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Os itens analisados foram se os colaboradores realizavam ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas de forma contínua ou acumulada por 5 dias ou mais na semana; se realizavam exercícios de força e alongamento muscular ao menos 2 vezes por semana e também se eles caminhavam ou pedalavam como meio de transporte e usavam as escadas ao invés do elevador no dia-a-dia.

Como a análise foi realizada em uma empresa que possui programa de qualidade de vida no trabalho, existem obviamente relações entre o estilo de vida dos colaboradores e as práticas realizadas na empresa. O estilo de vida sofre influência dos hábitos diários das pessoas, incluindo entre esses hábitos o trabalho, onde é passado boa parte do dia, gerando assim fatores positivos e negativos, que acabam por influenciar na qualidade e longevidade de vida das pessoas.

Nesta mesma linha de pensamento onde existe a necessidade de visualizar o ser humano integralmente, e não somente ora o trabalhador ou ora o homem, Detoni, (2001 p. 64) diz que "a investigação da Qualidade de Vida no Trabalho possui muitos pontos de intersecção com os critérios utilizados para análise da qualidade de vida de uma forma ampla. Isso implica que a análise da Qualidade de Vida no Trabalho não deve se restringir aos fatores do ambiente laboral".

Do mesmo modo as ferramentas para analisar o estilo de vida, e a qualidade de vida devem ser vistas como complementares, e usadas como tal, especialmente quando o objetivo é melhorar as condições de vida ou trabalho das pessoas.

Em geral, uma boa qualidade de vida no trabalho irá existir se o indivíduo atentar para o seu comportamento em relação a sua saúde e qualidade de vida como um todo. Procurando eliminar ou reduzir os hábitos negativos que podem comprometer seu bem-estar. As empresas precisam ter uma visão geral e mais humanizada em relação ao trabalhador, entendendo finalmente que o indivíduo fora da empresa e o funcionário dentro, são a mesma pessoa.

Com relação ao primeiro item investigado, ou seja, se os colaboradores realizam ou não ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas de forma contínua ou acumulada por 5 dias ou mais na semana, os resultados

encontrados foram que, a grande maioria, 54% dos colaboradores da fábrica e 43%

dos setores administrativos não tem o hábito de praticar atividades físicas intensas ou moderadas nesta frequência. Resultado similar ao do estudo publicado por Diniz, Coelho e Santos (2009) sobre o perfil do estilo de vida dos trabalhadores de uma indústria têxtil. Neste estudo, 44,12% dos trabalhadores relataram não realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas de forma contínua ou acumulada por 5 dias ou mais na semana. Já para 25% da fábrica e 28% do administrativo este hábito esta presente às vezes, enquanto que 11% fábrica e 15%

adm quase sempre praticam estas atividades.

Conforme estudos de Foss e Keteyian (2000) e ACSM (2003), a frequência ideal para se obter ganhos na saúde, deve ser de 3 a 5 dias por semana e, segundo Guedes e Guedes (1995), exercitar-se 2 vezes por semana não deverá produzir modificações significativas na promoção da saúde, independente do nível de aptidão física do indivíduo. colaboradores dos setores administrativos caminham ou pedalam como meio de transporte. Já no estudo de Diniz, Coelho e Santos (2009), 76,47% da amostra apresentavam este hábito no seu dia-a-dia. Esta grande diferença pode ser explicada pelo fato de que a empresa do atual estudo disponibiliza transporte coletivo para os colaboradores, tanto da fábrica quanto do administrativo, e também pelo fato de não possuir escadas em seu interior. Desta forma a empresa facilita o acesso dos colaboradores em virtude do horário de trabalho, jornada, localização da empresa, tempo de deslocamento e preocupação com o meio ambiente.

No que diz respeito a qualidade de vida no trabalho, a satisfação no trabalho é um fator de produção tão importante como qualquer outro. O colaborador precisa

estar bem para manter seu desempenho e sentir-se satisfeito com ele mesmo.

(BARBOSA, 2006).

Desta maneira o indivíduo e sua empresa poderão usufruir dos benefícios de se cultivar um estilo de vida adequado contribuindo para uma melhor qualidade de vida do sujeito e consequente ampliação da sua expectativa de vida com qualidade.

Os dados demonstram que entre os sujeitos da amostra e a empresa existe uma grande preocupação com a saúde de um modo geral e que a mesma sofre influencia positiva dos programas de bem-estar realizados. Isso se deve ao fato de estarem conscientizados sobre a responsabilidade de cada um na promoção da saúde e que a adoção de um estilo de vida ativo, é apenas um passo dado para a melhoria na qualidade de vida.

