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DISCUSSÃO

Da análise dos resultados da ficha sócio-demográfica, podemos concluir que a maioria dos nossos casais é caracterizada por:

1. Ter uma escolaridade predominantemente do ensino secundário

2. Pertence, maioritariamente, à classe profissional do “pessoal administrativo, serviços e similares”

3. Vivem juntos há entre 5 e 9 anos

4. Estão a tentar engravidar há entre 2 e 4 anos

5. O diagnóstico foi feito, na sua maioria, há entre 1 e 3 anos

6. A investigação foi maioritariamente simultânea e, no caso singular, sobre a mulher

7. De um modo geral é a primeira relação estável para ambos

8. Não há, em regra, filhos de anteriores relações e, no caso afirmativo, eles foram gerados de forma espontânea.

No que respeita a esta caracterização, podemos comentar que:

 nota-se uma maior literacia dos nossos utentes,

 procuram-nos depois de vários anos de relação estável (o que justifica, em muitos casos, a infertilidade),

 já não esperam tanto tempo depois das primeiras tentativas para engravidar para recorrer a ajuda especializada (o que poderá ter a ver com o facto de estarem hoje em dia mais informados e haver maior acessibilidade aos serviços de saúde),

 os técnicos têm tendência para solicitar a investigação simultânea, ao invés de começar pela mulher (o que acontecia, muito frequentemente, no passado),  são menos os casais com infertilidade secundária que nos procuram.

No que diz respeito à FertiQol propriamente dita, a maioria dos casais, considera:

1. A sua saúde “Boa”

2. Estar “Satisfeitos” com a sua Qualidade de Vida

3. Não estar “Nada afectados” pelos problemas de infertilidade no que toca à definição de planos e objectivos de vida

4. Serem “Capazes” de lidar com os seus problemas de fertilidade 5. Que a família sempre compreende aquilo por que estão a passar 6. Estar “Satisfeitos” com o apoio dos amigos

7. Estar “Satisfeitos” e, mesmo, “Muito satisfeitos” com a sua vida sexual 8. Que não houve impacto negativo na relação devido aos problemas de fertilidade

9. Que os seus problemas de fertilidade não interferem com o trabalho

10. Não se sentem socialmente isolados, nem desconfortáveis ao participar em reuniões sociais

11. Não se sentir em “nada” inferior às pessoas com filhos

12. Não sentir dor ou desconforto físico devido aos problemas de infertilidade 13. O” grau de satisfação elevado” no que concerne à compreensão dos profissionais envolvidos pelo processo pelo qual estão a passar

14. “Satisfeitos” no que diz respeito à qualidade dos serviços disponíveis

No que se refere à confirmação das nossas hipóteses, resumidamente poderemos dizer que:

 os casais não se sentem afectados pelos seus problemas de fertilidade; logo, isso não interfere na sua atitude proactiva.

 sentem-se apoiados pelas famílias e, consequentemente, melhor compreendidos, pelo que se valida a nossa segunda hipótese.

 não sentem interferência no trabalho dos problemas de infertilidade, pelo que não se confirma a hipótese.

 também não se confirma o impacto negativo que julgámos existir quer na relação conjugal, quer sexual.

 não se sentem isolados socialmente, contrariamente ao esperado, nem se sentem inferiores por isso.

 não sentem dor ou desconforto físico devido aos problemas de infertilidade.

 sentem disponibilidade do pessoal técnico e compreensão pelo seu problema.

 possuem um grau de satisfação pelos serviços prestados, o que lhes permite lidar melhor com os problemas de fertilidade.

A razão pela qual as nossas hipóteses não se confirmaram, na sua maioria, poderá ficar a dever-se, em nosso entender, em primeiro lugar, ao facto de os questionários terem sido entregues pessoalmente pela investigadora, o que pode ter originado um sentimento de desejabilidade social. Queremos dizer com isto que os nossos utentes desejam ser os “bons utentes”no sentido de não macularem a sua imagem, o que poderia, na sua “fantasia”, ser alvo de “represálias” por parte da equipa técnica e, consequentemente, não levar a “bom porto” os procedimentos dos tratamentos.

