• Nenhum resultado encontrado

3.5 Amostragem da avifauna

3.5.7 Distribuição da avifauna na estrutura vertical

A ocupação vertical da floresta foi representada pela distribuição da avifauna de acordo com o nível predominante de cada espécie, baseado nos levantamentos de campo. Para tanto, foram considerados 4 níveis: aéreo, dossel, sub- bosque e solo.

Œ Aéreo: observada sobrevoando a floresta;

ΠDossel: observada no estrato superior da floresta;

Œ Sub-bosque: observada no sub-bosque e no estrato médio da floresta;

$YLIDXQD

&RPSRVLomRJHUDOGDDYLIDXQD

Considerando-se todas as áreas estudadas e os métodos de levantamentos utilizados, foram registradas 135 espécies de aves, distribuídas em 33 famílias e 14 ordens, apresentadas nas Tabelas 06 e 07.

Höfling & Lencioni (1992), estudando a avifauna ao longo de uma trilha na Serra do Mar, entre os municípios de Salesópolis e Caraguatatuba, Estado de São Paulo, com altitude variando de 1.200 a 550 m, registraram em 144 horas de observação, 188 espécies de aves distribuídas em 31 famílias.

Toledo (1993), estudando a avifauna de 2 reservas da Mata Atlântica localizadas na Serra da Mantiqueira, no Município de Pindamonhangaba, região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, registrou 102 espécies de aves distribuídas em 30 famílias.

Allegrini (1997), estudando a avifauna em diferentes estágios de regeneração da Mata Atlântica, nas encostas da Serra de Paranapiacaba, no Município de Iporanga, sul do Estado de São Paulo, registrou 217 espécies de aves distribuídas em 40 famílias. O número de espécies registradas em cada estágio de regeneração foi: 67 no pioneiro, 97 no inicial, 99 no médio e 79 no avançado.

Dentre as espécies registradas na área de estudo, 6 são consideradas endêmicas da Mata Atlântica e 1 ameaçada de extinção (Sick, 1997), demonstrando a importância da preservação destes ambientes naturais.

Œ Espécies endêmicas:

3KDHWRUQLV VTXDOLGXV e &O\WRODHPD UXEULFDXGD, espécies umbrófilas da

família Trochilidae, habitam o sub-bosque da Mata Atlântica do sudeste do Brasil, e foram registradas apenas no levantamento qualitativo;

'U\PRSKLOD VTXDPDWD, espécie umbrófila da família Thamnophilidae,

habita o sub-bosque da Mata Atlântica, entre a Bahia e Santa Catarina, e foi registrada 16 vezes (4 no fragmento vermelho, 9 no corredor e 3 no fragmento amarelo);

3KDFHOORGRPXV (HU\WKURSKWKDOPXV) IHUUXJLQHLJXOD, espécie da família

Furnariidae e subfamília Synallaxinae, vive em área de brejo da Mata Atlântica, entre Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, possui hábitat, ninho e vocalização diferentes da espécie 3KDFHOORGRPXV HU\WKURSKWKDOPXV, constituindo-se numa raça geográfica, podendo ser elevada a condição de espécie (Sick, 1997), foi registrada 20 vezes (3 no fragmento vermelho, 8 no corredor, 7 no fragmento amarelo e 2 no sub-bosque de eucalipto);

+HPLWKUDXSLV UXILFDSLOOD, espécie silvestre da família Emberizidae e

subfamília Thraupinae, é restrita ao litoral do sudeste do Brasil, vivendo nos topos das árvores da Mata Atlântica, foi observada 11 vezes (4 no fragmento vermelho, 4 no corredor e 3 no fragmento amarelo);

7DQJDUD GHVPDUHVWL, espécie da família Emberizidae e subfamília

Thraupinae, habita as capoeiras da Mata Atlântica, do Espírito Santo à Santa Catarina, geralmente associada à grupos mistos, foi observada 62 vezes (12 no fragmento vermelho, 46 no corredor e 4 no fragmento amarelo).

Œ Espécie ameaçada de extinção:

3K\OORVFDUWHV SDXOLVWXV, espécie florestal pouco conhecida, da família

Tyrannidae e subfamília Elaeniinae, tratada como espécie vulnerável ou rara por Collar

HWDO (1992), ocorre na Mata Atlântica, do Espírito Santo ao nordeste de Santa Catarina,

foi observada 9 vezes (1 no fragmento vermelho, 2 no corredor e 6 no fragmento amarelo).

Pode-se reunir estas 33 famílias nos 5 grupos das aves que vivem na região neotrópica, que se estende do sul do México (20o de Latitude Norte) até o Cabo

de Hornos (57o de Latitude Sul), incluindo a parte meridional não trópica da América do Sul (Haffer, 1974). Esta região ainda compreende a faixa que vai das Ilhas Galápagos às Ilhas Tristão da Cunha (Rand, 1955).

