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Em relação à avaliação efetuada pelos adolescentes das sessões do programa de intervenção, verificou-se que as atividades realizadas constituem o aspeto mais referido pelos adolescentes como

40 sendo o mais apreciado, revelando uma apreciação positiva em relação às sessões do programa. Uma percentagem significativa de adolescentes refere ter gostado de tudo o que foi realizado nas sessões, sendo ainda destacado o conhecimento pessoal adquirido, das suas potencialidades e experiências positivas, bem como as interações positivas no grupo, nomeadamente o respeito, a partilha e o convívio. A interação com os pares revela-se fundamental na adolescência (Rhee et al., 2008), sendo que as atividades realizadas ao longo do programa de intervenção permitiram aos adolescentes interagir com os demais membros do grupo, sendo esta interação e partilha valorizada pelos mesmos. A partilha permite ao adolescente compreender e identificar-se com as dificuldades e experiências dos outros membros, aumentando o sentimento de pertença a um grupo (Rhee et al., 2008).

A maioria dos adolescentes revela não ter existido um aspeto que os tenha desagradado no decurso das sessões, demonstrando assim uma avaliação positiva das sessões do programa de intervenção. As atividades realizadas, bem como outras condições que não estão diretamente relacionadas com o programa - estarem separados de alguns colegas, escrever – e as interações

negativas no grupo, como o barulho e as interrupções, foram referidos pelos adolescentes como o que

menos os agradou nas sessões do programa. A intervenção em grupo deve permitir que o adolescente encare o grupo como um local seguro para partilhar as suas dificuldades e vivências, obtendo apoio por parte dos outros elementos (Rhee et al., 2008). Desta forma, as interrupções e barulho podem ser encarados pelos adolescentes como não estando a ser respeitadas as suas dificuldades pelos outros membros. Podemos verificar, contudo, que a maior parte dos adolescentes não considera ter existido um aspeto que lhes tenha desagradado, demonstrando que, de forma geral, os adolescentes têm uma apreciação positiva do programa.

Relativamente à importância das sessões, as aprendizagens realizadas surgem como o aspeto mais relatado pelos adolescentes, nomeadamente acerca dos conteúdos abordados no programa. A aquisição de conhecimento pessoal, das suas potencialidades e experiências positivas, a oportunidade de avaliar e finalizar o programa e a reflexão realizada, acerca das suas experiências e de si próprios, constituem também aspetos considerados como conferindo importância às sessões do programa de intervenção. A reflexão acerca das experiências e dificuldades dos outros membros do grupo, recebendo e expressando feedback, permite a descoberta de pontos em comum, contribuindo para a autoestima do adolescente quando este reconhece nos outros dificuldades semelhantes às suas (Drumm, 2006). Assim, o conhecimento das dificuldades e experiências dos outros permite ao adolescente identificar e compreender as suas próprias dificuldades e experiências, podendo desta forma contribuir para o seu conhecimento pessoal. Podemos, então, constatar que os adolescentes revelam ter obtido conhecimento ao longo do programa, quer dos conteúdos abordados, quer acerca de si próprios, vendo as aprendizagens como importantes para o seu desenvolvimento.

Os participantes atribuíram, em média, 5 (escala de 1 a 6 no sentido de uma maior apreciação) ao quanto gostaram das sessões, o que sugere que os adolescentes apreciaram as sessões aplicadas ao longo do programa de intervenção “Desafio: Ser+”.

41 Relativamente à avaliação efetuada pelos adolescentes no que concerne ao programa de intervenção em geral, o conhecimento pessoal adquirido surge como o aspeto mais apreciado, seguindo-se pelas aprendizagens realizadas. Estes resultados demonstram que o programa de intervenção proporciona a aquisição de conhecimentos valorizados pelos adolescentes. As atividades

realizadas ao longo do programa, bem como as interações positivas no grupo e o conhecimento dos outros, das suas potencialidades, experiências e opiniões, constituem-se também como fatores que

agradaram os adolescentes. Estes resultados sugerem que de, uma forma geral, o ambiente e as interações estabelecidas no âmbito do programa de intervenção foram positivas, dando espaço aos adolescentes para partilharem as suas experiências e potencialidades, podendo desta forma ter fortalecido a união entre os elementos do grupo. Uma das características essenciais da intervenção em grupo diz respeito à interação entre os membros, possibilitando a visão de si como pertencendo a um grupo (Drumm, 2006), bem como o fortalecimento de uma rede social capaz de providenciar suporte (Rhee et al., 2008). Estes aspetos parecem ter sido sentidos pelos adolescentes que participaram no programa de intervenção, na medida em que a interação proporcionada tem sido um aspeto valorizado pelos mesmos.

