• Nenhum resultado encontrado

Discussão e Conclusão

Sendo o cancro do cólon uma das neoplasias malignas mais incidentes no mundo, e com elevada mortalidade, o interesse da realização deste trabalho deveu-se à importância de rever a história natural e evolução desta doença, contribuindo desta forma para um conhecimento atualizado essencial para a sua prevenção, diagnóstico e tratamento.

Na verdade, uma melhor compreensão da carcinogénese deste cancro pode reduzir a sua incidência ou permitir que a doença ocorra numa idade mais avançada, reduzindo, assim, a taxa de mortalidade.

O cancro do cólon desenvolve-se a partir de pólipos, sendo este o primeiro passo para a carcinogénese. Os pólipos com maior potencial maligno são os pólipos adenomatosos e os pólipos serreados (desenvolvidos a partir dos pólipos hiperplásicos). O conhecimento da histologia dos pólipos permite reconhecer quais os que são benignos ou quais os que têm potencial para malignizar.

No que respeita aos mecanismos de genética molecular envolvidos, é de enfatizar, face às mutações habituais, o elevado número de vias de sinalização envolvidas. Uma mutação no gene APC, por exemplo, faz com que a b-catenina fique excessivamente acumulada no citoplasma, formando complexos com outras proteínas que afetam a estrutura celular e as vias de transdução de sinais envolvidas na proliferação celular, impedindo a migração de células indiferenciadas para a superfície o que conduz ao aparecimento de pólipos. O principal proto-oncogene mutado no cancro do cólon é o KRAS, cuja mutação leva a uma série de eventos oncogénicos que promovem a iniciação, o crescimento e a progressão do tumor. O gene DCC, localizado no braço longo do cromossoma 18, foi implicado no cancro do cólon, devido à produção de um homólogo

56 da molécula de adesão celular neuronal, que promove a apoptose e a supressão tumoral. A mutação no gene TP53, localizado no cromossoma 17, gene supressor da proteína P53 que promove a apoptose, também foi encontrada no cancro do cólon. Do mesmo modo, foram identificadas mutações por hipermetilação no gene BRAF, que originam a síndrome da polipose serreada. Adicionalmente, o silenciamento mediado por miRNAs, foi associado ao aparecimento deste cancro, devido ao seu papel fundamental na proliferação e diferenciação celulares, na angiogénese, apoptose, invasão e metastização.

Todavia, estima-se que uma grande parte dos cancros do cólon tenham predisposição familiar. E no que respeita ao cancro do cólon hereditário, existem 3 formas conhecidas: a FAP, que foi a primeira a ser descrita, de hereditariedade autossómica dominante e de aparecimento precoce (2º década de vida ou aos 40 anos), que tem a sua origem em mutações no gene APC; a HNPCC, forma mais comum de cancro do cólon hereditário, causada por tumores com mutações no sistema MMR, e por fim, a polipose associada ao MUTYH, que é uma doença hereditária autossómica recessiva, associada ao gene MUTYH localizado no cromossoma 1.

Relativamente ao cancro do cólon esporádico, acredita-se que este resulta de uma cascata de mutações genéticas que conduzem à desordenada replicação do DNA e a mitoses descontroladas dos colonócitos. Acredita-se que estas podem ser causadas essencialmente por mecanismos de instabilidade de microssatélites, mutações no gene APC, gene KRAS ou genes SMAD2 e SMAD4.

Importa alertar para o reconhecimento dos sinais e sintomas do cancro do cólon, nomeadamente a alteração dos hábitos intestinais, desconforto abdominal, perda de peso involuntária, cansaço fácil ou hemorragias, para que na presença desta semiologia o doente possa ter um diagnóstico precoce, e se evite a progressão do tumor para um estádio mais avançado.

