• Nenhum resultado encontrado

DISCUSSÃO E RESULTADOS

Conforme os estudos de Cardoso (2008), em um estudo feito em sistema de bombeio mecânico, observou-se que para acontecer uma excelente operação de elevação, é preciso que haja o controle constante sobre o desempenho da carga operante na profundez em que está colocada a bomba de fundo. Entretanto, o autor ainda reitera em seu estudo que, somente um dinamômetro de superfície é responsável por registrar, com a coluna de hastes em circulação, o valor numérico das forças que agem no extremo elevado da haste polida. O resultado alcançado foi o traçado de uma carta dinamométrica de superfície, a qual nada mais concebe do que as decorrências provocadas pela carga operante na bomba de fundo, posteriormente terem se lavrado por meio da coluna de hastes. De tal maneira, conforme o autor, o bombeio mecânico é a técnica de elevação artificial de petróleo mais usada no Brasil, aproveitada somente nos campos de produção terrestres.

Já Corrêa (2003), em seu estudo feito acerca do gás-lift e o bombeio mecânico com hastes, comprovou estes dois se encontram entre as técnicas de elevações mais usadas no ramo de extração do petróleo. Sendo o gás-lift usado tanto em poços terrestres (onshore) como também em mar (offshore). O autor ainda afirma que na elevação artificial existem equipamentos que proveem energia suplementar ao sistema, esta energia é habitualmente provocada na superfície, e conduzida para o poço.

De acordo com o estudo de Frota (2003), as atividades de análises e escolha de uma determinada técnica de elevação abrangem a pesquisa e organização de diversas informações atinentes ao reservatório, ao projeto do poço e às particularidades dos fluidos que serão produzidos, além das considerações de especialistas abarcados com a produção dos poços. Para o autor, os aparelhamentos de elevação artificial de petróleo são tecnologias que propendem adequar e conservar a produção de óleo de um poço ou de um conjunto de poços, tendendo maximizar o retorno financeiro do projeto de produção, durante as distintas etapas que formam a vida produtiva de um poço, do campo ou do reservatório de petróleo.

Assim sendo, por meio dos autores citados neste presente estudo, pode-se confirmar que as técnicas de elevação artificial, como por exemplo, o bombeio mecânico com hastes e o bombeio por cavidades progressivas não são considerados como alternativas viáveis na produção offshore, sendo esta utilizada geralmente onshore. Todavia, o bombeio centrífugo submerso e o gás-lift contínuo têm uma extensa utilização offshore.

Para Nascimento (2005) a primeira técnica de elevação artificial que apareceu na área do petróleo foi o bombeio mecânico com hastes. Seu valor se reflete na quantidade de instalações existentes em todo o planeta, sendo 87% equipados para produzir por bombeio mecânico (BM), 6% por bombeio por cavidades progressivas (BCP), 2% bombeio centrífugo submerso (BCS), 2% gás-lift contínuo (GLC), 2% surgência (SURG). Porém, de acordo com Thomas (2004), a surgência é uma técnica de elevação natural não justificando a presença desta técnica na figura 16 abaixo.

Figura 16 - Métodos de elevação artificial. (Extraída de THOMAS, 2004, p. 80).

Assim, conforme o estudo de Thomas (2004), o bombeio mecânico trata-se da técnica de elevação mais usada em todo o planeta, sendo 87% dos poços no planeta equipados para produzir com ele, também é o mais velho e usado apenas em poços situados em terra. Um parâmetro essencial para a opção da técnica de elevação é a pressão estática do reservatório, que determina se a elevação se dá

apenas pela energia natural do reservatório (popular como surgência) ou se técnicas artificiais são indispensáveis para concluir esta energia e alçar os fluidos desde o fundo do poço, até as instalações de produção.

De acordo com Thomas (2004) a troca da injeção de gás natural por nitrogênio para alçar a pressão do reservatório, além de apresentar desvantagens como todas as técnicas de elevação possuem, poderia ser usado com a tecnologia habitual do gás-lift pelo simples fato de o nitrogênio ser um gás insensível, e que com esta troca o gás natural deixaria de ser um insumo para este ramo da indústria e adviria a ser um produto para o mercado consumidor. Isto seria de enorme valor, sobretudo, pelo crescimento da demanda de gás natural visto no Brasil nas últimas duas décadas podem ser um meio de ampliar o volume de gás natural disponíveis para comercialização. O autor alega que 95% dos poços que produzem por meio das técnicas de elevação de gás-lift, usam o gás-lift contínuo.

Para os autores Rosa; Carvalho e Xavier (2006) a técnica de elevação artificial abrange todas as técnicas de elevação que aproveitam equipamentos característicos que diminuem a pressão de fluxo no fundo do poço, fazendo somar o diferencial de pressão sobre o reservatório, procedendo em um avanço da vazão do poço.

Conforme o estudo de Vaz (2008), em se tratando de aspectos tecnológicos, as técnicas de elevação são caracterizadas pelos aparelhamentos de que se formam designados a atender a distintas circunstâncias de campo. Algumas técnicas surgem amplamente em utilização em poços onshore e já outros são mais apropriados para produção offshore. Técnicas como o Bombeio Mecânico com hastes, o Bombeio por Cavidades Progressivas, o Bombeio Centrífugo Submerso, o gás-lift Contínuo e o

gás-lift Intermitente representam aplicações características para poços terrestres em

campos no país.

Portanto, conforme analisado na literatura abordada neste presente estudo, as fases de prospecção até a fase de completação possui influência direta na remoção do petróleo do reservatório, pois o acontecimento de alguma falha nestas fases irá afetar no volume de fluidos que conseguem ser alçados até a superfície.

Estas fases precisam que ser bem muito bem planejadas, removendo do reservatório e da formação rochosa a maior quantidade de informações, para que seja selecionada a melhor técnica de elevação para um determinado poço. Todas as técnicas de elevação possuem suas vantagens e desvantagens, assim, é imprescindível a presença de profissionais treinados e habilitados com conhecimento característico em cada técnica de elevação, para conforme as informações conseguidas realizar a opção apropriada da melhor técnica a ser aproveitada.

Documentos relacionados