Como aspetos menos apreciados ao longo do programa de intervenção, uma grande parte dos adolescentes menciona não ter existido qualquer aspeto que os tenha desagradado, demonstrando que o programa se constituiu como uma experiência positiva para os adolescentes. Outros aspetos que não estão diretamente relacionados com o programa, as atividades realizadas e as interações positivas e

negativas no grupo foram ainda relatados como o que menos agradou aos adolescentes no decurso do

programa.

No que se refere ao que os adolescentes consideram ter aprendido com o programa de intervenção, o alcançar de mudanças pessoais surge como o aspeto mais mencionado. Estas mudanças dizem respeito à forma de pensar, sentir e agir, vendo-se como mais otimistas e conscientes de si próprios e do que os rodeia. Podemos, assim, verificar que os adolescentes atribuem ao programa de intervenção as mudanças sentidas, demonstrando a importância do mesmo na forma como estes se veem a si próprios e ao que os rodeia. Para além deste aspeto, a valorização pessoal, por exemplo das suas potencialidades, e dos acontecimentos constituem aspetos referidos como tendo sido aprendidos ao longo do programa de intervenção. Por fim, o conhecimento pessoal adquirido, bem como aspetos relacionados com o desenvolvimento pessoal, como o desenvolvimento das suas competências, são aspetos relatados como aprendidos ao longo do programa de intervenção. Verifica-se, assim, que os adolescentes consideram que o programa de intervenção teve impacto na forma como pensam acerca de si mesmos e do que os rodeia, tendo contribuído para o seu desenvolvimento pessoal. Como refere Drumm (2006), o conhecimento das dificuldades sentidas pelos outros adolescentes contribuiu para a redução de sentimentos de ansiedade, aumentando a autoestima quando o adolescente vê nos demais membros do grupo dificuldades semelhanças às suas, podendo contribuir para a valorização de aspetos relacionados com o seu desenvolvimento e valor pessoal.

42 No que diz respeito à razão pela qual os adolescentes recomendariam o programa de intervenção a um amigo, a mais referida diz respeito às aprendizagens realizadas, reforçando o facto de o programa promover a aquisição de novos conhecimentos. A apreciação positiva do programa surge também como uma das razões apontadas para a recomendação do programa de intervenção, evidenciando a avaliação positiva que os adolescentes fazem do mesmo. O conhecimento pessoal e as

mudanças pessoais proporcionadas pelo programa são ainda mencionados como razões para

recomendar o programa de intervenção a um amigo, verificando-se a importância conferida pelos adolescentes aos aspetos relacionados com o conhecimento e mudança de si próprios. O grupo de pares constitui-se como um contexto privilegiado de desenvolvimento na adolescência (Malekoff, 2004), na medida em que possibilita ao adolescente explorar e partilhar novas ideias, dificuldades e experiências identificando-se com os problemas dos outros adolescentes (Drumm, 2006), contribuindo assim para o seu próprio conhecimento.

Os adolescentes descreveram o programa de intervenção numa só palavra, sendo as mais referidas “crescer”, “fantástico”, “fixe”, “excelente”, “bom”, “ótimo”, “divertido” e “positivo”. Esta descrição sugere a apreciação positiva dos adolescentes acerca do programa de intervenção, bem como o facto de este se constituir como promotor do desenvolvimento e crescimento. Na avaliação quantitativa acerca do programa de intervenção, os participantes atribuíram, em média, 6 ao quanto gostaram do programa, verificando-se desta forma uma apreciação bastante positiva do mesmo.

Em suma, podemos constatar que os adolescentes beneficiaram do programa de intervenção, na medida em que consideram ter realizado aprendizagens importantes com o mesmo. Os adolescentes revelam ter alcançado mudanças pessoais, tendo aprendido a valorizar-se mais, bem como aos acontecimentos do dia a dia, indo de encontro aos objetivos do programa de intervenção. Além disso, os adolescentes parecem ter adquirido conhecimento acerca das suas potencialidades e formas de as otimizar, o que era esperado após a implementação do programa.