57 Vários fatores de risco modificáveis foram associados ao aparecimento do cancro do cólon. Sendo modificáveis, e reconhecendo-os, podemos contribuir para a redução da sua incidência. É o exemplo da redução do consumo de álcool e tabaco, alteração da dieta (reduzir o consumo de gorduras e carnes vermelhas e aumentar a ingestão de fibras), aumento da prática de exercício físico, evitar a obesidade, controlar a diabetes (essencialmente a diabetes tipo 2), e os níveis de vitamina D. O excesso de ácidos biliares também foi associado ao aumento de risco de desenvolver cancro do cólon, devido à sua capacidade de formar ROS e RNS, de induzir a rutura da membrana celular e mitocondrial, provocar lesões do DNA, e reduzir a capacidade de apoptose. Doentes com doença inflamatória intestinal têm risco aumentado de desenvolver cancro do cólon devido à inflamação crónica que promove a carcinogénese.

Apesar da elevada mortalidade associada ao cancro do cólon, o recurso aos programas de rastreio tem vindo a contribuir para uma deteção da neoplasia em idades mais precoces, permitindo um tratamento atempado, com redução da mortalidade. Por este fato, é importante alertar a população em geral para a importância da adesão aos programas de rastreio. Sendo a colonoscopia o exame de eleição para o diagnóstico do cancro do cólon, e ao mesmo tempo o menos aceite pela população, será também importante implementar os estudos de novas técnicas que substituam a colonoscopia, de que são exemplo os testes fecais e o teste de rastreamento Epi proColon® baseado numa amostra de sangue.

Em relação à prevenção primária, serão necessários mais estudos que comprovem a eficácia do suplemento de vitamina D e cálcio como prevenção primária do cancro do cólon. Atualmente não é recomendada a quimioprevenção na prevenção primária do cancro do cólon, mas houve estudos que indicaram que a utilização de aspirina, um

58 exemplo de um AINE, inibidor da COX, ao inibir a produção de prostaglandinas, pode influenciar a carcinogénese deste tumor.

O estadiamento permite classificar o tumor em estádios direcionando o doente para a terapêutica adequada. O esquema mais utilizado na Europa é a classificação TNM. Nesta classificação, o tumor é classificado conforme o tamanho e profundidade (T), pelo número de gânglios linfáticos metastizados (N) e pela presença ou não de metástases à distância (M).

O tratamento do cancro do cólon compreende a cirurgia e a quimioterapia. No estádio I o doente apenas necessita de cirurgia e vigilância periódica, sem necessidade de terapêutica adjuvante; no estádio II, geralmente é necessária apenas cirurgia, mas se o tumor for T4 ou o doente apresentar perfuração ou obstrução intestinal, e possua menos de 12 gânglios linfáticos no ato cirúrgico, pode necessitar de quimioterapia; os pacientes no estádio III devem fazer quimioterapia adjuvante; e no estádio IV a quimioterapia servirá para controlo das metástases, numa tentativa paliativa de melhorar a qualidade de vida do doente.

A descoberta de técnicas cirúrgicas menos invasivas do que a cirurgia por via aberta, de que é exemplo a cirurgia laparoscópica, tem vindo a contribuir para uma melhor qualidade de vida do doente, com uma recuperação pós-operatória cada vez mais rápida. Em relação à quimioterapia, o esquema mais utilizado é o esquema Folfox. Apesar dos anticorpos monoclonais bevacizumab, cetuximab e panitumumab não estarem recomendados no tratamento adjuvante e neoadjuvante do cancro do cólon, foram uma descoberta importante no controlo da evolução do cancro em geral, devido à sua elevada eficácia em alguns tipos de tumor.

