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EDP Renováveis

No documento relatório do governo da sociedade (páginas 32-37)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

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O Conselho de Administração Executivo decide qual o nível de exposição assumido pelo Grupo EDP nas suas diferentes actividades e, sem prejuízo da delegação de funções e responsabilidades, define limites globais de risco e assegura que as políticas e procedimentos de gestão de risco são seguidas. A montante encontra-se a definição do apetite pelo risco do Grupo, a qual resulta, por um lado, da sua estrutura de negócios há muito estabelecida e, por outro, dos critérios acordados entre o Conselho de Administração Executivo e o Conselho Geral e de Supervisão. De facto e na prática, o apetite pelo risco centra-se na forma como o Grupo:

Se posiciona em relação ao “rating” da sua dívida;

Pretende crescer (com focalização numa política de

investimento orgânico e de aquisições em activos core/alienações de activos “non-core”);

Implementa uma política de pagamento de dividendos (e eventualmente de aquisição de acções próprias). Na estrutura orgânica do centro corporativo, a Direcção de Gestão de Risco faz parte do grupo de direcções estratégicas. Este Direcção, para além das actividades de controlo e metodológicas, desenvolve estudos próprios, contribuindo activamente, numa lógica de “business intelligence”, para a avaliação de questões importantes e muito actuais de R2R – “Return to Risk” para o Grupo. Em relação à actividade desenvolvida no exercício de 2009, cumpre assinalar o seguinte:

Crise e impactos EDP: antevisão, no início do ano, do efeito da crise económica e financeira global nos resultados consolidados, face às expectativas de quebra de

crescimento do consumo e excesso decorrente de potência de produção instalada, e tendo em consideração factores de risco económico e financeiro – inflação e taxas de juro, taxas de câmbio e preço dos combustíveis.

Rede de Distribuição de Electricidade: Análise do risco regulatório e análise comparativa Portugal – Espanha neste âmbito, tendo em vista assinalar a diversidade de densidades de consumo e os impactos resultantes da estagnação do crescimento de consumos e da inflação;

Energias do Brasil: Análise de risco ao Plano de Negócios 2009 – 2012, tendo em vista uma avaliação integrada dos riscos, com relevo para os ligados à hidraulicidade - evolução do investimento em produção de electricidade - e para os de carácter regulatório, no âmbito da distribuição, e bem assim para a apreciação das alternativas de “hedging” entre as posições do Trading e da Produção;

Análise de risco da EDP Renováveis quanto ao Plano de Negócios 2009 – 2012, em que se procurou estabelecer uma avaliação integrada e o aprofundamento de possíveis “hedgings” naturais, dadas as posições em dólares da Horizon (e composição de venda com PPA e em mercado) e a dependência de preços de mercado de electricidade na Europa para as eólicas com preço de venda dependente desse preço (indirectamente correlacionado com o preço do “Brent” e câmbio euro/dólar);

Análise de factores estruturais e conjunturais de risco, tendo por finalidade suportar a definição de limites orientadores por unidade de negócio, como também de critérios para avaliar alternativas de “hedging” (incluindo o não “hedging”) por comparação de: eventual sacrifício de receita – redução de custo económico do risco;

Tendências de “pricing” no MIBEL, desagregando as volatilidades naturais (variação diária, semanal e sazonal de consumo e volatilidade da produção renovável) das estruturais (eventual excesso de capacidade de produção instalada, volatilidade do preço de combustíveis e de CO2),

tendo por finalidade avaliar a qualidade da previsão de preços médios e das margens anuais de contribuição;

Hidraulicidade e Prémio de Risco, com procura de

ponderação da hipótese de alternativas de seguro para as receitas de produção de pequenas hídricas da EDP Produção obtidas em mercado, não sujeitas ao regime dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, face à presente situação de auto-seguro;

Estrutura da dívida, com análise do contributo da dívida para a volatilidade dos resultados antes de impostos da EDP e da sua estrutura óptima, tendo em conta a vertente maturidade da dívida, conteúdo relativo taxa fixa – taxa variável, moeda e comparação com empresas congéneres, bem como a ponderação de critérios de retorno – risco para aquelas condicionantes;

