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DO INGRESSO NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO CAPÍTULO I

No documento DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE (páginas 34-45)

CAPÍTULO VI DOS PREPOSTOS

DO INGRESSO NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO CAPÍTULO I

DA OUTORGA DE DELEGAÇÃO

Art. 23. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.

CAPÍTULO II DA INVESTIDURA

Art. 24. A investidura na delegação, perante o Corregedor-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais ou magistrado por ele designado, se dará dentro do prazo de 30 (trinta) dias da expedição do ato de outorga da delegação, prorrogável uma única vez, por igual período.

§ 1º A investidura ocorrerá em solenidade coletiva, em data e local oportunamente divulgados pelo Corregedor-Geral de Justiça.

§ 2º Eventuais requerimentos para investidura fora da solenidade cole-tiva ou para prorrogação de prazo deverão ser protocolizados direta-mente na Corregedoria-Geral de Justiça, no prazo mencionado no caput deste artigo, para oportuna designação de nova data e local para o ato.

§ 3º Para a investidura, o candidato se desincompatibilizará previa-mente de eventual cargo, emprego ou função pública, inclusive de ou-tro serviço notarial ou de regisou-tro, por ele ocupado.

§ 4º Na solenidade de investidura, o candidato prestará o compromis-so de, bem e fielmente, com lealdade e honradez, desempenhar as ati-vidades da serventia para a qual recebeu delegação, cumprindo as leis e os atos normativos que regem os serviços notariais e de registro.

§ 5º No ato de assinatura do termo de investidura, o candidato apre-sentará documento de identidade oficial com foto e entregará, devida-mente preenchida, declaração de não cumulação de cargo.

§ 6º Não ocorrendo a investidura no prazo marcado, será tornada sem efeito a outorga da delegação, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais – TJMG.

CAPÍTULO III

DA ENTRADA EM EXERCÍCIO

Art. 25. O exercício da atividade notarial ou de registro terá início den-tro de 30 (trinta) dias, improrrogáveis, contados da investidura, peran-te o diretor do foro.

§ 1º Dentro de 5 (cinco) dias, contados do exercício, o novo delegatário providenciará o encaminhamento de cópia dos documentos abaixo re-lacionados à Corregedoria-Geral de Justiça:

I – termo de exercício;

II – formulário de cadastro devidamente preenchido, conforme mode-lo fornecido pela Corregedoria-Geral de Justiça;

III – documento de identidade oficial;

IV – Cadastro de Pessoas Físicas no Ministério da Fazenda – CPF.

§ 2º Se o exercício não ocorrer no prazo legal, o ato de delegação do serviço será declarado sem efeito pelo Presidente do TJMG.

Art. 26. Após a investidura, o concursado poderá oficiar ao diretor do foro sobre a designação de data para sua entrada em exercício, que ocorrerá nas dependências do Fórum da comarca e será acompanhada por este.

CAPÍTULO IV DA VACÂNCIA

Art. 27. A delegação a tabelião ou a oficial de registro se extinguirá por:

I – morte;

II – aposentadoria facultativa;

III – invalidez;

IV – renúncia;

V – perda da delegação.

§ 1º A aposentadoria facultativa ou por invalidez ocorrerá nos termos da legislação previdenciária.

§ 2º As situações enumeradas no caput deste artigo serão imediata-mente comunicadas ao diretor do foro.

§ 3º Extinta a delegação, o diretor do foro declarará, por Portaria, a va-cância da serventia e designará o substituto mais antigo como tabelião ou oficial de registro interino para responder pelo expediente até o provimento da vaga mediante concurso público.

§ 4º Havendo razão fundada, o diretor do foro poderá, a qualquer momento, por Portaria, revogar a nomeação do tabelião ou oficial de registro interino, nomeando outrem para responder pelo expediente.

CAPÍTULO V DA INTERINIDADE

Art. 28. Os tabeliães e oficiais de registro interinos nomeados, ao as-sumirem a serventia, assinarão termo e prestarão o compromisso de guardar e conservar os documentos, fichas, livros, papéis, microfilmes e sistemas de computação, selos de fiscalização e todo o acervo perten-cente ao serviço até a efetiva transmissão do serviço ao novo delegatá-rio aprovado em concurso público.