59 Por fim, o objetivo principal do seguimento após a ressecção cirúrgica é identificar uma recorrência da doença ou metástases. Assim, é recomendado um seguimento por um médico oncologista gastrointestinal 3 a 6 meses nos primeiros 2 anos e depois a cada 6 meses até aos 5 anos. A colonoscopia aparece aqui como um método fundamental de prevenir novas recorrências e deve ser realizada 1 ano após a cirurgia e, se for normal, 3 anos após, e em seguida a cada 3 anos. A medição de marcadores tumorais (CEA), essenciais para monitorizar o status pós-tratamento do cancro, deve ser realizada a cada 3 meses nos primeiros 3 anos após o tratamento, e a cada 6 meses no 4º e 5º anos. Do mesmo modo, para um melhor controlo pós-operatório do cancro, a tomografia computadorizada tóraco/abdomino/pélvica deverá ser realizada a cada 6 meses nos 3 primeiros anos e, em seguida, 1 vez por ano por mais 2 anos.

Concluindo, o conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na carcinogénese do cancro do cólon permitiu aplicar novas formas de prevenir, diagnosticar e tratar a doença. A investigação futura deve concentrar-se na prevenção da doença, através, por exemplo, da quimioprevenção, na utilização de métodos de diagnóstico mais aceitáveis pela população, e em novas terapêuticas farmacológicas que melhorem a eficácia e segurança do tratamento.

60

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Professor Rui Gradiz, pelo acompanhamento, competência científica, e pelas correções, críticas e sugestões relevantes feitas ao longo do trabalho.

À minha coorientadora, Professora Doutora Anabela Mota Pinto, pela oportunidade de trabalhar na área científica da Fisiopatologia e pelas sugestões pertinentes que permitiram enriquecer o trabalho.

À Dr.ª Helena Donato, Diretora do Serviço de Documentação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, pela formação na área da pesquisa bibliográfica.

À Dr.ª Rita Guerreiro, da Biblioteca das Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra, pela ajuda na aquisição dos vários artigos analisados e pela sua sempre pronta disponibilidade.

Aos meus pais, irmão e avós, pelo grande apoio, pelos seus conselhos valiosos e palavras de otimismo que me deram força para continuar.

Ao meu namorado, João Gonçalves, por todo o apoio, paciência, companheirismo e incentivo.

Aos meus colegas de casa, Joana e Diogo, por toda a amizade e pela sempre pronta disponibilidade em ajudar.

A todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para o sucesso do meu percurso académico.

61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Malvezzi M, Bertuccio P, Rosso T, Rota M, Levi F, La Vecchia C, et al. European cancer mortality predictions for the year 2015: Does lung cancer have the highest death rate in EU women? Ann Oncol. 2015;26(4):779–86.

2. Bresalier RS. Colorectal Cancer. Tenth Edit. Sleisenger and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease- 2 Volume Set, 10E. Elsevier Inc.; 2016. 2248- 2296.e5 p.

3. Lee P, Jain S, Pincus MR, Xu R. Molecular Genetic Pathology of Solid Tumors. Twenty Thi. Henry’s Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. Elsevier Inc.; 2016. 1441-1462.e5 p.

4. Cappell MS. Pathophysiology, Clinical Presentation, and Management of Colon Cancer. Gastroenterol Clin North Am. 2008;37(1):1–24.

5. Kara M, Yumrutas O, Ozcan O, Celik OI, Bozgeyik E, Bozgeyik I, et al. Differential expressions of cancer-associated genes and their regulatory miRNAs in colorectal carcinoma. Gene. 2015;567(1):81–6.

6. Siegel R, Miller K, Jemal A. Cancer statistics , 2015 . CA Cancer J Clin. 2015;65(1):29.

7. International Agency for Research on Cancer. Fact Sheets by Cancer [Internet].

2012 [cited 2017 Jan 18]. Available from:

http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_cancer.aspx?cancer=colorectal#

8. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. Doenças Oncológicas em números – 2014. Ministério da Saúde - Direção-Geral Saúde. 2014;11,41-48.

62 and Rectum. Twentieth. Sabiston Textbook of Surgery. Elsevier Inc.; 2016. 1312- 1393 p.

10. Bass LM, Wershil BK. Anatomy, Histology, Embryology, and Developmental Anomalies of the Small and Large Intestine. Tenth Edit. Sleisenger and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease- 2 Volume Set. Elsevier Inc.; 2016. 1649- 1678.e3 p.

