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Educação Estatística e as ações e ou projetos que envolvem o trabalho com tabelas

5.2 RESULTADOS DA FASE 2 – O TRABALHO COM TABELAS E GRÁFICOS COM O

5.2.3 Educação Estatística e as ações e ou projetos que envolvem o trabalho com tabelas

Os resultados apontaram que a maioria dos gestores e coordenadores pedagógicos pesquisados (72,73%) destacaram que o trabalho com tabelas e gráficos é comum nas escolas onde atuam; contra 18,18% que responderam não ser comum o trabalho com tópicos de Estatística na escola; e 9,09% que não souberam informar sobre o assunto. Ressaltamos que um pesquisado não respondeu a essa questão. Há então, um panorama positivo para o trabalho com tabelas e gráficos nessas escolas.

Mesmo que 22 gestores e coordenadores pedagógicos tenham respondido à questão anterior, quando perguntados sobre a qual(is) componente(s) curricular(es) os tópicos de Estatística estariam mais vinculados na escola, 17 participantes responderam. O Gráfico 9 apresenta a frequência dessas respostas. Destacamos que alguns participantes mencionaram mais de uma opção como resposta, culminando em 34 esse total.

GRÁFICO 9: Frequências de respostas de disciplinas mais vinculadas ao ensino de tópicos de Estatística na escola

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Apesar de a maior frequência de respostas (47,06%) aparecerem vinculando o ensino de tópicos de Estatística ao componente curricular de Matemática, o Gráfico 9 também demonstra o fato de parcela das respostas (17,65%) afirmarem que esse ensino permeia todas

0 2 4 6 8 10 12 Direitos Humanos Química Biologia Outra resposta Física Português Geografia Todas Matemática

as disciplinas da escola. Além dos destaques dados às matérias de Geografia, Português e Física.

Esse resultado corrobora com as orientações de expectativas de aprendizagem contidas nos Parâmetros Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio do Estado de Pernambuco, uma vez que esse documento defende, dentre outros enfoques, que a Matemática do Ensino Médio deve realizar conexões com outras áreas do conhecimento, além, é claro, de se conectar com aplicações sociais (PERNAMBUCO, 2012).

Ainda nessa questão, semelhante ao que preceitua os Parâmetros Curriculares citados, Grymuza e Rêgo (2016) destacam o trabalho com tabelas e gráficos no Ensino Básico como essencial para a formação dos estudantes, uma vez que, justamente, acabam interligando-se não somente com a aprendizagem de diversos conteúdos matemáticos, mas também com os conteúdos de outras disciplinas.

É importante pontuar que 3 participantes responderam à essa questão, mas não apontaram, necessariamente, o nome de uma disciplina da escola à qual estaria mais ligada o ensino da Estatística. Suas respostas remeteram a questões relacionadas a desempenho escolar (ver Quadro 16).

QUADRO 16: Ensino de Estatística na escola Gestor e coordenador

pedagógico pesquisado

Quais?

GEST 08 “Resultados de rendimento escolar (estudantes/turmas/escola)”. GEST 09 “Resultados dos alunos nas disciplinas”.

GEST 16 “(Física e Matemática) e resultados dos alunos”. Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Conforme falas destacadas no Quadro 16, esses gestores fizeram menção aos aspectos globais da escola – à Estatística da escola – como o rendimento dos alunos nas disciplinas e o rendimento por estudante/turma/escola. Podemos entender que esse seja um uso que eles fazem de gráficos e tabelas em seu trabalho de gestão. Como parte desse trabalho, ao lidarem com indicadores educacionais da escola, os resultados desse acompanhamento são geralmente apresentados em gráficos e tabelas. A título de exemplo, quando realizamos a visita às EREM 10 e EREM 15, para a realização do Questionários B com os gestores, foi-nos informado, que justamente naquele dia estava ocorrendo uma reunião com pais e responsáveis pelos alunos, para mostrar os rendimentos e que eles eram apresentados em forma de gráficos e tabelas.

Ao responderem sobre a forma como era desenvolvido o planejamento pedagógico anual da escola, a maioria dos gestores e coordenadores pedagógicos pesquisados (95,65%)

afirmaram que esse planejamento costuma ser realizado de maneira colaborativa. Todos responderam que, nesse momento, é comum serem organizados projetos e trabalhos interdisciplinares.

A forma de trabalho destacada nas respostas dos participantes, revela a preocupação dos participantes no fomento à participação da comunidade escolar na elaboração do planejamento pedagógico da escola. Segundo Moran (2013), um projeto pedagógico coerente, aberto e participativo colabora para a construção de uma Educação de qualidade. Evidentemente, que o autor também destaca outras questões que colaboram para esse fim: infraestrutura adequada das escolas, com tecnologias acessíveis e rápidas, professores preparados e bem remunerados, além de alunos motivados, dentre outros aspectos.

Além disso, o incentivo ao trabalho interdisciplinar na escola demonstra consonância com os preceitos dos PCN+ Ensino Médio – Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (2002). Esse documento destaca que:

Nessa nova compreensão do ensino médio e da educação básica, a organização do aprendizado não seria conduzida de forma solitária pelo professor de cada disciplina, pois as escolhas pedagógicas feitas numa disciplina não seriam independentes do tratamento dado às demais, uma vez que é uma ação de cunho interdisciplinar que articula o trabalho das disciplinas, no sentido de promover competências (BRASIL, 2002, p. 13).

Ainda na questão dos trabalhos interdisciplinares, a maioria dos pesquisados (82,61%) responderam que essas ações envolvem a coleta de dados com os alunos e o tratamento desses dados.

A maioria dos respondentes (71,42%) afirmaram positivamente, quando perguntados se esses projetos e ações interdisciplinares utilizavam gráficos e tabelas. 14,29% afirmaram que não há esse tipo de trabalho em suas escolas e outros 14,29% responderam que não sabiam informar sobre o questionamento. Destaque-se que 2 pesquisados deixaram essa questão em branco.

5.3 RESULTADOS DA FASE 2 – O TRABALHO COM TABELAS E GRÁFICOS COM O USO DO COMPUTADOR NA PERSPECTIVA DOS PROFESSORES

Os resultados desta Fase da pesquisa são apresentados a partir das categorias do Questionário C, quais sejam:

 Perfil profissional e acadêmico dos professores que ensinam Matemática participantes da pesquisa;

 Contato dos professores com a tecnologia digital e aspectos do Programa Aluno Conectado;

 Educação Estatística e as ações e ou projetos que envolvem o trabalho com tabelas e gráficos na escola.

5.3.1 Perfil profissional e acadêmico dos professores que ensinam Matemática