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CAPÍTULO 5 INFÂNCIA E EDUCAÇÃO DA CRIANÇA CEARENSE PELA

5.2 A educação da criança

Nos primeiros decênios do século XX, o lócus de aprendizagem da criança podia ser dentro ou fora do lar. Não ter freqüentado a escola não era sinal de analfabetismo. Havia outras alternativas que eram perseguidas quando havia interesse e condições favoráveis. Destacamos como exemplo a desenvoltura intelectual alcançada pelo Sr. Francisco Fernandes Lima que se fez leitor e poeta sem nunca ter ido à escola. Aqueles com alguma oportunidade de acesso às escolas, em geral, tiveram seu primeiro contato com o mundo das letras em casa

– função exercida às vezes por um dos membros da família. Devido à escassez de estabelecimentos de ensino no meio rural, as crianças começavam a ser escolarizadas por volta dos dez anos de idade37, apesar da legislação do período prescrever o seu início aos 7 anos.

O interesse dos pais na educação dos filhos é algo que fica evidente nas narrativas. Esforços eram despendidos com este objetivo, que iam desde a contratação de um(a) professor(a) particular até o envio dos filhos para estudarem numa cidade próxima ou na capital do Estado, onde ficavam, muitas vezes, em regime de internato. Apesar de ser uma oportunidade que poucos tinham, os esforços nesse sentido demonstram a importância atribuída pelos pais, na época, à formação escolar tanto dos filhos do sexo masculino como do sexo feminino.

Eu passava a semana no Patronato lá em Cascavel. Dia de sexta-feira de tarde meu avô ia me buscar ou mandava alguém. Eu passava o sábado e o domingo em casa. Quando era domingo de tardezinha ou segunda-feira bem cedinho, vinham me deixar de novo no Patronato. Passei de 8 até 13 anos de idade. Estudei até o 5° ano, porque aí terminava. Nesse tempo não ensinavam mais do que isso aí. Era tão diferente do ensino de hoje. Aí vim embora pra casa. (D. Lourdes).

[...] fiz o exame de admissão para o Colégio Militar. Fui aprovado e fui deixado interno de calças curtas. Fiquei com a impressão de que tinha sido abandonado. Estava com dez anos, mas não era de um menino de hoje, dez anos daquela época, 1929. E com um agravante: eu era um dos mais novos. (Sr. Alexandrino).

Para se ter um mestre em casa, a família teria que dispor de condições para o pagamento do mesmo, tendo também que arcar com sua viagem, alimentação e hospedagem. Alguns eram uma espécie de “preceptores do sertão” que seguiam uma rotina planejada visando oferecer formação de qualidade às crianças das fazendas ou sítios.

Como vimos no relato de D. Saturnina, a viagem poderia durar dias, sendo necessário mais de um meio de transporte e tendo que enfrentar verdadeiros desafios como a cheia de um rio em cima de um cavalo. Para estudar, portanto, havia que se vencer muitos obstáculos. De acordo com D. Francisca Fialho “naquele tempo era muito raro alguém que soubesse ler”. Nas palavras do Sr. Francisco Fernandes Lima, “doutor era um mito” e segundo D. Lourdes: “antigamente quem sabia ler, já era professora”.

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Encontramos no livro de matrículas do Colégio Nogueira, em Fortaleza, relativo aos anos de 1905-1931, matrículas de alunos vindos de várias cidades do Ceará como também de outros estados. Nos cursos primário, secundário e médio as idades dos alunos variava entre 7 e 17 anos. Há também registros de alunos menores de 7 anos matriculados no Curso Infantil. (Fonte: Arquivo Público do Estado do Ceará).