11. Jayasekeran V, Holt B, Bourke M. Normal Adult Colonic Anatomy in Colonoscopy. Video J Encycl GI Endosc. 2013;1(2):390–2.

12. Itzkowitz SH, Potack J. Colonic Polyps and Polyposis. Tenth Edit. Sleisenger and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease- 2 Volume Set. 2016. 2213-2247.e9 p.

13. Moussata D, Boschetti G, Chauvenet M, Stroeymeyt K, Nancey S, Berger F, et al. Endoscopic and histologic characteristics of serrated lesions. World J Gastroenterol. 2015;21(10):2896–904.

14. Rustgi AK. The genetics of hereditary colon cancer. Genes Dev. 2007;21(20):2525–38.

15. Schneikert J, Behrens J. The canonical Wnt signalling pathway and its APC partner in colon cancer development. Gut. 2007;56(3):417–25.

16. Varnat F, Siegl-Cachedenier I, Malerba M, Gervaz P, Ruiz I. Altaba A. Loss of WNT-TCF addiction and enhancement of HH-GLI1 signalling define the metastatic transition of human colon carcinomas. EMBO Mol Med. 2010;2(11):440–57.

63 18. Watson AJM, Collins PD. Colon cancer: a civilization disorder. Dig Dis.

2011;29(2):222–8.

19. Cui M, Ye F, Jiang B, Deng P, Wang X, Jiang Y, et al. Effect of genomic instability and mutations on the signaling pathways in colon cancer cells. Front Biosci (Elite Ed). 2013;5:574–82.

20. Ziapour P, Ataee R, Shadifar M, Vaillancourt C, Ahmadi A, Jafari-Sabet M, et al. New intracellular and molecular aspects in pathophysiology of colorectal cancer. Gastroenterol Hepatol from Bed to Bench. 2011;4(2):43–52.

21. Franklin WA, Aisner DL, Post MD, Bunn PA, Garcia MV. Pathology, Biomarkers, and Molecular Diagnostics. Fifth Edit. Abeloff’s Clinical Oncology: Fifth Edition. Elsevier Inc.; 2013. 226-252.e7 p.

22. Lee V, Murphy A, Le DT, Diaz LA. Mismatch Repair Deficiency and Response to Immune Checkpoint Blockade. Oncologist. 2016;21:1–12.

23. Edney DP. Colon Cancer. J Miss State Med Assoc. 2010 Mar;74:106–33.

24. Schetter AJ, Okayama H, Harris CC. Role of microRNA in colorectal cancer. Cancer J. 2012;18(3):244–52.

25. Schaeybroeck S Van, Lawler M, Johnston B, Salto-tellez M, Lee J, Loughlin P, et al. Colorectal Cancer. Fifth Edit. Abeloff’s Clinical Oncology. Elsevier Inc.; 2013. 1278-1335.e15 p.

26. Giardiello FM, Allen JI, Axilbund JE, Boland CR, Burke CA, Burt RW, et al. Guidelines on genetic evaluation and management of lynch syndrome: A consensus statement by the us multi-society task force on colorectal cancer. Gastroenterology. 2014;147(2):502–26.

64 27. Alexiusdottir KK, Snaebjornsson P, Tryggvadottir L, Jonasson L, Olafsdottir EJ,

Björnsson ES, et al. Colon cancer: association of histopathological parameters and patients’ survival with clinical presentation. APMIS. 2013 Oct;121(10):901–7.

28. Gong J, Hutter CM, Newcomb PA, Ulrich CM, Bien SA, Campbell PT, et al. Genome-Wide Interaction Analyses between Genetic Variants and Alcohol Consumption and Smoking for Risk of Colorectal Cancer. PLoS Genet. 2016;12(10):1–21.

29. Murphy EA, Enos RT, Velázquez KT. Influence of Exercise on Inflammation in Cancer: Direct Effect or Innocent Bystander? Exerc Sport Sci Rev. 2015 Jul;43(3):134–42.