Œ Famílias neotropicais:

Tinamidae, Cathartidae, Cariamidae, Nyctibiidae, Ramphastidae, Dendrocolaptidae, Thamnophilidae, Conopophagidae, Furnariidae e Pipridae

Œ Famílias de distribuição mais ou menos extensa na América do Sul e do Norte:

Cracidae, Trochilidae, Tyrannidae, Troglodytidae, Vireonidae e Emberizidae

Œ Família de distribuição pantropical: Psittacidae

Œ Famílias oriundas do Velho Mundo:

Columbidae, Cuculidae, Corvidae e Muscicapidae

Œ Famílias largamente distribuídas no mundo inteiro:

Ardeidae, Accipitridae, Falconidae, Rallidae, Tytonidae, Strigidae, Caprimulgidae, Apodidae, Alcedinidae, Picidae, Hirundinidae e Fringillidae

As famílias com maior número de espécies são Tyrannidae (30) e Emberizidae (23). Na atual classificação sistemática (Sick, 1997), a família Emberizidae engloba a maioria dos pássaros pertencentes à família Fringillidae, que foram agrupados nas subfamílias Emberizinae e Cardialinae, as famílias Parulidae, Coerebidae e Thraupidae, transformadas respectivamente em subfamílias Parulinae, Coerebinae e Thraupinae.

Os indivíduos das espécies 3LFXPQXV FLUUDWXV FLUUDWXV e 3LFXPQXV

FLUUDWXV WHPPLQFNL observados no levantamento foram registrados como 3LFXPQXV FLUUDWXV, pelas dificuldades encontradas na identificação separada dos mesmos.

Tabela 06. Relação das ordens, subordens, famílias e subfamílias registradas na área de estudo (entre parêntesis, o número de espécies registradas).

ordem subordem família subfamília

Tinamiformes (1) Tinamidae (1) Tinaminae (1)

Ciconiiformes (4) Ardeidae (2) Cathartidae (2) Falconiformes (7) Accipitridae (3) Falconidae (4) Galliformes (1) Cracidae (1) Gruiformes (3) Rallidae (2) Cariamidae (1) Columbiformes (4) Columbidae (4) Psittaciformes (1) Psittacidae (1) Cuculiformes (3) Cuculidae (3) Strigiformes (3) Tytonidae (1) Strigidae (2) Caprimulgiformes (3) Nyctibiidae (1) Caprimulgidae (2) Apodiformes (13) Apodidae (1) Trochilidae (12) Coraciiformes (1) Alcedinidae (1) Piciformes (6) Ramphastidae (1) Picidae (5)

Passeriformes (85) Suboscines (49) Thamnophilidae (7) Conopophagidae (1) Furnariidae (7) Synallaxinae (5) Philydorinae (2) Dendrocolaptidae (2) Tyrannidae (30) Elaeniinae (17) Fluvicolinae (5) Tyranninae (7) Tityrinae (1) Pipridae (2) Oscines (36) Hirundinidae (2) Corvidae (1) Troglodytidae (1) Muscicapidae (4) Turdinae (4) Vireonidae (4) Emberizidae (23) Parulinae (4) Coerebinae (1) Thraupinae (12) Emberizinae (5) Cardinalinae (1) Fringillidae (1) Carduelinae (1)

Tabela 07. Relação das famílias, subfamílias e espécies registradas na área de estudo.

família subfamília espécie

Tinamidae Tinaminae &U\SWXUHOOXVREVROHWXV (Temminck, 1815) Ardeidae %XWRULGHVVWULDWXV (Linnaeus, 1758)

7LJULVRPDOLQHDWXP (Boddaert, 1783)

Cathartidae &DWKDUWHVDXUD(Linnaeus, 1758)

&RUDJ\SVDWUDWXV (Bechstein, 1793)

Accipitridae %XWHRDOELFDXGDWXV (Vieillot, 1816)

%XWHREUDFK\XUXV (Vieillot, 1816) 5XSRUQLVPDJQLURVWULV (Gmelin, 1788)

Falconidae +HUSHWRWKHUHVFDFKLQQDQV (Linnaeus, 1758)

0LFUDVWXUUXILFROOLV (Vieillot, 1817) 0LOYDJRFKLPDFKLPD (Vieillot, 1816) 3RO\ERUXVSODQFXV (Miller, 1777)

Cracidae 3HQHORSHVXSHUFLOLDULV (Temminck, 1815) Rallidae 5DOOXVQLJULFDQV (Vieillot, 1819)

3RU]DQDDOELFROOLV (Vieillot, 1819)

Cariamidae &DULDPDFULVWDWD (Linnaeus, 1766) Columbidae &ROXPEDSLFD]XUR (Temminck, 1813)

&ROXPELQDWDOSDFRWL (Temminck, 1811) /HSWRWLODYHUUHDX[L (Bonaparte, 1855) *HRWU\JRQPRQWDQD (Linnaeus, 1758)

Psittacidae 3LRQXVPD[LPLOLDQL (Kuhl, 1820) Cuculidae 3LD\DFD\DQD (Linnaeus, 1766)

*XLUDJXLUD(Gmelin, 1788) 7DSHUDQDHYLD (Linnaeus, 1766)

