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Dou bastante atividade de pin tar e contar, ele gosta de fazer

No documento INCLUSÃO ou EXCLUSÃO? (páginas 48-63)

Técnica 6: Iluminação de Pala vras-Chave

9. Dou bastante atividade de pin tar e contar, ele gosta de fazer

RMR: Esta ação representa “Exclu-

são” quando generalizada e contex- tualizada em uma dinâmica única de

Adaptação Curricular – Inclusão socialização e contenção de compor- tamentos inadequados principal- mente para crianças com Deficiên- cias Intelectuais.

Não é incomum que crianças com Deficiências Intelectuais sejam mantidas em uma política de sociali- zação em detrimento de suas poten- cialidades e capacidades.

Reservar atividades de pintar ou co- piar, sob o ponto de vista da educa- ção inclusiva e consequente das adaptações e adequações curricula- res, é algo deprimente! Esta ação torna os estudantes com NEE des- respeitados quanto as suas individu- alidades, potencialidades, capacida- des cognitivas e suas especificidades fundamentais para construção de seu aprendizado.

Se faz emergencial “...a necessidade de se aprofundar conhecimentos e construir saberes de acordo com as

Adaptação Curricular – Inclusão dificuldades que estas crianças apre- sentam na aprendizagem...” (MURCA, 2019).

PERGUNTA 6

Marco diferencial da Formação CDRA

TB: As turmas de formação da Meto- dologia CDRA são bastante heterogê- neas, com grande adesão dos profissi- onais de Educação (professores, coor- denadores pedagógicos, Diretores es- colares), bem como de profissionais da Saúde (médicos, fonoaudiólogos, psi- copedagogos).

Os depoimentos sugerem que o conte- údo abordado na formação representa um marco diferencial na atuação des- tes profissionais no que se refere às Adaptações Curriculares, sendo possí- vel destacar:

Adaptação Curricular – Inclusão

“Este curso me trouxe o real conceito da prática de

adaptar. Uma experiência de imersão e um exercício de empatia com os alunos independente de suas difi-

culdades!!”

“Partir da avaliação para intervenção... Apoio sem precedentes!!! Aprender a

avaliar foi fundamental para traçar metas e objeti-

vos para minha sala de aula.”

“Do embasamento teórico para aplicação de cada es- tratégia prática de adapta-

ção curricular... Aman- dooo!!”

“O curso da metodologia CDRA: foi um divisor de águas para minha car-

Adaptação Curricular – Inclusão

RMR: A formação prima pela Educa-

ção de qualidade e equidade, traz consigo que aprendizagem nasce a partir da construção do vínculo do aluno com a sua escola e com seu professor, e que saúde e educação devem unir-se para acolher e instru- mentalizar os professores, para que estes sintam-se preparados com co- nhecimentos diferenciados e emba- sados, diante dos seus desafios edu- cacionais diários.

Muitos são os relatos de profissio- nais sobre a quebra de paradigmas, a mudança de mentalidade, a revisão de condutas frente aos alunos, às es- colas, pacientes e familiares a partir do conhecimento sobre a proposta da Metodologia CDRA. E parafraseando o Prof. Dr. José Renato Nalini, estes profissionais “aprendem a contem- plar as naturais e compreensíveis di- ferenças no aprendizado das nossas

Adaptação Curricular – Inclusão crianças através de intervenções que visam a elaboração de padrões dis- tintos, adequados e adaptados de forma singular e justa para atender a todos”.

Ainda pequeno, meu filho, ao me ou- vir dizer que daria aula para profes- sores, ele comentou com uma cari- nha de espanto: “mamãe, você é professora de professores!!!”

Naquele momento, fui despertada por um enorme senso de responsa- bilidade, mas também de gratidão. Aproveito para agradecer a todos os professores, amigos, alunos, parcei- ros nesta luta árdua chamada EDU- CAÇÃO.

Adaptação Curricular – Inclusão

CONCLUSÃO

Pensar em inclusão representa reu- nir conhecimentos científicos e aliá- los à empatia. Significa desconstruir o olhar coletivo e substituí-lo por um olhar singular, que enxerga potenci- alidades e capacidades, muitas vezes imbuídos pela frustração, por senti- mentos de menos valia e fracassos... Sob a perspectiva profissional e hu- mana, pensar em inclusão repre- senta inserir, respeitar, acolher e fa- zer justiça, ainda que sob sentimen- tos de medo, insegurança, mediante dificuldades e até mesmo impotên- cia. Somos chamados e desafiados a promover uma educação igualitária em meio à maior diversidade exis- tente: o ser humano, único em sua essência, em sua existência.

Pensar em inclusão representa ga- rantir o “fazer valer o direito”, pos- sibilitar a ocupação devida de um es-

Adaptação Curricular – Inclusão mas vago, pela distinção, pelo julga- mento, desconhecimento e pelo pre- conceito.

Nossas práticas inclusivas numa perspectiva de micro e macro mag- nitude precisam de constante revi- são e transformação para que se mostrem flexíveis, responsáveis e funcionais diante das necessidades educacionais dos nossos alunos. Necessária se torna a desocupação do espaço confortável do desconhe- cimento ou da acomodação, para que as ações de sensibilidade, conheci- mento e empatia satisfaçam as exi- gências da Educação para a promo- ção e desenvolvimento de habilida- des, competências e potencialidades dos escolares, para o atendimento às necessidades singulares de todos os alunos, independentemente das di- ficuldades ou condições apresenta- das, tornando a inclusão uma incia- tiva real e eficaz.

Adaptação Curricular – Inclusão

REFERÊNCIAS E SUGESTÕES DE

LEITURA:

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No documento INCLUSÃO ou EXCLUSÃO? (páginas 48-63)

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