Art. 30—Compete ao chefe das clinicas:
a)
superintender todos os serviços médicos do Hospital.b)
distribuir aos demais médicos do estabeleci mento as enfermarias e o serviço clinico a executar;c)
attender, quando possível, ás reclamações dos seus collegas sobre acquisição de recursos scientifi- cos para a elucidação diagnostica, e solicitar do go vernador os meios necessários para attender conve nientemente ao tratamento dos doentes;d)
representar ao governador sobre qualquer in disciplina ou irregularidade por ventura occorrente no corpo sanitario, pedindo as medidas que julgar necessárias á bôa marcha dos serviços scientificos;e)
fiscalizar a hygiene do Hospital, exigindo da regente as providencias indispensáveis á salubridade, conforto e ordem do estabelecimento ;f
) syndicar do estado dos doentes nas diversas dependencias do Hospital, e ouvir a respeito os res pectivos médicos, aconselhando o que lhe parecer proveitoso ao tratamento dos enfermos.Art. 31—0 chefe das clinicas será substituído nos seus impedimentos pelo collega immediatamente mais antigo no serviço do Hospital, cabendo então a este as mesmas attribuições do artigo anterior.
Art. 32— A todos os médicos do estabelecimento incumbe :
á)
visitar diariamente, de 7 a 10 horas da ma- nhan, os enfermos confiados aos seus cuidados, pres tando-lhes a maxima attenção e, conforme a gravida de dos casos, fazer as visitas extraordinárias que os mesmos exigirem ;cando de modo claro e preciso todas as medidas ne cessárias para o bom exito do tratamento ;
c)
solicitar da auctoridade administrativa compe tente tudo quanto seja preciso a bem dos seus do entes ;d)
comparecer ás conferencias para que seja convidado por qualquer medico do Hospital ;e)
escrever de proprio punho, nas papeletas que se devem achar á cabeceira de todos os leitos occu- pados, as receitas e dietas sem abreviatura nem si- gnaes, transcrevendo em livro proprio, chamado do «receituário», as mesmas prescripções contidas nas papeletas, com indicações da enfermaria e leito, para que tal livro possa servir de norma ao pharmaceutico no aviamento das receitas, que todas devem ser ru bricadas pelo medico que as redija ;f)
prevenir por escripto ao chefe das clinicas, com antecedencia, todas as vezes que não possa ir ao Hospital, afim de se providenciar sobre a substi tuição ;g)
velar pelo exacto cumprimento das suas pres cripções medicas e dietéticas ;h)
dar consulta aos pobres da sala do banco, depois da visita regulamentar ás enfermarias ;/) reunir-se, quando preciso, em junta medica com os outros facultativos do estabelecimento para elucidação diagnostica ;
j)
fazer annualmentt uma estatística circumstan- ciada dos doentes da sua enfermaria, com as obser vações que entender necessárias, a qual será anne* xada ao relatorio da regente ;k)
respeitar as prerogativas da administração. Art. 33—0 medico operador, tendo de proceder a alguma operação importante, conferenciará a res peito com os seus collegas do Hospital, podendo também fazel-o com médicos extranhos da sua con fiança, sem dispêndio por parte do estabelecimento.Art. 34—Os médicos do Hospital organizarão opportunamente um formulário de medicamentos para uso deste, sendo obrigados a seguil-o logo que seja
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posto em execução, salvos os casos excepcionaes e graves.
§ unico. Os médicos só receitarão preparados officinaes, nacionaes ou extrangeiros, quando não seja possível preparal-os eguaes no Hospital, salvo por conta dos pensionistas.
Art. 35— Ao analysta, que também poderá ser um pharmaceutico, ou profissional de provada capa cidade e de absoluta confiança do corpo sanitario, compete:
a)
estar presente ao Hospital emquanto durar a visita dos médicos, e nelle permanecer até que termi ne o trabalho de que fôr incumbido na secção da sua especialidade ;b)
proceder aos exames, de que o corpo sanita rio necessitar, attendendo á urgência do serviço clinico;c)
solicitar da regente tudo quanto for necessá rio para os trabalhos do laboratorio, podendo ter para estes os auxiliares precisos, nomeados pela mesma regente ;d)
attender aos pedidos de exame da clinica ci vil, mediante o pagamento prévio, de accordo com a tabella annexa, e sem prejuízo do serviço hospitalar.Art. 36 O laboratorio de analyses será provido de todos os apparelhos indispensáveis á investigação clinica e á chimica medica.
Art. 37—0 analysta terá direito á quota de 15 % so bre a renda dos exames feitos para a clinica civil, cujo pagamento será recebido pela regente.
Art. 38—0 cirurgião dentista comparecerá tres vezes por semana ao Hospital, em dias designados pela regente de accordo com o chefe das clinicas, e extraordinariamente quando for urgente a sua inter venção.
Art. 39—Ao cirurgião-dentista, que disporá do arsenal cirúrgico indispensável á sua especialidade, incumbe :
a)
zelar pela secção que lhe for confiada, con servando rigorosamente o material cirúrgico e os apb)
inscrever em livro apropriado o movimento da sua secção, annotando os casos importantes da especialidade ;c)
prestar serviço aos doentes da sala do banco, sem prejuízo do serviço interno ;d)
receber instrucções e ordens de serviço do chefe das clinicas, e attender ás recommendações da regente em quanto se refira á administração do esta belecimento ;é)
responsabilizar-se por todo o material que lhe for confiado.§ único—O cirurgião-dentista terá ao seu ser viço um servente indicado pela regente.
, Art. 40—0 cirurgião-dentista não poderá tratar, ii i ;ã ), dos clientes do seu consultorio civil, nem v riar para este qualquer instrumento ou droga d ) Hospital.