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Discussão de resultados

Apesar da tutoria ser uma actividade muito antiga e reconhecida como muito importante em algumas sociedades, existem autores que consideram que não se deve dar como adquirido que a acção tutorial permite importantes progressos nos tutorados. No seguimento desta posição, considera-se importante a realização de estudos sobre esta temática de forma a esclarecer se de facto esta metodologia tem aspectos positivos para o aluno e em que grau. Há uma necessidade de um aprofundamento do estudo de algumas das suas vertentes.

No presente estudo procurou-se conhecer de uma forma mais profunda a percepção que os tutores têm sobre o valor formativo das práticas de tutoria que realizam. Tratou-se pois de perceber a avaliação que um dos elementos mais importantes em todo este processo faz sobre esta metodologia que se pretende útil ao desenvolvimento pessoal e profissional do aluno.

Quando se procurou perceber como é que o tutor define a actividade de tutoria registou-se que havia uma vasta amplitude de respostas. Apesar de haver pontos em que convergem, verifica-se que cada um dos entrevistados opta por acentuar uma determinada particularidade desta actividade. Considera-se que tal situação é fruto de experiências pessoais e profissionais diversas nesta área.

A multiplicidade de experiências pessoais e profissionais leva a que não haja, por parte de cada um deles, a focalização num aspecto específico. Há mesmo quem refira que o trabalho que desenvolve não é de tutoria, mas antes de supervisão e de acompanhamento das práticas pedagógicas numa perspectiva de que a sua missão passa mais por ajudar e não tanto por orientar.

Neste processo é importante ter presente que se está perante um triângulo formativo onde participam o aluno, o tutor e o professor cooperante. São elementos com experiências diferentes e, por conseguinte, podem apresentar ideias diferentes quando ao percurso a realizar. Por vezes também existem problemas relacionados conflitos quanto aos papéis que cada um deve desempenhar. O tutor deve ter consciência deste aspecto e assumir-se como um elemento de mediação.

Esta definição de triângulo formativo também é importante quando se analisam os benefícios inerentes a este método e quando se propõem potenciais melhorias. Nesta lógica, não se pode considerar apenas os conhecimentos e as práticas pedagógicas que são difundidos na instituição formadora, mas antes é necessário ter em atenção a forma

de actuação na instituição onde o aluno se encontra a desenvolver as suas práticas pedagógicas.

Esta forma de encarar a tutoria, tendo em conta todos os agentes e todos os ambientes em que o aluno se movimenta é resultado de um processo dinâmico que tem introduzido constantes alterações na actividade de tutoria.

Se no passado a acção tutorial era muito centrada na forma de pensar e de agir do tutor, pois era organizada e desenvolvida apenas por um professor em cada um dos grupos, a constituição de equipas multidisciplinares contribuiu para que esta actividade tivesse um conjunto significativo de alterações que melhorou a qualidade do acompanhamento do aluno. Esta qualidade é reforçada pela existência de objectivos bem definidos que acabam por ser referências que justificam as acções desenvolvidas tanto por parte do aluno como do tutor.

A tutoria passa pelo acompanhamento e orientação do aluno de forma a que este compreenda o que é um percurso profissional, o desenvolvimento do currículo. Este acompanhamento requer que haja uma particular atenção às necessidades próprias de cada aluno, na procura de uma formação integral do mesmo (cf. Baldi, 1997). Não se deve deixar de fazer referência ao facto de que, apesar de haver o objectivo de uma formação com carácter holístico, o enfoque está na vertente profissional. Esta fase tem uma natureza de formação, na sua essência, profissional na procura de um caminho profissional próprio por parte do aluno.

Pretende-se desenvolver no aluno a capacidade de tomada de decisões fundamentais, o que só é possível através do desenvolvimento da sua parte pessoal. Nesta área, a melhoria das suas competências sociais, no que diz respeito ao relacionamento com os seus pares, professor cooperante e crianças (cf. Ripoll et. al., 2001) potenciam o seu crescimento profissional.

