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Assim, a melhoria da qualidade da educação básica depende da formação de seus professores, o que decorre diretamente das oportunidades oferecidas aos docentes.

BRASIL, 2007a, p.10.

Neste capítulo, procuramos analisar comparativamente o discurso oficial, presente nas Políticas de Formação Inicial e Continuada para Professores da Educação Infantil no Brasil e na Argentina.

Para tanto, tivemos como base os dados examinados e discutidos nos capítulos anteriores, porém, acrescentando o olhar comparativo e interpretativo, com vistas a perceber nas entrelinhas, o que revelam os documentos e medidas legais formuladas e implementadas pelos dois países, uma vez que nossa intenção, em consonância com as idéias de Aguilar (2000, p. II), foi desenvolver uma tese capaz de:

[...] aprofundar a análise através da comparação da realidade de cada país, descobrindo semelhanças e diferenças, inferindo seus desdobramentos e tentando compreender no tempo e no espaço as mudanças decisivas que ocorreram no plano da política [e da educação].

Em função disso, realizamos “[...] o estudo das realidades nacionais a partir de uma perspectiva analítica e explicativa” (KRAWCZYK; VIEIRA, 2006, p.675), tendo o seu ambiente natural como fonte dos dados. Ou seja, embora esta tese tenha utilizado como instrumento de investigação a pesquisa bibliográfica e documental, para que o estudo fosse desenvolvido de maneira comprometida e eficaz, tais levantamentos ocorreram de maneira presencial em ambos os países. Deste modo, visitamos as cidades de Buenos Aires e Córdoba na Argentina, a fim de localizar e obter referências bibliográficas, indo além da simples construção de uma pesquisa descritiva, na medida em que houve uma aproximação entre o pesquisador e seu objeto de estudo.

Neste sentido, a pretensão desse capítulo foi materializar teoricamente, se assim podemos dizer, a partir do estudo comparado, o que expressa o discurso oficial dos governos brasileiro e argentino, observando tanto as intenções do poder público como as influências dos organismos internacionais, na busca de identificar avanços, retrocessos e outros aspectos que sobressaem dentro do contexto das políticas de formação de professores da educação infantil.

3.1– A Política Nacional de Formação de Professores da Educação Infantil no Brasil e na Argentina

Como vimos, as reformas educacionais ocorridas no Brasil e na Argentina, entre as décadas de 1990 e 2000, impulsionaram a formulação e a implementação de políticas de formação de professores, uma vez que os ministérios da educação de ambos os países começaram a reconhecer, que docentes adequadamente formados, contribuem para a melhoria da qualidade do ensino.

Dentro desse contexto, observamos que a formação inicial e continuada de professores tem sido parte da agenda e do discurso oficial das políticas educativas, desde o advento das leis gerais de educação, isto é, no Brasil, a partir de 1996 com a promulgação da LDB (Lei n. 9.394) e na Argentina, desde 1993 após ser sancionada a Lei Federal de Educação (n. 24.195) e, posteriormente, a Lei de Educação Nacional (n. 26.206) em 2006.

Entretanto, foi em meados dos anos 2000, que uma série de medidas legais foram aprovadas, com o intuito de regulamentar, organizar e formalizar uma política nacional de formação de professores da educação básica, que corresponde no Brasil à educação infantil e aos ensinos fundamental e médio e na Argentina, à educação inicial, primária e secundária. Deste modo, decretos, resoluções e portarias diretamente relacionadas à formação docente, foram publicadas abrindo novas perspectivas para a formação do professor da primeira infância.