Fixação de metodologias para melhor enquadrar o risco de crédito – clientes, em colaboração com a HC Energía, no âmbito da preparação de metodologia de avaliação e segmentação do histórico comportamental dos clientes para incorporação no Projecto Smile (gestão comercial) e também por intermédio da cedência temporária de um quadro superior à Naturgas, com a missão de implementar um processo prospectivo sobre o comportamento creditício sectorial e de novos clientes, como ainda na fixação de prémios de risco e de eventual necessidade de prestação de caução ou outras garantias;

Análise agregada de risco “top down” e “bottom up” simplificado e comparação com empresas concorrentes, a qual continuou a evidenciar um nível de risco agregado reduzido para os negócios do Grupo EDP, o qual lhe tem permitido, para idênticos níveis de rating, praticar um maior grau de alavancamento financeiro;

Análise agregada de risco “bottom up” para o Plano de Negócios 2009 – 2012, o qual evidencia a manutenção do perfil de baixo risco do Grupo;

Contributo para o “Focus Group Enterprise Risk

Management” da Eurelectric quer por meio da participação activa nos temas em desenvolvimento, quer pelas alterações constantes ao tema “risco regulatório no sector”. Em relação a este tema, preconizou-se a necessidade de estabilização do panorama regulatório Europeu e de adopção de medidas de apoio ao sector, face aos desafios ambientais e à necessidade de estabilidade para a realização dos elevados investimentos associados à descarbonização da produção de electricidade e à gestão inteligente das redes de distribuição, tendo

em consideração, nomeadamente, o acréscimo de produção distribuída e as potencialidades de melhoria na racionalização de consumos.

As unidades de negócio gerem os seus próprios riscos, dentro dos critérios e delegações estabelecidas. Existe uma solução de duplo reporte entre o “Risk Officer” de cada unidade de negócio e o Director da Direcção de Gestão de Risco, assegurando o alinhamento das práticas de actuação, de relato e controlo.

3.6.2.2. FACTOREs DE RIsCO

A figura seguinte sistematiza e resume os principais factores de risco do Grupo EDP:

Gestão de energia Risco de preço e volume de energia Risco financeiro RIsCOs DE MERCADO Riscos seguráveis Risco de TI’s Risco de processos e pessoas Risco legal e contencioso RIsCO OPERACIONAL Comercial Contraparte RIsCO DE CRÉDITO Risco associado ao investimento Risco regulatório Risco ambiental RIsCOs DE NEgÓCIO FACTOREs DE RIsCO

O Risco de Negócio representa a componente mais importante, seguido do Risco de Mercado, Risco Operacional e Risco de Crédito. É esta a relação típica para as “Utilities” do sector.

Como já referido, os efeitos decorrentes da crise financeira internacional conduziram, em geral, à desvalorização das empresas do sector em virtude do risco sistémico de mercado. No entanto, assinala-se que o título EDP teve uma valorização mais favorável, comparativamente à evolução do DJ Euro Stoxx Utilities, no período do exercício.

O Grupo EDP confirmou o seu perfil de baixo risco, dada a sua menor exposição estrutural ao risco de mercado. Contudo, esta vantagem terá tendência a reduzir-se no futuro, devido a substituição a curto/médio prazo de centrais térmicas, em fim de vida e protegidas pelos mecanismos de CMEC’s, por centrais em mercado e ainda pela natural maior exposição a risco cambial resultante do crescimento de negócios em áreas fora do euro.

Uma avaliação “top down” do RaR – “Return at Risk” semanal do título EDP (95% de probabilidade de não ser excedida) e também dos seus activos (aqui por meio do rácio Equity/Activos vezes o RaR da Equity), comparada com o dos concorrentes ibéricos, confirma que o Grupo tem um perfil de risco de negócio mais reduzido, mesmo durante o aumento generalizado no ano crítico de 2008. R@R Semanal 95% - Equity 2006 2007 2008 2009 0 5 10 15 20 (%)

EDP Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Fonte: EDP R@R Semanal 95% - Activos 2006 2007 2008 2009 0 5 10 15 (%)