Parágrafo único. Na data da assinatura do termo mencionado no caput deste artigo, será apresentado ao diretor do foro o Livro de Registro Diário Auxiliar da Receita e da Despesa para conferência e visto.

Art. 29. O termo de compromisso deverá conter:

I – a qualificação e a assinatura do tabelião ou oficial de registro inte-rino;

II – a serventia para a qual tenha sido designado;

III – o número da Portaria de designação e a autoridade que a tiver expedido;

IV – a data de início do exercício na interinidade;

V – a declaração de que se responsabiliza pela prestação do serviço nos moldes da legislação em vigor enquanto responder pela serventia;

VI – o compromisso de transmitir ao novo titular em bom estado de conservação os livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes, selos de fiscalização e todo o acervo pertencente ao serviço, inclusive banco de dados em conjunto com os softwares e as atualizações que permitam seu pleno uso, bem como as senhas e dados necessários para o acesso de tais programas, garantindo a continuidade da prestação do serviço de forma adequada e eficiente, sem interrupção.

Art. 30. O termo de compromisso será conferido e assinado pelo dire-tor do foro e encaminhado, através de cópia, à Corregedoria-Geral de Justiça.

Art. 31. O tabelião ou oficial de registro interino encaminhará ao dire-tor do foro, no prazo de até 30 (trinta) dias úteis contados da data da assinatura do termo de compromisso, inventário contendo as seguin-tes informações:

I – relação dos livros existentes na serventia, com número inicial e final de cada livro, bem como o último número de ordem utilizado na data do inventário;

II – número e data do último recibo de emolumentos emitido na data do inventário;

III – relação dos selos de fiscalização em estoque na serventia, com in-dicação da respectiva sequência alfanumérica inicial e final;

IV – relação dos microfilmes ou outro sistema usado pela serventia para escrituração ou arquivamento dos documentos;

V – relação dos programas de informatização usados pela serventia, bem como forma de backup e número de mídias existentes;

VI – relação dos funcionários, com descrição dos cargos, salários e for-ma de admissão;

VII – certidões de débito para com o INSS, FGTS e demais encargos trabalhistas, previdenciários e fiscais;

VIII – indicação de eventuais dívidas trabalhistas, previdenciárias e fiscais, do respectivo montante e situação atualizada da serventia em relação às dívidas;

IX – relação dos demais materiais de expediente, móveis e imóveis que sejam utilizados pela serventia e que o interino queira colocar à dispo-sição do novo titular, mediante negociação entre ambos.

Art. 32. Todos os responsáveis interinos por serventias notariais e de registro vagas devem proceder ao recolhimento de eventual quantia que, em sua renda líquida, exceda ao teto remuneratório de 90,25%

(noventa vírgula vinte e cinco por cento) do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal – STF.

Art. 33. Os recolhimentos a que se refere o art. 32 deste Provimento de-verão ser efetuados através de depósito identificado por CPF ou CNPJ, em conta-corrente aberta exclusivamente para esse fim.

CAPÍTULO VI

DO MÓDULO “RECEITAS-DESPESAS”

Art. 34. Os tabeliães e oficiais de registro nomeados interinamente re-meterão à Corregedoria-Geral de Justiça, por meio eletrônico, até o dia 15 (quinze) de cada mês, os dados relativos ao mês anterior concernen-tes à receita, despesas, encargos e dívidas relacionadas às serventias com vacância declarada e que estejam sob sua responsabilidade.

§ 1º A remessa de que trata o caput deste artigo será realizada pelo mó-dulo “Receitas-Despesas”, agregado ao Sistema de Serviço Notarial e de Registro já implantado e em uso por todas as serventias do Estado de Minas Gerais, acessível através da utilização do login e senha pró-prios para o sistema.

§ 2º Na hipótese de a serventia acumular mais de um serviço, deverão ser informados os dados separadamente para cada um deles, salvo nos casos de Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais que cumule atribuições notariais, em distrito ou município que não seja sede de comarca.

