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Parte II Projetos desenvolvidos durante o estágio

TEMA 1 Benzodiazepinas

5. Doenças sexualmente transmissíveis

As DST atingem milhões de pessoas por todo o mundo. Podem ter origem parasitária, vírica ou bacteriana. Estas doenças são transmitidas por contacto sexual, através dos fluidos corporais como o sémen, contacto com a pele dos genitais ou à volta destes [67].

A grande problemática das DST é que muitas vezes não apresentam sintomas. Por essa razão, o contágio pode ser maior pois a pessoa não sabe que possui uma DST, no entanto muitas destas doenças causam dor e desconforto. Além disso, as DST podem ter consequências graves, como por exemplo causar doença inflamatória pélvica, infertilidade, dor pélvica e cancro cervical [67] .A disseminação das DST ocorre essencialmente quando uma pessoa infetada tem relações sexuais com uma pessoa não infetada e o risco de disseminação é diretamente proporcional ao número de parceiros sexuais [67]. Na Tabela 8 estão apresentadas exemplos de DST.

Tabela 8: Exemplos de doenças sexualmente transmissíveis [67].

Método Contracetivo de

Emergência

Dose Posologia Mecanismo de ação

Yuzpe (EE e levonorgestrel) 0,05 mg de EE e 0,25 mg de levonorgestrel 2 Cápsulas de 12h em 12h (Tetragynon®) 4 Cápsulas de 12h em 12h (Microginon®) A 1ª dose deve ser tomada até 5 dias após

a relação sexual desprotegida Inibição da ovulação. Levonorgestrel (Postinor® e Norlevo®)

1,5 mg Dose única até 72h

Suprime o pico pré-ovulatório das gonodatrofinas e altera o processo da ovulação. Só é eficaz se a mulher

se encontrar na fase ovulatória[58]. Acetato de

ulipristal (EllaOne®)

30 mg Dose única até 120h

Modelador seletivo dos recetores de progesterona. Apresenta um mecanismo de ação semelhante ao

levonorgestrel, mas é mais eficaz, pois tem uma maior capacidade de

inibir a ovulação[58].

DST

Origem

Cancróide Bacteriana Clamídia Bacteriana Gonorreia Bacteriana Hepatite B Vírica Herpes Vírica HIV Vírica Papiloma Vírica Sífilis Bacteriana Tricomoníase Parasitária

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6. Conclusão

Dos três projetos que realizei este foi sem dúvida o mais desafiante e mais complicado por ser um tema que causa algum constrangimento, principalmente na faixa etária a que dei a formação. Apesar disso, foi um projeto que gostei imenso de fazer e o feedback da Escola Secundária de Gondomar foi bastante bom. Sinto que esta formação foi, de facto relevante pois os 42 alunos que estiveram presentes no auditório mostraram-se bastante interessados, fazendo questões ao longo de toda a apresentação. Além do mais, com as questões que coloquei no fim deu para perceber que efetivamente estiveram atentos ao longo dos 90 minutos da formação tendo respondido acertadamente a praticamente todas as questões. No final da apresentação recebi um certificado, como comprovativo da minha exposição sobre anticoncecionais na Escola Secundária de Gondomar (Anexo XIII).

O projeto dos anticoncecionais foi, de facto, uma mais-valia para os alunos, mas também para mim, visto que me deu a oportunidade de ultrapassar as minhas dificuldades na área da comunicação.

O papel de um farmacêutico ultrapassa a dispensa de medicamentos. Aconselhar e informar sobre os mais diversos temas na área da saúde é um dos papéis mais relevantes que desempenha em prol do bem-estar das comunidades e a contraceção é sem dúvida uma área onde se deve investir, pois surgem muitas dúvidas acerca deste assunto, principalmente nos adolescentes. Como futura farmacêutica, sinto que ainda há muito a fazer nesta área e o facto de ter tido a oportunidade de informar e alertar para o uso correto dos anticoncecionais a um conjunto de alunos foi, sem dúvida, extremamente gratificante.

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[8] INFARMED: Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde (2012). Acessível em:http://www.infarmed.pt. [acedido em 31 de março de 2017].

[9] Portaria n.º 198/2011 - Regime Jurídico a que obedecem as regras de prescrição eletrónica. [10] Despacho n.º 15700/2012, de 30 de novembro - Aprova os modelos de receita médica, no âmbito da regulamentação da Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio.

[11] Portaria n.º 224/2015, de 27 de Julho - Estabelece o regime jurídico a que obedecem as regras de prescrição e dispensa de medicamentos e produtos de saúde e define as obrigações de informação a prestar aos utentes.

[12] INFARMED: Medicamentos genéricos: A máxima confiança. Acessível em:

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[13] Deliberação nº66/CD/2016 - Estabelece que os medicamentos comparticipados ficam sujeitos ao sistema de preços de referência quando sejam incluídos em grupos homogéneos de medicamentos .

[14] Revista Saúda: Genéricos têm de crescer. Acessível em:

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[15] Portaria n.º 262/2016 - Prevê a atribuição de uma remuneração específica às farmácias pela dispensa de embalagens de medicamentos comparticipados, designadamente os inseridos em grupos homogéneos com preço igual ou inferior ao 4.º preço mais baixo.

[16] INFARMED: Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde (2015). Acessível em: http://www.infarmed.pt. [acedido em 4 de abril de 2017].

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[17] Portaria n.º 195-D/2015 - Estabelece os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos de medicamentos que podem ser objeto de comparticipação e os respetivos escalões de comparticipação.

[18] Portaria n.º 35/2016 - Estabelece o regime de comparticipação do Estado no preço máximo dos reagentes (tiras-teste) para determinação de glicemia, cetonemia e cetonúria e das agulhas, seringas, lancetas e de outros dispositivos médicos para a finalidade de automonitorização de pessoas com diabetes.

[19] Portaria n.º 223/2015 - Regula o procedimento de pagamento da comparticipação do Estado no preço de venda ao público (PVP) dos medicamentos dispensados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

[20] Portaria n.º 1100/2000, de 17 de Novembro - Critérios técnico-científicos para a alteração para a alteração da classificação quanto à dispensa ao público.

[21] Decreto-Lei n.º 148/2008 de 29 de Julho - Medicamentos veterinários. [22] Decreto-lei 145/2009 - Dispositivos médicos.

[23] Decreto-Lei n.º 189/2008 de 24 de Setembro - Legislação nacional relativa aos produtos cosméticos e de higiene corporal.

[24] Decreto-Lei n.º 216/2008 de 11 de Novembro - Estabeleceu o regime específico aplicável a alimentos dietéticos destinados a fins medicinais específicos.

[25] Decreto-Lei n.º 74/2010 de 21 de Junho - Regime geral aplicável aos géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial.

[26] Decreto-Lei n.º 94/95, de 9 de Maio - Regime jurídico da introdução no mercado, do fabrico, da comercialização, da rotulagem e da publicidade dos produtos homeopáticos para uso humano.

[27] Decreto-Lei n.º 145/2015 de 31 de julho - Estabelece o novo enquadramento legal europeu aplicável à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado.

[28] Decreto-Lei n.º 95/2004, de 22 de Abril - Regula a prescrição e a preparação de medicamentos manipulados.

[29] Ordem dos Farmacêuticos: Proposta de Lei do Exercício Farmacêutico no Sector do

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