Tytonidae 7\WRDOED (Scopoli, 1769)

Strigidae 2WXVFKROLED (Vieillot, 1817)

6SHRW\WRFXQLFXODULD (Molina, 1782)

Nyctibiidae 1\FWLELXVJULVHXV (Gmelin, 1789) Caprimulgidae 1\FWLGURPXVDOELFROOLV (Gmelin, 1789)

+\GURSVDOLVEUDVLOLDQD (Gmelin, 1789)

Apodidae 6WUHSWRSURFQH]RQDULV (Shaw, 1796) Trochilidae 3KDHWKRUQLVHXU\QRPH (Lesson, 1832)

3KDHWKRUQLVVTXDOLGXV (Temminck, 1822) 3KDHWKRUQLVSUHWUHL (Lesson & De Lattre, 1839) 0HODQRWURFKLOXVIXVFXV (Vieillot, 1817)

6WHSKDQR[LVODODQGL (Vieillot, 1818) &KORURVWLOERQDXUHRYHQWULV

(d’Orbigny & Lafresnaye, 1838)

7KDOXUDQLDJODXFRSLV (Gmelin, 1788) /HXFRFKORULVDOELFROOLV(Vieillot, 1818) $PD]LOLDYHUVLFRORU (Vieillot, 1818) $PD]LOLDILPEULDWD (Gmelin, 1788) $SKDQWRFKURDFLUUKRFKORULV (Vieillot, 1818) &O\WRODHPDUXEULFDXGD (Boddaert, 1783)

Tabela 07. Relação das famílias, subfamílias e espécies registradas na área de estudo.

família subfamília espécie

Alcedinidae &KORURFHU\OHDPHULFDQD (Gmelin, 1788) Ramphastidae 3WHURJORVVXVFDVWDQRWLV (Gould, 1833)

Picidae 3LFXPQXVFLUUDWXV (Temminck, 1825)

&RODSWHVFDPSHVWULV (Vieillot, 1818) &RODSWHVPHODQRFKORURV (Gmelin, 1788) 9HQLOLRUQLVVSLORJDVWHU (Wagler, 1827) 9HQLOLRUQLVSDVVHULQXV (Linnaeus, 1766)

Thamnophilidae 0DFNHQ]LDHQDVHYHUD (Lichtenstein, 1823)

7KDPQRSKLOXVGROLDWXV (Linnaeus, 1764) 7KDPQRSKLOXVFDHUXOHVFHQV (Vieillot, 1816) '\VLWKDPQXVPHQWDOLV (Temminck, 1823) 'U\PRSKLODPDOXUD (Temminck, 1825) 'U\PRSKLODVTXDPDWD (Temminck, 1823) 3\ULJOHQDOHXFRSWHUD (Vieillot, 1818)

Conopophagidae &RQRSRSKDJDOLQHDWD (Wied, 1831) Furnariidae Synallaxinae 6\QDOOD[LVVSL[L (Sclater, 1856)

6\QDOOD[LVUXILFDSLOOD (Vieillot, 1819) 6\QDOOD[LVFLQHUDVFHQV (Temminck, 1823) 3KDFHOORGRPXVUXILIURQV (Wied, 1821)

3KDFHOORGRPXV(HU\WKURSKWKDOPXV) IHUUXJLQHLJXOD

(Wied, 1821)

Philydorinae 6\QGDFW\ODUXIRVXSHUFLOLDWD (Lafresnaye, 1832)

/RFKPLDVQHPDWXUD (Lichtenstein, 1823)

Dendrocolaptidae 6LWWDVRPXVJULVHLFDSLOOXV (Vieillot, 1818)

/HSLGRFRODSWHVIXVFXV (Vieillot, 1818)

Tyrannidae Elaeniinae &DPSWRVWRPDREVROHWXP (Temminck, 1824)

(ODHQLDIODYRJDVWHU (Thunberg, 1822) (ODHQLDSDUYLURVWULV (Pelzeln, 1868) (ODHQLDFULVWDWD (Pelzeln, 1868)

(ODHQLDREVFXUD (G¶2UELJQ\& /DIUHVQD\H, 1837) 6HUSRSKDJDVXEFULVWDWD (Vieillot, 1817)

0LRQHFWHVUXILYHQWULV (Cabanis, 1846)

/HSWRSRJRQDPDXURFHSKDOXV (Tschudi, 1846) 3K\OORVFDUWHVSDXOLVWXV (Ihering & Ihering, 1907) &DSVLHPSLVIODYHROD (Lichtenstein, 1823) 0\LRUQLVDXULFXODULV (Vieillot, 1818) 7RGLURVWUXPSROLRFHSKDOXP (Wied, 1831) 7RGLURVWUXPFLQHUHXP (Linnaeus, 1766) 7RGLURVWUXPSOXPEHLFHSV (Lafresnaye, 1846) 7ROPRP\LDVVXOSKXUHVFHQV (Spix, 1825) 7ROPRP\LDVSROLRFHSKDOXV (Hellmayr, 1903) 3ODW\ULQFKXVP\VWDFHXV (Vieillot, 1818)