Em segundo lugar, a circunstância de não existirem relatos de impacto negativo poderá ficar a dever-se ao facto de todos estes casais se encontrarem já em fase de tratamento ou prestes a iniciá-lo. Seria importante comparar estes resultados com casais em fase inicial de todo o percurso de infertilidade, ou seja, no momento em que se apercebem haver dificuldades em engravidar, antes de qualquer tipo de investigação ou, quando muito, numa fase inicial dos procedimentos de diagnóstico. Parece-nos que, nessa fase, a maioria referiria maior impacto, uma vez que é, sobretudo, a incerteza do diagnóstico e o não encontrar saída para alcançar o filho desejado que poderá provocar, não só o impacto negativo, como uma diminuição da qualidade de vida.

Quando, face a um diagnóstico, o casal transfere para a equipa técnica toda a “responsabilidade” em conseguir ter o filho tão desejado, poderá “relaxar”, pois passou o testemunho para alguém que lhe irá, finalmente, proporcionar a realização do tão desejado objectivo.

Quanto ao relacionamento sexual e conjugal, o nosso entendimento é de que se prende com a altura do diagnóstico ou, antes disso, nas tentativas sucessivas de engravidar a “todo o custo”, que surgem os problemas de afastamento de um dos membros ou disfunções sexuais, como é o caso, por exemplo, da disfunção eréctil.

Assim sendo, no âmbito de uma avaliação médico-legal, à luz da Tabela Nacional de Incapacidades, poderemos admitir, de forma pontual e individual, o impacto da infertilidade como uma consequência do traumatismo causado pelo diagnóstico de infertilidade, considerada como acontecimento traumático, na secção dedicada à Psiquiatria.

Se entendermos a perturbação de stress pós-traumático como, e citamos, “manifestações psíquicas, mediadas pela ansiedade e provocadas pela ocorrência súbita e imprevisível de um evento traumático (diagnóstico de infertilidade), que excede os mecanismos de defesa do indivíduo. O factor de stress deve ser intenso e/ou prolongado”, fim de citação (Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças profissionais), então, em nosso entender, poderemos estar na presença de uma situação passível de valorização pericial.

Poderão ser, ainda, objecto de valorização pericial “estados obsessivos”, desde que se estabeleça um nexo de causalidade com o acontecimento traumático.

Sabemos bem como, em certos casais, se torna obsessivo conseguir o objectivo de ter um filho, “a todo o custo”, o que faz com que, muitas vezes, se transforme em mecânica a sua relação íntima, numa procura “desesperada” de alcançar a gravidez.

No que diz respeito à mulher, no capítulo referente ao Direito do Trabalho, podemos encontrar correspondência entre a infertilidade, alvo de estudo no presente trabalho, com um determinado índice de incapacidade, no caso da mulher, e, no que concerne o seu aparelho genital, se considerarmos como causa a obstrução tubar (uni ou bilateral) ou, ainda, se se tratar de uma falência ovárica. No que respeita ao aparelho genital masculino, nomeadamente em relação ao pénis, são várias as possibilidades de atribuição de incapacidade, bem como relativamente aos testículos.

Quando se trata do Direito Civil, no caso feminino, poderemos atribuir incapacidade em situação de histerectomia (sem consequências a nível de reprodução) e ooforectomia, uni ou bilateral. Finalmente, em relação ao aparelho reprodutor masculino, poderá ser alvo de atribuição de incapacidade caso se trate de perda de órgão ou disfunção eréctil.

A portaria nº 349/96 de 8 de Agosto da referida Tabela refere-se às doenças crónicas. Poder-se-ia considerar a hipótese de ser a infertilidade uma doença crónica, mas ela não faz parte da lista das doenças identificadas como tal, pelo Ministério da Saúde, embora a infertilidade obrigue, de acordo com os critérios definidos, a “consultas, exames e tratamentos frequentes”, como referido na Tabela de Incapacidades.

Julgamos, com o presente estudo, poder contribuir para nova perspectiva da infertilidade, a explorar futuramente.

Tentaremos, em trabalhos posteriores, aumentar a nossa amostra, e fazer estudos comparativos, quer com casais com dificuldade em engravidar, mas ainda sem diagnóstico, quer com casais pós-inférteis, ou seja, cujo processo se tenha dado como concluído sem, contudo, terem obtido gravidez.

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Anexo 1

INFORMAÇÃO AOS PARTICIPANTES

Exmºs Senhores:

O Estudo para o qual pedimos a vossa colaboração tem como objectivo avaliar a Qualidade de Vida dos casais inférteis e de que forma a infertilidade pode afectar a vida do casal.