Art. 35. Na planilha do módulo “Receitas-Despesas”, os campos espe-cíficos serão preenchidos com os seguintes dados:

I – receita bruta:

a) emolumentos recebidos;

b) compensação/complementação recebidos do “RECOMPE-MG – Recursos de Compensação”;

II – despesas:

a) fundo de compensação a que se refere o art. 31 da Lei Estadual nº 15.424, de 30 de dezembro de 2004, ou seja, 5,66% (cinco vírgula ses-senta e seis por cento) dos emolumentos destinados aos recursos de compensação “RECOMPE-MG”;

b) folha de pagamento, com indicação individualizada dos salários de cada preposto;

c) imposto de renda devido em razão da atividade exercida na serven-tia;

d) FGTS, contribuições previdenciárias, encargos sociais e demais tri-butos, com indicação individualizada dos valores devidos em razão da serventia, da pessoa do responsável interino e de cada um dos pre-postos;

e) ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, quando de-vido por lei municipal que o institua;

f) despesas gerais, assim detalhadas:

1) aluguel;

2) energia elétrica;

3) água e esgoto;

4) telefone e internet;

5) serviços postais;

6) manutenção e limpeza de prédio;

7) material de escritório;

8) outras despesas;

III – encargos e dívidas;

IV – receita líquida ou deficit;

V – Taxa de Fiscalização Judiciária – TFJ;

VI – quantidade de funcionários em regime de contratação pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;

VII – quantidade de funcionários em regime estatutário;

VIII – quantidade de atos notariais e de registro praticados no mês.

§ 1º A receita bruta mencionada no inciso I do caput deste artigo en-globa a receita oriunda dos emolumentos recebidos segundo a primei-ra coluna das tabelas do anexo da Lei Estadual nº 15.424/2004, sem qualquer dedução a título de “RECOMPE-MG”, bem como os valores recebidos de eventual compensação/complementação de receita bruta provenientes dos recursos de compensação “RECOMPE-MG”, na for-ma dos arts. 31 a 40 da mesfor-ma lei.

§ 2º Os tabeliães e oficiais de registro interinos manterão arquivada na serventia toda a documentação relativa às despesas, encargos e dí-vidas informados, conforme incisos II e III do caput deste artigo, para fins de eventual análise pela Corregedoria-Geral de Justiça.

§ 3º Sobre os encargos e dívidas mencionados no inciso III do caput deste artigo, devem ser informados eventuais passivos em razão de ações cíveis, fiscais, previdenciárias, criminais, trabalhistas ou admi-nistrativas, inclusive de cunho indenizatório, seja em trâmite, com trânsito em julgado ou em fase de execução, além de demais encargos e dívidas relacionados à atividade.

Art. 36. Os tabeliães e oficiais de registro interinos que deixarem de remeter ou que remeterem de forma inverídica as informações devi-das estarão sujeitos às medidevi-das administrativas disciplinares cabíveis à espécie, nos termos do disposto na Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Art. 37. Todas as informações contidas no módulo “Receitas-Despesas”

relativas a serventias relacionadas em edital de concurso em anda-mento serão disponibilizadas à Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes – EJEF, responsável pela realização do concurso público para ingresso nos serviços notariais e de registro do Estado de Minas Gerais, para oportuna consulta pelos candidatos aprovados e habilita-dos para a fase de escolha de serventia.

Parágrafo único. Fica vedada a extração de cópias, a fotografia ou qual-quer outra forma de reprodução ou transmissão eletrônica dos dados de que trata este Capítulo pelos candidatos aprovados em concurso, pelos seus procuradores, pelos servidores, pelos magistrados ou por qualquer outra pessoa.

CAPÍTULO VII DA TRANSIÇÃO

Art. 38. O tabelião e o oficial de registro, a qualquer título, têm o dever de transmitir ao novo responsável pelo serviço, em bom estado de con-servação, livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes, carimbos e outros instrumentos de chancela, mídias, selos de fiscalização e todo o acervo pertencente à serventia, inclusive banco de dados em conjunto com os softwares e atualizações que permitam o pleno uso, bem como as senhas e dados necessários ao acesso de tais programas, garantindo a continuidade da prestação do serviço de forma adequada e eficiente, sem interrupção.

§ 1º O novo responsável pela serventia indenizará o responsável an-terior pelos custos com softwares, cabendo também indenização caso o novo titular opte por utilizar as instalações da serventia, móveis,

utensílios e demais bens necessários ao seu normal funcionamento, mediante negociação entre ambos.

§ 2º Tratando-se do software necessário ao acesso ao banco de dados da serventia, mesmo não havendo consenso sobre o valor da indeniza-ção, será ele disponibilizado de imediato, caso seja possível, podendo o preço ser discutido em juízo.

