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E ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL

No documento Para Início de Negócio (páginas 32-40)

Passo a Passo para Registro

E ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL

O último passo é a inscrição da empresa na Prefeitura do município, para fins de obtenção do Alvará de Localização.

Os procedimentos para a inscrição variam de acordo com a legislação vigente no município onde a empresa for estabelecida. Assim, recomendamos que se procure o órgão competente para mais informações.

IMPORTANTE

Algumas atividades exigem licenças e registros especiais e específicos. Tanto o contabilista quanto os órgãos competentes poderão orientar o empreendedor para o cumprimento de tais exigências, se for seu caso.

O Código Civil em vigor veda a constituição de sociedade entre pessoas casadas pelos regimes de comunhão universal de bens ou separação obrigatória de bens.

ÓRGÃOS DE REGISTROS

• Junta Comercial (contrato social ou estatuto social) - site: www.jucemg.mg.gov.br

• Ministério da Fazenda (CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) - site:

www.receita.fazenda.gov.br

• Secretaria de Estado da Fazenda (inscrição estadual - cadastro de contribuintes do ICMS) - site: www.sef.mg.gov.br

Implantação

O que denominamos lixo é a reunião de inúmeros materiais e produtos, que não apresentam mais serventia e que, comumente, descartamos para a coleta pelo serviço público. Listar todos os materiais presentes no lixo é tarefa bastante complexa, pois tem que se analisar hábitos da população, economia local, poder aquisitivo e outros indicadores.

Em função do aumento da quantidade de lixo produzida pelas grandes cidades, torna-se essencial a adoção de procedimentos de reciclagem.

Dentre as vantagens associadas à reciclagem de lixo, podem ser enumeradas: - redução da poluição do solo, da água e do ar;

- prolongamento da vida útil de aterros sanitários;

- redução dos custos de coleta ou retirada de lixo para a empresa ou municipalidade; - economia de recursos naturais renováveis e não-renováveis;

- proporciona melhor qualidade de vida para a população; - criação de oportunidades de trabalho e geração de renda;

- diminuição da proliferação de doenças e contaminação de alimentos.

A atuação dos catadores de lixo tem se mostrado indispensável na reciclagem do lixo das grandes cidades. Eles atuam como agentes de otimização da coleta seletiva, agilizando o escoamento dos materiais e proporcionando aos municípios maior economia com transporte, fator que mais pesa no custo dos programas de reciclagem.

Formas de tratamento do lixo

Atualmente, os métodos de destinação do lixo mais usados são o vazadouro (lixão), os aterros, a incineração e as usinas de reciclagem e compostagem. São alternativas que não resolvem o problema de forma definitiva. Os responsáveis pela coleta e destinação de lixo das cidades têm desenvolvido processos para eliminá-lo. Mas, na tentativa de acabar com o lixo, outros problemas surgem e, por isso, as tecnologias são consideradas transitórias. Aliada às dificuldades tecnológicas, há outra restrição: a rejeição da população à instalação e disposição de processos de tratamento nas proximidades de áreas urbanas.

- Vazadouro (lixão): é a forma de destinação mais adotada no mundo, principalmente nos

países pobres. Consiste no lançamento ao solo do lixo coletado em residências, comércio, indústria, logradouros públicos, estabelecimentos de saúde e outros. Os vazadouros são reconhecidamente locais geradores de problemas ambientais e de saúde pública.

- Aterros: o lixo coletado é disposto no solo, recobrindo-o em camadas para eliminar

problemas de poluição do ar e de proliferação de vetores. O aterro deve ter sistema de drenagem de águas superficiais e dos gases produzidos em seu interior, bem como sistemas de tratamento de chorume, com vistas a adequá-lo aos padrões de lançamento de poluentes nos corpos receptores, conforme estabelecido pelo órgão ambiental.

- Incineração: o lixo doméstico é queimado em altas temperaturas. Este processo aproveita

o poder calorífico do lixo, transformando-o em cinzas. A incineração reduz o volume do lixo a cerca de 5% a 15% do que foi introduzido no forno. Os custos de implantação e operação das usinas de incineração são bem superiores às demais alternativas e têm sido um dos fatores de inibição de sua disseminação pelo mundo.

- Usinas de Reciclagem e Compostagem: as usinas formam um complexo industrial de

tratamento, que visa, basicamente, a recuperação de materiais para a reciclagem e a decomposição da matéria orgânica para ser usada como condicionador do solo. Os materiais comumente separados nas usinas de lixo são papéis, papelão, metais, vidros, plásticos e outros indesejáveis (panos, pedras, louças, etc.). O material orgânico permanece, por um período de 90 a 120 dias, se decompondo em elementos inorgânicos, formando o que se denomina de composto orgânico. Convém destacar que as usinas de reciclagem produzem um rejeito de 30% a 50%, não dispensando, assim, a existência de um aterro.