Tabela 07. Relação das famílias, subfamílias e espécies registradas na área de estudo.

família subfamília espécie

Tyrannidae Fluvicolinae 0\LRELXVEDUEDWXV (Gmelin, 1789)

0\LRSKREXVIDVFLDWXV (Müller, 1776) /DWKURWULFFXVHXOHUL (Cabanis, 1868) .QLSROHJXVORSKRWHV (Boie, 1828) .QLSROHJXVF\DQLURVWULV (Vieillot, 1818)

Tyranninae $WWLODUXIXV (Vieillot, 1819)

0\LDUFKXVIHUR[ (Gmelin, 1789) 3LWDQJXVVXOSKXUDWXV (Linnaeus, 1760) 0\LR]HWHWHVVLPLOLV (Spix, 1825) (PSLGRQRPXVYDULXV (Vieillot, 1818) 7\UDQQXVVDYDQD (Linnaeus, 1766) 7\UDQQXVPHODQFKROLFXV (Vieillot, 1819)

Tityrinae 3DFK\UDPSKXVSRO\FKRSWHUXV (Vieillot, 1818) Pipridae &KLUR[LSKLDFDXGDWD (Shaw & Nodder, 1793)

,OLFXUDPLOLWDULV (Shaw & Nodder, 1808)

Hirundinidae 1RWLRFKHOLGRQF\DQROHXFD (Vieillot, 1817)

6WHOJLGRSWHU\[UXILFROOLV (Vieillot, 1817)

Corvidae &\DQRFRUD[FULVWDWHOOXV(Temminck, 1823) Troglodytidae 7URJORG\WHVDHGRQ (Vieillot, 1808)

Muscicapidae Turdinae 3ODW\FLFKODIODYLSHV (Vieillot, 1818)

7XUGXVUXILYHQWULV (Vieillot, 1818) 7XUGXVDPDXURFKDOLQXV (Cabanis, 1851) 7XUGXVDOELFROOLV (Vieillot, 1818)

Vireonidae &\FODUKLVJXMDQHQVLV (Gmelin, 1789)

9LUHRROLYDFHXV(Linnaeus, 1766) +\ORSKLOXVSRLFLORWLV (Temminck, 1822) +\ORSKLOXVWKRUDFLFXV (Temminck, 1822)

Emberizidae Parulinae 3DUXODSLWLD\XPL (Vieillot, 1817)

*HRWKO\SLVDHTXLQRFWLDOLV(Gmelin, 1789) %DVLOHXWHUXVFXOLFLYRUXV (Lichtenstein, 1830) %DVLOHXWHUXVOHXFREOHSKDUXV (Vieillot, 1817)

Coerebinae &RHUHEDIODYHROD (Linnaeus, 1758)

Thraupinae 7KO\SRSVLVVRUGLGD (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)

+HPLWKUDXSLVUXILFDSLOOD (Vieillot, 1818) 7DFK\SKRQXVFRURQDWXV (Vieillot, 1822) 7ULFKRWKUDXSLVPHODQRSV (Vieillot, 1818) 7KUDXSLVVD\DFD (Linnaeus, 1766) 6WHSKDQRSKRUXVGLDGHPDWXV (Temminck, 1823) 3LSUDHLGHDPHODQRQRWD (Vieillot, 1819) (XSKRQLDFKORURWLFD (Linnaeus, 1766) 7DQJDUDGHVPDUHVWL (Vieillot, 1819) 7DQJDUDFD\DQD (Linnaeus, 1766) 'DFQLVFD\DQD (Linnaeus, 1766) &RQLURVWUXPVSHFLRVXP (Temminck, 1824)

Tabela 07. Relação das famílias, subfamílias e espécies registradas na área de estudo.

família subfamília espécie

Emberizidae Emberizinae =RQRWULFKLDFDSHQVLV (Müller, 1766)

+DSORVSL]DXQLFRORU (Cabanis, 1851) 9RODWLQLDMDFDULQD (Linnaeus, 1766) 6SRURSKLODFDHUXOHVFHQV (Vieillot, 1823) $UUHPRQIODYLURVWULV (Swainson, 1838)

Cardinalinae 6DOWDWRUVLPLOLV (Lafresnaye & d’Orbigny, 1837) Fringillidae Carduelinae &DUGXHOLVPDJHOODQLFXV (Vieillot, 1805)

(VWUXWXUDHFRPXQLGDGHWUyILFDGDVDYHV

Na Tabela 08 estão relacionadas as espécies registradas na área, a guilda alimentar e o estrato predominante da vegetação em que foram observadas.

