Sumário
5.2.4 DWT+SPIHT
5.3 Métodos Descartados . . . 101
5.4 Conclusão do Capítulo . . . 103
6 Resultados 104
6.1 Resultados das Estratégias de Compressão Lossless . . . 105 6.2 Resultados da Estratégia de Compressão DCT+MinLag . . . 109
6.3 Comparação Entre as Estratégias de Compressão Lossy . . . 116 6.4 Conclusão do Capítulo . . . 125
Sumário xxxii
7 Discussão e Conclusões 126
7.1 Discussão dos MétodosLossless . . . 126 7.2 Discussão do Método DCT+MinLag . . . 128
7.3 Comparação dos Métodos DWT+SPIHT, DCT+MinLag e DCT+KMinLag132
7.4 Trabalhos Futuros . . . 134
7.5 Considerações Finais . . . 135
Referências Bibliográficas 137
A Funções de Distribuição Cumulativas de Sinais Biomédicos 147
B Reconstruções de Seções dos Sinais Biomédicos 151
C Resultados de Comparação Entre DWT+SPIHT e DCT+MinLag 160
Capítulo 1
Introdução
Os avanços nas tecnologias de transmissão de dados tornaram a capacidade de se
co-municar um dos alicerces da sociedade atual. A rede mundial de computadores é um exemplo de uma fonte de informações democrática e completa, provendo oportunidades
de negócios, cultura e entretenimento aos seus usuários. Porém, o acesso à Internet em
banda larga, apesar dos recentes avanços tecnológicos, ainda continua a ser um serviço
acessível a poucos, principalmente em países de terceiro mundo. Da mesma forma, uma
grande quantidade de espaço em certos meios de armazenamento ou uma transmissão
intensiva de dados podem ter custos elevados. Todos esses modos de armazenamento
ou transmissão de dados são referidos como canais de dados pela Teoria de Informação.
Uma forma de amenizar a sobrecarga sobre os canais de comunicação é diminuir a
ne-cessidade do espaço de armazenamento e/ou de transmissão de dados, mas preservando a informação que se deseja passar.
O conjunto de métodos utilizado numa mensagem visando a diminuição do espaço
necessário para seu armazenamento é um processo chamado de compressão de dados,
e esse tipo especial de processamento de dados é dividido em compressão com perdas
e compressão sem perdas. Um processo de compressão e descompressão sem perdas
Capítulo 1. Introdução 2
do sinal original. Por sua vez, a compressão com perdas resulta numa aproximação do
sinal original que pode ser satisfatoriamente fiel, dependendo da escolha das técnicas
de compressão utilizadas e dos parâmetros passados para essas técnicas. Normalmente
as técnicas de compressão com perdas resultam numa maior eficácia de compressão,
embora não possam ser usadas em todos os casos. A Seção 3.1.1 detalha melhor os
tipos de compressores de dados de acordo com a perda de informação.
Os termos compactação de dados e compressão de dados podem ser definidos de forma diferente, dependendo do material bibliográfico que seja seguido. Neste trabalho,
esses termos serão tratados como equivalentes, indicando qualquer tipo de operação de
codificação de informações que tenha como objetivo reduzir a quantidade de dados.
Dentre os vários tipos de sinais sobre os quais podem ser aplicadas técnicas de
compressão com perdas estão os sinais biológicos. Existem diversos tipos desses sinais,
cada um responsável por capturar uma ou mais características do ser vivo que está
sendo analisado. A maioria dos sinais biológicos são usados para auxílio no diagnóstico
médico ou biometria e, em ambos os casos, uma quantidade muito pequena de erros –
ou até nenhuma quantidade – é aceitável após a compressão desses sinais.
A coleta de sinais biológicos através de polígrafos permite a realização de uma série
de exames e experimentos fisiológicos e farmacológicos. Os polígrafos são analógicos
por natureza e, tipicamente, registram em papel os dados coletados. Estes registros são posteriormente analisados por um profissional, que se encarrega de extrair parâmetros
importantes para o experimento em questão, o que frequentemente constitui uma tarefa
árdua, repetitiva e propensa a erros (Batista, 2002). Para eletroencefalogramas (EEGs),
por exemplo, longos registros em papel, de até 55 e 60 metros de comprimento, são
comuns (Pradhan e Dutt, 1994). Dessa forma, a digitalização desse tipo de exame é
algo necessário para o armazenamento a longo prazo dos sinais de pacientes e para a
garantia de fidelidade dos resultados em possíveis consultas futuras ao conteúdo dos
3 1.1. Trabalhos Relacionados
espaço quanto de suscetibilidade a umidade, traças, ratos e outras intempéries físicas e
químicas. A digitalização também pode tornar possível a criação de bancos de dados
que centralizem o armazenamento de exames de hospitais de uma região, por exemplo,
tornando os sinais acessíveis a qualquer estabelecimento de saúde de uma área.
A digitalização desse tipo de sinal, no entanto, não é computacionalmente barata.
Um típico sinal de EEG normalmente usa 12 dígitos binários (binary digits –bits) por amostra e tem uma amostragem de 250 amostras por segundo (Ichimaru e Moody, 1999),
o que resulta em 3000 bits/s – ou 375 bytes/s. Para armazenar uma hora de exames dessa natureza são necessários 1,29 MB, aproximadamente. Normalmente, além do EEG, também se deseja capturar sinais fisiológicos de outras naturezas e, unidos, esses exames
baseados em polígrafos podem consumir até 9 MB/h. Os conjuntos de sinais capturados
por polígrafos é denominado como o conjunto de sinais Polissonográficos (PSGs), os
quais serão explicados em detalhes no Capítulo 2. A longo prazo, tais exames se tornam
onerosos em demasia para se manter em computadores com poder de armazenamento
comum. Para amenizar esse problema, técnicas de compressão de dados podem ser usadas nos sinais, conseguindo comprimi-los ao custo de pouca ou nenhuma eliminação
de informação.