Grupos de resíduos

A procedência do lixo bem como o tipo de material são aspectos essenciais, que determinam a forma de reciclagem dos rejeitos. Neste sentido, podem ser identificados os seguintes grupos de resíduos:

- Lixo Domiciliar

Na reciclagem do lixo doméstico, inicialmente deve-se proceder a separação dos resíduos em dois recipientes, um para o lixo seco (materiais recicláveis) e outro para o lixo molhado (materiais orgânicos e não recicláveis). Enquanto os primeiros são aproveitados por entidades que realizam reciclagem de papel, plástico, vidro, etc., o material orgânico pode ser empregado na produção de composto orgânico.

Compostagem é o nome dado ao tratamento do lixo orgânico por meio da degradação biológica, transformando-o em fonte de energia, adubo e até matéria-prima para construção O composto orgânico também é útil para produzir tijolos e pode servir de insumo na composição de concreto para a construção civil. A parte orgânica do lixo é capaz, ainda, de fornecer gás para gerar calor e energia elétrica e, em países como Canadá e China, é matéria- prima para a síntese de óleo combustível.

No tratamento paisagístico, o produto tem outra aplicação: pode compor a formulação das soluções de hidrossemeadura - líquido contendo sementes de gramíneas, nutrientes, emulsões e aglutinantes, lançado nas encostas para recompor vegetações. O composto faz a função de aglutinante, dando "liga" ao material e substituindo fertilizantes químicos.

Existem várias formas de produzir composto a partir de lixo orgânico. Segue, abaixo, a descrição de um desses processos, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina e conhecido como leira estática.

O processo tem início com a coleta de restos vegetais, lixo orgânico recolhido e restos de madeira provenientes de serrarias e carpintarias.

Neste sistema, a leira (pilha de lixo), tem formato retangular, sendo suas paredes externas formadas por aparas de grama, capim ou bagaço de cana. A primeira camada deve ser composta de maravalhas (serragem e aparas de madeira). Sobre esta camada é depositada outra camada de lixo orgânico (restos de alimentos, por exemplo), seguindo-se outra camada de maravalhas. A cobertura é finalizada com outra camada de palha. As maravalhas podem ser substituídas por outro material resistente, como casca de arroz.

Novas camadas de lixo podem ser adicionadas à leira a cada dois dias. Para tanto, a mesma deve ser aberta, o material já presente deve ser revirado, antes de ser colocada nova camada de lixo, a qual deve ser misturada ao material já existente. A mistura torna-se necessária para acelerar o processo de decomposição, na medida em que os microorganismos presentes na camada anterior são espalhados sobre o material novo. Segue-se o fechamento da leira novamente com grama.

Durante o processo de decomposição, os materiais esquentam até temperaturas próximas aos 70ºC. A elevada temperatura afasta as moscas que tentam se reproduzir na leira.

A largura da leira, usualmente, é de 1,5m, enquanto que a altura pode variar, devendo-se parar de preencher uma leira quando o trabalho (reviragem e inclusão de mais material) mostrar-se dificultado pela altura.

A pilha estará pronta quando estiver fria e não existirem mais restos de comida. Depois de pronta, a leira deve ser revirada e posta para descansar por mais ou menos 15 dias. Por fim, o material deve ser peneirado e o adubo já pode ser usado.

- Lixo no Setor Comercial

Como o lixo produzido no comércio é constituído, basicamente, de papel/papelão e plástico, a coleta seletiva está direcionada para a separação desses materiais. Basta separar papel, papelão e plástico do restante do lixo. O material separado poderá ficar acondicionado no interior do estabelecimento, amarrado (fardos), ou empacotado (sacos próprios, caixas de papelão, etc.), para posteriormente ser recolhido pelos catadores de papel.

- Lixo Hospitalar

A denominação genérica " Lixo Hospitalar" engloba três tipos de dejetos:

1) Resíduos infecciosos: esta categoria inclui materiais originados de áreas de isolamento; materiais patológicos; peças anatômicas; fetos; sangue, fluidos, secreções e materiais sujos deles; materiais cortantes e perfurantes, como agulhas, lâminas e ampolas; 2) Resíduos especiais: são materiais radioativos ou aqueles expostos à radioatividade,

resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos, além de outros resíduos químicos tóxicos, corrosivos ou inflamáveis;

3) Resíduos comuns ou gerais: são resíduos originários de áreas administrativas, área de produção de alimentos, áreas externas, como jardins, além de sucatas e embalagens reaproveitáveis.