Na medida em que se trata de uma fase nova na vida do aluno, que pode ter importante impacto em diversos campos da sua vida, o acompanhamento por parte de um tutor que tenha uma vasta experiência pode contribuir para que o processo de integração na nova realidade se processe de uma forma mais célere. Neste sentido, pode afirmar-se que a tutoria potencia a formação do aluno (cf. Highet, cit. por Baldi, 1997), dando-lhe a confiança necessária para que este arrisque e invista nas suas ideias e propostas, ou seja, permite extrair as potencialidades que já existem dentro dele (cf. Baldi, 1997).

Ao ajudar o aluno a questionar a sua actuação e a reflectir sobre a mesma incentiva a que este adquira a capacidade de construir o seu próprio percurso profissional de uma forma direccionada. Em suma pode considerar-se que o tutor procura fornecer ao aluno todo um conjunto de técnicas e ferramentas que possibilitam que este, através de uma crítica reflexiva sistemática dos seus actos, atinja os objectivos previamente delineados.

Referir-se que o tutor tem uma função de acompanhamento e de orientação para uma atitude reflexiva não significa que adopte uma modalidade de tutoria exclusivamente democrática, tanto mais que existe um regulamento onde estão bem definidos os papéis atribuídos ao aluno, ao tutor e ao professor cooperante. Também os objectivos que se pretendem obter com todo este processo estão bem neste documento que é elaborado pela instituição de ensino (cf. Sanchez, 1985).

Do exposto torna-se fácil perceber que o enquadramento do aluno que a tutoria possibilita no desenvolvimento do seu percurso profissional tem para este significativos benefícios. Contudo, estes não se limitam ao aluno. Dado tratar-se de um processo interactivo e sistemático, também o tutor retira importantes benefícios (cf. Topping, s.d.). Ao ajudar o aluno a reflectir sobre as suas ideias e sobre a sua actividade, o tutor, mesmo que inconscientemente, reflecte sobre a sua própria prática pedagógica. Ao discutir com o aluno sobre determinada situação dá-se uma troca, que resulta da tentativa de aprofundamento da questão em análise e surgem soluções que podem também constituir para o tutor uma mais-valia na sua actividade enquanto docente.

No que diz respeito ao professor cooperante os benefícios são mais visíveis, segundo os entrevistados, e passam por analisar o impacto que a interacção que estabelecem com o aluno e a análise do projecto de intervenção deste tem no seu projecto curricular. Em alguns casos, acontece que o projecto curricular é reformulado para que possa incorporar aspectos contemplados no projecto de intervenção dos estagiários.

Para responder as solicitações complexas que lhe são exigidas o tutor tem de possuir um determinado conjunto de características pessoais e profissionais. Neste contexto, a formação específica deveria contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento das competências necessárias para lidar da melhor forma com os problemas e obstáculos que se lhe coloquem. No entanto, em muitos casos o tutor não é escolhido em função da sua especialização profissional (cf. Vieira, 1993), mas antes do seu percurso profissional e da experiência enquanto docente.

Por esta razão, a actividade de tutor é encarada como uma área integrante do serviço de docência. Nos dados recolhidos junto dos tutores os aspectos que emergiram, segundo os mesmos, como relevantes na escolha são a experiência profissional e as características, sensibilidade que o professor tem para poder vir a desempenhar funções que requerem compreensão, forte capacidade de análise das situações e competências de mediação entre pessoas com sensibilidade muito diferentes.

Não existe ainda uma mentalidade e um enquadramento institucional que promova a formação específica, pelo que a decisão de aprofundar determinadas áreas depende de uma decisão individual do tutor. Verifica-se que alguns dos tutores apresentam formação profissional específica que decorre de terem frequentado mestrados ou doutoramentos nesta área decorrente de uma maior oferta (cf. Alarcão, 1994).

Considera-se, contudo, que uma formação inicial deve constituir a principal base para a formação de tutores (cf. Corellano & Cuervo, 1998). Esta deve ser complementada com acções de formação posteriores que se enquadram na designada formação contínua. Nesta podem enquadrar-se também a troca de experiências com outros tutores e a realização de eventos sobre temas específicos no quadro do tutoria. Apenas um tutor também realça o facto de a actividade da tutoria contribuir de forma decisiva para a melhoria das suas competências.