3.1.1 – Formação Inicial: Os cursos que formam o Professor da Educação Infantil

No Brasil, a formação inicial dos professores da educação infantil ocorre nos sistemas públicos e privados de ensino por meio de três cursos distintos:

- A modalidade Normal, oferecida em nível médio, também conhecida como curso de magistério, que concede certificados de ensino médio, habilitando professores para lecionar junto à primeira infância e nas séries iniciais do ensino fundamental;

- O curso Normal Superior147, de responsabilidade dos institutos superiores de educação, podendo também ser oferecido em centros universitários e universidades que sejam reconhecidos legalmente. Da mesma forma que o curso Normal em nível médio, o Normal Superior tem a função de formar professores para ministrar aulas na primeira etapa da educação básica e nos primeiros anos do ensino fundamental, preparando o futuro profissional unicamente para atuar em instituições de ensino;

- A licenciatura em Pedagogia, oferecida em universidades e destinada a formar docentes para lecionar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como nos cursos Normais em nível médio, em cursos de educação profissional, no campo de serviços e suporte escolar e em outros setores, que necessitem de conhecimentos pedagógicos. Tal formação amplia as possibilidades de atuação do docente, tendo em vista que não se restringe exclusivamente à sala de aula, uma vez que sendo pedagogo, o profissional poderá, além de exercer cargos de gestão pedagógica, trabalhar em outras instituições, que necessitem de apoio pedagógico.

Como se observa, dentre os três cursos de formação inicial, que habilitam professores para ministrar aulas na educação infantil, um ocorre em nível médio e os outros dois em nível superior. E, embora o Normal Superior tenha maior credibilidade que o Normal em nível médio, o leque de atuação é maior para os estudantes, que se licenciam em Pedagogia, mesmo porque esta graduação desenvolve a produção de conhecimentos e a pesquisa. No entanto, cabe ao estudante que pretende atuar na educação infantil, a escolha do curso que deseja realizar.

É importante mencionar ainda que, apesar da LDB (1996) ter enfatizado que a formação dos professores para atuar na educação básica deva ocorrer preferencialmente em instituições de nível superior, o curso Normal em nível médio, até então, é uma realidade dentro dos sistemas de ensino de parte dos estados do país, prova disto é que, no ano de 2010, as matrículas em todo o território nacional registraram um total de 182.479148 estudantes. Deste modo, embora a

147 Embora tenha sido extinto após a aprovação da Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006 que instituiu as

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, consideramos o Normal Superior como um dos cursos que habilitam o docente para lecionar na educação infantil, tendo em vista que apesar de estar previsto na lei sua transformação em curso de Licenciatura em Pedagogia, tal processo vem ocorrendo gradativamente. Deste modo, ainda existem instituições que oferecem o referido curso para aqueles que trabalham em sala de aula na rede pública e/ou em entidades conveniadas. Citamos como exemplo, o Instituto Superior de Educação Pró-Saber,

demanda esteja diminuindo, desde a promulgação da Lei n. 9394/1996 e sua extinção ser uma forte tendência nos próximos anos, o Normal em nível médio coexiste com os cursos que formam docentes para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, em nível superior.

Com efeito, o próprio MEC alegando a busca de alternativas para superar o problema de profissionais, que exercem funções docentes dentro das redes públicas e privadas sem a formação específica, ainda oferece um curso em nível médio, por meio da Secretaria de Educação Básica, ao lado de estados e municípios interessados. Esse curso, denominado de PROINFANTIL é um programa de educação à distância, que tem como objetivo formar professores de educação infantil em nível médio, na modalidade normal, que não possuem habilitação para lecionar, conforme já discutimos no primeiro capítulo desta tese.

Na Argentina, a formação docente inicial, para a atuação junto à primeira infância, ocorre assim como no Brasil, em instituições públicas e privadas. Porém, diferentemente da realidade brasileira, não existe um curso que forma professores para lecionar na educação infantil em nível médio, uma vez que os três tipos de cursos de formação existentes são oferecidos em instituições de ensino superior, sendo um deles oferecido pelos institutos superiores educação e outros dois, pelas universidades. Este sistema formador, além de ter como função formar professores, nas modalidades inicial e continuada, tem também a responsabilidade de subsidiar pedagogicamente as escolas de nível inicial, primário e secundário.

Assim, o curso desenvolvido pelos Institutos Superiores de Formação Docente, dependentes das jurisdições provinciais (estaduais), destina-se a habilitar professores para ministrar aulas na educação inicial, cuja titulação atribuída é a de “Professor de Educação Inicial”. Tais institutos são considerados pelo Ministério da Educação Nacional como os principais formadores desses profissionais, embora algumas universidades também o façam.