Os resíduos do primeiro grupo não podem ser reaproveitados, devendo ser acondicionados, segundo padrões estabelecidos por legislação específica, incinerados e/ou conduzidos a aterro sanitário pela empresa de coleta de lixo.

Os materiais do segundo grupo devem ser encaminhados diretamente aos fabricantes pelo hospital/clínica, conforme estabelecido no acordo de compra.

Já os elementos do terceiro grupo podem ser reciclados normalmente através da separação dos materiais por grupos.

A separação dos materiais nos grupos apresentados anteriormente deve ser feita no local de origem deles e não posteriormente, visando evitar contaminação dos materiais comuns pelos materiais infecciosos e especiais e riscos para quem faz o manuseio.

Tendo em vista a necessidade de separação prévia dos materiais, o empreendedor que investir na reciclagem de resíduos hospitalares deve buscar informações sobre a legislação, que estabelece a forma de tratamento do lixo hospitalar em sua cidade, além de buscar manter contato direto com os hospitais e clínicas, de modo a viabilizar o acesso e a pré-seleção dos materiais.

Em algumas cidades, a reciclagem do lixo ocorre em usinas, onde os resíduos são transportados por esteiras rolantes, cabendo aos catadores, que são dispostos ao lado das esteiras, recolher os materiais que podem ser reaproveitados, como papéis, plásticos e metais. O material restante é direcionado para a produção de composto orgânico.

Apesar da importância das usinas no processo de reciclagem, tal tecnologia mostra-se inferior à coleta seletiva, uma vez que muitos dos materiais recicláveis perdem seu valor comercial ao serem contaminados por compostos orgânicos presentes no lixo. Neste sentido, o êxito da reciclagem será maior à medida que o lixo for separado em suas fontes geradoras, através da coleta seletiva, que nada mais é que a separação e o recolhimento dos resíduos conforme sua constituição.

Aspectos dos materiais recicláveis

No processo de reciclagem, os diversos materiais demandam tratamentos diferentes. Assim sendo, são apresentados, a seguir, alguns aspectos importantes, que devem ser considerados na reciclagem dos diversos materiais.

- Papel e Papelão

A principal atividade das empresas, que se dedicam à reciclagem de papéis e papelão, é a preparação destes materiais para serem absorvidos por empresas mais especializadas no

ramo ou diretamente pela indústria recicladora. Suas fontes de venda de materiais são as indústrias de papelão, papel kraft, embrulho higiênico, papel apergaminhado, etc. .

A reciclagem de papéis está presente também na confecção de papel artesanal. Neste caso, há uma mistura de fibras de celulose (papéis usados) com outras fibras, tais como cebola, bananeira, sisal, etc. . É aplicado na ornamentação de produtos de papelaria, capas de relatórios, convites, envelopes, etc. .

Dentre as limitações do produto, destaca-se o fato dos papéis sanitários (toalhas, lenços e higiênicos) não serem encaminhados para reciclagem. Papéis parafinados, carbono, plastificados e metalizados também não são recicláveis.

Das diversas categorias de aparas, as mais nobres são as brancas de primeira, as quais não têm impressão ou qualquer tipo de revestimento.

- Plástico

As fontes geradoras de materiais plásticos são as grandes indústrias de embalagens plásticas ou envasadoras em embalagens plásticas. Assim como o próprio plástico, as empresas que se dedicam à reciclagem são novas e pouco sofisticadas tecnologicamente. A grande dificuldade neste tipo de reciclagem é conhecer os diferentes tipos de plásticos existentes hoje no mercado. A mistura de tipos plásticos é um grande impedimento ao seu reaproveitamento. Por causa da dificuldade de seleção a olho nu, a maioria dos métodos de seleção baseia-se na observação do material durante a queima. Visando facilitar a seleção, o setor que reúne os fabricantes tem adotado uma padronização com símbolos, para facilitar a identificação.

Além da seleção quanto ao tipo, é preciso estar atento para a coloração do material e a existência de impressão sobre ele, devendo-se separar o material impresso do liso.

Em função da baixa densidade, muitas vezes, é necessário que os plásticos estejam enfardados, para viabilizar os custos de transporte.

Dentre os vários tipos de plástico, o PET é um caso especial. Ele é utilizado nas garrafas descartáveis de refrigerantes e tem como características a leveza, a resistência e a transparência. Sua grande vantagem é poder ser reciclado várias vezes sem que a qualidade do produto final seja alterada. Os principais produtos feitos com PET reciclado no Brasil são fibras para a fabricação de cordas, fios de costura e cerdas de vassouras e escovas. Moldagem de autopeças, garrafas de detergentes e enchimentos de travesseiros são outras possibilidades. Uma das maiores dificuldades para a reciclagem da resina PET é a contaminação das garrafas de refrigerante pela cola do rótulo, que altera o material durante o processamento.