Quando se procura determinar qual a perspectiva que os entrevistados têm quanto à importância futura desta metodologia, percebe-se que existe uma ausência de uma ideia de qual o papel que esta irá desempenhar no desenvolvimento profissional dos alunos. Como já foi mencionado, o tutor tem uma visão do que será o futuro da tutoria, ou o tutor passará a ser um professor avaliador e classificador, em que o papel do professor orientador tenderá a esbater-se, ou serão professores cooperantes assumirão a função. O facto de ter outras actividades, algumas são paralelas, enquanto que outras são complementares como seja o caso da actividade de docência. No contexto universitário, o tutor, por norma, exerce funções de docência, investigação e supervisão do desenvolvimento dos tutorandos (cf. Corellano & Cuervo, 1998).

Apesar de não haver uma ideia muito clara de como será o futuro da actividade de tutoria, existe o receio se esta se transformar mais num meio de avaliação do que num meio de suporte e ajuda ao aluno. Na base destes receios estão as restrições financeiras que têm vindo a aumentar e que não permitem que se desenvolvam estas

contingências se processará pela transformação de tutor num avaliador, deixando, de forma progressiva, o papel de orientador.

Apesar das limitações que se verificam, um dos tutores considera que o modelo actual apresenta características que se revelam importantes para o acompanhamento do aluno e que a melhoria da actividade de tutoria deveria passar por um reforço dos recursos humanos e financeiros.

Por último, o mesmo tutor considera que esta é uma actividade que requer um enorme empenho e que só é possível ser realizada com elevados padrões de qualidade quando o tutor se dedica de forma intensa a esta função. Tal situação implica disponibilizar um grande número de horas, mesmo para além do seu horário normal de trabalho.

Conclusões

No contexto universitário assistiu-se nas últimas décadas a um exponencial aumento no número de alunos que acede ao ensino superior. Para além dos benefícios evidentes que esta nova realidade tem para a sociedade também representa um enorme desafio para o sistema de ensino.

Aliados a esta situação estão os constantes avanços tecnológicos, a crescente complexidade das sociedades e as dificuldades que alguns alunos apresentam ao nível das relações interpessoais. Todos estes aspectos reforçam a necessidade de encontrar métodos de trabalho na educação que respondam a todos estes condicionalismos.

Neste cenário surge a tutoria como uma metodologia de formação capaz de fazer face aos desafios que se apresentam. A sua utilização permite não só ajudar o aluno numa fase importante da construção do seu percurso profissional, como também apresenta importantes benefícios para o tutor e para o professor cooperante. Foram estes aspectos que constituíram o mais importante incentivo à realização deste estudo de investigação sobre a tutoria.

No presente estudo procurou-se perceber qual a percepção que os tutores têm sobre os diversos aspectos relacionados com as actividades tutoriais. Para tal realizaram-se entrevistas semi-estruturadas a tutores onde se procurou compreender como é que estes elementos centrais no processo de tutoria encaravam determinados aspectos e perceber melhor a forma como a tutoria na instituição de ensino escolhida se processa.

Assim, um dos objectivos passava por perceber que requisitos é que um tutor deveria possuir para exercer estas funções. É curioso referir que se constata que nesta instituição se verifica o que é mencionado na literatura, ou seja, que os critérios de formação específica não estão entre os mais importantes. De facto, a instituição não atribui uma relevância muito importante a este tipo de acções para nomear profissionais com a condição de tutores. A experiência profissional e as características pessoais do professor são consideradas como fundamentais para se poder vir a desempenhar esta função de forma eficaz.

Os tutores também consideram que o seu desenvolvimento profissional é feito através da prática profissional, como se de um ciclo virtuoso se tratasse. O tutor ao ter de lidar com situações complexas e diferentes das que lhe haviam aparecido

anteriormente é forçado a desenvolver uma actividade reflexiva para lhe dar resposta e, deste modo, melhorar a sua prática.

Com as entrevistas foi possível constatar que alguns tutores já possuem mestrado ou de doutoramento e que as suas teses incidiram sobre temáticas relacionadas com a tutoria, o que lhes permitiu um desenvolvimento das suas competências. Esta é, contudo, uma realidade ainda nova no campo da tutoria. Só nos últimos anos é que surgiram estes cursos de especialização na área da formação de professores.