Os efeitos benéficos da atividade física sobre a saúde, já não são mais discutidos, pois eles já foram comprovados há algum tempo. Deste modo, a prática de atividades físicas deve ser estimulada pelas organizações de trabalho, pois colaboradores saudáveis têm aumentada a capacidade de responder positivamente ao trabalho.

CONCLUSÃO

Diante das evidências encontradas neste estudo, pode-se concluir que o estilo de vida relacionado à prática de atividade física diária dos colaboradores da empresa prestadora de serviços à indústria nacional de petróleo apresentou somatório da pontuação baixo quanto à prática de atividades físicas diárias.

É de extrema importância que cada colaborador tenha em mente a necessidade de um salto de qualidade nos componentes onde apresentaram índices baixos na pontuação, buscando sempre melhores hábitos de vida para uma melhor qualidade de vida.

Desta maneira, a empresa deve estar ciente acerca do perfil do estilo de vida dos trabalhadores, pois um colaborador saudável possivelmente não apresente problemas relacionados à saúde, o que evitaria possíveis afastamentos médicos e perda da produtividade.

Os resultados apresentados demosntram que os programas de atividade física na empresa são extremamente benéficos para a ampresa e colaboradores, pois contribuem para a qualidade de vida dos mesmos. Além do que, atualmente é amplamente aceita a idéia de que as pessoas que praticam exercícios e atividades físicas com regularidade são mais saudáveis e estão menos propensas a adoecer do que aquelas que não o fazem.

É importante ressaltar também os benefícios da ginástica laboral, que, se bem orientada e fundamentada, tem ótimas condições de suprir as necessidades de saúde tanto no ambiente de trabalho quanto no individual. A ginástica na empresa é uma prática educativa, que visa o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos, de forma criativa e ativa.

REFÊRENCIAS

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ANEXOS

ANEXO 1: PERFIL DO ESTILO DE VIDA

O estilo de vida corresponde ao conjunto de ações do dia-a-dia que refletem as atitudes, valores e oportunidades de cada pessoa. Estas ações tem grande

influência na saúde geral e na qualidade de vida de todos. Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual.

Marque um X em cada frase sobre o número correspondente ao seu estilo de vida de acordo com a escala abaixo:

( 0 ) NÃO faz parte do meu estilo de vida

( 1 ) ÀS VEZES corresponde ao meu comportamento ( 2 ) QUASE SEMPRE ocorre no meu dia-a-dia ( 3 ) SEMPRE faz parte do meu estilo de vida

4. Realizo ao menos 30 min de atividades físicas moderadas ou intensas de forma contínua ou acumulada por 5 dias ou mais na semana. 11. Meu lazer inclui atividades esportivas, encontros com amigos e/ou participação em associações e entidades sociais. (0) (1) (2) (3) 12. Procuro ser ativo em minha comunidade, sentindo-me útil no meu ambiente social. (0) (1) (2) (3) CONTROLE DO STRESS:

13. Reservo tempo (ao menos 5 min) todos os dias para relaxar. (0) (1) (2) (3)

14. Mantenho uma discussão sem me alterar, mesmo quando contrariado. (0) (1) (2) (3) 15. Equilibro o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer. (0) (1) (2) (3)

ANEXO 2: NR 17

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:

17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.

17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.

17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.

(117.001-5 / I1)

17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2)

17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.

17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)

17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsâo ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. (117.004-0 / 11)

17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo

trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. (117.005-8 / 11)

17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)

17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2)

b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2)

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)

17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2)

17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;

(117.011-2 / I1)

b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1)

c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

(117.014-7 / Il)

17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1)

17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2)

17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve:

a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; (117.017-1 / I1)

b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.

(117.018-0 / I1)

17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2)

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2)

c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olhoteclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 / I2)

d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 / I2)

17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.

17.5. Condições ambientais de trabalho.

17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condiçôes de conforto:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; (117.023-6 / I2)

b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados); (117.024-4 / I2)

c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2)

d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2) 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.

17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.

17.5.3.1. A iluminaçâo geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.

17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2)

17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.

17.6. Organização do trabalho.

17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:

a) as normas de produção;

b) o modo operatório;

c) a exigência de tempo;

c) a exigência de tempo;

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