Conclusão e Considerações Futuras

Considerando os resultados obtidos, podemos verificar a importância da implementação de programas de intervenção para o desenvolvimento positivo em adolescentes, na medida em que a ausência de problemas não se traduz na aquisição dos recursos necessários para um desenvolvimento positivo (Roth & Brooks-Gunn, 2003b). Desta forma, os programas de intervenção para o desenvolvimento positivo adquirem um papel de destaque, tendo como objetivo enfatizar e promover as competências dos adolescentes (Lerner & Galambos, 1998). Estes constituem-se como oportunidades para os adolescentes otimizarem as suas potencialidades, praticarem e promoverem novas competências e aumentarem o sentimento de pertença a um grupo (Roth & Brooks-Gunn, 2003b). A intervenção em adolescentes não se deve limitar a tratar o que está errado, mas também deve potenciar o que os indivíduos têm de melhor (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000).

43 Desta forma, como a autoestima, o auto-conceito, o bem-estar psicológico e a satisfação com a vida surgem como variáveis promotoras do desenvolvimento positivo, seria interessante que outros estudos analisassem de forma mais detalhada o seu contributo para a prática clínica, nomeadamente de que formas a promoção do desenvolvimento positivo pode ser usada conjuntamente com as intervenções já existentes para o tratamento da psicopatologia.

Com o presente estudo podemos verificar que os adolescentes consideram ter alcançado importantes aprendizagens e mudanças ao longo do programa de intervenção “Desafio: Ser+”. Apesar

de existir aumento significativo nas variáveis anteriormente referidas no momento após a implementação do programa em ambos os grupos, os adolescentes do grupo experimental parecem ter adquirido conhecimentos e mudanças relevantes, demonstrando a importância do programa. Assim, o nosso estudo contribuiu para aumentar o conhecimento acerca do desenvolvimento positivo e dos programas de intervenção para a promoção do desenvolvimento positivo, constituindo esta uma área pouco desenvolvida em Portugal. Ademais, o nosso estudo demonstrou pistas acerca da importância da autoestima, auto-conceito, bem-estar psicológico e satisfação com a vida para a prática clínica com adolescentes, na medida em que se constituem como variáveis promotoras do desenvolvimento positivo (Freire & Tavares, in press), podendo ter um efeito protetor no desenvolvimento de patologia (Wood & Tarrier, 2010).

O estudo apresentado contempla uma análise quantitativa dos dados em articulação com uma análise qualitativa, o que nos permite observar aspetos não abrangidos pelas análises quantitativas, nomeadamente as aprendizagens realizadas pelos adolescentes ao longo do programa de intervenção, aspetos valorizados, entre outros. Esta análise qualitativa revelou-se de grande importância, pois permite obter informações acerca do programa em si e verificar as razões que levam os adolescentes a atribuir importância ao mesmo. Seria interessante, em estudos futuros, analisar as respostas dadas pelos adolescentes em cada sessão, verificando-se qual a mais apreciada pelos adolescentes e a razão para tal, refletindo-se acerca da sua importância para o programa de intervenção.

O presente estudo apresenta algumas limitações sobre as quais interessa reflectirmos. Uma das limitações prende-se com o facto da constituição dos grupos experimental e de comparação não ter sido feita de forma aleatória. De todas as turmas do 9º ano de escolaridade, 3 constituíram o grupo experimental e 1 o grupo que não foi alvo da implementação do programa de intervenção “Desafio: Ser+”, só podendo desta forma ser assegurada a existência de um grupo de comparação, consistindo numa limitação da própria estrutura escolar. Tal facto tem implicações ao nível das diferenças observadas, não podendo estas ser devidas apenas à aplicação do programa de intervenção (Almeida & Freire, 2008). Em estudos futuros seria importante garantir a formação dos grupos de forma aleatória, no sentido de assegurar que as diferenças encontradas não são devidas à constituição dos mesmos.

Outra limitação refere-se ao facto da amostra, pela sua dimensão, não permitir a generalização dos resultados. Seria pertinente, no futuro, a realização de mais estudos em mais escolas, incluindo por

44 exemplo a implementação do programa em mais do que uma escola em simultâneo, com utilização de planos experimentais para avaliação da eficácia da intervenção.

Em suma e como principal conclusão propomos que se aprofunde a temática do desenvolvimento positivo na adolescência, bem como o conhecimento acerca de programas de intervenção para promoção do desenvolvimento positivo. Os dados do nosso estudo podem contribuir para o aperfeiçoamento de programas já existentes, no sentido de promover mais eficazmente o desenvolvimento positivo de adolescentes.

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