A rede de reciclagem de plásticos começa com empresas que se dedicam a separar os tipos e prensá-los, quando é possível. Outras realizam a atividade de lavagem e moagem dos

plásticos já classificados. Mais adiante, estão as que dedicam-se a aglutinar e extrusar os plásticos. E por fim, as que fabricam um produto do plástico extrusado.

Logicamente que, na medida do incremento do valor agregado, cada etapa corresponde a um determinado valor do material. Está em expansão a aplicabilidade do plástico reciclado. Hoje ele está presente numa variedade enorme de produtos, sendo somente proibido na embalagem direta de produtos alimentícios e remédios.

- Vidro

As fontes geradoras de embalagens de vidros são bares, restaurantes, hotéis, clubes, dentre outros. Após uma seleção minuciosa, estes materiais são comercializados com fabricantes de vinhos, vinagre, doces, mel, água mineral, etc. .

No segundo ramo, a atividade envolve a coleta de embalagens de vidro com a finalidade de transformá-las em cacos. Neste caso, são utilizadas embalagens de vidro oriundas de bebidas estrangeiras, one way, frascos de remédios, perfumes e alimentos, que não são dirigidas ao reaproveitamento.

As empresas deste ramo realizam as atividades, que vão da coleta e separação até a trituração e a lavagem do vidro. É importante o isolamento dos materiais contidos nas embalagens de vidro e que são danosos ao reaproveitamento, tais como plásticos, cortiças e metais de rolhas, lacres e rótulos. O destino dos cacos são as indústrias fabricantes de produtos em vidro.

- Metais

As empresas da rede de reciclagem envolvidas na compra e venda de metais são conhecidas como “ferros velhos” ou sucateiros. Geralmente, estão instalados num depósito em terreno aberto, de aproximadamente 500 metros quadrados, onde se acumulam peças e elementos de metais - ferro, cobre, alumínio, chumbo, estanho, etc. . Muitos destes depósitos comercializam equipamentos e peças inteiras para o reaproveitamento, como peças para veículos, tambores metálicos, bombonas plásticas e equipamentos usados para pequenas e médias empresas.

Os cuidados neste tipo de negócio estão na exata identificação do tipo de metal e da densidade do produto a ser adquirido. Os altos custos, muitas vezes, inviabilizam o transporte de latas de flandres soltas. As sucatas metálicas são comercializadas, geralmente, com as indústrias metalúrgicas, que se dedicam a refundir e laminar os metais.

Os equipamentos necessários ao desenvolvimento deste tipo de negócio são: um caminhão de carroceria aberta e com guindaste, balança com capacidade de 500 quilos, talha elétrica e, algumas vezes, prensa hidráulica para metais. Podem ser comercializadas também baterias usadas, chapas de raio X, fios elétricos e outros.

- Embalagens cartonadas (caixinhas "longa vida")

A embalagem tipo "longa vida" preserva alimentos por muitos meses, impedindo o contato do alimento com microorganismos, luz, ar e água. Elas são compostas de várias

camadas de materiais - 75% de papel duplex, 20% de plástico e 5% de alumínio, implicando em uma composição complexa, que dificulta a reciclagem.

- Pneus Velhos

São comercializados pelos “ferros velhos”. A crescente demanda por pneus usados tem criado empresas específicas para seu comércio. As fontes de pneus usados são empresas transportadoras, prefeituras municipais, grandes empresas, borracheiros, concessionárias de veículos, dentre outras. Estes materiais são vendidos para inúmeros tipos de reaproveitamento: proteção em ancoradouros, contenções, kartódromos, autódromos, produção de solados, proteção de equipamentos, etc. .

- Entulho

O grande desperdício de materiais na construção civil brasileira, que chega a 20% do total utilizado, impulsiona as empresas que trabalham no ramo de reciclagem. As demolições, que obedecem a um processo natural da renovação urbana, se tornam outra fonte de demanda.

O fator financeiro é um atrativo para quem deseja se dedicar à reciclagem de entulho. A necessidade de capital para o investimento inicial varia de acordo com que se deseja reciclar. Existem materiais, como janelas e portas, que podem ser transformados em outros materiais ou até mesmo reaproveitados depois de uma boa reforma. Ferro, vidro e madeira também podem ser reaproveitados, caso estejam em condições de uso.

A criatividade do empreendedor direcionará o negócio, já que novos produtos devem ser lançados no mercado. Outra forma de ganhar dinheiro neste ramo é a busca por materiais difíceis de ser encontrados ou que têm alto valor.

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