§ 3º Quando a vaga resultar de falecimento, as indenizações cabíveis serão pagas ao espólio.

Art. 39. A transição nos serviços notariais e registrais inicia-se a partir da data da outorga de delegação.

Art. 40. Havendo necessidade, o novo responsável poderá solicitar ao diretor do foro o acompanhamento da transição por servidor da co-marca, a ser nomeado preferencialmente dentre os oficiais de justiça avaliadores, que fará a verificação de acordo com o inventário pre-viamente protocolizado pelo responsável anterior na forma do art. 31 deste Provimento.

Parágrafo único. O servidor fará relatório circunstanciado constando possíveis falhas e inconsistências apuradas e entregará cópia dele ao interino e ao novo delegatário.

Art. 41. Em nenhuma hipótese, o responsável anterior da serventia po-derá deixar de entregar todo o acervo e prestar todas as informações necessárias para a entrada em exercício do novo responsável, no ato de transição.

§ 1º Em caso de descumprimento do disposto no caput deste artigo, o diretor do foro nomeará servidor de sua confiança para a realização do inventário e cumprimento do processo de transição.

§ 2º Protocolizado o inventário, será ele mantido na direção do foro para acompanhamento do processo de transição e possível interven-ção, em caso de falta de transparência ou perigo quanto à continuida-de dos serviços e segurança do acervo.

Art. 42. Após a entrada em exercício, o novo responsável que detectar a falta de algum item relacionado no inventário ou outro essencial à segurança da sua atividade deverá comunicar o fato imediatamente ao diretor do foro.

Art. 43. No caso de transição, todos os atos praticados a partir da en-trada em exercício pelo novo responsável são de sua responsabilidade, cabendo-lhe os emolumentos respectivos e a incumbência de recolher os valores da TFJ e do “RECOMPE-MG”.

§ 1º Nos casos em que houver prenotação, a regra do caput deste artigo se aplica mesmo que ela tenha sido realizada anteriormente à entrada em exercício do novo responsável.

§ 2º O novo responsável repassará ao responsável anterior quaisquer valores que venha a receber referentes a atos anteriormente finaliza-dos e assinafinaliza-dos, deduzifinaliza-dos os valores da TFJ e do “RECOMPE-MG”, se ainda não tiverem sido recolhidos, responsabilizando-se pelo efeti-vo recolhimento.

Art. 44. Nos serviços notariais e de registros, o responsável anterior apresentará ao novo responsável, na data da transição:

I – a relação dos atos não praticados e os respectivos valores, discri-minados individualmente, a qual também será entregue ao diretor do foro;

II – a soma dos valores pagos pelas partes a título de depósito prévio;

III – a guia de recolhimento da TFJ e o comprovante de pagamento do

“RECOMPE-MG” referentes aos atos praticados até o último dia em que a serventia esteve sob sua responsabilidade, ainda que referentes à fração do período dos recolhimentos devidos.

Art. 45. Nos Tabelionatos de Protesto, serão observados os seguintes procedimentos:

I – serão repassados pelo responsável anterior ao novo responsável, nos montantes originalmente pagos pelo apresentante, os valores de

depósitos prévios referentes a títulos e documentos de dívida que te-nham sido sustados durante a interinidade;

II – o responsável anterior repassará ao novo responsável os valores referentes à liquidação de títulos e outros documentos de dívida que já tenham sido pagos pelo devedor, mas ainda não se encontrem liqui-dados pelo Tabelionato de Protesto;

III – caso subsistam títulos e documentos de dívida que tenham sido liquidados pelo responsável anterior, mas cujos valores ainda não te-nham sido transferidos aos apresentantes, ele fará jus aos emolumen-tos respectivos e repassará ao novo responsável os valores referentes à liquidação para o devido repasse aos credores;

IV – quando a lei postergar o pagamento dos emolumentos e taxas referentes a títulos e documentos de dívida apresentados a protesto, o novo responsável repassará ao responsável anterior os emolumentos referentes aos protestos por ele lavrados, mas cancelados após a transi-ção, devendo o responsável atual recolher a TFJ e o “RECOMPE-MG”.

TÍTULO IV

DO FUNCIONAMENTO DOS TABELIONATOS E OFÍCIOS DE

No documento DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE (páginas 34-45)