30. Cong YJ, Gan Y, Sun HL, Deng J, Cao SY, Xu X, et al. Association of sedentary behaviour with colon and rectal cancer: a meta-analysis of observational studies. Br J Cancer. 2014;110(3):817–26.

31. Park M-Y, Kim MY, Seo YR, Kim J-S, Sung M-K. High-fat Diet Accelerates Intestinal Tumorigenesis Through Disrupting Intestinal Cell Membrane Integrity. J cancer Prev. 2016 Jun;21(2):95–103.

32. Neumann K1, Mahmud SM2, McKay A3, Park J3, Metcalfe J1 HD. Is obesity associated with advanced stage or grade of colon cancer. Discuss Surg. 2015;58(8).

33. Giouleme O, Diamantidis MD, Katsaros MG. Is diabetes a causal agent for colorectal cancer? Pathophysiological and molecular mechanisms. World J Gastroenterol. 2011;17(4):444–8.

34. González N, Prieto I, Del Puerto-Nevado L, Portal-Nuñez S, Ardura JA, Corton M, et al. 2017 Update on the Relationship Between Diabetes and Colorectal

65 Cancer: Epidemiology, Potential Molecular Mechanisms and Therapeutic Implications. Oncotarget. 2017;

35. Francescone R, Hou V, Grivennikov SI. Cytokines, IBD, and colitis-associated cancer. Inflamm Bowel Dis. 2015;21(2):409–18.

36. Axelrad JE, Lichtiger S, Yajnik V. Inflammatory bowel disease and cancer: The role of inflammation, immunosuppression, and cancer treatment. World J Gastroenterol. 2016;22(20):4794–801.

37. Lichtenstein GR. Inflammatory Bowel Disease. Twenty Fif. Goldman-Cecil Medicine. Elsevier Inc.; 2016. 935-943.e2 p.

38. Johnson DH, Taylor WR, Aboelsoud MM, Foote PH, Yab TC, Cao X, et al. DNA Methylation and Mutation of Small Colonic Neoplasms in Ulcerative Colitis and Crohn’s Colitis: Implications for Surveillance. Inflamm Bowel Dis. 2016;22(7):1559–67.

39. Ullman TA1 IS. Intestinal inflammation and cancer. Dr Henry D Janowitz Div Gastroenterol Mt Sinai Sch Med New York, New York. 2011;140:1807–1816.

40. Kundu S, Kumar S, Bajaj A. Cross-talk between bile acids and gastrointestinal tract for progression and development of cancer and its therapeutic implications. IUBMB Life. 2015;67(7):514–23.

41. Ajouz H, Mukherji D, Shamseddine A. Secondary bile acids: an underrecognized cause of colon cancer. World J Surg Oncol. 2014;12:164.

42. Davis CD, Milner JA. Vitamin D and colon cancer. Expert Rev Gastroenterol Hepatol. 2011 Feb;5(1):67–81.

66 Inflammation and Cancer. Adv Pharmacol. 2015;

44. Cai GH, Li MX, Lu L, Chan RLY, Wang JH, Cho CH. The Current Role and Therapeutic Targets of Vitamin D in Gastrointestinal Inflammation and Cancer. Curr Pharm Des. 2015;21:2917–23.

45. Lee V, Murphy A, Le DT, Diaz LA. Mismatch Repair Deficiency and Response to Immune Checkpoint Blockade. Oncologist. 2016 Jul 13;

46. Shahidi N, Cheung WY. Colorectal cancer screening: Opportunities to improve uptake, outcomes and disparities. World J Gastrointest Endosc. 2016;8(20):733– 40.

47. Regge D, Iussich G, Segnan N, Correale L, Hassan C, Arrigoni A, et al. Comparing CT colonography and flexible sigmoidoscopy: a randomised trial within a population-based screening programme. Gut. 2016 Apr 12;1–7.