Devido a esses fatores, acontecia de falsos professores irem oferecer-se nas fazendas para ensinar, sem nada saberem. O caso da primeira professora de D. Francisca Fialho ser uma mulher acometida pela tuberculose, doença altamente contagiosa, chama-nos muito a atenção. Provavelmente não havia, na cidade, outra professora para aqueles que não podiam pagar, já que se tratava de uma escola pública. Exemplos como este reafirmam o que revelam outras pesquisas, já citadas, com relação ao pouco alcance das reformas na educação cearense quanto a uma cobertura escolar às crianças de 7 a 12 anos. Como podemos falar, então, de uma “escola nova” se, em muitos lugares, não havia nem mesmo a escola ou esta se apresentava em condições bastante precárias?

Nos lares, nas escolas públicas ou particulares do meio rural, o mais comum foi juntar várias crianças de diferentes idades ao redor de um só mestre ou mestra com a responsabilidade de atender alunos pertencentes a diversos níveis de desenvolvimento e aprendizagem. D. Saturnina, por exemplo, durante o tempo em que esteve dando aulas na fazenda Timbaúba teve como alunos: uma criança de 6 anos, outra de 11, um adolescente de 13 e mais um adulto, o Zé Paraíba, que era empregado da fazenda.

O espaço físico destinado às aulas podia ser um sótão, um barracão construído para esse destino ou um salão que comportasse todos os alunos ao mesmo tempo. Nas escolas aqui da capital, fazia-se a divisão de acordo com o nível de ensino onde os alunos eram distribuídos nas classes do primário ou secundário em prédios destinados a essa finalidade.

Os recursos didáticos mais mencionados foram os cadernos, a pena e o tinteiro ou o lápis, a carta de ABC e os livros didáticos. Não é feita referência ao uso de fardamento. As aulas tinham início às 10h e findavam às 14h.

Para a alfabetização das crianças parece que havia uma diversidade de cartilhas. Além da Carta de ABC, foram citadas A Cartilha das Mães, Ensino Rápido, a Cartilha

Nacional. Na maioria das vezes, a referência aos livros foi feita a partir do nome do autor e

não dos títulos. São eles: Hilário Ribeiro, Erasmo Braga, Napoleão Mendes de Almeida, Felisberto de Carvalho – este último foi o mais comentado, sendo bastante elogiado. D. Saturnina chega a declarar ter sido Felisberto de Carvalho “o melhor professor que encontrou na infância”. Atribui aos livros deste autor toda a base de sua aprendizagem. As matérias de estudo concentravam-se num só compêndio. O aluno, ao mudar de nível passava para o livro seguinte.

D. Saturnina recorda textos, figuras, lições, questionários, entre outras atividades. Fala com uma familiaridade de quem viveu esta experiência há pouco tempo, apesar de que décadas de distância separam esta senhora daquela criança admirada com um mundo de conhecimento o qual vislumbrava através dos livros. Ela relembra as lições com uma grande riqueza de detalhes. Ouvir o seu relato foi como se estivéssemos vendo; nos sentimos tão próximos do livro que podíamos até imaginar o cheiro de suas páginas.

Nesse tempo tinha a Cartilha Nacional, que era adotada por Felisberto de Carvalho, que foi o melhor professor que encontrei na minha vida de infância. Então neste livro, de Felisberto de Carvalho, foi que eu aprendi a conhecer as vogais. [...] Quando acabava aquele, a professora pedia o segundo livro do mesmo autor. Lá vinha o livro de Felisberto de Carvalho. Aí já vinha uma cópia pra se fazer. Vinha um exerciciozinho sobre a lição. Foi nesta segunda lição que eu aprendi a ver a hora no relógio, que ainda hoje eu sei. A lição era a seguinte: Amélia chegando em casa perguntou: “Mamãe, que horas são?” A mãe respondeu: “O que é aquilo que tem na parede?” A menina respondeu: “É um relógio.”; “Pois é no relógio que se vê as horas. Você ainda não sabe ler horas?”; “Não, senhora.”; “Pois eu vou lhe ensinar.” [...] Então, nesse período que estou dizendo a vocês, a gente abria tudo na própria lição. Não tinha esse negócio de em um livro a Geografia, no outro livro a História, no outro livro a Ciências, no outro a Matemática. Não, naquele mesmo livro se aprendia tudo: o Português, a Matemática, a História, a Geografia, e a Ciências, no mesmo livro. No 2º livro vinha a coisa mais adiantada. Aqueles mesmos assuntos, mas sendo mais adiantados. Assim ia indo até 1º, 2º, 3º, 4º e até o 5º ano. Eu não cheguei a dar o 5º ano, cursei até o 4º. No 4º eu já sabia um bocado de coisa. (D. Saturnina). Nesse tempo era diferente. Era o 1º, o 2º e o 3º livro de leitura, era assim. Minha irmã estudou um pouco. Veio para o meio da família... Tinha algum estudo, aprendeu e passou pra mim. Eu ainda pude ler livros. Eram dois livros didáticos: era Hilário Ribeiro e Felisberto de Carvalho. Eu estudei até o 3º livro. [...] Estudei gramática, eu mesmo, sem ter professor. A gramática de Napoleão Mendes de Almeida. Eu mesmo falei com ele lá em São Paulo, uma vez. A gramática dele é muito boa. (Sr. Francisco Lima).