A investigadora principal deste estudo é a Dra. Isabel Martins, psicóloga clínica, a desempenhar funções no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Gaia, onde integra a equipa multidisciplinar da Unidade de Medicina da Reprodução. O referido estudo destina-se à sua tese de Mestrado, sob orientação da Prof. Doutora Maria José Carneiro de Sousa.

A Dra. Isabel Martins poderá ser contactada no serviço, através do nr. 227 865 100 ou por email para: imartins@chvng.min-saude.pt

Para a realização deste estudo, após informação e consentimento dos casais participantes, efectuar-se-á o preenchimento de uma ficha com alguns dados sobre o casal, que servirá para caracterização da população sob o ponto de vista sócio-demográfico e, ainda, o preenchimento de um questionário que tem por objectivo avaliar a qualidade de vida dos casais.

Este preenchimento demorará cerca de 20 minutos.

O estudo não envolve quaisquer riscos para os participantes, excepto algum possível desconforto resultante de se abordar o problema que afecta o casal; por outro lado, os benefícios esperados prendem-se com a possibilidade de identificar áreas de intervenção, que possam apoiar casais nas mesmas circunstâncias e contribuir para que estes consigam lidar melhor com a situação.

A participação neste estudo é voluntária e não tem qualquer influência no tratamento. Os dados recolhidos neste estudo destinam-se exclusivamente para fins de investigação, serão tratados de forma global e não individual, estando sempre garantidos o anonimato e confidencialidade.

A realização deste estudo foi aprovada pela Comissão de Ética do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia.

Em qualquer momento da sua participação pode colocar qualquer questão ou dúvida que surja.

Anexo 2

CONSENTIMENTO INFORMADO

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Considerando a “Declaração de Helsínquia” da Associação Médica Mundial

(Helsínquia 1964; Tóquio 1975; Veneza 1983; Hong Kong 1989; Somerset West 1996 e Edinburgo 2000)

Designação do Estudo:

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS CASAIS INFERTEIS NUM HOSPITAL PÚBLICO.

Nós, abaixo-assinados _____________________________________________________e ______________________________________________________________________,

compreendemos a explicação que nos foi fornecida acerca da investigação que se tenciona realizar, bem como do estudo em que seremos incluídos. Foi-nos dada a oportunidade de fazer as perguntas que julgamos necessárias e a todas obtivemos resposta satisfatória.

Tomámos conhecimento de que, de acordo com as recomendações da Declaração de Helsínquia, a informação ou explicação que nos foi prestada versou os objectivos, os métodos, os benefícios previstos e o eventual desconforto psíquico. Além disso, foi-nos afirmado que temos o direito de recusar a nossa participação no estudo, sem que isso possa ter como efeito qualquer prejuízo na assistência que nos é prestada.

Por isso, consentimos que nos seja passado o inquérito proposto pela investigadora.

Data : _________/___________________/_____

Assinaturas : ______________________________________________________ ______________________________________________________

Anexo 3

Ficha sócio - demográfica do casal

Por favor coloque uma cruz (X) no quadrado que estiver mais de acordo com a situação,

ou responda em breves palavras, nos locais identificados. Obrigada.

1. Idade: Mulher ♀ Homem ♂

2. Naturalidade:

♀ : _____________________________

♂ : ____________________________

3. Concelho de residência: _______________________

4. Escolaridade:

♀ Básico Secundário Superior

♂ Básico Secundário Superior

5. Profissão actual :

♂ : _____________________________

♀ : _____________________________

6. Há quantos anos vivem juntos ?

7 . Há quantos anos estão a tentar engravidar sem sucesso?

8. Quando foi diagnosticada a infertilidade?

9. Houve investigação simultânea ao casal ou iniciaram por um dos membros?

Simultânea

Mulher

Homem

10 . É o primeiro casamento/ relação estável de ambos? Sim Não

11. Se não, existem filhos de anteriores relações? Sim Não

12 . Quantos?

13 . sexo : ♀ ♂

14 . No caso de existirem filhos do casal foi:

gravidez espontânea

com recurso à medicina da reprodução

FertiQoL International

Questionário sobre Fertilidade e Qualidade de Vida (2008)

Para cada pergunta, assinale por favor (com um ) a resposta que melhor refl ecte a forma como pensa e se sente. Responda com base no que pensa e no que sente actualmente.

Algumas perguntas podem dizer respeito à sua vida privada, mas são necessárias para avaliar adequadamente todos os aspectos da sua vida.

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