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Após a primeira análise de resultados verificámos que estes, embora um pouco difusos, permitem atingir noções dos níveis de acessibilidade dos sítios Web pertencentes às mil maiores empresas de Portugal. Globalmente os resultados referidos indicam que os sítios Web são muito pouco acessíveis pois apresentam, na sua maioria, um número de erros relativos aos pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3 das WCAG, bastante elevado.

Relativamente à análise dos resultados já separados pelos diversos sectores de actividade, verificámos que, embora as médias de erros apresentadas por cada uma das diversas secções económicas sejam um ponto de análise correcto, é também necessário reconhecer a importância do valor apresentado pelo desvio padrão. Analisando a acessibilidade dos sítios Web, pertencentes às várias empresas portuguesas avaliadas, tendo em conta somente a média de erros apresentada, é possível concluir que as secções económicas com os piores resultados foram a secção Q (Actividades de saúde humana e apoio social), na primeira prioridade e a secção J (Actividades de informação e de comunicação), na prioridade dois e três, visto que foram as que tiveram mais erros relativos aos pontos de verificação das WCAG do W3C. Em contraste, a secção económica com melhores resultados globais foi a secção P (Educação), contudo, esta não é a mais representativa uma vez que apenas tem uma empresa associada. Assim sendo, as

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 P A I R F D Média Desvio Padrão

secções económicas com melhores resultados globais para a prioridade 1 e para a prioridade 3 é a secção A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), para a prioridade 2 a secção B (Indústrias extractivas), visto que foram aquelas que apresentaram menos erros relativos aos pontos de verificação das WCAG do W3C.

Tendo em atenção o desvio padrão, podemos verificar que, embora o agrupamento em conjuntos das seis melhores e seis piores secções económicas, relativamente aos pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3 das WCAG 2.0, seja relevante, se a cada uma das médias de erros apresentadas, aplicarmos o respectivo desvio padrão, poderemos visualizar que o agrupamento apresentado perde um pouco a sua relevância. Isto porque, em algumas situações, o elevado valor apresentado pelo desvio padrão indica que a distribuição dos registos de erros é muito dispersa, evidenciando assim a existência de muitos registos de erros com valores relativamente superiores à própria média.

Contudo, mesmo após aplicação do desvio padrão a cada uma das médias, é ainda possível verificar que a pior secção económica avaliada é a secção Q (Actividades de saúde humana e apoio social), seguida da secção J (Actividades de informação e de comunicação) e a melhor secção avaliada é a secção A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), juntamente com a secção B (Indústrias extractivas).

Um importante dado retirado da análise aos resultados da avaliação levada a cabo no âmbito da presente dissertação, é o facto de as secções económicas como a secção J (Actividades de informação e de comunicação), a secção Q (Actividades de saúde humana e apoio social), a secção L (Actividades imobiliárias) e a secção K (Actividades financeiras e de seguros) possuírem uma média de erros relativos aos pontos de verificação das WCAG, muito elevada. Este facto, faz com que estas mesmas secções se encontrem no grupo das seis piores secções económicas no que diz respeito aos pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3 das WCAG.

Interpretando o produto da análise aos resultados da avaliação realizada no decorrer deste trabalho, verifiquei que, a média de erros relativos a pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3 das WCAG, bem como o desvio padrão apresentado por algumas das secções económicas, fazem com que estas se encontrem, em todos os momentos, entre as melhores secções económicas. Estas são a secção A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), a secção I (Alojamento, restauração e similares), a secção R

(Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas), a secção D (Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio) e a secção P (Educação), embora esta última pouco representativa, no entanto comum a todas as prioridades da WCAG.

Um dos dados muito importante a retirar da análise dos resultados da avaliação elaborada anteriormente, é o facto de, cerca de 50% das empresas avaliadas, para a prioridade 1, se situarem num intervalo de valores de 300 erros a 1500 erros. Apenas 10% das empresas avaliadas tem menos de 60 erros, para esta prioridade, conforme se pode verificar na figura 23.

Figura 23 – Percentagem de Erros da Prioridade 1

Ainda relativamente a prioridade 1, podemos dizer que apenas uma das empresas avaliadas cumpre os requisitos estabelecidos pela versão 2.0 das WCAG do W3C.

Paralelamente podemos verificar que relativamente aos pontos de verificação da prioridade 2 das WCAG, todas as empresas das secções económicas avaliadas possuem erros deste tipo, logo nenhuma das avaliadas satisfaz os requisitos da prioridade 2 das WCAG do W3C. Outro facto passível de análise é que 67% das empresas tem um total de erros relativos a esta prioridade de menos de 60 erros. De salientar ainda que apenas 2% das empresas se situa num intervalo de 300 erros a 1500 erros não existindo intervalo definido, com valor de 0%, para o intervalo com mais de 1500 erros, conforme se pode verificar no gráfico apresentado, figura 24.

0-60 10% 60-300 14% 300-1500 50% >1500 26%

Figura 24 – Percentagem de Erros da Prioridade 2

Relativamente aos pontos de verificação da prioridade 3 das WCAG 2.0, é possível verificar que 99% das secções económicas avaliadas apresentam erros nesta prioridade, apenas uma empresa cumpre com os requisitos necessários para que seja possível verificar a prioridade 3.

Podemos ainda referir que, 46% das empresas avaliadas, tem um total de erros inferir a 60 erros, e que 47% das secções económicas com empresas avaliados se situam no intervalo de erros de 60 a 300 erros. Esta análise é possível de se verificar no gráfico seguinte, figura 25. 0-60 67% 60-300 31% 300-1500 2% >1500 0%

Figura 25 – Percentagem de Erros da Prioridade 3