Percebe-se que apesar de educadores vanguardistas propagarem um ensino ativo, baseado na experiência da criança, os livros tinham um lugar de destaque na aprendizagem dos alunos, tanto no meio urbano quanto rural. A imagem dos livros didáticos e seus respectivos autores, presente na memória dos depoentes são reveladores de sua relevância na vida das crianças que tiveram acesso a estes na infância. Outras leituras também fazem parte do repertório de reminiscências dos entrevistados. Passagens de Iracema de José de Alencar e

Os Lusíadas de Camões, como vimos, são ainda recitadas por nossos depoentes centenários.

Concluímos, portanto, que o livro representou mais do que um recurso pedagógico. Nas narrativas em que ele aparece, é revestido de grande valor simbólico, acompanhando as pessoas pelo resto de suas vidas.

Na memória de alguns se encontra a lembrança de jornais e revistas que eram lidos por membros de suas famílias, como, por exemplo, o jornal O Nordeste aqui do Ceará que chegava até a casa do Sr. Francisco Lima, distante quase 300 km de Fortaleza. O

Mensageiro da Fé vindo do Rio de Janeiro; a revista Fon-Fon, também oriunda da Capital da

República, eram lidos na casa de D. Saturnina, quando ela já residia com sua mãe adotiva.

Nas primeiras décadas do século XX, encontravam-se aqui em Fortaleza, colégios importantes. Entre eles, o Colégio Cearense, Santa Cecília, Colégio Castelo, Colégio das Dorotéias, além das Faculdades de Farmácia e Odontologia, Faculdade Livre de Direito e Escola de Agronomia, como bem lembra o Sr. Valdemar Caracas.

As escolas freqüentadas por nossos depoentes, foram: Colégio da Imaculada Conceição, Instituto São Luís, Colégio Militar, a Escola Anexa à Escola Normal e outras ainda do interior do Estado.

Alguns professores foram marcantes na vida dos entrevistados sendo, portanto, lembrados com facilidade. Menezes Pimentel38, chamado pelo Sr. Valdemar Caracas de “O grande Dr. Pimentel” foi, conforme o depoente, um grande educador e é descrito como uma figura de muito carisma, sabedoria e bondade:

O Dr. Pimentel era dono do São Luís, dono, diretor, era tudo. Ele não tinha cátedra, substituía qualquer professor que faltasse. Ele era muito culto. Não tinha aquela matéria dele. Ele ficava ali: lecionava, substituía o professor que faltava. Eram doze matérias. Eu morava vizinho ao Instituto São Luís, na 24 de maio. O instituto era uma estirada danada, começava na 24 de maio e ia se acabar na Trilho de Ferro, que hoje é a Av. Tristão Gonçalves. Então eu fiquei no São Luís. Em 1918 meu pai morreu com 36 anos de idade. Mas eu tinha uma irmã (está ali o retrato dela) mulher inteligente, danada. Ela pintava, desenhava e ficou agüentando a família até 1921. Em 21 ela morreu e eu saí do Colégio. Dr. Pimentel não queria que eu saísse, baixou a mensalidade de 20 para 8, depois disse que eu ficava de graça. Eu nunca gostei disso, eu não quis. Propôs então que eu pagasse a ele depois de formado, mas eu também não quis. [...] O colégio era religioso. O Dr. Pimentel era um homem religioso, quem o criou e o educou foi o Padre Tabosa, o padre que me batizou.