Como já foi mencionado, o tutor é um conceito que ainda não tem um consenso vasto e este aspecto foi perceptível no discurso dos entrevistados. No entanto, tarefas como a mediação e o acompanhamento do aluno são amplamente referenciadas. O tutor tem de assumir o papel de alguém que acompanha o aluno numa fase importante da sua vida profissional como é o inicio da sua prática pedagógica. Integrar a componente teórica que adquiriu na instituição de ensino com a prática, nem sempre se revela uma tarefa fácil de realizar.

Compete ao tutor ajudar a ganhar a confiança necessária para que o aluno avance com as suas propostas e construa uma proposta de intervenção que dê um contributo para a melhoria da prática pedagógica.

Enquanto mediador, o tutor assume-se como uma ponte entre o aluno e o professor cooperante, não só no sentido de permitir conciliar as diferentes visões quanto ao caminho que o aluno deve percorrer, mas também com o objectivo de proteger o aluno na sua busca do seu próprio percurso. Na ausência de um tutor, poder-se-ia cair numa situação do aluno se limitar a seguir as indicações do professor cooperante. A sua presença visa reforçar a análise crítica do aluno de forma a melhorar a sua prática e a construir o seu próprio percurso profissional.

Dentro do enquadramento estipulado pela instituição onde o aluno teve a sua formação académica, este pode desenvolver competências numa liberdade de pensamento que de outra forma poderia ser muito condicionada. Neste sentido, o tutor assume-se como um orientador.

A reflexão sistemática por parte do aluno quanto às suas acções contribui para a melhoria das suas capacidades enquanto futuro professor, pelo que se depreende que este modelo de acompanhamento e aconselhamento do aluno tem um vasto conjunto de vantagens para ele.

Da análise efectuada à informação recolhida junto dos participantes neste estudo, bem como da literatura consultada foi possível perceber que os benefícios desta

estratégia não se cingem ao aluno. É possível encontrar aspectos que contribuem para a melhoria da prática do tutor e do professor cooperante. Não deixa de curioso constatar que existem situações em que o professor cooperante decide proceder a alterações no seu projecto curricular para incorporar elementos que se encontram no projecto de intervenção elaborado pelo aluno.

Também para o tutor este modelo de tutoria apresenta algumas vantagens no que se referir à sua prática. Ao acompanhar o aluno o tutor é confrontado com novas problemáticas e situações para as quais se vê forçado a dar uma resposta efectiva para ajudar o aluno. Para tal tem de reflectir e elaborar estratégias de acção que permitam uma melhoria na sua actividade profissional.

De entre as condicionantes que esta estratégia apresenta tem de se destacar a falta de tempo com que os tutores se confrontam. Segundo estes, as bases em que este modelo está alicerçado só se mantêm porque existe um esforço suplementar de todos aqueles que desenvolvem esta actividade. A ausência de recursos financeiros adequados leva a que não haja o número de tutores que se justificava para o número de alunos a necessitar de tutoria. Para solucionar esta questão os tutores existentes vêm-se na contingência de ter um número de alunos superior ao que seria adequado. Como consequência o tutor não pode disponibilizar o tempo que seria desejável a cada um dos seus alunos.

Dados os condicionalismos de natureza financeira e o crescente número de alunos a seu cargo, o tutor considera que no futuro a ausência de tempo determinará que o tutor assumirá um papel mais formal, no qual terá uma missão que se assemelha mais a um avaliador.

Uma outra possibilidade de evolução do modelo passaria por um reforço do papel do professor cooperante que passaria a assumir funções muito similares às que são agora assumidas pelo tutor da escola superior.

Apesar de todos estes constrangimentos, os tutores avaliam a tutoria de forma muito positiva, de tal modo que, um deles considera que possíveis melhorias só poderiam ser obtidas através de um reforço desta estratégia. Alterar as situações menos positivas no mesmo, como seja a adequação entre o número de tutores necessário poderia ter importantes implicações na qualidade da actividade exercida.

Por último considera-se importante referir que o campo da temática em análise é muito vasto pelo que existem ainda muitos aspectos que não foram devidamente

surjam trabalhos que venham contribuir para um maior conhecimento da tutoria, bem como da percepção que os intervenientes neste processo têm sobre o mesmo.

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