Apêndice 1
Dispensadores de Embalagens de Preservativos
Masculinos
A seguir veremos alguns modelos nacionais das máquinas dispensadoras de embalagens de preservativos masculinos, dos mais simples aos mais complexos, bem como o desenvolvido no IFPB.
1- Modelos de máquinas dispensadoras nacionais.
1.1- Programa de distribuição de Ribeirão Preto/SP.
Na Figura A 1.1 apresenta-se um dispositivo dispensador simples, sem mecanismos, que tem a função de liberar as embalagens dos preservativos. Tal dispositivo foi criado por um programa municipal DST/AIDS de Ribeirão Preto/São Paulo, para distribuição gratuita.
Figura A 1.1- Dispensador de preservativos de Ribeirão Preto.
1.2 - Máquinas dispensadoras com moedas.
Na Figura A 1.2 pode-se observar um modelo que utiliza moedas de R$ 0,50 para fazer a aquisição dos preservativos. Este equipamento encontra-se instalado dentro de algumas indústrias para facilidade dos funcionários.
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Figura A 1.2 – Máquina dispensadora com moedas.
2 – Máquinas dispensadoras desenvolvidas pelo IFPB (Programa do M.S.)
2.1- Características do Protótipo da 1ª. Fase do Programa.
O dispensador proposto pelo CefetPb foi confeccionado em chapa de aço galvanizado com 1 milímetro de espessura, material este resistente a corrosão. As dimensões máximas do dispensador serão de 700 mm x 750 mm x 120 mm.
Na parte frontal, fica um teclado numérico para inserção de senha, um visor que apresenta algumas informações durante o funcionamento, uma lâmpada de sinalização para reabastecimento do equipamento, e algumas informações no adesivo que será fixado, como mostra a Figura A 1.3, na apresentação do projeto.
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Internamente o dispositivo possui uma placa eletrônica que terá as funções conforme mostra a Tabela 4.
Tabela 4 - Funções da placa eletrônica do primeiro protótipo. Receber as informações inseridas no teclado;
Apresentar as informações necessárias no visor;
Sinalizar quando o dispensador estiver com menos de 20 preservativos;
Receber informações dos sensores do sistema e se comunicar com os atuadores. Receber informações para o banco de dados de novos usuários via uma porta USB; Não permitir o acionamento quando o dispensador estiver vazio;
Não permitir o acionamento quando o usuário atingiu sua cota no período; Troca da placa de maneira fácil, para manutenção preventiva ou corretiva; Guardar informações no caso de falta de energia.
O dispensador tinha capacidade para 450 preservativos distribuídos entre as espiras de 09 molas que são confeccionadas também em aço galvanizado como mostra a Figura A 1.4. Tracionadas por um motor de passo, uma mola girava 360°, para ejetar uma unidade. Quando cada mola ejetava suas 50 unidades o motor de passo, controlado por outro, se deslocava para a mola seguinte, até a nona mola.
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2.2- Descrição do Hardware.
O hardware do será composto por uma placa eletrônica chamada de Placa Base. A Placa Base será responsável por:
Controlar os motores de passo (ou motores DC) através de drives de potência; Monitorar os estados dos sensores ópticos;
Interagir com o usuário através de um LCD 16 x 2 com backlight e um teclado numérico de 12 teclas;
Fazer o gerenciamento lógico do sistema;
Armazenar em memória E2PROM as informações dos usuários (SOARES, 2003);
Armazenar em memória E2PROM os logs de: problemas ocorridos, reabastecimentos realizados e preservativos liberados;
Interagir com o Software de Administração através de uma interface RS-232. A Placa eletrônica possuirá os seguintes blocos.
Fonte de Alimentação Microcontrolador Interface com Usuário Interface de Comunicação Interface de Potência Interface para Sensores
2.2.1 –Microcontrolador
O microcontrolador é o Atmel AT89S8252 (NICOLOSI – 2005). Ele possui arquitetura 8051, watchdog, frequência de clock de 24MHz, memória flash de 8MB, memória RAM de 256B, E2PROM interna de 2KB, interfaces UART e SPI, conforme Figura A 1.5. (NICOLOSI, 1998).
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Figura A 1.5 – Diagramas de blocos do sistema processador.
2.2.2 - Interfaces com o Usuário
-Um LCD 16x2 com backlight, display pelo o qual serão exibidas informações. - Um teclado matricial de 12 teclas.
-LED’s de status para sinalizar situações diversas da máquina. 2.2.3 - Interface de Comunicação
A interface de comunicação será utilizada para configurar a máquina, fazer o upload dos dados de usuários cadastrados e fazer o download dos relatórios e logs gerados pela máquina. A interface possuirá o padrão RS-232C com protocolo de comunicação baseado em comandos AT (SILVEIRA – 2011).
2.2.4 - Interface de Potência
A interface de potência será responsável por controlar os motores usados no processo de liberação dos preservativos. Ela será composta por 8 transistores de potência do tipo TIP122.
2.2.5 - Interface para Sensores
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3
-Características do Protótipo da 2ª. Fase do Programa.
O protótipo do dispensador nessa 2ª fase foi desenvolvido no IFPB em 2009/2010. se O funcionamento desta máquina se dá pela digitação de senhas numéricas para se obter embalagens. As características eletrônicas foram idênticas ao do projeto da 1ª fase.
Na Figura A 1.6 mostra-se a imagem externa do protótipo, juntamente com o grupo de trabalho.