O Dr. João Hippólyto de Azevedo e Sá39 marca a vida escolar de D. Saturnina de forma muito negativa. Ele foi responsável por uma grande decepção que resultou, na época, de acordo com suas palavras, num “complexo de insuficiência”. O episódio narrado por D.

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No relato do Sr. Valdemar Caracas pudemos conhecer outros aspectos da personalidade de Menezes Pimentel. Este foi eleito governador, por voto indireto, em 1935 e posteriormente nomeado interventor do Estado do Ceará (1937-1945). Seu governo foi “[...] marcado pela perseguição aos adversários políticos e comunistas, o que é feito em nome da moral e dos bons costumes.” (VIEIRA, 2002, p. 171).

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João Hippólyto de Azevedo e Sá, personagem da história educacional cearense, encontra-se presente nas pesquisas de Cavalcante (2000) e Olinda (2002).

Saturnina (Anexo A) revela a distância que havia entre a intenção e o gesto no que se refere a mudanças de atitude em relação ao aluno, veiculadas por intelectuais da época. No caso relatado, a postura do diretor da Escola Normal do Ceará, um dos protagonistas da reforma da instrução cearense de 1922, aproxima-se mais de uma pedagogia tradicional e autoritária, do que mesmo de uma educação renovada defendida pelo professor em questão.

Entre professores e alunos havia uma relação de extremo respeito. A hierarquia adulto-criança, introjetada na educação doméstica, era estendida à vida escolar. O professor era o detentor não só do conhecimento, mas também da autoridade dentro do ambiente educacional. O ensino estava centrado no mestre e era predominantemente verbalístico, embora nos relatos pudemos conhecer experiências diferentes como as aulas de Ciências de D. Saturnina que se realizavam ao ar livre. Nessas aulas as crianças eram postas em contato com a natureza visando facilitar a aprendizagem. Destacamos também a metodologia adotada no Instituto São Luís em que o professor solicitava a participação ativa dos alunos. Sr. Valdemar Caracas recorda as aulas de História quando os alunos realizavam uma espécie de “júri” com o objetivo de discutir personagens históricos importantes. Supomos que este recurso pedagógico possibilitava o debate entre o professor e os alunos e destes entre si mesmos.

Todo sábado tinha Moral e Cívica. Você chegava na Semana Santa, por exemplo, tinha um júri sobre Judas. Dia de Tiradentes: tinha um júri sobre Tiradentes, e assim por diante. Havia o advogado de acusação e o advogado de defesa. Joaquim Silvério dos Reis, Calabar, todo esse pessoal entrava. Era um colégio que instruía a vida da gente. Eu nunca falei. Estou falando a você. História era uma matéria que o aluno tinha que saber. (Sr. Valdemar Caracas).

De acordo com a descrição acima, vemos a tentativa do Dr. Pimentel de fomentar a participação dos alunos em sala de aula, buscando assim tornar o ensino mais prazeroso e mais próximo da realidade dos alunos. D. Neusa se lembra, quando era aluna na cidade de Caucaia, da realização de dramas e das comemorações do Dia da Árvore, data instituída na reforma de 1922.

As cópias, os exercícios após as lições, a memorização da tabuada, os ditados e as composições, as sabatinas foram muito citadas. No Colégio Militar eram comuns, conforme o Sr. Alexandrino, as aulas expositivas com grande ênfase nos conteúdos, havendo pouca interação entre o professor e os alunos. Algumas escolas adotavam premiações para aqueles com desempenho satisfatório através de elogios ou algum outro tipo de recompensa.

