2 - Só são admissíveis sistemas de aplicação local se os extintores de funcionamento automático ficarem orientados para o elemento a proteger e cobrirem toda a extensão do mesmo.
3 - A abertura dos sistemas referidos no número anterior deve ser por rebentamento de ampola, sonda térmica ou fusão de um elemento e revelado através de um sinal óptico e acústico.
4 - Os sistemas fixos de extinção automática de incêndios por meio de agentes extintores gasosos são compostos, fundamentalmente, por:
a) Mecanismos de disparo;
b) Equipamento de controlo e sinalização;
c) Recipientes para armazenamento do agente extintor e, quando aplicável, do propulsor; d) Redes de condutas para o agente extintor;
e) Difusores de descarga.
5 - Os mecanismos de disparo podem ser activados por meio de detectores de fumo, de fusíveis, termómetros de contacto ou termóstatos.
6 - Em local adequado e facilmente acessível, próximo da área protegida pela instalação, mas exterior a ela, deve ser colocado, pelo menos, um dispositivo que permita accionar o disparo manual, devidamente sinalizado.
7 - A quantidade de agente extintor contida nos recipientes deve ser suficiente para assegurar a extinção do incêndio e as concentrações de aplicação devem ser definidas em função do risco total, mediante justificação adequada.
8 - Os sistemas de inundação total por agentes gasosos devem:
a) Assegurar que os vãos existentes nos locais a proteger, em princípio, fecham automaticamente, em caso de incêndio ou, caso tal não aconteça, as dotações referidas no número anterior são aumentadas de forma a obter o mesmo efeito; b) Incluir um mecanismo de pré-alarme de extinção cujo accionamento, em função do agente extintor, pode implicar ou não uma temporização, para garantir a prévia evacuação dos ocupantes do local;
c) Garantir que a temporização a que se refere a alínea anterior não é superior a 60 segundos.
9 - Os locais de armazenagem dos produtos extintores gasosos, destinados a alimentar as instalações fixas de extinção automática de incêndios, devem ser considerados locais que apresentam risco para as pessoas e ser sujeitos a cuidados especiais, dependentes da natureza dos produtos em causa.
Alterações
Alterado pelo/a Artigo 2.º do/a Portaria n.º 135/2020 - Diário da República n.º 107/2020, Série I de 2020-06-02, em vigor a partir de 2020-08-01
Capítulo VII
Sistemas de cortina de água
Artigo 177.º
Critérios gerais
1 - Os sistemas automáticos fixos do tipo cortina de água são considerados complementares dos elementos de construção irrigados, com o objectivo de melhorar a resistência ao fogo destes, pelo que não é aceite:
a) A substituição de elementos resistentes ao fogo exclusivamente por sistemas do tipo cortina de água;
b) A existência de barreiras ao fumo compostas exclusivamente por sistemas do tipo cortina de água.
2 - A utilização de cortinas de água em situações não previstas no artigo 178.º carece de fundamentação a apresentar junto da respectiva entidade fiscalizadora competente.
Artigo 178.º
Utilização de sistemas do tipo cortina de água
1 - Devem ser instalados sistemas de cortina de água nas fachadas cortina envidraçadas, nas condições estabelecidas no n.º 5 do artigo 8.º, bem como nas situações específicas mencionadas no título VIII, respeitantes às utilizações-tipo II, VI e VIII.
DRE
2 - Podem, ainda, ser utilizados sistemas fixos do tipo cortina de água, como medida compensatória:
a) Na protecção de vãos abertos em edifícios ou estabelecimentos existentes, com elevado risco de incêndio;
b) Nos locais de elevado risco de eclosão de incêndio ou explosão, quando expostos a fogos externos ou calor intenso. Alterações
Alterado pelo/a Artigo 2.º do/a Portaria n.º 135/2020 - Diário da República n.º 107/2020, Série I de 2020-06-02, em vigor a partir de 2020-08-01
Artigo 179.º
Características dos sistemas de cortina de água Na implantação de sistemas de irrigação do tipo cortina de água:
a) O caudal mínimo deve ser de 10 l/min/m2 da superfície do vão a irrigar;
b) O comando automático deve ser complementado por um comando manual a partir do posto de segurança;
c) Quando exista o depósito privativo do serviço de incêndios, a alimentação dos sistemas deve ser feita através deste.
Capítulo VIII
Controlo de poluição de ar
Artigo 180.º
Critérios gerais
1 - O teor de monóxido de carbono (CO) existente no ar não deve exceder 50 ppm em valores médios durante oito horas, nem 200 ppm em valores instantâneos.
2 - Quando atingida a concentração de 200 ppm, as pessoas devem ser avisadas através de um alarme óptico e acústico que indique «Atmosfera Saturada-CO» junto às entradas do espaço em questão, por cima das portas de acesso.
3 - O sistema de controlo de poluição deve dispor de:
a) Sistema automático de detecção de monóxido de carbono, cujos detectores devem ser instalados a uma altura de 1,5 m do pavimento e distribuídos uniformemente de modo a cobrir áreas inferiores a 400 m2 por cada detector;
b) Alimentação do sistema de detecção de CO e alarme através de uma fonte local de energia, capaz de garantir o funcionamento do sistema por um período não inferior a 60 minutos em caso de falha de energia da rede.
c) Instalação de ventilação, por meios passivos ou activos, nas condições expressas no presente regulamento.
4 - Nos locais onde se preveja a emissão de gases poluentes distintos do monóxido de carbono, cabe à entidade responsável pelo projecto ou pela exploração do local alertar para o facto e propor a fixação de limites de teor máximo admissíveis.
Alterações
Alterado pelo/a Artigo 2.º do/a Portaria n.º 135/2020 - Diário da República n.º 107/2020, Série I de 2020-06-02, em vigor a partir de 2020-08-01
Artigo 181.º
Utilização de sistemas de controlo de poluição É obrigatória a existência de sistemas de controlo de poluição:
a) Nos espaços cobertos fechados afectos à utiliza-ção-tipo II; b) Nos espaços afectos à utilização-tipo VIII:
i) Cobertos e fechados, destinados ao embarque e desembarque em veículos pesados de transporte rodoviário de passageiros, bem como ao estacionamento destes veículos;