EDP Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Fonte: EDP

Por outro lado, e conforme apresentado nos gráficos seguintes, a alavancagem financeira do Grupo - Dívida Líquida/Activos - obteve uma ligeira redução e o indicador estrutural Dívida Líquida/EBITDA manteve-se no mesmo patamar, esperando-se que atinja um valor inferior a 4 em 2012. A permanência na faixa de “rating” A atribuído pela S&P, nível a que corresponde um bom compromisso entre o “spread” nesta classe sobre o custo da dívida e a vantagem decorrente da dedução fiscal dos encargos financeiros, dentro dos parâmetros de endividamento esperados, continua a constituir um objectivo do Grupo EDP.

Dívida Líquida / EBITDA

2006 2007 2008 2009 0 2 4 6 (x)

EDP Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Fonte: EDP

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Dívida Líquida / Activos

2006 2007 2008 2009 0.0 0.2 0.4 0.6 (x)

EDP Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Fonte: EDP

3.6.2.3. gEsTÃO DE RIsCO AO LONgO DA CADEIA DE vALOR – MIBEL

Existem riscos que são transversais a todas as unidades de responsabilidade, no entanto referem-se a seguir os riscos mais prováveis por unidade de negócio.

Produção de electricidade e gestão de Energia: Risco de preço da electricidade. As receitas da produção podem ser influenciadas por alterações no preço de electricidade nos mercados grossistas. O Grupo tem uma exposição limitada às centrais que actuam em mercado livre (Espanha, Central do Ribatejo, Central de Lares e pequenas Hídricas em Portugal), devido à maioria estarem sujeitas ao mecanismo de ajuste dos CMEC – Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (centrais que dispunham de Contratos de Aquisição de Energia com a REN e que passaram a actuar em mercado, a partir de 1 de Julho de 2007). De referir também a exposição a mercado (preço da OMEL) de parques eólicos da EDP Renováveis Espanha (e também nos Estados Unidos). Por outro lado, o Grupo procura activamente proteger a margem, actuando de forma integrada no âmbito do da Gestão de Energia e da Comercialização. No MIBEL, a UNGE possui mandato para actuar no mercado grossista, tanto para optimização da oferta de produção no mercado “spot” da OMEL, como para tirar partido do mercado a prazo, OMIP, OTC e arbitragem na interligação Espanha-França. O risco de preço de mercado mais elevado em Portugal do que em Espanha, resultante de “market splitting”, após esgotamento da capacidade de interligação e necessidade de recurso, em Portugal, a meios de produção mais cara, não é relevante para o Grupo, dado a comercialização no mercado livre português não estar dependente de importações de Espanha. A UNGE simula o comportamento do sistema ibérico e utiliza o programa MUR para o cálculo periódico da MaR - Margin at Risk. Risco de preço de combustível e de CO2. Este risco é

também mais importante para as centrais em mercado livre, estando delegado na UNGE efectuar a sua gestão, actuando na compra de carvão e fuelóleo, na gestão operacional dos contratos de aquisição de gás para produção de electricidade e de direitos de emissão de CO2, como ainda no

estabelecimento de soluções de “hedging” para o preço dos combustíveis e câmbio do dólar (este último, em coordenação com a Direcção Financeira). Relativamente aos fornecimentos de gás, compete à EDP Gás proceder à negociação de novos

contratos, como também efectuar a gestão de posições momentâneas de excesso/carência entre empresas do Grupo e com o exterior. É também utilizado o MUR na avaliação de risco, utilizando as suas capacidades de avaliação de tendência na evolução dos preços dos combustíveis e de CO2.

Risco operacional na exploração das centrais e parques eólicos. As centrais e parques eólicos enfrentam avarias e incidentes, o que pode acarretar perda de receitas devido às indisponibilidades daí resultantes. Este risco é mitigado por meio da aplicação de métodos de condução, manutenção e de procedimentos de segurança do melhor nível. Por outro lado, os riscos seguráveis mais importantes estão associados à produção, a qual está protegida por seguros, geridos pelo Gabinete Gestão de Riscos Seguráveis da EDP Valor. Risco ambiental. Os meios de produção são os que se encontram mais sujeitos a este risco, quer pela utilização de recursos naturais, quer pelas emissões e resíduos que a produção térmica origina. O Grupo segue uma Política de Ambiente muito rigorosa, procurando satisfazer plenamente os parâmetros de licenciamento das instalações e introduzir medidas adicionais que mitiguem eventuais responsabilidades neste domínio. Será ainda de referir ter-se contratado um seguro de responsabilidade ambiental, com vista a dar resposta às novas exigências europeias neste domínio.