Tabela 08. Composição da avifauna por guilda e pela ocupação vertical da floresta.

espécie guilda estrato

&U\SWXUHOOXVREVROHWXV onívora solo

%XWRULGHVVWULDWXV piscívora sub-bosque

7LJULVRPDOLQHDWXP piscívora sub-bosque

&DWKDUWHVDXUD necrófaga aéreo

&RUDJ\SVDWUDWXV necrófaga aéreo

%XWHRDOELFDXGDWXV inseto-carnívora dossel

%XWHREUDFK\XUXV inseto-carnívora dossel

5XSRUQLVPDJQLURVWULV inseto-carnívora dossel

+HUSHWRWKHUHVFDFKLQQDQV inseto-carnívora dossel

0LFUDVWXUUXILFROOLV inseto-carnívora dossel

0LOYDJRFKLPDFKLPD inseto-carnívora dossel

3RO\ERUXVSODQFXV inseto-carnívora solo

3HQHORSHVXSHUFLOLDULV onívora sub-bosque

5DOOXVQLJULFDQV onívora solo

3RU]DQDDOELFROOLV onívora solo

&DULDPDFULVWDWD inseto-carnívora solo

&ROXPEDSLFD]XUR granívora solo

&ROXPELQDWDOSDFRWL granívora sub-bosque

/HSWRWLODYHUUHDX[L granívora sub-bosque

*HRWU\JRQPRQWDQD granívora sub-bosque

3LRQXVPD[LPLOLDQL granívora aéreo

3LD\DFD\DQD inseto-carnívora sub-bosque

*XLUDJXLUD inseto-carnívora sub-bosque

7DSHUDQDHYLD inseto-carnívora sub-bosque

Tabela 08. Composição da avifauna por guilda e pela ocupação vertical da floresta.

espécie guilda estrato

2WXVFKROLED inseto-carnívora sub-bosque

6SHRW\WRFXQLFXODULD inseto-carnívora solo

1\FWLELXVJULVHXV insetívora sub-bosque

1\FWLGURPXVDOELFROOLV insetívora solo

+\GURSVDOLVEUDVLOLDQD insetívora solo

6WUHSWRSURFQH]RQDULV insetívora aéreo

3KDHWKRUQLVHXU\QRPH néctar-insetívora sub-bosque

3KDHWKRUQLVVTXDOLGXV néctar-insetívora sub-bosque

3KDHWKRUQLVSUHWUHL néctar-insetívora sub-bosque

0HODQRWURFKLOXVIXVFXV néctar-insetívora sub-bosque

6WHSKDQR[LVODODQGL néctar-insetívora sub-bosque

&KORURVWLOERQDXUHRYHQWULV néctar-insetívora sub-bosque

7KDOXUDQLDJODXFRSLV néctar-insetívora sub-bosque

/HXFRFKORULVDOELFROOLV néctar-insetívora sub-bosque

$PD]LOLDYHUVLFRORU néctar-insetívora sub-bosque

$PD]LOLDILPEULDWD néctar-insetívora sub-bosque

$SKDQWRFKURDFLUUKRFKORULV néctar-insetívora sub-bosque

&O\WRODHPDUXEULFDXGD néctar-insetívora sub-bosque

&KORURFHU\OHDPHULFDQD piscívora sub-bosque

3WHURJORVVXVFDVWDQRWLV frugívora dossel

3LFXPQXVFLUUDWXV insetívora sub-bosque

&RODSWHVFDPSHVWULV insetívora solo

&RODSWHVPHODQRFKORURV insetívora dossel

9HQLOLRUQLVVSLORJDVWHU insetívora dossel

9HQLOLRUQLVSDVVHULQXV insetívora sub-bosque

0DFNHQ]LDHQDVHYHUD insetívora sub-bosque

7KDPQRSKLOXVGROLDWXV insetívora sub-bosque

7KDPQRSKLOXVFDHUXOHVFHQV insetívora sub-bosque

'\VLWKDPQXVPHQWDOLV insetívora sub-bosque

'U\PRSKLODPDOXUD insetívora sub-bosque

'U\PRSKLODVTXDPDWD insetívora sub-bosque

3\ULJOHQDOHXFRSWHUD insetívora sub-bosque

&RQRSRSKDJDOLQHDWD insetívora sub-bosque

6\QDOOD[LVVSL[L insetívora sub-bosque

6\QDOOD[LVUXILFDSLOOD insetívora sub-bosque

6\QDOOD[LVFLQHUDVFHQV insetívora sub-bosque

3KDFHOORGRPXVUXILIURQV insetívora sub-bosque

3KDFHOORGRPXVIHUUXJLQHLJXOD insetívora sub-bosque

6\QGDFW\ODUXIRVXSHUFLOLDWD insetívora sub-bosque

/RFKPLDVQHPDWXUD insetívora sub-bosque

6LWWDVRPXVJULVHLFDSLOOXV insetívora sub-bosque

/HSLGRFRODSWHVIXVFXV insetívora sub-bosque

&DPSWRVWRPDREVROHWXP insetívora sub-bosque

(ODHQLDIODYRJDVWHU insetívora sub-bosque

Tabela 08. Composição da avifauna por guilda e pela ocupação vertical da floresta.