48. Devir C, Kebapci M, Temel T, Ozakyol A. Comparison of 64-Detector CT Colonography and Conventional Colonoscopy in the Detection of Colorectal Lesions. Iran J Radiol. 2016 Jan;13(1):e19518.

49. Whatley J, Sones JQ. How to Achieve Colon Cancer Screening in Average Risk Population: A Review of Different Screening Options. J Miss State Med Assoc. 2016 Mar;57(3):82–7.

50. D. Cater AV and DV. Robotics in Colonoscopy. HHS Public Access. 2014;1(1):48–54.

51. Bosman, F.T., Carneiro, F., Hruban, R.H., Theise ND. WHO Classification of Tumours of the Digestive System, Fourth Edition. IARC WHO Classif Tumours. 2010;3.

67 52. Aggarwal A, Kállay E. Cross talk between the calcium-sensing receptor and the

vitamin D system in prevention of cancer. Front Physiol. 2016;7.

53. Jenab M, McKay J, Bueno-de-Mesquita HB, van Duijnhoven FJB, Ferrari P, Slimani N, et al. Vitamin D receptor and calcium sensing receptor polymorphisms and the risk of colorectal cancer in European populations. Cancer Epidemiol biomarkers Prev. 2009;18(9):2485–91.

54. Kumar P, Clark M. The colon and rectum. Clin Med (Northfield Il). 2016;289–91.

55. Direcção Geral da Saúde. Rastreio Oportunístico do Cancro do Cólon e Reto. Norma Da Direção - Geral Da Saúde. 2014;1–12.

56. Parikh RB, Prasad V, JD W, DA J, JK L, A A, et al. Blood-Based Screening for Colon Cancer. Jama. 2016;315(23):2519.

57. Fisher DA, Shergill AK, Early DS, Acosta RD, Chandrasekhara V, Chathadi K V., et al. Role of endoscopy in the staging and management of colorectal cancer. Gastrointest Endosc. 2013;78(1):8–12.

58. Verhoeff SR, Van Erning FN, Lemmens VEPP, De Wilt JHW, Pruijt JFM. Adjuvant chemotherapy is not associated with improved survival for all high-risk factors in stage II colon cancer. Int J Cancer. 2016;139(1):187–93.

59. Wiela-Hojeńska A, Kowalska T, Filipczyk-Cisarż E, Łapiński Ł, Nartowski K. Evaluation of the toxicity of anticancer chemotherapy in patients with colon cancer. Adv Clin Exp Med. 2015;24(1):103–11.

60. Silva GLR, de Moura EGH, Bernardo WM, Leite de Castro V, Morais C, Baba ER, et al. Endoscopic versus surgical resection for early colorectal cancer-a systematic review and meta-analysis. J Gastrointest Oncol. 2016 Jun;7(3):326–35.

68 61. Trastulli S, Cirocchi R, Desiderio J, Coratti A, Guarino S, Renzi C, et al. Robotic

versus Laparoscopic Approach in Colonic Resections for Cancer and Benign Diseases: Systematic Review and Meta-Analysis. PLoS One. 2015;10(7):e0134062.

62. Acquistapace F, Maternini F, Snider L, Bellini O, Moglia P, Capretti P. Endoscopic treatment of superficial colorectal neoplasms. Retrospective analysis of a single center technique and results. G Chir. 2015;36(6):247–50.

63. Roy S, Evans C. Overview of robotic colorectal surgery: Current and future practical developments. World J Gastrointest Surg. 2016 Feb 27;8(2):143–50.

64. George M. Classification of Malignant Tumours. 2015;1–19.

65. Fahy BN. Follow-up After Curative Resection of Colorectal Cancer. Ann Surg Oncol. 2014;21(3):738–46.

66. Verberne CJ, Wiggers T, Grossmann I, de Bock GH, Vermeulen KM. Cost- effectiveness of a carcinoembryonic antigen (CEA) based follow-up programme for colorectal cancer (the CEA Watch trial). Color Dis. 2016;18(3):O91–6.

Documentos relacionados