Risco de crédito. Nas actuações em mercado organizado este risco não é significativo e para as operações em mercado OTC e na compra de combustíveis a UNGE minimiza-o por intermédio da aplicação de limites de exposição, conforme os limites aprovados internamente de acordo com o “rating” (definido por entidade externa, ou internamente, caso não exista informação externa) das contrapartes. Será, contudo, de referir que a crise internacional originou uma revisão de critérios, dado que algumas das contrapartes se encontram ligadas a grupos internacionais com reconhecidos problemas, não se tendo, porém, registado situações de incumprimento. Comercialização em mercado:

Risco de preço de electricidade. Este risco é assumido pela UNGE, uma vez definidos os volumes de venda a clientes finais pela EDP Comercial e HC Energía, salvo nas situações em que é possível efectuar contratações indexadas ao preço de mercado.

Risco de volume. Quer devido a condições climatéricas e económicas, quer como resultado da migração de clientes entre o mercado livre e o serviço público de tarifa regulada, o volume de energia a vender a clientes finais tem sempre um certo grau de incerteza. Como princípio, este risco é assumido pela comercialização, pois terá que efectuar os acertos de excessos ou carências com a UNGE a preço de mercado. Contudo, a fase de transição em que o MIBEL se encontra, que provoca uma oscilação importante na quota de consumo em mercado livre, face à maior ou menor atractividade da tarifa pública, implica uma gestão dinâmica deste risco por meio de uma intervenção integrada e periódica pela via do Comité de Preços e Volumes, instituído para o efeito.

Risco operacional de qualidade comercial. Em mercado livre os critérios para a qualidade de serviço comercial são da inteira responsabilidade do Grupo, o qual tem colocado grande ênfase na sua boa gestão.

Risco de crédito. A gestão deste risco, associado à

comercialização, é efectuada, em primeira linha, pelos critérios contratuais aplicados e, em segunda linha, pela EDP Soluções Comerciais, unidade que tem responsabilidade delegada quanto à realização do ciclo de leitura – facturação – cobrança (em Espanha, HC Energía e Naturgas).

Comercialização de Último Recurso:

Em conformidade com a legislação aplicável, os consumidores que optem pelo fornecimento de energia de acordo com uma tarifa regulada, são clientes da EDP Serviço Universal - designado Comercializador de Último Recurso. Em Espanha esta infra-estrutura passou, a partir de 1 de Julho, a abarcar apenas o leque de consumidores domésticos, no que constitui mais um passo para a extinção de tarifas reguladas aplicáveis ao consumo final.

Risco regulatório. O exercício desta actividade é de baixo risco, contudo os desvios nas previsões efectuadas pelo Regulador – ERSE – quanto aos custos de aquisição de energia e a consequente criação de défice ou de excesso de montante elevado, suscita preocupação quanto à justa remuneração desta volatilidade e quanto à consistência de um sistema híbrido com arbitragem sistemática entre a tarifa regulada do serviço público e os contratos livres de mercado. Espera-se que o progressivo desaparecimento das tarifas reguladas para a venda de electricidade possibilite um aprofundamento dos mecanismos de equilíbrio competitivo e um seguimento mais próximo da realidade da evolução dos custos internacionais das matérias primas necessárias para a produção de electricidade.

Risco operacional de qualidade comercial.

Independentemente dos critérios regulamentados para a qualidade de serviço comercial (v.g. tempo médio de resposta na prestação de serviços prestados aos clientes, percentagem de leituras de contadores de baixa tensão), o Grupo tem colocado grande ênfase na gestão deste risco, pois não são negligenciáveis os impactos daí decorrentes para a gestão do risco de erosão da marca.