Dia de sábado, no São Luís, havia sabatina! Aí tinha o 1º lugar, 2º lugar... Dr. Pimentel mandava comprar mariola. No fim da sabatina, quem tirasse o 1º lugar ganhava uma mariola. Uma mariola era meio tostão, eram cinqüenta réis. [...] Dr. Pimentel dava o nome de “prefeito” ao aluno destacado, ao aluno mais avançado do curso e que tivesse boa conduta. Então ele premiava chamando “prefeito”. (Sr. Valdemar Caracas).

Por outro lado, as crianças não se livravam das punições no ambiente escolar. Talvez a mais antiga delas seja a palmatória, objeto de regulamentação em algumas leis, ora legalizando, ora proibindo. Seu uso é mais atribuído às escolas particulares, provavelmente devido à vigilância governamental nas escolas públicas quanto ao cumprimento das leis.

D. Lourdes relata um episódio envolvendo a palmatória que havia sido utilizada por um professor quando dava aulas para ela e seus irmãos na fazenda em que moravam, cujo desfecho culmina com a revolta das crianças contra seu uso. Para se livrarem da palmatória, jogam-na aos porcos.

Pela referência aos castigos, infere-se uma educação que parecia ignorar as características do mundo da criança, onde falhas devem ser reprimidas antes mesmo de serem compreendidas. A título de exemplo assinalamos o “isolamento” de que foi vítima o Sr. Alexandrino, por volta de 11 anos de idade, no Colégio Militar, por estar se divertindo com um brinquedo de criança, sendo na ocasião mal interpretado. É difícil imaginar a concepção que o adulto responsável pela aplicação deste castigo tinha a respeito do que é ser criança.

Este tipo de punição não havia apenas num colégio militar, pois sua prática foi encontrada em outras escolas. D. Saturnina conta que o aluno que cometia algo muito grave na escola podia ser trancado na “cafua” – espécie de quarto escuro – por algum tempo. Falou- se também em castigos em que a criança tinha que se ajoelhar em cima de caroços de milho ou ficar em pé junto à carteira. Havia também aqueles castigos mais leves, como rezar um terço, como citou D. Lourdes.

Tais relatos nos remetem, em alguns momentos, à história narrada por Ferrière (1928) no prólogo de seu livro, ao criticar a escola antiga – mencionada no capítulo 2 deste trabalho. As descrições encontradas sobre a escola nas narrativas em muito se distanciam das experiências escolanovistas defendidas por intelectuais brasileiros, a exemplo de Lourenço Filho ou mesmo de educadores cearenses das primeiras décadas do século XX.

Ao voltarmos às questões colocadas no início deste trabalho acerca da repercussão das vozes que veiculavam idéias da escola nova sobre a vida da criança cearense no começo do século XX, se faz necessário retomarmos aqui as características básicas dessa nova

educação. Mesmo reconhecendo a amplitude deste movimento que abarca uma diversidade de teóricos com suas várias concepções acerca da criança e sua educação, podemos arrolar algumas características representativas das idéias compartilhadas pela maioria de seus defensores, que são as seguintes:

• Respeito às características infantis;

• Criança como protagonista do processo educativo;

• Ênfase na experiência;

• Valorização do fazer;

• Participação ativa da criança na aprendizagem;

• Antiintelectualismo;

• Antiautoritarismo.

Ao confrontarmos tais características com ações educativas desveladas em nossa pesquisa, pudemos vislumbrar apenas respingos de uma nova mentalidade na educação da criança cearense sobre um solo árido, sedento por mudanças. Sementes plantadas que, devido as constantes estiagens de nossas políticas educacionais, não conseguiram germinar na época. Apesar de reconhecermos a distância entre o que era propagado e o que foi assimilado, supomos que essas vozes de renovação foram importantes para a construção de políticas públicas atuais envolvendo a defesa dos direitos das crianças, entre estes a educação.

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