espécie guilda estrato

(ODHQLDFULVWDWD insetívora sub-bosque

(ODHQLDREVFXUD insetívora sub-bosque

6HUSRSKDJDVXEFULVWDWD insetívora sub-bosque

0LRQHFWHVUXILYHQWULV insetívora sub-bosque

/HSWRSRJRQDPDXURFHSKDOXV insetívora sub-bosque

3K\OORVFDUWHVSDXOLVWXV insetívora sub-bosque

&DSVLHPSLVIODYHROD insetívora sub-bosque

0\LRUQLVDXULFXODULV insetívora sub-bosque

7RGLURVWUXPSROLRFHSKDOXP insetívora sub-bosque

7RGLURVWUXPFLQHUHXP insetívora sub-bosque

7RGLURVWUXPSOXPEHLFHSV insetívora sub-bosque

7ROPRP\LDVVXOSKXUHVFHQV insetívora sub-bosque

7ROPRP\LDVSROLRFHSKDOXV insetívora dossel

3ODW\ULQFKXVP\VWDFHXV insetívora sub-bosque

0\LRELXVEDUEDWXV insetívora sub-bosque

0\LRSKREXVIDVFLDWXV insetívora sub-bosque

/DWKURWULFFXVHXOHUL insetívora sub-bosque

.QLSROHJXVORSKRWHV insetívora sub-bosque

.QLSROHJXVF\DQLURVWULV insetívora sub-bosque

$WWLODUXIXV insetívora sub-bosque

0\LDUFKXVIHUR[ insetívora sub-bosque

3LWDQJXVVXOSKXUDWXV insetívora dossel

0\LR]HWHWHVVLPLOLV insetívora dossel

(PSLGRQRPXVYDULXV insetívora dossel

7\UDQQXVVDYDQD insetívora dossel

7\UDQQXVPHODQFKROLFXV insetívora dossel

3DFK\UDPSKXVSRO\FKRSWHUXV insetívora dossel

&KLUR[LSKLDFDXGDWD onívora sub-bosque

,OLFXUDPLOLWDULV onívora sub-bosque

1RWLRFKHOLGRQF\DQROHXFD insetívora aéreo

6WHOJLGRSWHU\[UXILFROOLV insetívora aéreo

&\DQRFRUD[FULVWDWHOOXV onívora dossel

7URJORG\WHVDHGRQ insetívora sub-bosque

3ODW\FLFKODIODYLSHV onívora sub-bosque

7XUGXVUXILYHQWULV onívora sub-bosque

7XUGXVDPDXURFKDOLQXV onívora sub-bosque

7XUGXVDOELFROOLV onívora sub-bosque

&\FODUKLVJXMDQHQVLV onívora sub-bosque

9LUHRROLYDFHXV onívora sub-bosque

+\ORSKLOXVSRLFLORWLV onívora dossel

+\ORSKLOXVWKRUDFLFXV onívora sub-bosque

3DUXODSLWLD\XPL insetívora sub-bosque

*HRWKO\SLVDHTXLQRFWLDOLV insetívora sub-bosque

%DVLOHXWHUXVOHXFREOHSKDUXV insetívora sub-bosque

Tabela 08. Composição da avifauna por guilda e pela ocupação vertical da floresta.

espécie guilda estrato

&RHUHEDIODYHROD néctar-insetívora sub-bosque

7KO\SRSVLVVRUGLGD onívora dossel

+HPLWKUDXSLVUXILFDSLOOD onívora dossel

7DFK\SKRQXVFRURQDWXV onívora sub-bosque

7ULFKRWKUDXSLVPHODQRSV onívora sub-bosque

7KUDXSLVVD\DFD onívora sub-bosque

6WHSKDQRSKRUXVGLDGHPDWXV onívora sub-bosque

3LSUDHLGHDPHODQRQRWD onívora sub-bosque

(XSKRQLDFKORURWLFD onívora dossel

7DQJDUDGHVPDUHVWL onívora sub-bosque

7DQJDUDFD\DQD onívora dossel

'DFQLVFD\DQD onívora dossel

&RQLURVWUXPVSHFLRVXP onívora sub-bosque

=RQRWULFKLDFDSHQVLV granívora sub-bosque

+DSORVSL]DXQLFRORU granívora sub-bosque

9RODWLQLDMDFDULQD granívora sub-bosque

6SRURSKLODFDHUXOHVFHQV granívora sub-bosque

$UUHPRQIODYLURVWULV granívora sub-bosque

6DOWDWRUVLPLOLV granívora sub-bosque

&DUGXHOLVPDJHOODQLFXV granívora sub-bosque

Entre as 135 espécies registradas na área de estudo foram caracterizadas 1 frugívora (0,74%), 12 granívoras (8,89%), 63 insetívoras (46,67%), 14 inseto-carnívoras (10,37%), 2 necrófagas (1,48%), 13 néctar-insetívoras (9,63%), e 27 onívoras (20,00%) e 3 piscívoras (2,22%).

