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Novas melhorias no programa ANATEM

4.1 Interface gráfica iANATEM

4.1.2 Editor de dados

O editor de dados do ANATEM foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a criação e alteração dos arquivos de dados que são fornecidos e gerados pelo programa. Antes, para modificar estes arquivos, que possuem extensão stb, era necessário abri-lo por um programa de edição de texto, como por exemplo, o WordPad da Microsoft. Agora, com a nova versão, a

Interface ANATEM abre o próprio arquivo de extensão stb. Nos próximos parágrafos serão destacadas ferramentas que diferenciam esta versão gráfica da versão em DOS.

A primeira ferramenta a ser destacada é a possibilidade de abertura de um caso ou de um arquivo. Caso é um arquivo de ANATEM para execução, normalmente com extensão stb, enquanto que Arquivo são todos os demais textos ou banco de dados utilizados pelo ANATEM, com as extensões: dat, cdu, blt e stb. Ainda inserido neste assunto, o programa disponibiliza a opção de abrir um caso ou arquivo Padronizado, que possui os principais comandos para se fazer a simulação de um sistema.

A Figura 4.2 mostra a tela que abre quando escolhemos a opção de novo caso/arquivo padronizado. Na figura percebemos que alguns dos principais comandos aparecem, tais como: TITU; ULOG 4, 8 e 9; DOPC e DCTE, o que facilita a tarefa do usuário, na hora que ele estiver escrevendo as linhas de comando, faltando preencher os dados específicos do sistema a ser simulado.

Se clicarmos com o botão direito do mouse sobre uma linha irá aparecer uma janela, como mostra a Figura 4.3(a), e escolhermos a opção Inserir e depois clicarmos em Régua, o editor identifica a qual código de execução a linha corrente pertence e insere automaticamente na linha imediatamente abaixo a régua dos dados do respectivo código de execução. Como exemplo foi inserida uma linha referente ao código de execução DRGT (modelos predefinidos de regulador de tensão e excitatriz de máquina síncrona). A linha inserida é a dos parâmetros necessários para este código, que são eles: CS, Ka, Ke, Kf, Tm, Ta, Te, Tf, Lmn, Lmx e LS, como mostra a Figura 4.3(b).

(a) (b)

Figura 4.3 – (a) Inserção da régua; (b) Linha correspondente ao código que foi inserida

É possível abrir ou fechar um código de execução, de forma similar a uma estrutura de diretório e subdiretórios. Com esta facilidade se torna possível visualizar as linhas de dados pertencentes a esse código ou então esconder as mesmas, o que facilita a visualização do arquivo como um todo. Isso pode ser feito através da opção Tópicos que está no menu Exibir ou clicar no ícone + ou – que está ao lado do código de execução.

Uma outra ferramenta que esta interface possui é uma sintaxe colorida. Esta versão modifica as cores dos textos para as linhas comentadas, que ficam com a cor verde, e os textos que identificam os códigos de execução, com a cor azul. A Figura 4.4 mostra a diferença do antigo editor de arquivos de dados para o mais recente.

(a) (b)

Figura 4.4 – (a) Editor de arquivos antigo; (b) Editor de arquivos atual

E por fim a versão possui uma janela de dicas. Se o usuário está querendo saber a que se refere um determinado código de execução do ANATEM, basta parar o cursor do mouse sobre o mesmo, que automaticamente vai aparecer uma janela abaixo dele com um texto explicativo do código em questão. Na Figura 4.5 tem-se um exemplo do código DRGT (modelos predefinidos de regulador de tensão e excitatriz da máquina síncrona).

4.1.3

Exemplo

Como comparação, para se analisar estas novas facilidades com a interface gráfica, será utilizado o mesmo caso do capítulo anterior (sistema de quarenta e cinco barras). A figura a seguir mostra os dados de evento e da simulação. Na versão em DOS estes mesmos dados foram mostrados pela Figura 3.7, só que agora, com a nova versão, a visualização se torna mais fácil, principalmente devido ao fato de não ser mais uma tela preta e sim uma de fundo branco. E para validar esta analogia, como primeiro exemplo, o sistema será submetido ao mesmo distúrbio: aplicação e remoção de curto-circuito em Itauba, respectivamente em

s 1,00 =

t e t=1,10s. A simulação durou dez segundos, com um intervalo de integração de um milisegundos.

Figura 4.6 – Dados do evento

Como para este exemplo foi aplicado um curto em uma determinada barra, para podermos analisar a resposta do sistema a este evento, forma escolhidos duas variáveis para análise. A primeira é a tensão na barra na qual se aplicou o curto e a segunda a potência elétrica.

Figura 4.7 – Tensão na barra que foi aplicado o curto

Pelo gráfico acima podemos ter a noção do instante no qual o curto foi aplicado e o intervalo de tempo em que o sistema ficou submetido ao distúrbio. Pela Figura 4.8 podemos comprovar a barra na qual foi aplicado o curto. É possível visualizar que a barra de número 407 é a única em que o valor da tensão foi a zero, confirmando o resultado esperado.

Para este exemplo, por fim, temos o gráfico da potência elétrica de cinco barras distintas, pelo fato de esta grandeza estar diretamente relacionada à tensão, no momento em que foi aplicado o curto, o valor da potência do gerador ligado a barra curto-circuitada é a única que o seu valor se reduz a zero, além de ser a que sofre mais oscilação, comparada às outras.

Figura 4.9 – Potência Elétrica

No segundo exemplo será realizada a simulação de um sistema quando se remove alguma unidade geradora ou usina do mesmo. E, para tanto, foi utilizada a mesma barra do exemplo anterior, a de número 407 (Itauba). Para uma boa análise dos efeitos da perturbação, os gráficos escolhidos foram os da tensão de campo da máquina e a tensão na barra. A Figura 4.10 traz os dados do evento, tais como o tempo de simulação e quando o mesmo ocorreu.

Os gráficos a seguir (Figuras 4.11 e 4.12) mostram o comportamento da tensão de campo da máquina e da tensão da barra.

Figura 4.11 – Tensão de campo da máquina (Efd) na barra Itauba

Para finalizar, a Figura 4.13 mostra como é simples a escolha de quais gráficos se deseja visualizar. O menu principal do programa Plot CEPEL possui o ícone “Graph”, que quando clicado uma janela se abre com todas as opções de escolha de variáveis de saída. Basta o usuário listar quais deseja. Como dito anteriormente, esta nova versão não possui número máximo de variáveis a ser visualizada. Podemos confirmar isso pela opção “Check All” que está nesta janela.

Figura 4.13 – Janela de escolha dos gráficos

Na Figura 4.13 estão selecionadas apenas três variáveis. Para este caso se teria a opção de escolher setenta e cinco variáveis, que é o número máximo. Outro detalhe é que quem escolhe quais são as opções de variáveis de saída é o próprio usuário. Isto é feito no arquivo de extensão stb. O código de execução de opção de variáveis é o DPLT (dados de variáveis para plotagem). A Figura 4.14 mostra a parte do arquivo stb com os setenta e cinco dados das variáveis de plotagem.

Figura 4.14 – Variáveis disponíveis para plotagem

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