empreendimentos e às atividades considerados como de impacto por suas
especificidades, mesmo quando sua implantação constar como permitida na zona urbana
respectiva, para efeito de obtenção de licenças ou autorizações de construção, de
ampliação ou de funcionamento.
Parágrafo único. Qualquer atividade localizada em área rural e que cause impactos
sobre a área urbana deverá ser objeto de avaliação do EIV.
Art. 96.A aprovação de projetos para os Empreendimentos de Impacto previstos nesta
Lei, assim como o licenciamento de sua instalação, construção ou ampliação, será
condicionada à avaliação do EIV pelo órgão competente do Poder Executivo, com
parecer favorável do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente e do
Conselho Municipal do Plano Diretor.
Art. 97.Sujeitam-se ao EIV os empreendimento e atividades descritos nesta Lei na
tabela constante no Anexo V – Empreendimentos e Atividades de Impacto Sujeitos ao
EIV.
Parágrafo Único. Outras atividades ou empreendimentos poderão estar sujeitos ao EIV
caso seja detectada esta necessidade pelos órgãos integrantes do Sistema Municipal de
Planejamento e Gestão Territorial, ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento
do Meio Ambiente e o Conselho Municipal do Plano Diretor.
Art. 98.A análise dos Empreendimentos de Impacto deverá observar:
I. quanto ao impacto ambiental:
a) poluição sonora: geração de impacto no entorno causado pelo uso de máquinas,
utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares;
b) poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de matéria ou energia
provenientes dos processos de produção ou transformação;
c) poluição hídrica: lançamento de efluentes que alterem a qualidade da rede
hidrográfica ou a integridade do sistema coletor de esgotos;
d) geração de resíduos sólidos: produção, manipulação ou estocagem de resíduos
sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
e) vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou equipamentos que
produzam choques repetitivos ou vibração sensível;
II. quanto ao impacto na mobilidade urbana:
a) geração de carga e descarga;
b) geração de embarque e desembarque;
c) geração de tráfego de pedestres.
Art. 99.Quando o EIV envolver imóveis localizados na Zona de Proteção Cultural I,
bens listados no Inventario de Proteção ao Acervo Cultural - IPAC ou em perímetro de
entorno de bens tombados, o processo será instruído com parecer do Conselho
Deliberativo do Patrimônio Cultural de Serro e do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional - IPHAN.
Art. 100.O Poder Executivo Municipal condicionará a aprovação do empreendimento
ou atividade ao cumprimento pelo empreendedor, e às suas expensas, de medidas
corretivas, mitigadoras e/ou compensatórias que atenuem o impacto que o projeto
acarretará.
Art. 101.O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV será executado atendendo
as exigências dos artigos 36 a 38 da Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade),
além de necessariamente analisar:
I. a compatibilização do estabelecimento ou empreendimento com as diretrizes de
uso e atividades indicadas para a Zona Urbana na qual será implantada;
II. a manutenção e valorização do patrimônio ambiental, natural ou cultural na
Zona Urbana na qual será implantado ou no seu entorno;
III. a adequação à estrutura urbana, sobretudo quanto ao sistema viário, fluxos,
segurança, conforto ambiental, saúde dos habitantes e impacto sobre os
equipamentos públicos comunitários, especialmente de educação, saúde e lazer;
IV. a adequação ao ambiente, em especial quanto aos agentes poluidores;
VI. a adequação à paisagem natural ou construída;
VII. a adequação quanto aos usos e às atividades do entorno imediato.
Art. 102.Será dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta no órgão municipal competente por qualquer interessado.
Art. 103.A elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança não substitui a
elaboração e a aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EIA, exigido nos
termos da legislação ambiental.
Art. 104.O EIV será elaborado por responsável técnico habilitado, apresentado pelo
empreendedor, devendo conter a análise de impactos nas condições funcionais,
ambientais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a eliminar ou minimizar
os impactos negativos gerados pelo empreendimento ou atividade e a potencializar os
seus efeitos positivos.
Art. 105.No processo desenvolvido para a elaboração do EIV e no licenciamento
urbanístico, o Conselho Municipal do Plano Diretor deverá avaliar a execução pelo
empreendedor de medidas corretivas, mitigadoras e/ou compensatórias dos impactos
gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo funcionamento do
empreendimento ou atividade.
§ 1º. O licenciamento urbanístico do empreendimento ou atividade ficará
condicionado à assinatura de Termo de Compromisso entre o Poder Executivo
Municipal e o empreendedor, devendo este se comprometer a executar integralmente as
medidas a que se refere o caput deste artigo, antes da conclusão do empreendimento ou
do funcionamento da atividade.
§ 2º. A baixa da construção ou o alvará de funcionamento somente será emitido
mediante comprovação do cumprimento das obrigações definidas no Termo de
Compromisso previsto no §1º deste artigo.
Art. 106.O Poder Executivo Municipal, em observância ao disposto no artigo 2°, inciso
XIII, da Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), promoverá audiências
públicas durante o processo de licenciamento de empreendimentos ou de atividades
públicas ou privadas suscetíveis de significativo impacto urbanístico ou ambiental, com
efeitos potencialmente negativos sobre a vizinhança, o meio ambiente natural ou
construído, o conforto ou a segurança da população, para os quais sejam exigidos
estudos e relatórios de impacto de vizinhança ou ambiental.
§ 1º. Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais como estudos,
plantas, planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para
consulta e extração de cópias, inclusive por meio eletrônico, com antecedência mínima
de 10 (dez) dias úteis da realização da respectiva audiência pública.
§ 2º. As intervenções realizadas em audiência pública serão registradas por escrito e
gravadas para acesso e divulgação públicos e deverão constar nos autos do processo de
licenciamento.
Art. 107.Os procedimentos administrativos relativos à aplicação do EIV e à realização
das audiências públicas serão regulamentados em Decreto.
No documento
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE SERRO-MG. Prefeitura Municipal de Serro-MG
(páginas 39-43)