Comparando-se os dados obtidos por Willis (1979), quanto aos nichos tróficos ocupados pelas espécies de aves da floresta de Barreiro Rico, no Município de Anhembi, Estado de São Paulo e de Almeida (1981), em fragmentos de matas ciliares na mesma região, observa-se que nas matas ciliares e capoeiras predominam as espécies insetívoras, onívoras e granívoras que vivem na borda da floresta.

Este fato é constatado na área de estudo, constituída de mata ciliar com vegetação em estágio médio de regeneração, onde 75,56% das espécies registradas pertencem à guilda insetívora, onívora ou granívora.

Almeida (1981) constatou que as maiores reduções quanto à fragmentação de hábitats ocorrem entre as espécies insetívoras, seguindo-se as onívoras

de grande porte que se alimentam no chão e as onívoras que se alimentam de insetos e frutos grandes.

Dentre as espécies onívoras de grande porte que se alimentam no chão, houve o registro apenas do &U\SWXUHOOXV REVROHWXV, de grande valor cinegético e que habita matas densas. Outras importantes espécies deste grupo, mas que não foram registradas na área são o &U\SWXUHOOXV WDWDXSD e 7LQDPXV VROLWDULXV, registradas por Allegrini (1997) em ambientes com estágio médio e avançado de regeneração, na Serra de Paranapiacaba, sul do Estado de São Paulo. Segundo Terborgh & Weske (1969), estas espécies estão entre os representantes mais ameaçados de extinção pela fragmentação de áreas florestais.

A guilda alimentar mais importante na área de estudo é a insetívora (Figura 13), seguida da onívora (Figura 14) e inseto-carnívora (Figura 12). Estas 3 guildas correspondem a 75,56% das espécies observadas nos ambientes estudados. Outras guildas importantes são a néctar-insetívora, representada por 12 espécies de beija-flores (3a maior família em número de espécies) e a granívora.

Foram observadas predominantemente 6 espécies (4,44%) no espaço aéreo, 23 (17,04%) no dossel, 10 (7,41%) no solo e 96 (71,11%) no sub-bosque.

O registro das espécies %XWRULGHV VWULDWXV e 7LJULVRPD OLQHDWXP, tipicamente paludícolas e ictiófagas, foi possível através de levantamento realizado próximo à uma lagoa natural adjacente ao fragmento amarelo.

Também foi possível o registro de espécies de hábitos crepusculares e noturnos, como 7\WR DOED, 2WXV FKROLED, 1\FWLELXV JULVHXV, +\GURSVDOLV EUDVLOLDQD e

1\FWLGURPXV DOELFROOLV, justificando os levantamentos nos finais de tarde e à noite.

Hábitos noturnos em aves são raros, atribuíveis a menos de 5% da classe (Sick, 1997). Uma espécie bastante importante e observada na área, foi 6WUHSWRSURFQH

]RQDULV, tipicamente de hábito gregário, que necessita de grutas úmidas e paredões para

dormir e nidificar. É uma espécie muito comum no litoral sul, freqüentando grutas abertas para o lado do mar e fendas em ilhas rochosas (Becking, 1975).

A espécie &KORURFHU\OHDPHULFDQD, observada principalmente próximo ao córrego que atravessa os fragmentos e o corredor, é tipicamente ictiófaga e vive em

ambientes com vegetação densa, próximos dos cursos d'água pequenos, onde passa quase que desapercebida (Skutch, 1972).

Destacam-se no levantamento, algumas espécies umbrófilas, que habitam o interior da mata densa, como &U\SWXUHOOXVREVROHWXV, /HSWRWLODYHUUHDX[L, &O\WRODHPD

UXEULFDXGD, /RFKPLDVQHPDWXUDe 7XUGXVDOELFROOLV.

Segundo Höfling & Lencioni (1992), a fauna nesta região é predominantemente umbrófila, pouco tolerante às variações de umidade relativa e da temperatura, assim como insolação elevada. A destruição e fragmentação das áreas florestais teriam o efeito imediato de eliminar das áreas afetadas praticamente toda a fauna umbrófila. A redução das áreas de florestas naturais, assim como o efeito de borda sobre os fragmentos florestais não afetam apenas a fauna das áreas perturbadas, mas também das áreas limítrofes à perturbação.

Houve o registro de um número pequeno de espécies umbrófilas nas áreas estudadas, devido principalmente à redução dos ambientes florestais, o que favoreceu o aumento em densidade das espécies adaptadas aos ambientes abertos, assim como o aparecimento de novas espécies. %XWHR DOELFDXGDWXV, 0LOYDJR FKLPDFKLPD, 3O\ERUXV

SODQFKXV, &DULDPDFULVWDWD e &RODSWHVFDPSHVWULV, espécies típicas de ambientes abertos,

foram observadas principalmente na borda dos fragmentos e corredor, competindo por espaço e alimento com as espécies florestais.

Figura 13. 6\QDOOD[LVUXILFDSLOOD (joão teneném), representante da guilda insetívora.