Por sua vez, nas universidades (nacionais e privadas), os dois tipos de cursos ofertados são para estudantes que desejam seguir a carreira de professor no nível inicial. Um dos cursos chama-se Professorado em Educação Inicial, em que os profissionais recebem a mesma habilitação oferecida pelos Institutos Superiores de Formação Docente, isto é, são preparados para trabalhar em sala de aula com crianças de quarenta e cinco dias a cinco anos de idade. O outro curso é a Licenciatura em Educação Inicial, em que os estudantes formam-se pesquisadores, podendo ministrar aulas somente se tiverem o título de Professor da Educação Inicial, já adquirido nos Institutos Superiores de Formação Docente ou nas universidades.

No entanto, apesar dos cursos que habilitam os futuros professores para lecionar na educação infantil na Argentina serem de nível superior, tendo em vista que os estudantes para ingressarem em qualquer um deles precisam ter concluído o ensino secundário (nível médio), os chamados Institutos Superiores de Formação Docente, não possuem caráter universitário, por serem instituições, que não realizam atividades de pesquisa e extensão, como acontece nas universidades, haja vista que preparam os futuros educadores exclusivamente para trabalhar na sala de aula.

Outras duas diferenças pontuais entre Brasil e Argentina, podem ser observadas no que diz respeito à formação inicial dos professores da educação infantil:

A primeira delas é que no Brasil, tendo os estudantes frequentado um dos cursos, como: o Normal em nível médio, o Normal Superior ou a Pedagogia, estes saem habilitados para lecionar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. Já na Argentina, os cursos existentes preparam o futuro profissional, exclusivamente, para ministrar aulas junto à primeira infância.

Deste modo, enquanto no Brasil os conteúdos abordados, no decorrer dos cursos de formação são direcionados ao trabalho junto a dois níveis de ensino, na Argentina, o currículo é totalmente voltado para a educação inicial. Fato este que nos chama a atenção, pois ao considerarmos a importância, do professor da educação infantil construir uma série conhecimentos e habilidades específicas, para que esteja apto a lecionar para crianças pequenas, arriscamos dizer que na Argentina, o arcabouço teórico e metodológico do professor da primeira infância, tende a ser maior do que aquele recebido nos cursos de formação no Brasil, cujo currículo deve abranger tanto a educação infantil, quanto os anos iniciais do ensino fundamental.

A segunda diferença pode ser percebida, ao compararmos a habilitação adquirida pelo docente que frequentou o curso de Pedagogia, no Brasil ou o Professorado em Educação Inicial, nas universidades argentinas. Conforme falamos anteriormente, a licenciatura em pedagogia, além de formar professores para ministrar aulas na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, também permite ao profissional lecionar em cursos Normais em nível médio, de educação profissional na área de suporte escolar e em demais setores que necessitem de auxílio pedagógico. No entanto, na Argentina, os estudantes que concluíram o curso de

licenciatura em Educação Inicial, a habilitação recebida, apesar de ampliar-se, apenas possibilita que o docente, além de lecionar, desenvolva trabalhos voltados à pesquisa.

Entretanto, similitudes também podem ser observadas entre o curso Normal Superior desenvolvido no Brasil e o curso de Professor da Educação Inicial que se encontra sob a responsabilidade dos Institutos Superiores de Formação Docente na Argentina, pois ambos os cursos habilitam seus professores unicamente para ministrar aulas. E, apesar de serem de nível superior, estes não realizam atividades de pesquisa, configurando-se desse modo, essencialmente como uma graduação de cunho profissionalizante.

Em síntese, os cursos mencionados são responsáveis por formar o professor da educação infantil no Brasil e na Argentina. Para tanto, os modelos de formação apresentados, nos auxiliarão a situar, contextualizar e analisar a estrutura da política nacional de formação de professores da primeira infância proposta pelos dois países pesquisados, exercício esse que faremos as seguir.

