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Educação para um desenvolvimento sustentável

CAPÍTULO II – O ESTUDO

2. Fundamentação Teórica

2.2 Educação para um desenvolvimento sustentável

O conceito de Educação Ambiental como referem Gonçalves et al. (2007), tem evoluído ao longo do tempo de acordo com o conhecimento e compreensão que o Homem tem sobre a globalidade dos efeitos a curto, médio e longo prazo das suas ações sobre o ambiente. A Educação Ambiental parece cada vez mais ser considerada como um processo de relação entre o Homem e o ambiente que possibilite conciliar a sua conservação com um desenvolvimento que permita melhorar as condições de vida de todos. Na atualidade a temática educação ambiental está a ser muito abordada devido aos problemas ambientais existentes no planeta. Para minimizar estes problemas ambientais Guedes (2006) refere que temos de trabalhar na escola, a Educação Ambiental, pois em termos gerais estamos a retroceder na nossa qualidade de vida.

O contexto Educativo, deve ser organizado de modo a que a interação entre os adultos e crianças seja uma partilha de conhecimentos e um diálogo sobre a realidade que os envolva, permitindo às crianças o seu próprio desenvolvimento e aprendizagem (OCEPE, 2016). Deste modo, sendo o ser humano parte integrante do Meio Ambiente é fundamental que se trabalhe a Educação Ambiental na Educação Pré-escolar.

Segundo as OCEPE (2016), esta temática encontra-se inserida na área do Conhecimento do Mundo, mais propriamente na componente referente ao Conhecimento do Mundo Físico e Natural, que valoriza o contacto das crianças com a natureza, como forma de promover o desenvolvimento de uma consciencialização para a importância da preservação do ambiente e dos recursos naturais.

A Educação Ambiental segundo Almeida (2002) pode ser considerada um pouco complexa para se trabalhar com crianças tão pequenas, uma vez que estão subentendidos na mesma

Fig. 33. Resultado do projeto “Casinha Arco -íris” --- 64 Fig. 34. Um dos desenhos para a realização do convite --- 65 Figura 35. Convite para a inauguração da "Casinha" --- 65 Figura 36. Inauguração da "Casinha Arco Íris" --- 66 Figura 37. Festa de Inauguração --- 66

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Áreas de conteúdo abordadas ... 16 Tabela 2. Participantes do Estudo ... 37 Tabela 3. Plano de ação ... 40

não renováveis e a diminuição da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, tais como o aterro ou incineração. Deve-se sempre incentivar à realização reciclagem, mas também entender que ela sozinha, não resolverá os problemas da sociedade e os impactos ambientais gerados sobre o meio ambiente, provocando assim alterações climáticas.

Na educação pré-escolar segundo as OCEPE (2016) pretende-se desenvolver ações que proporcionem a tomada de consciência, não só nas crianças como também em toda a comunidade educativa. É importante que atitudes individuais ou coletivas realizadas enquanto cidadão possam de certa forma melhorar o ambiente global.

2.2.3 Sustentabilidade

O desenvolvimento sustentável está hoje na ordem do dia e reúne vastos consensos em torno de o tornar uma prioridade para a ação humana do século XXI. referem Folque e Melo (2017).

Considera-se que a sustentabilidade é um meio de configurar a civilização e a atividade humana, de tal forma que a sociedade possa preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, de acordo com Silva (2009) explica que o interesse por sustentabilidade se originou durante a década de 1980, a partir da conscientização dos países em descobrir formas de promover o crescimento sem destruir o meio ambiente, nem sacrificar o bem estar das futuras gerações. Desde então, o termo transformou -se num cenário para causas sociais e ambientais realizando assim um tratado pela United Nations Framework Convention Climate Chance (UNFCCC), o tratado foi negociado e adotado pelas partes em Quioto, no Japão, em 11 de dezembro de 1997 e entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, quando atingiu a meta de 50% de ratificações dentre os 84 signatários originais. O Protocolo teve por base as premissas comprovadas pela ciência de que o aquecimento global é um fato real e que é provocado pela ação humana, e sugeriu um calendário pelo qual os participantes deviam reduzir as emissões globais no período entre 2008 e 2012,embora a meta de redução seja coletiva, foram atribuídas a cada pais metas altas ou mais baixas, no entanto as limitações de emissões não foram suficientes, pelo contrario, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera aumentaram, sem nenhum

sinal de desaceleração. As temperaturas globais continuam a aumentar, verificando-se que é necessário realizar novas ações sendo que o Protocolo de Quioto viu a sua duração estendida em 8 de dezembro de 2013, durante a COP 18: (Conferencia Climática da ONU) em Doha, Qatar, os membros concordaram que o segundo compromisso se estenderá entre 2013 e 2020.

No pré-escolar a ideia fulcral é que as crianças possam logo na infância ter oportunidades de aprender, permitindo assim participar na construção dum mundo sustentável. Assim, trata-se de apoiar as crianças a desenvolverem disposições de aprendizagem, mas sobretudo de apoiar as crianças a uma cidadania ativa. Vemos com especial interesse que este cuidado se constitui também como uma aprendizagem explícita nas OCEPE para as crianças “…cuidados com os mais novos, apoio dos mais velhos” (p.28) e especificamente interligando a área do conhecimento do mundo com a área de formação pessoal e social. “A abordagem ao Conhecimento do Mundo implica também o desenvolvimento de atitudes positivas na relação com os outros, nos cuidados consigo próprio, e a criação de hábitos de respeito pelo ambiente e pela cultura, evidenciando-se assim a sua inter-relação com a área de Formação Pessoal e Social.” (OCEPE, 2016, p. 85). Por outro lado, queremos realçar o facto de as OCEPE assumirem uma perspetiva sistémica e ecológica, que nos dias de hoje ganha novo significado, assumindo claramente o trabalho com as famílias e com a comunidade educativa.

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