0pWRGRGHREVHUYDo}HVSRUSRQWRVIL[RV 4XDQWLGDGHGHLQGLYtGXRVUHJLVWUDGRV

Através do método de observações por pontos fixos foram registradas 113 espécies, distribuídas em 27 famílias e 13 ordens, respectivamente 83,70%, 81,82% e 92,86% do total registrado por todos os métodos utilizados. O número total de contatos foi 3.436. Considerou-se como contato, o indivíduo registrado no dia do levantamento, podendo ter havido vários contatos com o mesmo indivíduo, desde que em dias diferentes. A relação das espécies e o número de contatos, de acordo com cada área estudada encontram-se na Tabela 09.

Tabela 09. Espécies registradas nas áreas de estudo através do método de observações por pontos fixos e número de contatos (FV = fragmento vermelho, C= corredor, FA = fragmento amarelo, SB = sub-bosque de eucalipto).

espécie FV C FA SB total &U\SWXUHOOXVREVROHWXV 27 12 21 - 60 &RUDJ\SVDWUDWXV 2 - - - 2 %XWHRDOELFDXGDWXV - - 1 - 1 %XWHREUDFK\XUXV 1 - - - 1 5XSRUQLVPDJQLURVWULV 8 5 9 2 24 +HUSHWRWKHUHVFDFKLQQDQV - - 1 - 1 0LFUDVWXUUXILFROOLV - - 1 - 1 0LOYDJRFKLPDFKLPD 5 6 6 4 21 3RO\ERUXVSODQFXV 1 - 2 - 3 3HQHORSHVXSHUFLOLDULV 1 - - - 1 5DOOXVQLJULFDQV 1 4 1 - 6 &DULDPDFULVWDWD 1 - - - 1 &ROXPEDSLFD]XUR - 4 - 4 8 &ROXPELQDWDOSDFRWL 4 12 6 4 26 /HSWRWLODYHUUHDX[L 1 2 8 2 13 3LRQXVPD[LPLOLDQL 1 - 4 - 5 3LD\DFD\DQD 8 4 4 2 18 *XLUDJXLUD - - 4 - 4 1\FWLELXVJULVHXV - 2 - - 2 1\FWLGURPXVDOELFROOLV 2 3 - - 5 3KDHWKRUQLVHXU\QRPH 18 29 18 6 71 3KDHWKRUQLVSUHWUHL 3 4 1 - 8

Tabela 09. Espécies registradas nas áreas de estudo através do método de observações por pontos fixos e número de contatos (FV = fragmento vermelho, C= corredor, FA = fragmento amarelo, SB = sub-bosque de eucalipto).

espécie FV C FA SB total 0HODQRWURFKLOXVIXVFXV 2 3 - - 5 6WHSKDQR[LVODODQGL - 1 1 - 2 7KDOXUDQLDJODXFRSLV 2 2 - - 4 /HXFRFKORULVDOELFROOLV 6 5 2 - 13 $PD]LOLDILPEULDWD 1 1 1 - 3 $SKDQWRFKURDFLUUKRFKORULV - - 1 - 1 &KORURFHU\OHDPHULFDQD 4 9 8 - 21 3LFXPQXVFLUUDWXV 4 5 6 2 17 &RODSWHVFDPSHVWULV - 3 1 2 6 &RODSWHVPHODQRFKORURV 1 - - - 1 9HQLOLRUQLVVSLORJDVWHU 2 3 - 1 6 9HQLOLRUQLVSDVVHULQXV 10 2 2 - 14 0DFNHQ]LDHQDVHYHUD 15 12 15 - 42 7KDPQRSKLOXVGROLDWXV - 7 1 3 11 7KDPQRSKLOXVFDHUXOHVFHQV 58 29 50 9 146 '\VLWKDPQXVPHQWDOLV 10 5 3 - 18 'U\PRSKLODPDOXUD 8 6 9 - 23 'U\PRSKLODVTXDPDWD 4 9 3 - 16 3\ULJOHQDOHXFRSWHUD 20 19 14 5 58 &RQRSRSKDJDOLQHDWD 32 25 23 7 87 6\QDOOD[LVVSL[L 17 8 6 2 33 6\QDOOD[LVUXILFDSLOOD 26 18 24 6 74 3KDFHOORGRPXVUXILIURQV 4 - - - 4 3KDFHOORGRPXVIHUUXJLQHLJXOD 3 8 7 2 20 6\QGDFW\ODUXIRVXSHUFLOLDWD 46 24 24 8 102 /RFKPLDVQHPDWXUD 19 24 19 9 71 6LWWDVRPXVJULVHLFDSLOOXV 38 28 29 4 99 /HSLGRFRODSWHVIXVFXV 15 5 6 3 29 &DPSWRVWRPDREVROHWXP 6 - 2 - 8 (ODHQLDIODYRJDVWHU - 12 2 - 14 (ODHQLDSDUYLURVWULV 1 14 5 3 23 (ODHQLDFULVWDWD - 4 - - 4 (ODHQLDREVFXUD - - 1 - 1 6HUSRSKDJDVXEFULVWDWD - - 1 - 1

Documentos relacionados