3.1.2 – Delineamentos da Formação Inicial e Continuada: Políticas e Planos Nacionais de Formação Docente

Considerando que a educação infantil é a primeira etapa da educação, analisar comparativamente os delineamentos da política nacional de formação inicial e continuada para professores desse nível de ensino, significa percorrer os caminhos trilhados por uma política mais abrangente, ou seja, que envolva não apenas o docente da primeira infância, mas também dos demais níveis educacionais, que compreendem a educação básica no Brasil (educação infantil, ensino fundamental e médio) e na Argentina (educação inicial, primária e secundária).

Até o ano de 2007, a política nacional de formação de professores era formulada e coordenada no Brasil, apenas pelo Ministério da Educação. No entanto, a partir da promulgação da Lei n. 11.502, de 11 de julho de 2007, o MEC passou a ser subsidiado pela CAPES, tendo em vista que a medida legal determinou em seu parágrafo 2º, do artigo 2º que:

No âmbito da educação básica, a CAPES terá como finalidade induzir e fomentar, inclusive em regime de colaboração com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal e exclusivamente mediante convênios com instituições de ensino superior públicas ou privadas, a formação inicial e continuada de profissionais de magistério, respeitada a liberdade acadêmica das instituições conveniadas [...].

Nesse sentido, o texto da Lei n. 11.502/2007, além de modificar as competências da CAPES que passou a auxiliar o MEC na “[...] formulação de políticas e no desenvolvimento de atividades de suporte à formação de profissionais de magistério para a educação básica e superior e para o desenvolvimento científico e tecnológico do País” (artigo 2º), destaca que a formação inicial deve ocorrer preferencialmente de maneira presencial e a formação continuada, principalmente a partir de recursos e tecnologias de educação à distância.

No que se refere à formação inicial, o discurso presente na legislação vai ao encontro do que acreditamos ser a formação adequada para o professor da educação infantil, isto é, de maneira presencial, tendo em conta que ao nosso ver, o ensino à distância deve ser utilizado com o objetivo de aprimorar conhecimentos e não como meio de habilitar alguém a ser professor.

Do ponto de vista legal, o ano de 2007 na Argentina, também foi marcado por importantes ações desenvolvidas no campo da política nacional de formação docente. Tendo a Lei de Educação Nacional (n. 26.206/2006) criado em seu artigo 76, o Instituto Nacional de Formação Docente - INFD no âmbito do Ministério da Educação, este iniciou seus trabalhos em abril de 2007, marcando, segundo o discurso oficial149, o começo de um processo de revitalização, desenvolvimento e priorização da formação de professores, na Argentina.

Para tanto, dentre as principais funções a serem desempenhadas pelo INFD estão: a formulação e a implementação de políticas de formação inicial e continuada para professores de todos os níveis de ensino; a elaboração de políticas nacionais e de diretrizes curriculares básicas para a formação inicial e continuada dos educadores; e a coordenação nacional do sistema/política nacional, de formação docente.

Dentro desse contexto, foi instituído pela Resolução CFE nº 23/07, o Plano Nacional de Formação Docente, cuja proposta, segundo a legislação, é melhorar e subsidiar o sistema formador de professores em nível nacional.

Para isso, o Plano propõe estratégias e ações, priorizando três áreas: A primeira diz respeito ao Desenvolvimento Institucional, que tem como objetivo o fortalecimento e a integração gradativa entre a formação inicial e continuada, por meio da ampliação da oferta de vagas, do aperfeiçoamento e organização da dinâmica pedagógica, dos Institutos Superiores de Educação e do apoio aos estudantes, que pretendem seguir carreira docente; A segunda refere-se ao Desenvolvimento Curricular, que compreende o aprimoramento e a atualização dos planos de estudo, da gestão pedagógica e da avaliação do currículo, bem como a atualização dos conteúdos e instrumentos de formação, das práticas de ensino e aprendizagem. Por fim, a terceira área Formação continuada e Desenvolvimento Profissional, busca aprimorar a prática docente a partir do oferecimento de atividades de estudos permanentes que sejam capazes de orientar a atuação dos professores em sala de aula (ARGENTINA, 2007a).

