerada a idade dos escolares, que estão, principalmente, na faixa etária de seis a dez anos (cerca de um terço da sua vida). Outro ponto a ser destacado é a utilização da classificação do IMC por idade, seguindo os critérios da OMS (3,31) o que favorece a comparação com outros trabalhos que avaliam o estado nutricional de escolares no cenário nacional e, além disso, ser o primeiro estudo de avalição de alterações temporais desse grupo de escolares da região. E ressaltamos que para um maior entendimento da atividade física, comportamento sedentário e consumo alimentar dessa população, sugere-se a continuidade de avaliação dos escolares e contexto familiar, permeando a fase da adolescência, uma vez que sabe-se o papel das mudanças hormonais e comportamentais desta fase interferindo no estilo de vida e estado nutricional antropométrico infantil.

7.CONCLUSÃO

Com os dados apresentados, concluímos que a prevalência de eutrofia entre os escolares diminuiu com o passar dos anos, e consequentemente aumentou a frequência de baixo peso e obesidade na amostra. Também foi observado um aumento na frequência de sedentarismo entre os anos, onde os escolares com excesso de peso apresentavam menor frequência de S/AFL, porém maior consumo de alimento processado no almoço e de ultraprocessados em geral, além da redução do consumo de alimentos in natura e minimamente processados. Esses padrões alterados de consumo alimentar e atividade física entre os anos e o aumento do excesso de peso mostram o impacto negativo da má alimentação no estado nutricional dos escolares da rede municipal de Santa Cruz/RN.

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