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Larinha parecia estar caindo em um buraco sem fim. O que estava acontecendo? “Onde estou?” a menina pensou. Estava tudo muito escuro, Larinha não conseguia enxergar um vulto sequer. Ela só conseguia cair, cair, cair e cair até que aos poucos Larinha começou a passar por luzinhas flutuantes. Agora Larinha conseguia enxergar melhor onde estava. Nas paredes do buraco a menina viu algumas fotografias de crianças, imagens de duendes, sereias e libélulas. Assim que Larinha olhou para o lado, viu Sr. Pindarolas segurando um guarda- chuvinha para não cair tão depressa.

- Sr. Pindarolas! – exclamou a menina. - Larinha! – o hamster respondeu.

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O HAMSTER RESPONDEU? SR. PINDAROLAS CONSEGUIA FALAR?

- Sr. Pindarolas! Você consegue falar. – Larinha estava espantada.

- Sim, Larinha. Por que a surpresa? – perguntou o bichinho.

- Eu não sabia que você conseguia falar, ou melhor, eu nunca vi um hamster falar.

- Para tudo tem uma primeira vez, não é mesmo? – o hamster falou ironicamente.

- Sr. Pindarolas, onde a gente tá?

- Eu não sei, Larinha. Eu nunca tinha entrado em uma sacola antes.

- Mas eu vi você pulando para dentro da sacola! Achei que você sabia para onde você tava indo.

- Eu tava seguindo uma luzinha, quando vi, a luzinha entrou na sacola e eu resolvi pular atrás dela.

- Eu nem vi essa luzinha. É uma dessas aqui? – apontou a menina para as luzinhas flutuantes. - Acho que sim. – respondeu o hamster intrigado.

Os dois continuaram caindo, caindo e caindo no buraco que não parecia ter fim. Até que eles viram uma luz amarela no final do buraco.

- Sr. Pindarolas, estou vendo uma luz. - Eu também, Larinha!

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- Será que a gente tá chegando no final do buraco? - Acho que sim.

- Sr. Pindarolas, o que tem no final do buraco? - Eu não sei...

- Sr. Pindarolas e se a gente morrer?! – a menina perguntou assustada.

- Morrer?! – até o hamster se assustou.

- Se a gente cair no chão a gente não vai morrer??? – Larinha começou a se desesperar.

- Meu Deus! A gente vai morrer!!!! – começou a gritar o hamster.

“AHHHHH!!!!”

Os dois estavam gritando quando, de repente, em vez de caírem no chão os dois sentiram que haviam caído em uma... Cama elástica? “AHHHHH!!!!” os dois continuaram gritando ao serem lançados para longe da cama elástica. Larinha e Sr. Pindarolas pareciam até que sabiam voar depois de todo esse tempo no ar. “SOCORROOO!!!!”os dois gritaram, mas tudo acabou quando os dois caíram em cima de um chão macio, gelado e cor de rosa. Larinha nunca tinha visto neve, mas não se lembrava de neve ser cor de rosa.

- Eu sempre achei que neve fosse branca. – a menina estranhou.

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- E eu nunca ouvi falar em neve. – o hamster comentou.

Larinha levantou e colocou Sr. Pindarolas em seu ombro, que deixou seu guarda-chuvinha quebrado no chão. Os dois pareciam estar em cima de uma montanha e eles decidiram andar para ver se encontravam alguma coisa ou alguém naquele estranho lugar. Larinha e Sr. Pindarolas avistaram à frente o que parecia ser o topo da montanha. Os dois resolveram seguir até o topo para ver se conseguiam se localizar ou pelo menos ver se havia algum lugar com pessoas por perto. Assim que eles chegaram no topo da montanha cor de rosa eles encontraram o que parecia ser uma casa vermelha e redonda. Os dois se aproximaram do lugar e tentaram encontrar uma porta ou janela, mas não conseguiram. Aquela casa vermelha e redonda às vezes não era uma casa vermelha e redonda. Sr. Pindarolas, de repente, começou a inspirar intensamente.

- O que foi, Sr. Pindarolas? –Larinha se assustou. - Estou sentindo um cheiro diferente.

- Cheiro de quê?

- Você não tá sentindo esse cheiro doce? – o hamster perguntou.

- Tô, mas não sei de onde é.

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Sr. Pindarolas pulou do ombro da menina para dar uma volta naquela casa esquisita e redonda. Assim que ele caiu no chão, a neve entrou em sua boca sem querer, e Sr. Pindarolas sentiu um gosto maravilhoso.

- Larinha, a neve é doce! – o hamster gritou enchendo a boca com mais neve.

- A neve é doce? – estranhou a menina. - Sim! Prove um pouco.

Larinha colocou um pouco de neve nas mãos e fez uma bolinha para dar uma mordida. Assim que Larinha sentiu o gosto da bola de neve tudo começou a fazer sentido. Aquilo não era neve coisa nenhuma. Quem disse que existia neve cor de rosa?

- Sr. Pindarolas, isso é sorvete de morango! - Sorvete de morango?!

- Sim!!! – a menina exclamou. – Estamos em uma montanha gigante de sorvete de morango. - Caramba! Quanto sorvete!!! – o hamster gritou. - E eu aposto que essa casa vermelha e redonda não é uma casa.

Os dois tiveram a mesma ideia ao mesmo tempo. Larinha e Sr. Pindarolas morderam a parede vermelha da casa e confirmaram exatamente o que eles estavam pensando: uma CEREJA! Os dois estavam no topo de

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uma montanha de sorvete de morango em frente a uma enorme cereja. Aquilo parecia um sonho, aquilo só podia ser um sonho. Larinha e Sr. Pindarolas não conseguiram se conter de tanta felicidade. Os dois continuaram comendo o sorvete de morango e mordendo pedaços da cereja gigante até não agüentarem mais. Depois de quase uma hora comendo, antes de tentar descobrir aonde eles estavam, Larinha e Sr. Pindarolas decidiram deitar e descansar um pouco enquanto faziam a digestão daquela quantidade enorme de sorvete.

Larinha e Sr. Pindarolas estavam olhando para o céu azul e cheio de nuvens quando viram um lindo arco- íris. Ao tentar acompanhar onde o arco-íris começava e terminava, eles perceberam que o arco-íris era na verdade o rastro luminoso de um objeto voador. Que estranho! Larinha e seu hamster nunca tinham visto nada parecido ao olharem o céu deitados no jardim de casa. Se bem que, o que era um rastro luminoso esquisito, quando os dois estavam deitados em uma montanha de sorvete de morango ao lado de uma cereja gigante? Ao tentarem identificar o que estava deixando aquele rastro lindo de cores, Larinha e Sr. Pindarolas viram o que parecia ser um cavalo voador. Um cavalo voador? - Você viu o mesmo que eu? – perguntou a menina pro Sr. Pindarolas.

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