Risco de crédito. A gestão deste risco está delegada na EDP Soluções Comerciais e é efectuada nos termos da regulamentação definida para os clientes do serviço público (ciclo de corte de consumo, após vencimento de prazos de pagamento).

Distribuição de electricidade:

Risco regulatório. As alterações das regras de remuneração desta actividade podem afectar as receitas da EDP Distribuição e da HC Energía. Para além da justa defesa dos critérios valorimétricos da actividade, o Grupo procura aplicar as melhores práticas de planeamento, construção, exploração e manutenção de redes de forma a procurar atingir, e mesmo ultrapassar, os ganhos de eficiência implícitos nos objectivos regulatórios.

Risco operacional de qualidade de serviço técnica e de perdas. Independentemente dos critérios regulamentados para a qualidade de serviço técnica (v.g. duração e número de interrupções de serviço, tempos de reposição do serviço) e os incentivos para a redução de perdas físicas na rede, o Grupo tem colocado grande ênfase na gestão deste risco, pois não são negligenciáveis os impactos daí decorrentes para a gestão do risco de erosão da marca e da política de gestão eficiente de energia.

Risco operacional na exploração de redes. A existência de infra-estruturas localizadas no domínio público (v.g. linhas, cabos, postos de transformação) pode agravar o impacto resultante de avarias e incidentes. Este risco é mitigado por meio da aplicação de métodos de condução, manutenção e de procedimentos de segurança conformes aos mais elevados padrões internacionais. Todavia, o final do exercício ficou marcado por algumas quebras de alimentação, em Portugal, com reflexo mediático importante, resultado do intenso temporal que assolou as regiões afectadas, aspectos que não deixarão de ser objecto de avaliação no sentido de procurar as melhores soluções para eventuais situações inesperadas de quebra de alimentação de grande dimensão. Por outro lado, os riscos seguráveis estão protegidos por seguros. Risco ambiental. Embora de menor expressão do que na Produção, merece referência a problemática da convivência das linhas aéreas com o impacto visual e com trajectórias seguidas por aves, aspectos a que é dada atenção cuidada na fase de projecto, como ainda em relação a medidas adicionais que ajudem a compatibilizá-las com aves que as procuram como poiso ou local para feitura de ninhos.

gestão de risco noutras geografias e actividades

Embora as condições de mercado e regulatórias possam ser diferentes, os princípios e metodologias atrás enumeradas aplicam-se às unidades de negócio de transporte, distribuição e comercialização de gás, como também à Energias do Brasil e EDP Renováveis.

Relativamente ao gás, a parceria estratégica com a Sonatrach, que agora se começa a fazer sentir com a entrada em funcionamento das centrais em parceria, introduz um contributo significativo para o crescimento rentável e com risco controlado, neste âmbito de actividade, dado que proporciona um aumento significativo dos níveis de flexibilidade e de “hedging”.

O forte crescimento da EDP Renováveis, como também a diversidade geográfica dos seus investimentos, confirma claramente a alteração do perfil de produção do Grupo e compensa, num período de crise internacional, algum menor crescimento noutras áreas devido à quebra de crescimento no consumo, como também marca a sua aposta no mercado americano, com enormes possibilidades de crescimento e risco de país reduzido, afirmando o Grupo como um dos grandes “players” mundiais em energias renováveis e, portanto, de baixa exposição aos riscos relativos à emissão de gases de efeito de estufa.

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gestão de riscos transversais

Risco associado ao investimento. O processo de avaliação e decisão de investimento estabelece uma uniformização de critérios para a definição das taxas de desconto a utilizar para a avaliação dos “cash-flows” esperados e para a modelação de cenários (que incorporam diferentes sensibilidades a, por exemplo, risco de preço, de volume de energia, regulatório). Estes critérios ajudam a balizar o apetite pelo risco do Grupo, sendo o custo de capital de cada unidade de negócio - geografia revisto periodicamente. Os Comités de Investimento (nas unidades de negócio e ao nível corporativo) permitem uma implementação efectiva destes mecanismos na fase de avaliação e de acompanhamento da execução dos

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