Assim, o órgão responsável por desenvolver o Plano Nacional de Formação Docente é INFD, que ao lado do Ministério da Educação, possui o papel de reforçar e respaldar a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério.

Conforme informações obtidas no site do Ministério da Educação da Argentina, o INFD tem ainda, a responsabilidade de promover a construção, o intercâmbio e a circulação de conhecimentos, recursos e experiências entre as instituições de ensino superior e o Sistema Nacional de Ensino.

Neste sentido, cabe ao INFD coordenar a Política Nacional de Formação Docente subsidiando, gerenciando e avaliando a formação inicial dos professores promovida nos Institutos Superiores de Formação Docente e nas universidades. No entanto, é importante destacar que ao se falar em formação inicial de professores, estão incluídos nessa, os docentes da primeira infância.

O mesmo ocorre no Brasil, uma vez que a política nacional de formação para professores, da educação infantil é parte da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, apresentada pelo Decreto nº 6755, de 29 de janeiro de 2009, que disciplina, ainda, as atividades da CAPES com relação ao desenvolvimento de programas de formação inicial e continuada destinados aos profissionais da educação.

Na verdade, o Decreto nº 6755/2009 anuncia os princípios e os objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, na medida em que o texto legal enfatiza a necessidade de garantir padrões mínimos de qualidade, dos cursos de

formação de professores, de articular teoria e prática no processo de formação do profissional, de tomar a formação docente como responsabilidade pública, de alcançar a melhoria da qualidade do ensino, de buscar a expansão da oferta de cursos de formação inicial e continuada, em instituições públicas de ensino superior, entre outros. Para alcançar esses objetivos e princípios, o Decreto criou Fóruns Estaduais150 de apoio à formação docente, contando com a colaboração entre a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.

Em consonância com o decreto, o MEC instituiu por meio da Portaria Normativa n. 9, de 30 de junho de 2009, o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (PARFOR), que, conforme o artigo 1º da Portaria constitui-se em

[...] uma ação conjunta do MEC, por intermédio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, em colaboração com as Secretarias de Educação dos Estados, Distrito Federal e Municípios e as Instituições Públicas de Educação Superior (IPES), [...] com a finalidade de atender à demanda por formação inicial e continuada dos professores das redes públicas de educação básica.

Dessa maneira, o objetivo do PARFOR PRESENCIAL151 é proporcionar a formação dos

docentes da educação básica que se encontram em exercício, no mínimo há três anos na rede pública, porém, sem a formação exigida pela LDB (1996). Assim, são oferecidos cursos gratuitos em instituições de educação superior públicas, com o apoio de universidades comunitárias.

150

“São órgãos colegiados criados para dar cumprimento aos objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica. Entre as principais funções do Fórum, estão: - elaborar e acompanhar a execução de um plano estratégico; - definir prioridades e metas do programa em cada estado; - coordenar as ações de formação de professores; e - propor ações específicas para garantia de permanência e rendimento satisfatório dos professores de educação básica”. Disponível em: <http://www.CAPES.gov.br/educacao- basica/parfor/foruns-estaduais> Acesso em: 18 jan. 2012.

151 Apesar de ser denominado no site da CAPES como “PARFOR PRESENCIAL”, de acordo com informações

obtidas junto ao MEC via telefone (0800 616161, opção 7 em 18/01/2012), o mesmo ocorre também, na modalidade a distância, por meio do Sistema Universidade Aberta do Brasil. Tal fato, pode ainda ser comprovado, verificando-se os editais de processos seletivos das instituições de ensino superior, como por exemplo, o da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) quando: “torna públicas as datas de matrícula para os candidatos aprovados no Processo Seletivo

A participação da CAPES no PARFOR acontece por meio de suas duas diretorias: a de Educação Básica Presencial (DEB) e a de Educação a Distância (DED), com a colaboração das secretarias do MEC.

De acordo com dados obtidos no site da CAPES152, no campo da formação inicial, o

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