Figura A 1.7 podemos ter uma vista de cima, do projeto. Resume-se a um cilindro com 4 quadrantes, nos quais são instalados as caixas com 55 embalagens cada. Com o esvaziamento de uma caixa o cilindro gira 90° e a próxima caixa ficará sobre o sistema de ejeção, apresentado na Figura.
Figura A 1.6 – Grupo de trabalho do IFPB com o segundo protótipo.
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Figura A 1.8 – Sistema de ejeção do segundo protótipo.
Maiores detalhes desse projeto são direitos autorais do Ministério da
Saúde.
4 – Matérias Publicadas.
4.1 Assessoria de imprensa do Instituto Federal de Educação da Paraíba
- Terça-feira, 14 de julho de 2009
Estudantes paraibanos projetam máquina de distribuir camisinhas.
João Pessoa – Consultores do Ministério da Saúde (MS) estiveram no campus João Pessoa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), nesta segunda-feira, 13, para avaliar a máquina que distribui camisinhas, feita na instituição. O protótipo do chamado dispensador de preservativo foi elaborado a partir do Prêmio de Inovação Tecnológica, concurso nacional realizado pelo MS em parceria com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.
O antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-PB) ficou em segundo lugar no concurso. Como os alunos que fizeram o primeiro modelo já concluíram o ensino superior e o professor orientador está afastado para doutorado, uma nova equipe do IFPB foi convidada a trabalhar na máquina.
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O novo modelo, orientado pelo professor José Aniceto Duarte Costa, está sendo feito pelos estudantes Harlan Ellison, Victor Peixoto, Felipe Henrique e Iogo Teixeira, do curso de automação industrial, e Fernanda Nicolai, de design de interiores. Há nove meses a equipe vem trabalhando na máquina, que funciona de modo semelhante à de distribuição de refrigerante com ficha ou moeda. Na máquina do IFPB, o usuário, que seria um aluno cadastrado, digita a matrícula e senha para ter acesso a um preservativo masculino.
Na apresentação feita pelo professor Aniceto, todo o mecanismo da máquina foi explicado, bem como os materiais utilizados e até os problemas que tiveram de ser solucionados para que o protótipo funcionasse com perfeição. Os consultores do MS são Fábio Francisco Evangelista Leal, do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, e dois convidados da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Carlos Cziulik e Josmael Roberto Kampa. Carlos é pró-reitor da UTF-PR e participou da elaboração do edital do concurso, no qual a instituição paraibana foi premiada em 2007, e Josmael fez parte do julgamento.
4.2 -
16 de Julho de 2009Máquina de preservativos passa por análise
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) recebeu, no início da semana, a visita de consultores do Ministério da Saúde que avaliaram o andamento da criação da máquina de preservativos. O equipamento foi elaborado através do Prêmio de Inovação Tecnológica, realizado pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Educação.
Segundo informações do professor orientador do projeto, José Aniceto Duarte Costa, os consultores analisaram o protótipo e solicitaram pequenas modificações. “As alterações serão feitas para aperfeiçoar o equipamento”, disse. Os consultores orientaram que o gabinete deve ter mais rigidez contra possíveis atos de vandalismo. “A parte superior não pode ser reta para que não seja possível jogar água”, explicou.
A equipe formada pelo professor e por quatro alunos do curso de Automação Industrial ainda deve trabalhar mais dois meses para concluir a máquina, que vai funcionar de forma semelhante a uma máquina de refrigerante, com ficha ou moeda. “Na máquina, o aluno teria de ser cadastrado para ser possível retirar o preservativo”, disse.
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O professor informou que apenas a Paraíba está desenvolvendo o projeto nos moldes solicitados pelo Ministério da Saúde. Os Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina ficaram em terceiro e primeiro lugar respectivamente no concurso nacional, mas não estão mais concorrendo. “O Rio de Janeiro desistiu e Santa Catarina apresentou um projeto que foi rejeitado pela comissão que analisa”, disse Aniceto.
O próximo passo é fazer as modificações e enviar um relatório para o ministério apresentando viabilidade para a industrialização da máquina de preservativos, que deve ser instalada em 400 centros e universidades do país.
4.3 –
14/06/2009 às 18:15:49Secretaria da Saúde de Curitiba distribui camisinhas
Semelhante à máquina de refrigerantes, que funciona com fichas, o protótipo da máquina de camisinha, que já deveria estar pronto, está sendo aperfeiçoado por uma equipe de professores e estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) da Paraíba, que firmou acordo com o Ministério da Saúde para aprimorar o dispensador, visando sua futura produção em larga escala.
No final de março deste ano, técnicos do Departamento de Economia da Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde, assistiram à apresentação do professor José Aniceto Duarte Costa e dos estudantes do ensino superior que estão trabalhando desde outubro de 2008 para aprimorar a máquina.
De acordo com informações divulgadas pelo Cefet, as mudanças no mecanismo estão sendo feitas para que a máquina se torne mais leve e tenha menor custo. A estimativa inicial do ministério é que o custo de cada máquina seja de R$ 400, quando passarem a ser fabricadas em escala industrial.
Pesquisas do Ministério da Saúde revelavam, no ano passado, que na primeira relação sexual, mais de 30% das meninas afirmaram que não usaram camisinha porque confiaram nos parceiros. Entre os meninos, apenas 7% tiveram o mesmo comportamento.